domingo, 29 de maio de 2011

Tea Party: "o nosso é melhor do que o deles"

EUA-herman-cain-Ainda não li uma vírgula sequer sobre esta bombástica revelação no cenário político norte-americano nos jornais nacionais.
Se o problema dos republicanos era encontrar um negão para desbancar o Obama, eles já o acharam, e mais, este tem pedigree!
O candidato republicano atualmente favorito do Tea Party chama-se Herman Cain, tem 65 anos e larga experiência como executivo, tendo trabalhado para a Coca-Cola, Pillsbury, Burger King, Godfather's Pizza, a National Restaurants Association e o Federal Reserve Bank de Kansas City.
Filho de um pai choffeur e de uma mãe camareira, ao que parece, temos aqui um autêntico "self-made man", um homem trabalhador talhado na vida para a superação de desafios, que já veio dar o seu recado para a corrida à Casa Branca: "- Eu estou concorrendo para Presidente dos Estados Unidos e não estou concorrendo para o segundo lugar"
Entre as suas propostas estão uma defesa nacional forte, a oposição ao aborto, a extinção do imposto de renda pela sua substituição por um imposto sobre vendas e o que temos já anunciado aqui e que promete desencadear uma verdadeira revolução global: o retorno ao padrão-ouro. Os keynesianistas do mundo todo devem estar "tremendo na base". Da mesma forma, o imposto de renda é a menina dos olhos da estratégia marxista de confisco gradual dos cidadãos, e a sua extinção pode significar o começo do fim da hegemonia marxista-gramscista atualmente vigente, mesmo em face de sua eventual derrota, já que as idéias já terão alcançado um amplo espaço.
Herman Cain já foi descrito por Jack Kemp, um ex-vice-presidente do Partido Republicano, como um homem "com a voz de Othelo, a aparência de um jogador de futebol (americano), um inglês de qualidade "oxfordiana" e a coragem de um leão".
Em seu último discurso em Macon, no estado da Geórgia, Cain deu um rápido vislumbre do raciocínio para a sua candidatura. Ele disse que "o sonho americano está sob ataque da dívida infindável, de uma economia estagnada e de uma administração democrata que força uma agenda legislativa que os cidadãos não querem."
No fundo, o que Cain disse aos americanos é válido também para o Brasil. A legiferância abusiva de origem administrativa é hoje a principal ferramenta de que faz uso o governo petista, confiante na estratégia do "se colar, colou", pois são poucos os brasileiros que se apresentam inconformados aos tribunais e estes cidadãos, quando muito, conseguem apenas vitórias com efeitos "inter partes", isto é, válidas somente para os demandantes (eles mesmos), o que faz com que os abusos constitucionais e legais contidos nestes atos administrativos continuem valendo para todos os demais jurisdicionados.
Ainda não li uma vírgula sequer sobre esta bombástica revelação no cenário político norte-americano nos jornais nacionais, e se bem conheço a coisa, só vão dar conhecimento ao público quando não for mais possível segurar a notícia, e mesmo assim somente depois de ter nas mãos alguma coisa com que menosprezá-lo ou difamá-lo, nem que seja absolutamente inverídica.
Ah, e embora eu tenha feito nas linhas acima uma referência lúdica à cor da sua pele, em nenhuma matéria dos jornais americanos o próprio candidato ou o seu Partido Republicano fazem menção ao seu índice de melanina, mas somente sobre o seu extenso e bem-sucedido currículo.
Com Herman Cain, concorrem também à indicação Tim Pawlenty, Newt Gingrich, Gary Johnson and Ron Paul, e aguardam-se as confirmações de Mitt Romney, Sarah Palin, Michele Bachmann e Jon Huntsman.
Enquanto isto, nós sonhamos com a ilusão de um Capitão Nascimento que já abandonou o barco...

Respondendo Um texto De FHC

. Nos comentários, continuarei a vetar os “drogófilos” — a democracia lhes faculta milhares de sites para fazer proselitismo; não precisam do meu — e não permitirei que a obra política de FHC seja depredada por petralhas disfarçados de indignados. Posso até parecer bobo a alguns, mas acho que não sou. Sei distinguir bem uma coisa de outra.  É perfeitamente possível discordar radicalmente do ex-presidente, preservando o que tem de ser preservado; é perfeitamente possível defender a sua iniciativa (eu não defendo, como viram)  sem fazer a apologia das drogas. Vocês farão a  coisa certa.
Quanto aos petralhas, uma dica: aprendam o valor de pensar por conta própria. É bom admirar pessoas sem ter de justificar os seus erros. Vocês têm de defender Palocci, tarefa impossível! Nas suas cabecinhas ocas, eu teria de defender as opiniões de FHC, coisa bem mais fácil. Mas eu recuso essa facilidade porque eu lhe rendo o reconhecimento pela grande obra, não a anulação do meu pensamento em favor do seu equívoco.
Que coisa, não é? Em nome da independência, eu me recuso a defender o defensável. Porque vocês são quem são, obrigam-se a defender o indefensável. Não deve ser fácil viver com o nariz no chão!
Por Reinaldo Azevedo

Observações de um usuário

A língua inglesa nunca teve academias para formular gramáticas oficiais e certamente seria afogado no Tâmisa ou no Hudson o primeiro que se atrevesse a tentar impor normas de linguagem estabelecidas pelo governo. Sua ortografia, que rejeita acentos e outros sinais diacríticos, é um caos tão medonho que Bernard Shaw deixou um legado para quem a simplificasse e lhe emprestasse alguma lógica apreensível racionalmente, legado esse que nunca foi reclamado por ninguém e certamente nunca será, apesar de algumas tentativas patéticas aqui e ali. Ingleses e americanos dispõem de excelentes manuais do uso da língua, baseados na escrita dos bons escritores e jornalistas - e, quando um americano quer esclarecer alguma dúvida gramatical ou de estilo, usa os manuais de redação de seus melhores jornais.
A segregação racial nos Estados Unidos produziu um abismo linguístico entre a língua falada pelos negros e a usada pelos brancos. Durante muito tempo, a língua dos negros foi vista como uma forma corrompida ou degenerada da norma culta do inglês americano. Mas já faz tempo que essa visão subjetiva e etnocêntrica foi substituída e o inglês falado pelos negros passou a ser visto pela ciência linguística como “black English”, uma língua perfeitamente estruturada, com morfologia e sintaxes próprias, com sua gramática e sua funcionalidade autônoma, não mais como inglês de quinta categoria. E essa visão não foi acatada “de favor” ou para fazer demagogia com a coletividade negra, mas porque se tornou inescapável a existência de uma língua falada por ela, eficaz na comunicação de informação e emoção e que prescindia, sem que isso fizesse falta, de determinados recursos do inglês dominante.
Todos nós, com maior ou menor habilidade, falamos várias línguas, ou dialetos, dentro da, digamos, língua-mãe. Falamos língua de criança, língua chula, língua de solenidade. Podemos não chegar a falar todas as muitas línguas à disposição, mas geralmente as entendemos, como, por exemplo, quando ouvimos um caipira. Essas línguas, em padrões de variedade quase infinita, são todas legítimas, não são “erradas”, pois, em rigor, nenhuma língua que funcione realmente como tal é “errada”. E, muitas vezes, ao falarmos “certo”, estamos na realidade falando inadequadamente, como um orador que, num comício no Mercado de Itaparica, se esbaldasse em proparoxítonas, polissílabos e mesóclises. Eu mesmo falo itapariquês de Mercado razoavelmente bem e alguns entre vocês, se me ouvissem lá, talvez tivessem dificuldade em entender algo que eu dissesse, por exemplo, a meu amigo Xepa.
Cientificamente, a neutralidade quanto a línguas, dialetos ou usos subsiste. Mas não socialmente, e é isso o que me parece ainda estar sendo discutido em torno da propalada aceitação, pelo MEC, de erros de português. “Erro de português” é uma expressão que desagrada ao linguista, porque ele não vê o fenômeno sob essa ótica. No entanto, é assim que o enxerga o público, mesmo o analfabeto, que aprende pelo ouvido a distinguir o certo do errado. Isto porque sempre se entendeu no Brasil que ensinar português é ensinar a norma culta, que, durante muito tempo, foi até mesmo ditada pelos usos de Portugal.
Quer se queira quer não - e há séculos de formação por trás disso -, a norma culta é tida como a correta e a única que representa verdadeiramente nossa língua. Sua violação é tolerada em manifestações literárias e artísticas de modo geral - e, assim mesmo, funciona mais quando o intuito é obter efeitos cômicos, ou “folclóricos”, com essa violação. As pessoas costumam observar a adesão à norma culta no que ouvem e leem. Falar e escrever de acordo com ela é socialmente muito valorizado e resulta num poder de que a maioria não se sente boa detentora e ao qual todos aspiram. Não é questão linguística, é questão política. Não se trata de dizer aos que desconhecem a norma culta que a fala deles tem a mesma legitimidade, porque não adianta, não “cola” na sociedade. Trata-se de ensinar a esse praticante o pleno domínio da norma culta, a qual, mesmo tendo que absorver mudanças, nunca abdicará de sua hegemonia e é a de que ele vai precisar para subir na vida.
Advertir contra o preconceito sofrido por quem “fala errado” também não adianta nada, diante da força onipresente da norma culta. (Aliás, no Brasil estamos sempre à frente e agora legislamos sobre preconceitos e tornamos ilegal ter preconceitos, quando isto é praticamente impossível, pois o possível é apenas tornar ilegal a manifestação do preconceito.) A fala é dos mais importantes recursos para o que se poderia chamar de reconhecimento social da pessoa. Vendo alguém pela primeira vez, fazemos, conscientemente ou não, um julgamento automático. Aprontamos uma ficha mental, avaliamos a roupa, a idade, o estado dos dentes e, inevitavelmente, a fala, através da qual é frequentemente possível saber a origem e a extração social de um interlocutor eventual. A norma culta, a dominante, a que é ensinada como correta, mostra sua cara imediatamente e se reflete logo na maneira pela qual o sujeito é percebido e tratado. Ferreira Gullar tem razão, a crase não foi feita para humilhar ninguém. Mas humilha o tempo todo.
E agora, pensando aqui nessa tirania da norma culta, fico imaginando se ela não é empregada com esse fim, por certos fiscais dogmáticos. Não devia ser, porque, afinal, ela é necessária para preservar e aprimorar a precisão da linguagem científica e filosófica, para refinar a linguagem emocional e descritiva, para conservar a índole da língua, sua identidade e, consequentemente, sua originalidade. Ao contrário do que entendi de certas opiniões que li sobre o assunto, a norma culta não tem nada de elitista, é ou devia ser patrimônio e orgulho comuns a todos. Elitismo é deixá-la ao alcance de poucos, como tem sido nossa política.
Por Reinaldo Azevedo


sexta-feira, 27 de maio de 2011

O MEC, de Fernando Haddad, esse educador com G maiúsculo, acaba de divulgar a lista de filmes didáticos que devem ser exibidos nas salas de aula. Como vocês verão, várias disciplinas foram contempladas:
Língua Portuguesa do Povo Diferenciado
Aluga-se moças, de Deni Cavalcanti.
Destacam-se Rita Cadillac, Gretchen, Índia Amazonense e Lia Hollywood
História
Calígula, de Tinto Brass e Bob Guccione
Geografia
O Bem Dotado. O Homem de Itu,
de José Miziara
Anatomia
Garganta Profunda, de Gerard Damiano
Religião
O Diabo na Carne da Miss Jones
, de Gerard Damiano
Psicologia
O Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima
Sociologia marxista
Elite Devassa,
de Luiz Castellini
Matemática
Dezenove Mulheres e Um Homem
, de David Cardoso
Zoologia
Borboletas e Garanhões
, de Alfredo Sternheim
Cultura Brasileira
As Cangaceiras Eróticas
, de Roberto Mauro
Diversidade (mesmo!)
Salò - Ou os 120 Dias de Sodoma,
de Pasolini
Crítica ao capitalismo neoliberal
Pagando bem, que mal tem?,
de Kevin Smith
Crítica ao trabalho escravo ou similar à escravidão
24 Horas de Sexo Explícito, de José Mojica Marins
Socialismo
Sexo em Grupo,
de Alfredo Sternheim
Proibições
Fica proibida a exibição em sala da aula das seguintes obras:
- Paixão de Cristo
- Os Dez Mandamentos
- Ben-Hur
Em nome da democracia, estes filmes serão banidos porque expressam, obviamente, uma visão de mundo “judaicocristocêntrica”, incompatível com o multiculturalismo que deve vigorar nas nossas escolas.
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Constrangimento e melancolia. Os fatos, a foto.



Vejam esta foto, de Ed Ferreira, da Agência Estado:
palocci-e-dilma
Aí estão os ministros Antonio Palocci e a presidente Dilma Rousseff numa solenidade de assinatura do termo de compromisso (ufa!) para a construção de creches. Se der tempo, ainda hoje lembro quantas ela prometeu em campanha… Adiante.
Fotos também são “discursos”, como gostam de dizer os estudantes de lingüística da USP, quando os esquerdopatas não os impedem de estudar. Palocci é a imagem do constrangimento. Acostumado a ser o gênio dos bastidores, trazido à ribalta, exibe esse ar vexado, de quem, no fim das contas, não tem explicações a dar porque o que se sabe é inexplicável.
Até outro dia, quem fazia a costura política era ele — formalmente, ainda tem essa função. Também era um notável pauteiro do jornalismo, com sua simpatia habitual. Usava habilmente a imprensa para desancar adversários internos (no PT e no governo), para deixar meio aparvalhada a oposição, para anunciar grandes horizontes. Era, para lembrar uma expressão de Fernando Pessoa, o mordomo invisível que administrava a casa, mas sempre muito presente. O que não se sabia é que cuidava do próprio futuro com ainda mais denodo. Agora, ele é alguém que precisa desesperadamente de uma explicação. Dá a impressão, inclusive, de ter engordado muito nos últimos dias. A tensão faz com que algumas pessoas comam demais.
Dilma está infeliz, nota-se. Está com o ar abatido. Tem administrado tudo muito mal: da crise que envolve Palocci à boataria sobre seu estado de saúde. Estes correm soltos, mas  de forma surda, já que aprendemos a ser decorosos e consideramos que saúde de chefe de estado é um problema privado.
Sendo assim, abriu-se um vácuo. E ninguém menos do que Luiz Inácio Apedeuta da Silva começou a ocupá-lo ontem no papel de condestável da República. Dilma é um fenêmeno que não tem como ser mito. Está murchando. Já murchou

terça-feira, 24 de maio de 2011

Como os cristãos devem se proteger das ilegalidades supremas?

O exemplo do STF revelou uma intenção óbvia: os movimentos da esquerda cultural querem destruir todo o patrimônio cultural e simbólico do cristianismo na sociedade.
Paradoxalmente, há um poder na república, cuja institucionalidade está acima de todos os poderes. Ainda que haja leis, ainda que haja o poder legislativo, ainda que haja a Constituição, ele pode arbitrar e passar por cima de todos eles. Até as leis de Deus e do direito natural estão abaixo de suas determinações. Alguém poderá pensar que é o poder executivo. De fato, na história da república brasileira, o executivo quase sempre teve o papel de usurpador dos poderes. Até mesmo o governo Lula foi um exemplo fático dessa tendência, cada vez mais despótica, de passar pela harmonia dos poderes, legislando onde não deve, intervindo onde não é autorizado. Contudo, esse poder acima de todos os poderes não é o executivo. Este, ao menos, está sujeito aos ditames da Constituição e das leis, além de ter o controle do judiciário e do legislativo. O poder absolutista a que me refiro se revelou recentemente na imprensa e na opinião pública. E houve advogados e juristas que fizeram rasgados elogios à instituição, pela sua abjeta decisão. É claro que essa instituição acima de todos os poderes se chama Supremo Tribunal Federal.
A decisão da Corte Suprema do país, reconhecendo a união estável entre os homossexuais, deixou os cristãos perplexos. Primeiro, porque a artimanha passou por cima do Congresso Nacional e da Constituição para se legitimar judicialmente. E segundo, para fazer isso, crivou de ilegitimidade o próprio direito de família. A mensagem do STF é muito clara: qualquer associação espúria pode ser considerada "entidade familiar". Basta o tribunal se comover com o assunto, sofrer pressão de grupos minoritários organizados, para ignorar toda uma instituição já consagrada, rebaixando-a a um subjetivismo perigoso e abertamente permissivo. A interpretação que os ministros do STF deram à família fora de um desprezo completo pela moralidade. Tanto faz uma família ou um lupanar que dá no mesmo. Por outro lado, a ação organizada entre o Supremo e as ongs da militância gay revelaram o quanto os cristãos, sejam eles católicos ou protestantes, estão sedados, paralisados, para uma reação à altura das artimanhas judiciais da chamada "revolução cultural". O exemplo do Supremo em ter cometido uma ilegalidade e uma afronta à família é motivo de sobra para um novo despertar dos cristãos na defesa dos seus valores mais caros. Na verdade, o fato revelou uma intenção óbvia: os movimentos da esquerda cultural querem destruir todo o patrimônio cultural e simbólico do cristianismo na sociedade. A campanha violenta de secularização completa do Estado, das instituições e da política, quer extirpar o cristianismo do meio social. Na prática, laicidade virou claro sinônimo de materialismo e ateísmo, só que escamoteado, sutil, rarefeito e, portanto, ardiloso. Porque a pregação da laicidade se esconde por detrás de uma suposta idéia de tolerância iluminista contra os desmandos malvados da irracionalidade religiosa. Os valores cristãos incutidos no direito, na política e na sociedade, devem ser expurgados para se implantar uma espécie de pseudo-ética politicamente correta. O governo retira as cruzes das repartições públicas; modifica radicalmente os valores relacionados a vida e a família; e coloca o cristianismo num lugar de insignificância, no foro íntimo do mero capricho ou crença, quando a cosmovisão materialista e atéia e a moral utilitarista se tornam uma espécie de religião civil estatal.

O posicionamento do STF foi abertamente clerical, como se os ministros fossem a encarnação dos deuses, e a Corte, uma espécie de oráculo da "vontade geral" rousseana. Com a diferença de que nem mesmo o povo foi ouvido nessa questão controversa. Pelo contrário, os ministros da Suprema Corte trataram a população como um rebanho cristão estúpido e incapaz de fazer juízos sobre seus próprios assuntos. Aqueles, naturalmente, é que são "iluminados", arautos do progresso humano e da igrejinha do Estado laico!


A comunidade cristã, seja ela católica ou protestante, está acuada, na defensiva. Muitos ainda não percebem os perigos de uma militância política que almeja destruí-la. O Estado laico, tal como se apresenta, é declaradamente anticristão. O STF, o movimento gay e a esquerda cultural realizam as mesmíssimas ações registradas no decorrer do século XX:
transformam os cristãos em categorias de segunda classe, tiram seus direitos elementares de consciência na participação política e os isolam num ostracismo, a ponto de invalidar todos os seus conceitos e neutralizá-los.

Porém, o que fazer? Primeiramente, os cristãos de todos os credos devem se unir para uma causa: a promoção dos valores comuns da Cristandade na sociedade, na política, no direito e na cultura. Devem atacar em todos os aspectos da legislação, do direito e da educação, a secularização ateísta da sociedade. Não basta ficarem acuados, na defensiva. Devem contra-atacar, legitimar na Constituição, no direito, no judiciário, nas escolas e nas universidades, os valores do cristianismo. Devem combater o ativismo judicial disciplinando-o através da estrita legalidade sã. Ou na melhor das hipóteses, denunciar esse ativismo, que é visivelmente antidemocrático e totalitário, já que sujeita as decisões judiciais aos anseios ideológicos de um partido ou de um grupo político.

Alguém objetará, alegando que isso seria o caminho para um Estado totalitário religioso. Isso é abertamente falso. Qualquer cristão de boa consciência não estará pregando a imposição forçada da religião na comunidade. Pelo contrário, a liberdade religiosa e a liberdade de consciência devem ser preservadas. No entanto, ninguém até então chamava de "totalitário" o fato de que a nossa estrutura familiar sempre ter sido monogâmica e heterossexual, inspirada no cristianismo. O mesmo se aplica ao direito à vida ou à propriedade, que tem nos princípios cristãos, um enorme débito. Defender os valores essenciais da vida, da família, dos direitos naturais, na tradição cristã, é a salvaguarda contra o Estado totalitário que ascende, já que não reconhece nenhum outro princípio ou poder, senão ele próprio.


A regra atual é combater as ilegalidades "supremas". É uma luta, não somente de todos os cristãos, mas do povo brasileiro contra a arbitrariedade judicial. A bancada evangélica e católica do Congresso Nacional, junto com demais deputados que defendem a instituição da família, devem unir esforços para tornar ilegal e inconstitucional o parecer do STF a respeito da "união estável" entre os homossexuais. A farsa do movimento gay e suas fraquezas estão mais do que expostas. Deve-se buscar todos os meios necessários para impor limites aos abusos do Supremo e os métodos sujos da revolução cultural marxista. Se as instituições brasileiras podem se autonomear "democráticas", nenhum poder político desta república deve estar acima da Constituição e das leis. A sorte foi lançada. Os cristãos devem pegar as armas da apologética e da retórica e combater o processo do Leviatã que ameaça engoli-los. O campo de batalha é o direito, é a lei, é o Congresso, é a universidade, é a escola, é a igreja. Basta despertar...

sábado, 21 de maio de 2011

Judaísmo

Assunto: Judaísmo EM 1858 CHEGOU AO BRASIL UM CASAL DE JUDEUS COM SETE FILHOS, NO DECORRE DESTE TEMPO FORAM SE CASANDO. MEU MARIDO FAZ PARTE DESTA FAMILIA QUAL PODERIA SER SEU VINCULO COM O POVO JUDEU?
(DVG - Belo Horizonte - MG)
Resposta:


Shalom Denise


Vou responder a sua pergunta com uma história:


A Polônia do final do século 18 e início do 19 era pontilhada de pequenas aldeias, onde viviam famílias judaicas perdidas em meio a população geral. Numa delas a paisagem era dominada pela silhueta majestosa do castelo do Puritz, uma espécie de senhor feudal, a quem todos deviam obediência e reverencia.

Nesta aldeia vivia uma família de judeus, casal e um filho pequeno, cujo comportamento ético e dedicação ao trabalho despertavam e justificavam o respeito que o restante da população tinha por ela. O próprio Puritz dizia que esta família era um exemplo, no qual todos deviam se mirar.
Pouco depois de completar dois anos, o menino ficou órfão, um acidente matou seus pais. Cheio de compaixão e convencido de que o menino teria as mesmas virtudes dos pais, o Puritz, que não tinha filhos, adotou-o, criando como se fosse verdadeiramente seu.
Dez anos depois, o meninio irritou tanto os colegas da escola ao vencer um jogo que eles que eles não conseguiram se conter e gritaram com todas as letras:
-- Não importa que você ganhe ou perca, pois continuará apenas um judeu. E nós não gostamos de judeus.
De volta ao castelo, o menino procurou o pai adotivo, a quem contou o que havia acontecido, e sem conseguir disfarçar a indignação, perguntou por que o haviam chamado de judeu.
-- De fato, já há algum tempo tenho algo para lhe contar. Antes de mais nada, é preciso ficar claro que te amo tanto quanto se pode amar um filho natural, mas eu te adotei quando tinha apenas dois anos, porque teus pais morreram em um acidente. Eles eram judeus. Não gosto muito deste povo. No entanto, eles eram honrados, trabalhadores, dignos e eu os respeitava. Curioso, surpreso e com os olhos arregalados, o garoto ouvia a história sendo contada com muitos detalhes na biblioteca do castelo.
-- Você não tem do que se envergonhar, e continuará a ser meu filho amado e herdeiro, independente do que os outros digam ou pensem. Quando te adotei, recolhi na casa onde você morou, uma pequena caixa que não ousei abrir, mas suponho conter coisas de seus pais.
O pai levantou-se, e foi a te um grande armário de onde retirou a caixa e removeu o pó que a cobria. Ambos estavam curiosos para conhecer o seu conteúdo: um livro escrito com caracteres que não conhecia, portanto incompreensíveis, e um manto branco com listas azuis e franjas nas extremidades.
Nos dias seguintes o garoto abriu a caixa muitas vezes tentando compreender o mistério das mensagens que aqueles objetos poderiam transmitir. Até que convencido de que poderia existir uma ligação entre aqueles objetos e o tais judeus, se tomou de coragem e decisão para descobrir quem eram, afinal, aqueles judeus de quem ninguém gostava. Procurou o Puritz ma o pai havia ido caçar. Quando retornou dias depois, um dos criados lhe entregou uma mensagem: “Meu pai, saí em busca dos judeus para saber quem são eles”.
Enfiou num saco algumas roupas e a pequena caixa, única lembrança de seus verdadeiros pais. Desceu a colina e chegou no centro da aldeia e perguntou “Onde estão os judeus”.
-- Os judeus deixaram temporariamente nossa aldeia e foram para outra, maior, a dois dias de caminhada daqui, onde têm a sua igreja pra comemorar um feriado religioso. O caminho é por qui. Vá perguntando e você chega lá.
A pé, ou aproveitando o espaço nas carroças, o menino chegou na aldeia ao anoitecer e logo quis saber “onde estão os judeus”.
-- Estão ali, na igreja deles que chamam de sinagoga, pois hoje é dia santo – respondeu um aldeão apontando para uma pequena rua.
Os judeus celebravam o Col Nidreh, oração que inicia o dia do perdão. Medindo passos e gestos, o menino entrou na sinagoga e notou que os homens estavam vestidos com mantos iguais ao que havia encontrado na caixa e liam livros escritos com os mesmos caracteres. Estranhos e deconhecidos do livro deixado por seu pai. Além disso, cantavam uma musica que tocava o seu coração e penetrava sua mente de tal forma que não sabia se ria ou se chorava, ou os dois ao mesmo tempo. Mas tinha vontade de se juntar ao grupo de que, embora desconhecido, lhe transmitia a sensação de ser familiar e parte de si.
De repente, a prece foi interrompida por um grito infantil. Todos se voltaram para a porta da sinagoga, ondeo garoto soluçava e gritava:

-- D-us Meu! Não entendo as tuas letras, não conheço Tua língua e não sei cantar Tuas melodias. Mas receba-me, pois sou apenas um menino judeu, voltando pra casa.



Os filhos de Israel estão espalhados pelo mundo. Mas tantos quantos se achegarem ao Eterno, para guardar os seus preceitos e professar os Seus decretos, Ele os receberá. Pois a Sua Casa será chamada: “Casa de Oração para Todos os Povos”.



Estamos de luzes acesas esperando por você.



Shalom Aleich (Paz seja contigo)


Atenciosamente


Ezrah Bem Levi

o Esperado. E o Prometido

Durante, anos a petralhada, esbanjou, rosnou sobrou o governo, anterior quando chegaram ao poder em cima de campanhas de publicidade o dinheiro público jorrando, fácil. Por questão de tempo praticamente não tenho escrito sobre as lambanças destes incompetentes,  apenas tenho publicado alguns textos que leio.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Burrice pelo bem da humanidade

Desde que o método freiriano tornou-se único e obrigatório, a façanha intelectual dos jovens brasileiros tem sido a assombrosa desenvoltura com que eles avançam em direção aos mais burros do mundo.

Dos 65 países examinados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos de 2009, o Brasil ficou em 53º lugar em leitura e 57% em matemática. É verdade que ainda não conseguimos alcançar potências como Trinidad e Tobago, Cazaquistão e Azerbaijão, mas em compensação nenhum país está tão preocupado com a felicidade da humanidade quanto nós.

Como explicou Paulo Freire, educar tem pouco a ver com ensinar a ler e escrever; é antes de tudo preparar o cidadão para que ele seja transbordante de consciência social e eleitor entusiasmado da esquerda, tipo predominante nas salas de aula desde que os pedagogos sepultaram a idéia opressora de que a escola deve ensinar português e matemática e banalidades afins, tornando o aluno capaz de ler e contar e razoavelmente apto a andar com as próprias pernas.

Comentando um discurso de Mário Vargas Llosa na Feira do Livro de Buenos Aires, meu amigo Rodolfo Oliveira
falou recentemente nesta página sobre nossos dias de universitários de jornalismo na UFC. "Nossa terrível época de faculdade, onde éramos obrigados a assistir aulas idiotas proferidas não por professores, mas por comissários políticos, aliciadores juvenis de cérebros ainda em formação, burocratas partidários e aproveitadores do idealismo alheio em prol da 'grande causa'". E lá estava a grande causa quando há poucos dias estive novamente no campus e novamente ri dessa palhaçada melancólica.

Aproveitei a visita e peguei um exemplar do Jornal da UFC, que tem uma seção sobre os últimos livros lançados pela editora da universidade. No nosso tempo de estudantes (supondo que fôssemos) eu sempre consultava essa seção para brincar com o Rodolfo Oliveira: "Corto meu braço se não tiver um livro marxista". Sempre tinha, assim como na edição de março/abril do Jornal da UFC tem mais um panegírico do educador-ídolo:
"Católico e marxista, Paulo Freire estimula a escola a buscar a excelência no processo ensino-aprendizagem, levando em conta a fidelidade ao sonho de formar sujeitos históricos comprometidos com a felicidade de toda a humanidade", diz a resenha.

Desde que o método freiriano tornou-se único e obrigatório, a façanha intelectual dos jovens brasileiros tem sido a assombrosa desenvoltura com que eles avançam em direção aos mais burros do mundo. E daí? Eu é que não vou estragar a alegria da raça humana. Acho que devemos seguir no caminho da educação como ferramenta de
transformação social, conforme as lições do teórico da estupidez induzida para fins políticos.




Publicado no jornal O Estado.
Bruno Pontes é jornalista - http://brunopontes.blogspot.com

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pensamento do MÊS

“Um homem está completamente perdido, (...) se não souber aonde o leva o caminho que está trilhando. Se não se propôs uma meta e não utiliza a sua liberdade de escolha para alcançá-la... está perdido” [Cormac Burke].

sábado, 14 de maio de 2011

Por que é preciso defender Israel

 

 

Por que é preciso defender Israel

Ivanaldo Santos

Atualmente em muitas partes do mundo, em círculos de intelectuais, da classe média e da grande mídia, existe um ambiente hostil ao povo judeu e também ao Estado de Israel. No dias atuais vemos renascer o espírito anti-semita e, por conseguinte, o discurso do “fora judeu” e da “destruição ao Estado de Israel”.

O surpreendente desse renascimento é que ele não é de origem cristã. Desde o final do século XIX e principalmente na segunda metade do século XX e início do XXI, o cristianismo – e especialmente a Igreja Católica – tem tido uma política de não agressão ao povo judeu. O cristianismo tem desenvolvido políticas e ações de convivência e diálogo com o povo e o Estado judeu. Em grande medida os históricos conflitos entre cristãos e judeus foram superados ou profundamente amenizados.

Além disso, o século XX viu a derrota de duas grandes ideologias, o nazismo e o socialismo, que, entre seus princípios, pregava o ódio e a extinção dos judeus.

Se os conflitos entre cristãos e judeus foram profundamente amenizados e o nazismo e o socialismo foram, no século XX, derrotados, então quem ou o que está promovendo a nova onda de espírito anti-semita? A nova onda de ódio aos judeus? A onda que deseja a destruição do Estado judeu?     

Não é intenção deste pequeno artigo dar respostas definitivas a essas perguntas inquietantes. No entanto, é possível realizar cinco reflexões.

Primeira, as novas gerações, nascidas a partir da década de 1970, não passaram pelos tormentos e sofrimentos da Segunda Guerra Mundial e, por conseguinte, pela perseguição realizada pelo Estado totalitário nazista e socialista. São gerações que vêem o povo judeu apenas como um povo distante e exótico e em grande medida desconhecem a sua história de perseguição e sofrimento.

Segunda, existe um pacto entre a elite da esquerda internacional e grupos fundamentalista mulçumanos, especialmente o Irã. Apesar de haver muitas divergências entre essas duas posturas culturais há pontos comuns entre ambas. Tanto a elite da esquerda internacional como grupos fundamentalista mulçumanos possuem em comum uma forte crítica ao capitalismo, visto como causador dos problemas sociais do mundo moderno, e um ódio ao cristianismo, visto como causa da decadência do Ocidente. O pacto entre a elite da esquerda internacional com grupos fundamentalista mulçumanos visa, simultaneamente, destruir o capitalismo e o cristianismo. Dentro desse pacto há um acordo que implicitamente coloca que, de um lado, os grupos mulçumanos radicais poderão atacar os judeus, inclusive perpetrando atos de terrorismo, e, do outro lado, a elite da esquerda internacional fará vista grosa a esses ataques e até mesmo podem defender os grupos mulçumanos radicais alegando, entre outras coisas, que fizeram esses ataques em nome dos direitos humanos e da democracia.

Além disso, atualmente está se desenvolvendo no mundo, especialmente na América Latina, o neosocialismo ou Socialismo do Século XXI ou ainda Socialismo Bolivariano. O neosocialismo tem, entre seus postulados, o princípio estratégico de que o mundo islâmico é fundamental para o triunfo da Revolução e, por conseguinte, a implantação de um regime político anticapitalista. Nessa perspectiva, o Islã é visto como uma fonte indispensável de militantes e de pressões políticas. O problema é que os grupos radicais mulçumanos não desejam aderir a Revolução Neosocialista de graça, sem receberem uma recompensa. Eles querem, entre outras coisas, o direito de destruir o Estado judeu. Por causa dessa reivindicação os países envolvidos com a Revolução Neosocialista fazem vista grosa diante do terrorismo islâmico e até mesmo chegam a apoiar abertamente regimes teocráticos e totalitários, como é o caso do Irã. Na América Latina, a Venezuela, de Hugo Chávez, e outros países bolivarianos, como Bolívia e Argentina, fazem constantes declarações em apoio a grupos extremistas islâmicos. O Brasil, um dos países de maior projeção política no Terceiro Mundo, durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez preocupantes declarações de apoio ao Irã e a Síria, dois países que historicamente são profundamente hostis ao Estado judeu. Tudo isso cria um ambiente de legitimação ao extremismo islâmico e, ao mesmo tempo, de apreensão para o povo judeu.                    

Terceira, atualmente em muitas universidades e centros de formação superior no Ocidente é ministrado, em sua essência, um ensino pouco crítico e muito carregado por um discurso esquerdista no estilo “o mal é o capitalismo” e a “religião é o ópio do povo”. Esse tipo de ensino tem causado sérios problemas de formação humana, um dos quais é o não reconhecimento da importância do povo e do Estado judeu na história do Ocidente. Vê-se o povo judeu como um povo agressor, imperialista e até mesmo cruel. Não há uma reflexão sobre o direito de existência desse povo e, por conseguinte, do seu Estado. Não se reflete sobre a visão autoritária existente entre setores dos mulçumanos, o fundamentalismo de alguns países, como o Irã e a Síria. Não se reflete sobre o desejo, aberto e declarado, de grupos radicais destruírem o Estado de Israel e, por conseguinte, matarem todos os cidadãos judeus que nele residem. Entre esses grupos é possível citar: a Irmandade Muçulmana, a Jihad Islâmica, o Taliban, a Al-Qaeda, o Hezbollah, o Hamas, o Jemaah Islamiyah, a Frente de Salvação Islâmica e o Gamaat Islamiya.  

Ademais, nas universidades e centros de formação superior no Ocidente atualmente há um profundo espírito agressivo e até mesmo preconceituoso contra qualquer expressão religiosa. A religião é vista como causa da alienação e da opressão social. Criticar a religião é visto como um ato de vanguarda, de modernidade e de esclarecimento. Uma das consequências dessa postura é que o povo judeu, por ter uma fé religiosa viva e ativa, é visto como um povo supersticioso e causador da alienação social. Por isso, a nova onda de perseguição aos judeus é entendida, em muitos ambientes universitários, como uma forma de combater a religião.

Quarta, a grande mídia ocidental tem contribuído para o agravamento da nova onda de perseguição aos judeus. De um lado, devido à formação recebida pela ideologia esquerdista, muitos setores da mídia ocidental têm grande simpatia pelos grupos radicais mulçumanos. Esses grupos são vistos como questionadores da opressão social e do imperialismo ocidental, especialmente do imperialismo americano. Praticamente não são apresentados o caráter de intransigência sócio-religiosa e o desejo de implantar a sharia (a lei fundamentalista islâmica), em diversas partes do mundo. Em certa medida, reina na mídia um grande silencio sobre o imperialismo, as práticas culturais autoritárias e a falta de liberdade, reinantes no mundo mulçumano. Do outro lado, o Estado judeu é visto como um Estado imperialista, conquistador e até mesmo herdeiro do nazismo. A soma de todos esses fatores faz com que haja, na grande mídia, muito pouca reflexão tanto sobre a situação dos judeus no mundo como também o aberto desejo dos grupos radicais mulçumanos de literalmente destruírem esse povo.     

Quinta, o secularismo que penetra, com muita força, dentro do cristianismo. Desde o século XVIII que os grupos religiosos ligados ao cristianismo vêm passando por um grande processo de secularização. É bom deixar claro que o cristianismo é a grande força religiosa e até mesmo política do Ocidente. À medida que o cristianismo se seculariza vai aderindo a posições políticas e culturais mais distantes de seu fundamento doutrinário. Um bom exemplo disso é a disputa entre judeus e mulçumanos. Historicamente os cristãos sempre estiveram contra o Islã. Por causa disso fizeram importantes críticas às posturas autoritárias oriundas do Islã. Esse fato, de alguma forma, sempre beneficiou o povo judeu. No entanto, nas últimas décadas temos visto mudanças nessa postura. Líderes cristãos, inspirados por um cristianismo secularizado, afirmam que os grupos radicais mulçumanos são apenas movimentos sociais que lutam pelos direitos humanos e, por conseguinte, passaram a ver o povo judeu como um povo opressor, um típico representante do imperialismo Cruzado ocidental. Um bom exemplo disso é a Teologia da Libertação (TL). Os líderes dessa expressão teológica, que se desenvolveu principalmente na América Latina, costumam fazer declarações defendendo abertamente grupos fundamentalistas islâmicos, usando, para tanto, o argumento de que a luta islâmica é democrática e visa à defesa da cidadania. Enquanto isso, o sofrimento e as demais questões que envolvem o povo judeu são ignorados.  

Como é possível perceber, pelas breves reflexões que foram apresentadas, há muitos fatos que contribuem para o aumento do ódio aos judeus e, ao mesmo tempo, a defesa dos grupos radicais islâmicos. 

Existe quase um senso comum que afirma e até mesmo grita, mesmo que inconscientemente, que a destruição do Estado de Israel e, por conseguinte, a morte ou então a expulsão da sua população, estimada em aproximadamente 7.500.000, será uma grande conquista da humanidade, uma vitória da democracia, da cidadania e dos direitos humanos. Com a destruição do Estado de Israel, os povos oprimidos, simbolizados pelos grupos radicais mulçumanos, terão uma possibilidade real de se libertarem de séculos de exploração ocidental.   

Não há dúvida que os países centrais do Ocidente (Inglaterra, EUA, França, etc) dominaram, oprimiram e até mesmo destruíram vários povos ao redor do mundo, incluindo no Oriente Médio. É preciso combater a exploração e o colonialismo. Entretanto, engana-se quem pensa, mesmo que de forma inconsciente, que a destruição do Estado de Israel – incluindo a morte ou a expulsão de sua população – será o remédio para os males causados pela exploração, pelo colonialismo e o imperialismo.

Quando os grupos mulçumanos destruírem Israel e provavelmente massacrarem quase 100% de sua população, não estarão criando um mundo melhor, sem capitalismo, sem cristianismo, sem sionismo e outras questões. Pelo contrário, esse fato marcará o início do mais radical retrocesso vivido pela história. Séculos de avanço humanístico, rumo à democracia e aos direitos humanos, serão sumariamente enterrados. Tudo isso para que a sharia seja implantada a nível global. A esperança de muitos grupos (neosocialismo, cristianismo secular, etc) é que a destruição do Estado de Israel, pelos grupos radicais islâmicos, acabe com a sede de sangue, morte e terror que esses grupos possuem. É preciso observar que estamos falando de uma destruição física e não meramente simbólica do Estado judeu. A destruição de todas as casas e demais edifícios existentes em Israel. O raciocínio dos grupos que defendem os radicais islâmicos é mais ou menos assim: “quando Israel for destruído, então teremos paz no mundo”.

Enganam-se aqueles que pensam desta forma. Triste ilusão. O projeto dos grupos radicais mulçumanos é a conquista do Ocidente e a implantação da sharia em nível global. Esses grupos pouco se importam com a democracia, direitos humanos e coisas semelhantes. O que eles querem é impor ao mundo a Lei Islâmica. O problema é que, no momento, o grande empecilho da realização desse projeto é a existência, em pleno Oriente Médio, do Estado e do povo judeu. Por causa disso o raciocínio dos grupos radicais islâmicos é o seguinte: “primeiro destruímos o Estado de Israel e depois faremos a grande marcha rumo ao Ocidente. Para isso, precisamos momentaneamente do apoio de grupos ocidentais (neosocialismo, cristianismo secular, etc) insatisfeitos com o próprio Ocidente”.

Os grupos radicais islâmicos querem a ajuda de setores da sociedade ocidental para destruir Israel e depois “jogarem fora” esses mesmos grupos e, por conseguinte, fazer a grande marcha rumo à conquista do Ocidente.

Nesse triste contexto, Israel emerge como a “grande proteção” da sociedade e dos valores ocidentais. Por incrível que pareça o que impede uma invasão militar, e até mesmo atos de terrorismo mais agressivos por parte de grupos radicais islâmicos, é a existência do Estado de Israel. Enquanto esses grupos estiveram ocupados lutando para massacrar o povo judeu, eles não terão condições de promover a grande marcha rumo ao Ocidente.

É por isso que ao invés de ficarmos criticando o Estado de Israel – e é preciso criticar os exageros cometidos por qualquer modelo de Estado – temos que nos empenharmos para protegê-lo. A convivência pacifica entre judeus e mulçumanos e, por conseguinte, a paz no Oriente Médio e no Ocidente, só serão possíveis com um Estado judeu forte e com amplo apoio do Ocidente a esse Estado. Precisamos superar o discurso ideológico que vê Israel como um povo opressor e um Estado conquistador. É preciso reconhecer que Israel é a grande barreira que protege o Ocidente contra atos de terrorismo e destruição oriundos dos radicais islâmicos.  Por isso, a defesa de Israel representa, simultaneamente, a defesa dos valores e dos povos do Ocidente. Quando Israel for destruído não haverá nada, absolutamente nada, entre o ódio islâmico e os países do Ocidente. Enquanto o Islã não se moderniza e aceita a democracia e a liberdade de expressão, Israel é a grande barreira protetora, o grande escudo. Temos que cuidar desse escudo. Temos que proteger os cidadãos israelenses ao redor do mundo e garantir que as pretensões dos grupos radicais de destruírem Israel jamais serão realizadas.                          
 

 
A Autor é Filósofo (ivanaldosantos@yahoo.com.br)
 
 

A privatização cotidiana

13/05 - A privatização cotidiana
 Por Rolf Kuntz - O Estado de S.Paulo - 11/05/11
O brasileiro terá subido um degrau na vida quando for somente esfolado por um Fisco voraz para sustentar governos incompetentes e perdulários. Sua situação, neste momento, é pior que essa. Ele é espoliado também para sustentar os interesses privados de partidos políticos, parlamentares, aliados do governo e uma porção de lucrativas entidades - fajutas ou não - oficialmente descritas como sem fins lucrativos. Mas não há sinal de upgrade.
Por enquanto, o mais provável é o destino oposto, porque é quase certa a oficialização do financiamento público de campanhas. Com isso, a política brasileira continuará tão indecente quanto é hoje e o nariz de palhaço do contribuinte ficará mais ostensivo.
O Fundo Partidário distribuirá este ano R$ 301,5 milhões. Desse total, R$ 265,3 milhões correspondem à dotação orçamentária básica. O resto provém de multas cobradas pela Justiça Eleitoral e destinadas aos partidos, como determina a Lei n.º 9.096, de setembro de 1995. A dotação básica foi inflada com R$ 100 milhões, em janeiro, em manobra da Comissão Mista de Orçamento. Esse acréscimo servirá para cobrir dívidas de campanha do ano passado. A história pode ser escandalosa e, segundo o Estado, a presidente Dilma Rousseff chegou a examinar a possibilidade de um veto e foi dissuadida por auxiliares. Mas a manobra de socorro aos partidos endividados foi facilitada por uma aberração legal, o Fundo Partidário.
Não há justificativa política ou moral para a obrigação, impingida ao contribuinte, de financiar partidos, entidades privadas. Não se trata, nesse caso, de subsídios ou auxílios concedidos com base em considerações de interesse estratégico ou destinados a sustentar serviços essenciais, como aqueles prestados pelas Santas Casas. Falar em promoção da democracia para defender essa mamata é abusar das palavras.
Partidos políticos são legalmente definidos como pessoas jurídicas de direito privado. Cidadãos podem criá-los, fundi-los e extingui-los livremente, segundo o artigo 17 da Constituição Federal. Mas, segundo o mesmo artigo, os partidos "têm direito a recursos do Fundo Partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei".
A garantia de dinheiro público a entidades privadas - e vinculadas à defesa de interesses corporativos, econômicos, ideológicos etc. - é uma das aberrações abrigadas na Constituição Federal. Algumas, como a limitação dos juros, no artigo 192, foram corrigidas. Outras, como a divisibilidade dos juízes, implícita no artigo 106, permanecem no texto. Segundo esse artigo, "os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes", sendo um quinto recrutado dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade, etc. Um quinto de 7 é 1,4.
Muito mais importante que essa curiosidade anatômico-aritmética é a confusão entre o público e o privado. A presença dessa geleia política na Constituição não deve ser casual. É característica da história brasileira e manifesta-se na rotina das instituições e dos organismos públicos. As chamadas "verbas compensatórias" servem a interesses particulares de senadores e deputados. São usadas, por exemplo, para o custeio de escritórios e de seus contatos com as bases eleitorais. Por que diabos deve o contribuinte financiar a carreira política de cada parlamentar? Por que não deixar cada um cuidar de suas despesas, com recursos próprios ou, talvez, com auxílio de seus aliados ou de seu partido? Esse custo lançado na conta do pagador de impostos é simplesmente mais um abuso, cometido, como tantos outros, em nome da democracia.
Sindicatos também são entidades privadas e representam interesses privados. Mas são beneficiados pelo imposto sindical, agora dividido também com as centrais, graças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pode-se até discutir se o imposto sindical tem algum sentido, mas o uso desse tributo, no Brasil, tem servido principalmente para alimentar distorções na organização trabalhista e para sustentar um peleguismo cada vez mais escancarado. É, novamente, dinheiro cobrado compulsoriamente e usado para distribuir benefícios a particulares - incluídos os grupos políticos aliados aos pelegos.
O empreguismo e a distribuição de postos a aliados são formas tradicionais de privatização não declarada. Seu uso se acentuou nos últimos oito anos. A novidade recente é a disputa entre o PT e os partidos da base, motivada pelo apetite excepcional exibido neste ano pelos petistas.
Pulverizar verbas orçamentárias por meio de emendas para atender a interesses eleitorais e beneficiar entidades amigas - e às vezes fraudulentas - é prática tradicional. Também nesse caso as atenções de suas excelências passam longe do interesse público. Diante de todos esses fatos, a manobra para pagar as dívidas de campanha é quase rotineira.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Breve parágrafo sobre a vida intelectual

Quando passamos a ter interesse pela vida intelectual, pretendemos, acima de tudo, ler mais e mais. Creio que é o caminho mais natural, embora eu não descarte nada. No entanto, há todo o mundo a ser desvendado pelos olhos curiosos daquele que ama o saber, há dezenas e dezenas de pessoas a serem conhecidas, há um Deus a ser desvendado. Com o tempo, o interesse se volta para tudo isso, não há como, as realidades se comunicam, há um intercâmbio inevitável. Ler uma magnífica biografia é extraordinário, mas não se compara a conviver com uma grande alma, uma pessoa real. Uma poesia pode ser um contato inexplicável com o sublime, mas por que não tornar minha vida sublime, essa já inexplicável sucessão de fatos? Engraçado como nunca paramos e observamos o absurdo de nossa existência... Vivemos... E tudo se apresenta como tão normal, quando, na verdade, milagres nos cercam diariamente. O que entendemos do que está a nossa volta? E, mesmo assim, continuamos como se tudo fosse tão natural, tão óbvio, quase entediante... Acostumamos a viver, e não percebemos mais como é bom viver, como cada momento é indispensável, um redescobrir, uma insana loucura que tentamos irremediavelmente racionalizar. Contudo, ler continua sendo necessário. Ler e, mais adiante, como que por imposição dos livros já lidos e das realidades armazenadas, escrever muito, com muito amor, colocando o coração na ponta da pena. E assim vamos vivendo. De Deus ao mundo, do mundo às pessoas, das pessoas aos livros, dos livros à escrita...e a roda é interminável... Viver por viver, viver para que tudo se explique, vida lida e relida. Além de entendida, vivida.
"Para a vida cultural o isolamento é a coisa mais letal que existe. [...] Em todas as épocas em que houve um florescimento cultural, houve também um intenso intercâmbio pessoal. [...] Como a substância da vida intelectual é a linguagem, e ninguém vai muito longe no mundo da linguagem falando sozinho, então a falta de contatos esteriliza a pessoa. É claro que você precisa da solidão para estudar e se desenvolver, mas se não há algum intercâmbio, alguma troca, o sujeito perde simplesmente a motivação e perde até o tom da linguagem, o cara não sabe mais como falar. [...] A inteligência das pessoas desperta, acende ao contato, feito o fósforo... Um fósforo acende o outro fósforo, que acende o outro fósforo, que acende o outro e assim por diante... Sempre fiz questão de fomentar a convivência entre os alunos. [...] A amizade é um elemento fundamental da vida intelectual. [...] Normalmente a vida intelectual floresce no ambiente em que existe a amizade" (Olavo de Cavalho).

Este lugar


De repente me dou conta de que sou feliz por ter este lugar. O outro lê, acompanha as palavras e me olha pouco compreendendo, achando legal, mas nada lógico. Talvez pense que é como gostar de futebol ou churrasquinho. Eu poderia explicar, mas não tenho paciência. Há coisas que ou se sabe, ou não. E muitas delas vão se revelando ao longo da vida, para cada um no seu tempo. Mas o fato, o fato importante mesmo, é que abril termina e este mês foi de poucas palavras. Maio promete, mês com seus mistérios. Há uma Tarde de Maio eternizada, e todo um Oráculos de Maio para sempre ressoando na infinitude dos tempos. Quero dizer, apenas, que as palavras se devoram, como em um grande banquete. Porque há uma chama que nunca se apaga, ainda que por vezes se arrefeça, cozinhando a beleza que se come, nutrindo a alma e também o corpo. É visceral, entende? Que fique, ao menos, afixada neste mural, nos últimos dias de abril, a dádiva que é existir este lugar, onde depositamos as pequenas partículas que vão se condensando de nossa experiência. Porque hoje viver é isso: é ir experimentando estar vivo, pelo pequeno buraco da nossa fechadura. E o que mais quero na vida é sentir o cansaço diário do duro trabalho, numa cama que me acolha. Tem paz maior que esta? Só bem cansados é que damos conta de ser feliz... Que venha maio! Esperança singela de dia seguinte. Tudo vai acontecer em maio. Deixemos os anseios e os sonhos para maio. Basta, agora, estar unido a este dia vinte oito, a esta hora da tarde. Só isto basta, é o que tenho e registro: a curta expressão deste minuto, que desde já, permanece neste lugar. Agora devo voltar ao livros, minha ocupação laboral. Que a testa já pede suor e o relógio aponta a disciplina. Que alegria é ter um dever com hora marcada e metas a cumprir! Nascemos para isso. Sem meta a vida desencanta, o leite coalha, a massa desanda, como diria minha vó.  
      

domingo, 8 de maio de 2011

A VOLTA DO MENSALEIRO

      De volta ao PT, Delúbio Soares é recebido com festa no interior de Goiás

Ex-tesoureiro do PT participou neste sábado, 7, de seu primeiro compromisso político após ter sido anistiado pelo Diretório Nacional do partido

Vannildo Mendes / enviado especial a BURITI ALEGRE, GO - O Estado de S.Paulo 07/5/2011

Mais de 200 pessoas compareceram à homenagem no Centro de Catequese da Paróquia Nossa Senhora Abadia, em Buriti Alegre

 Saudado em pé por companheiros petistas como líder popular, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares participou ontem de seu primeiro compromisso político, uma semana após ter sido anistiado pelo Diretório Nacional do partido.
Mais de 200 pessoas compareceram à homenagem a Delúbio – um dos pivôs do escândalo do mensalão, deflagrado em 2005 –, no Centro de Catequese da Paróquia Nossa Senhora Abadia, em Buriti Alegre, a 150 quilômetros de Goiânia.
Ao chegar para o churrasco, pouco antes do meio-dia, Delúbio foi tratado como celebridade.
Usando expressões de estadista, fez discurso de candidato. Emocionado, ele agradeceu à homenagem e pediu apoio à presidente Dilma Rousseff para erradicar a miséria no Brasil.
"A política é construir uma sociedade nova, passo a passo, para alcançar dias melhores para todos. É um processo que cria oportunidade para o País superar a miséria, como fez o presidente Lula", afirmou Delúbio.
Sob longos aplausos, o ex-tesoureiro fez uma referência à ideia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de auxiliar os países pobres da África.
"Combatemos a miséria no Brasil e vamos ajudar outros a fazer o mesmo no mundo. Fizemos a nossa parte e agora vamos ajudar os que não conseguiram", insistiu.
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Essa história de "miséria" rende bons frutos, mesmo quando é só papo, só lorota, só palancagem, só lulismo.
Mas diante do sucesso do mestre, os discípulos parece que aprenderam a lição. Não apenas uma, a demagógica, a grandiloqüência palanqueira, mas a de como surrupiar grana, comprar "políticos", pagar campanhas, e sobretudo, que ninguém é de ferro, guardar o seu, seguindo o velho dito com pequena, mas significativa alteração: farinha muita, um tanto pro meu saco". Só para repetir o que já se diz amiúde, a falta de consciência política, a falta de memória, ou até mesmo a ignorância, poderia promover platéia para o palanque dessa "celebridade". Jogo de cena daqui, jogo de cena dali, e aconteceu o que já se sabia.
Claro está, que no clima em que vivemos, o retorno dos bandoleiros chega a passar despercebido pela grande maioria das pessoas, tão alheias estão a essas "questiúnculas políticas" que apenas atrapalham a novela das 4, das 6, das 8, das 10... E outras tantas mais se para tanto houvesse tempo...
Estarão certas? Ou estarão erradas?! Essa platéia de mais de 200 pessoas, segundo a notícia nos informa, estarão conscientes dos seus aplausos, ou apenas querem comer o churrasquinho? Não sei, mas não me arrisco a palpiteiro em questões de bruxaria...
Diante do espetáculo circense, não seria talvez melhor viver nesse mundinho de "faz-de-conta", em que o "amor" vence qualquer barreira? A borralheira casando com príncipe milionário (imagino que haja príncipes pobres...), que deixa de ser sapo, e vivendo feliz para sempre?
Francamente... Recebido como "celebridade", com discurso de candidato a Prefeito, com todas as honras dos "cumpanhero"... Acredito que essa seja a grande ficção, a grande fantasia capaz de hipnotizar milhões de brasileiros, vítimas do maior estelionato eleitoreiro que já se praticou nesse país. 
Diz o Eclesiastes: "quem acresce em conhecimento, acresce em dor". O alemão Schopenhauer pegou a palavra do Pregador e dela teceu seus Aforismos para a Sabedoria na Vida.
Pois é, fico por aqui, com o meu espanto, anotando que do Livro do Eclesiastes, prefiro os versículos 4, 8, 9 e 10. Eles dizem:
4. Uma geração vai, e outra geração vem, mas a terra para sempre permanece.
8. Todas estas coisas se cansam tanto, que ninguém o pode declarar; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir.
9. O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que não há nada de novo debaixo do sol.
10. Há alguma coisa que se possa dizer: vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.

A CEIA DO SENHOR E O PESSACH NO CONTEXTO RELIGIOSO MODERNO

(1492 AC – 2009 DC).
PABLO LAMOUNIER AZEVEDO MESQUITA*
* Estudioso da teologia judaica messiânica, com interesse tematico nas raizes do judaismo e do cristianismo.
INTRODUÇÃO
Nas Igrejas em todo o mundo, é costume celebrar a Ceia de Adonai mensalmente e em alguns casos semanalmente, isso varia muito da doutrina litúrgica de cada denominação. Não é preciso aqui citar nomes! Mas estudaremos as diversas práticas.
Algumas igrejas evangélicas estabeleceram a ceia no primeiro domingo do mês, em outras, no último, na igreja católica é conhecida como Eucaristia celebrada a cada missa.
O texto de apoio usado para a prática está em 1 Coríntios, Capitulo 11, 17-34, mas nem sempre ou nunca se observa o trecho referente à Ceia por inteiro e isso traz um sério problema na sua interpretação.
Essa é a forma correta de celebração? Por que as igrejas celebram desta forma? O que dizem as Escrituras a respeito? Ceia e Pessach são a mesma coisa?
Adiante buscaremos respostas para essas indagações.
DESENVOLVIMENTO
O passado para muitos ainda é sombrio e frio, o homem em sua arrogância e insubmissão vem a cada dia se afastando dos princípios morais e éticos deixados por Adonai D-us, e por que não falar dos estatutos, tais como: Pessach, Matzot, Habicurim Shavuot, Shofarot, Yom Hakipurim, Sucot e muitos outros?
D-us em sua fidelidade trabalha até hoje para que todos sejam salvos, assim sempre haverá um remanescente, o qual D-us usará para que sua palavra seja anunciada.
O grande problema é que o homem sofre da síndrome da corruptibilidade e deixa que em seu coração entre todo tipo de engano, e ministra como homem de D-us na casa de D-us. As pessoas que recebem estes ensinamentos nem sempre questionam, assim se prolifera o engano, e com o passar dos anos formam-se cartilhas e muitos deixam de observar a fonte de vida, o Tanach, utilizando-o como referência e nada mais.
Os estudiosos de hoje cometem os mesmo erros que cometeram os tais do passado e não pensem eles que virá o Mashiach para ensiná-los, como esperavam os patriarcas, pois Ele já veio e terminou sua obra. Cabe a nós concluirmos a nossa, crendo e recebendo de Adonai por meio de seu enviado a Rúach Hakôdesh (Espírito Santo) toda revelação da obra conclusa.
É difícil ver que os lideres das diversas denominações não entendem nem mesmo o que pregam: talvez este seja o problema. Pregam, mas não vivem! Não discernem o corpo de que fazem parte, mas D-us é fiel e irá restaurar este corpo, limpará toda ferida como fez a Jó. Este representa a D-us, tipifica o corpo limpo que posteriormente foi tocado pelo Diabo e no seu sofrimento profere palavras contra D-us e nem seus amigos sábios puderam perceber este mal, tendo-o ainda como justo, até que um jovem chamado Eliu, cheio da Rúach Hakôdesh toma a palavra e declara a culpa de Jó, que por sua vez, se arrepende e é restaurado.
Da mesma forma acontece com a Igreja, mas é tempo de ouvir o D-us de Israel e se arrepender.
Será que o corpo está sendo bem distinguido pela Igreja? Quando se reúnem num lugar o que estão celebrando, é a Ceia de Adonai?
Para entender qualquer texto, necessário se faz buscar a linha de pensamento (cultura) do autor.
“INSTRUÇÃO QUANTO A CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
17. Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.
18. Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.
19. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.
20. De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia de Adonai.
21. Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se.
22. Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.
23. Porque eu recebi de Adonai o que também vos ensinei: que o Senhor Yeshua, na noite em que foi traído, tomou o pão;
24. E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
25. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
26. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
27. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice de Adonai indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.
28. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
29. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
30. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.
31. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.
32. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Adonai, para não sermos condenados com o mundo.
33. Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.
34. Mas, se algum tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação. Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for”.
1 Coríntios 11-17:34
O verso 20 do texto citado, deixa claro que a Ceia é composta do pão e do calice de vinho, e de seu cordeiro. Está foi dada por Adonai D-us e não por Yeshua.
Vejamos algumas palavras de Yeshua:
“11. Mas Yeshua disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?”
João 18:11
“39. E eles lhe disseram: Podemos. Yeshua, porém, disse-lhes: Em verdade, vós bebereis o cálice que eu beber, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado”.
Marcos 10:39
Observe-se como Sha’ul fala no verso 23 que recebeu de Adonai o que também ensinou, citando a noite em que Yeshua foi traido, onde toma o pão e o cálice. No verso 21 podemos ver claramente Sha’ul exortando os que estavam antecipando, removendo do contexto original, o ritual, bem como vemos nas Igrejas atuais, a bel prazer! E por isso se encaixam perfeitamente no verso 30, por causa disso estão dormindo para a verdade e doentes.
É possível que as traduções tenham sido feitas por pessoas tendenciosas, gerando alguns pontos de dificil intepretação, mas que de modo algum retiram a legitimidade dos fatos que nos são revelados pela Rúach Hakôdesh.
Na noite da traição, Yeshua pede a seus dicipulos para lhe preparar o Sêder de Pessach, embora o texto diga ser chegada a festa dos pães ázimos, podemos entender ser uma aproximação, não o dia da festa própriamente. Sabendo Yeshua de seu sofrimento, antecipa em algumas horas a Ceia pois não se faria presente no momento em que Israel estaría à mesa, mas Ele se poría à mesa na forma de Cordeiro. Ora, tendo Ele autoridade para dizer (e ser) que é Senhor do Shabat, não teria para antecipar a Ceia? Pois Elohim também permitiu uma abertura no mês segundo, para que aquele que não estivesse em condições, pudesse celebrar o Pessach no mês senguinte.
Conforme a ordenança de D-us os momentos que seguem o Sêder de Pessach tornam-se um grande Shabat, e nesse dia nenhuma obra deve ser feita, o que reforça a interpretação de Yeshua antecipando a Ceia (confira Gráfico da semana abaixo) e logo em seguida foi preso, e uma série de eventos continuam a acontecer, em questão de horas Ele é morto, logo a seguir vem o grande dia de Shabat. O 15 de Aviv!
“31. Os judeus, pois, para que no shabat não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados”.
João 19:31
Podemos especular que Ele se prepara no fim do dia 13 e entra no dia 14 celebrando o sêder, o que não invalida o Sêder de Pessach que seria celebrado ao findar do dia 14 e entraria no dia 15 como Pessach. (Verifique o referido Gráfico da semana)
O memorial estabelecido na Torá, não sofre alterações em relação as ordenanças, mas é sobreposto por um novo e perfeito, como pode ser visto no verso 25 de 1 Coríntios já citado e comparado com Hebreus, Capitulo 8, que é bem claro em relação ao dia em que o povo hebreu foi tirado do Egito.
“8. Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz Adonai, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,
9. Não segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito, como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz Adonai.
13. Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar”.
Hebreus 8-8:9;13
O objetivo deste texto é desmistificar a Ceia de Adonai, e para isso certamente teremos como base a Torá, pois é aqui que encontraremos o primeiro Sêder de Pessach. Vamos então ao texto de Shemot, Capitulo 12: O que disse Adonai D-us a Moshe? -Separe para vós um cordeiro macho sem defeito, no décimo quarto dia À TARDE (ao entrar o décimo quinto) o imolareis e o comereis com vinho e pão não fermentados, devendo ser feito assim de geração em geração na contagem dos dias e meses de acordo com o estatuto dado por D-us.
Hoje, se interrogarmos um judeu sobre qual seja este dia certamente ele o saberá. Podemos recorrer também à internet onde facilmente encontraremos o calendário hebreu e sua correspondência com o romano, desta forma identificando o dia 14 de Aviv (Nissãn).
Não é segredo que o cordeiro do Pessach encontrado no livro de Shemot e nos seguintes, tipificava o Mashiach que haveria de vir e que veio.
“De acordo com a tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3500 anos”.
pt.wikipedia.org/wiki/Pessach
“A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA
1. E falou Adonai a Moshe e a Arão na terra do Egito, dizendo:

2. Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
3. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família.
4. Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro.
5. O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.
6. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
7. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
8. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.
9. Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.
10. E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.
11. Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do YHWH.
12. E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou Adonai.
13. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
14. E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Elohim; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
15. Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel.
16. E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós.
17. Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.
18. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde.
19. Por sete dias não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra.
20. Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães ázimos.
21. Chamou pois Moshe a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa.
22. Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã.
23. Porque Elohim passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, Adonai passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir.
24. Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre.
25. E acontecerá que, quando entrardes na terra que Adonai vos dará, como tem dito, guardareis este culto.
26. E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este?
27. Então direis: Este é o sacrifício de pessach a Adonai, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.
28. E foram os filhos de Israel, e fizeram isso como Adonai ordenara a Moshe e a Arão, assim fizeram”. Êxodo 12-1:28
Após a leitura deste texto, fica explicito que Elohim estabelece um memorial e dá ao povo judeu toda a receita do mesmo. Neste memorial está contido o Sêder (ceia) que nada mais é do que um banquete com alguns símbolos, que mais tarde culminariam no sacrifício do Mashiach.
Mesmo entendendo que aqui está um memorial, ainda há divergências na leitura do texto com relação aos dias quatorze e quinze. Muitos interpretam o dia quatorze como o dia do Pessach e o dia quinze separadamente como o Shabat solene, início da festa de Chag HaMatzot, quando na verdade o Pessach é celebrado no dia quinze, justamente no início da festa.
Pois no dia quatorze á ordem de Adonai foi para que se sacrificar o Cordeiro do Pessach. Esse cordeiro era sacrificado para o dia quinze, sendo imolado no crepúsculo da tarde do dia quatorze para entrar no dia do Pessach na primeira hora do dia. (Consulte o Gráfico da semana)
“Pessach (do hebraico פסח, ou seja, passagem) é o nome do sacrifício executado em 14 de Nissãn segundo o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos (Chag haMatzot). Geralmente o nome Pessach é associado a esta festa também, que celebra e recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro de Shemot (Êxodo)”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessach
Se Pessach significa “passar sobre” então, há mais uma evidência que o dia do Pessach é mesmo o dia quinze de Aviv, pois à meia noite Adonai passou sobre as casas que estavam marcadas e não permitiu o destruidor entrar (noite do dia quinze).
A Brit Chadasha (NT) em conformidade com o Tanach, confirma que esse dia quatorze é o dia da preparação, se é o dia da preparação, então não é o Pessach.
“52. Esse, chegando a Pilatos, pediu o corpo de Yeshua.
53. E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol, e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto.
54. E era o dia da preparação, e amanhecia (iniciava-se) o shabat”.
Lucas 23-52:54
Enfim, deste memorial surgiu o Sêder celebrado na noite do dia quinze, após toda a preparação do dia anterior, que corresponde exatamente ao mesmo dia da celebração da chamada Ceia de Adonai, encontrada na Brit ChaDasha em todos os quatro evangelhos.
“Celebração de Pessach na época do Segundo Templo.
Em 14 de Nissãn, pela manhã, o Hametz (alimento fermentado) era eliminado e os sacerdotes do Templo preparavam-se para Pessach. O trabalho secular encerrava-se ao meio dia e iniciavam-se os sacrifícios às quinze horas.
Deixando o templo, cada família carregava seu animal sacrificado e o assava, fazendo em suas casas uma ceia festiva, onde todos se vestiam de branco. Esta ceia seguia os princípios do atual Sêder de Pessach, com exceção da inclusão do cordeiro pascal. Após a ceia, muitos iam para as ruas festejar, enquanto outros iam para o Templo, que abria suas portas à meia-noite.
Com a destruição do Segundo Templo, a impossibilidade de haver um local de reunião e sacrifício tornou inviável o prosseguimento dos sacrifícios de cordeiros. Inicia-se então a transformação de Pessach em uma noite de lembranças, sem o sacrifício pascal.
A comemoração de Pessach
A cada geração cada ser humano deve-se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito: "Você deverá contar aos seus filhos, neste dia, "D'us fez estes milagres para mim, quando eu saí do Egito".
A festa de Pessach é antes de tudo uma festa familiar, onde nas primeiras duas noites (somente na primeira em Israel) é realizado um jantar especial chamado de Seder de Pessach. Desta refeição somente devem participar judeus e gentios convertidos ao judaísmo”.
www.judaismomessianico.net/pessach.htm
CALENDÁRIO DA SEMANA REPRESENTATIVO DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DE YESHUA (O PESSACH)
Chave explicativa: O Gráfico propõe ao leitor um fácil entendimento do dia Hebreu, demontrando o início do dia em sua primeira hora, que o diferencia do calendário romano. As marcações demonstram os acontecimentos em suas ord
ens. Vale lembrar que, quando a Palavra diz que Yeshua ficaria três dias e três noites no coração da terra, está dizendo de forma literal (72 h). Usando o Gráfico, pode-se contar de forma correta este período, com o cuidado da associação entre cores e eventos.
GRÁFICOS PARA COMPARAÇÃO
Chave explicativa: O Gráfico propõe uma interpretação simbólica de fatos históricos e escatológicos. Na ordenaça de YHVH, para se observar o Shabat há uma intenção do Eterno de retorno. Yochanan o Batista, usado por Hashem, convida o homem a esse retorno, quando chama-nos ao arrependimento. Demonstra também os dois Shabatot ocorridos na semana da morte e ressurreição de Yeshua, e sua correlação com o Reino Milenar e o Reino de D-us.
O Shabat é a pura revelação de Adonai em trazer o homem de volta para o Éden e a comunhão com Ele. Os acontecimento da semana da ressurreição estão entrelaçados com os milênios já ocorridos e o por vir, lembrando que já passaram-se cinco milênios e só resta um antes do Reino de D-us, e é justamente o Reino do Mashiach (a sexta-feira / sexto milênio). É importante que o leitor veja dentro deste Gráfico a semana comum e a semana milenar, terminada no descanso eterno, na transição do Reino de Yeshua para o Reino Eterno de YHVH.
CONCLUSÃO
O corpo é a palavra de D-us, assim as pessoas devem saber discernir o corpo pela Palavra, que também é Yeshua o cordeiro imolado. Faz-se necessário entender o que o apóstolo Yochanan disse no início de seus escritos:
“1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com YHWH, e o Verbo era Elohim.
14. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.
Jo 1: 1;14
É preciso discernir o corpo para não contrair juizo, isso só poder ser feito através do estudo da palavra por meio da Rúach Hakôdesh.
Interessante como Yeshua durante a celebração da Ceia toma um cálice e o abençoa, depois toma outro cálice e declara ser o sangue da nova aliança que seria derramado para remissão de pecados. Provavelmente Ele não bebe esse cálice, pois Ele mesmo declara ser seu sangue e por dizer que é sangue derramado pelo povo, o mais provavel é que Ele tenha derramado este conteúdo.
Pois a um judeu ou prosélito é proíbido o comer ou berber tal coisa.
Outro ponto interessante é o fato de estarem usando estes elementos como símbolo do que estava naquele momento prestes a ocorrer, pois em seguida começa seu sofrimento como Cordeiro do Pessach e seu sangue é derramado como já era simbolizado desde o Egito, e mesmo antes quando Avrachan oferece sacrifício.
Há um grave problema com a interpretação da crucificação, sobre o qual discorreremos ainda neste artigo. Primeiro, Sexta-Feira Santa nunca existiu, se assim o fosse não seria possível contar três dias na sepultura como profetizado. Mas as Escrituras nos dizem que aquele era o dia da preparação que antecede o Shabat, mas que Shabat? O Shabat solene, o dia quinze de Aviv que nessa ocasião caiu numa quinta-feira, por isso nós vemos as mulheres depois do Shabat (na ocasião sexta-feira) irem comprar incenso e ao final do Shabat elas vão ao sepulcro, e lá Ele já não estava.
Lucas irá nos abrir caminho para a revelação em nivel Remez e Drash:
“53. E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol, e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto.
54. E era o dia da preparação, e amanhecia o shabat”.
Lc 23: 53-54
O livro de Marcos nos dá uma boa noção dos acontecimentos:
“1. E, passado o shabat, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo”.
Mc 16: 1.
Então vemos antes do Shabat o sepultamento, após este descanso como ordena o mandamento, as mulheres preparam aromas, logo elas descansam o 2º Shabat que é o semanal.
“56. E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no shabat repousaram, conforme o mandamento”.
Lc 23: 56.
E a finalização de Matitiyahu:
“1. E, no fim do shabat, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro”.
Mt 28: 1.
Aí está a única forma de se contar três dias sepultado.
Por fim, Ceia e Pessach não são duas coisas distintas mas uma única coisa: PESSACH!
Assim como Sha’ul recebeu e ensinou assim também devemos ensinar. E não foi um kidush mas PESSACH!
Desperta, ó tu que dormes!!!
Referencia: http://lamouniergyn.blogspot.com/2009/01/c