sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Levante do Gueto de Varsóvia


O Levante do Gueto de Varsóvia
O Gueto de Varsóvia foi estabelecido formalmente em 2 de outubro de 1940. Seis semanas mais tarde, em 15 de novembro, ele foi cercado por muros, como se vê nesta foto de 1941. No gueto, os direitos dos judeus eram limitados, suas condições de vida eram deploráveis e eles ficavam restritos a uma pequena área, facilitando sua deportação para os campos de extermínio.

Há 60 anos, durante a Segunda Guerra Mundial, em um dos períodos mais sanguinários da história da Humanidade, a perseguição aos judeus assumia proporções inéditas nos países ocupados pela Alemanha.
Fiel ao programa de eliminação dos judeus, traçado em seu livro Mein Kampf (Minha Luta), Hitler estava determinado a atingir seus objetivos e realizar a sua obra. Grande parte dos judeus que haviam sido deportados da Alemanha e da Áustria já haviam morrido nos campos de concentração, enquanto milhares de outros estavam a caminho do mesmo trágico fim.
No entanto, o destino final das vítimas ainda era ignorado pela maioria. Apenas o Vaticano, em função da presença de seus representantes ao redor dos campos da morte nazistas, tinha informações precisas sobre o que estava acontecendo aos judeus. Porém, apesar de receber constantemente relatórios sobre os fatos, o papa Pio XII – então líder supremo da Igreja Católica – permaneceu calado. Nada, então, podia deter o monstruoso plano de exterminação de Hitler, face ao silêncio daquela que era a única potência moral que detinha o poder e os meios para modificar a grande indiferença – ou mesmo conivência –dos habitantes dos povoados de onde os judeus eram deportados.
[...] A parte que tocou ao povo judeu disperso na Diáspora (Dispersão) foi calcada na perseverança e resignação e na esperança de um dia ver, finalmente, a justiça triunfar sobre o ódio – um ódio que fora disseminado pela Europa, durante 18 séculos, através de ensinamentos cristãos baseados em calúnias e desprezo. Mas as raízes desse mal já eram tão profundas que o povo judeu, mais uma vez, teve que vivenciar as trágicas conseqüências do preconceito.
Quando o governo alemão instalou-se na Polônia, em outubro de 1939, uma de suas primeiras providências foi transferir e aprisionar, no exíguo espaço do antigo bairro judeu, os 400 mil judeus de Varsóvia. Em condições normais, esse bairro tinha a capacidade de abrigar apenas 60 mil pessoas. Um muro foi rapidamente levantado para isolar completamente o bairro, que tornou-se um "gueto" no sentido mais exato e nefasto da palavra. Aos judeus de Varsóvia presos no gueto se somaram rapidamente 100 mil outros, evacuados de povoados vizinhos. Toda essa população vivia em condições sub-humanas. Em cada cômodo disponível viviam em média 13 pessoas, enquanto grande parte da população sequer tinha um abrigo.
A resistência judaica começou a se formar no início de 1940, mas apenas no dia 2 de dezembro de 1942 foi organizado um grupo de combate, reunindo todas as tendências políticas possíveis.
Apesar de receber constantemente relatórios sobre os fatos, o papa Pio XII – então líder supremo da Igreja Católica – permaneceu calado.

No dia 9 de janeiro de 1943, Himmler, então chefe supremo da Gestapo, chegou, de surpresa, a Varsóvia, indo até o gueto. Logo se seguiu a ordem de destruí-lo e exterminar todos os seus habitantes. Assim, no dia 18 de janeiro de 1943, vários batalhões da SS marcharam rumo ao gueto, mas, pela primeira vez, os alemães foram recebidos ao som de granadas e metralhadoras. Após sofrerem muitas baixas, as tropas da SS foram obrigadas a se retirar.
Os líderes do levante, encabeçados por Anilevitch, então com 24 anos, fizeram um apelo ao mundo exterior. Palavras carregadas de emoção foram transmitidas por uma rádio clandestina: "Declaramos guerra à Alemanha, a declaração de guerra mais desesperada que já foi feita. Organizamos a defesa do gueto, não para que o gueto possa defender-se, mas para que o mundo veja a nossa luta desesperada como uma advertência e uma crítica".
Depois de uma trégua de três meses, em 19 de abril de 1943, forças alemãs e colaboracionistas poloneses, ucranianos e lituanos cercaram o gueto. Por duas vezes, os atacantes foram rechaçados, com inesperada força, pelas armas dos defensores do gueto. Após sofrer perdas consideráveis, os atacantes acabaram fugindo de forma desorganizada. Para os defensores do gueto, o desespero era sua força e no telhado mais alto tremulava a bandeira azul e branca de Sião.
Diante de tamanha resistência, o comandante alemão Jürgen Stroop recebeu ordem pessoal de Hitler para usar de todos os meios a fim de destruir o gueto: artilharia, blindados, lança-chamas, gás asfixiante. Era uma luta corpo a corpo nas ruas, nas casas, sala por sala, sobre os telhados, nos porões, nos esgotos. Finalmente, no ataque final, a aviação alemã teve que intervir para acabar com os últimos focos de resistência.
Em 8 de maio de 1943, Mordechai Anilevitch, a esposa e seus companheiros tombaram, armas em punho, após recusarem-se a se render, mesmo diante da promessa de terem suas vidas poupadas.
Em 16 de maio, o general Stroop enviou um telegrama a Hitler: "O bairro judeu de Varsóvia não existe mais". Esse general do "Herrenvolk" (Povo de Senhores, tão exaltado pelos nazistas) estava orgulhoso de seu feito. Para festejar, mandou dinamitar a grande sinagoga de Varsóvia, "comemorando", assim, a fase final da exterminação daquela que havia sido uma das grandes comunidades judaicas da Europa.
Ao mesmo tempo, Schmuel Zigemboim, único judeu membro do Conselho polonês exilado em Londres, suicidou-se para protestar contra aquilo que chamou de "conspiração do silêncio". Em uma nota enviada à imprensa, dizia: "Ao assistir sem reação alguma à matança de milhões de seres inocentes e indefesos, os países livres do mundo ocidental tornaram-se cúmplices dos assassinos".
Essa acusação era dirigida à resistência polonesa, que ignorou os apelos feitos pelos moradores do gueto. Exceto alguns patriotas – que o Yad Vashem (Instituto em Memória do Holocausto, em Jerusalém) mais tarde homenagearia – os poloneses, em sua grande maioria, preferiram deixar o "problema judeu" por conta dos alemães. Quando algumas centenas de sobreviventes do gueto puderam juntar-se à resistência, em sua maioria polonesa, muitos foram assassinados de forma vil por fascistas poloneses que colaboravam com os nazistas. Mais tarde, quando eles mesmos pediram ajuda aos russos, estes tiveram a mesma atitude: fingiram não ouvir, permitindo aos alemães massacrar sem piedade 150 mil poloneses.
Mas as acusações mais amargas são feitas aos dirigentes do mundo livre. Todos podiam ter feito muito para impedir ou pelo menos retardar o genocídio mais monstruoso da História. Mas nada fizeram. Eles só enxergaram a terrível realidade da barbárie nazista depois de descobertos os campos da morte, os fornos crematórios ainda fumegantes os restos humanos empilhados.
Quando o monstro nazista foi abatido, o mundo, estarrecido, gritou: "Nunca mais!" As nações livres juraram ser, no futuro, vigilantes quanto a qualquer nova tentativa de crimes contra a humanidade. Mas, infelizmente, por várias vezes, esse juramento não foi cumprido e eles foram e são cometidos até os dias de hoje. (extraído de www.morasha.com - http://www.beth-shalom.com.br).

O Reinaldo postou eu copiei Vamos detonar a Petralhada.

Estou aumentando o Mata-burro! Valeu Rei....


Como pensa e como escreve uma besta ao quadrado

Alguém que se assina “Roney Marques” — não sei se moço ou moça — me envia o seguinte comentário (publico como chegou):
“É de se compreender o seu incomodo com o fato de sociologia e filosofia serem disciplinas obrigatórias…o censo crítico delas ficará mais aguçado e ae não vai perder tempo lendo certas babaguices alguns colunistas pseudo-jornalistas andam publicando por ae. Seu blog por exemplo, acredito q seria largado as traças.”
Deu para entender mais ou menos, não? Os quadrúpedes são mesmo incapazes de pensar logicamente. Esse aí deve ter sobrevivido até agora por instinto. A pessoa defende filosofia e sociologia na escola e acha que eu sou contra (o que é falso!). Diz que, com “censo” (!) crítico mais aguçado, os leitores deixariam meu blog de lado e não leriam certas “babaquices”. Logo, se o ser está aqui, é porque lhe falta, segundo seus próprios critérios “censo” crítico aguçado!
É possível que não tenha tido filosofia e sociologia na escola. Português, se teve, foi inútil. Vejam (em vermelhito) quantos erros cometeu a cavalgadura em quatro linhas (ignorei a “linguagem” de Internet: “ae”, “q”…). “Censo crítico” deve ser coisa do IBGE. Ele quis dizer “senso”. Tenho certeza de que é favorável à diminuição da carga horária de português nas escolas. Deve pensar como aquele secretário: “Se saí da escola analfabeto com as aulas que existem hoje, quem sabe cortando…”
Vá procurar a sua turma, “babaga”!!! O pasto fica em outros blogs.
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 24 de setembro de 2011

Por Reinaldo Azevedo. Veja

A festa do Bode como diria Mário Vargas Losa

A VEJA desta semana traz uma reportagem impressionante de Daniel Pereira e Rodrigo Rangel intitulada “A festa dos bodes”, sobre a impunidade no Brasil, suas origens e suas causas. Uma festa de arromba ocorrida em Minas foi mesmo um espanto. Reproduzo um trecho.
(…)
Relator do caso que resultou no arquivamento do processo que investigou a família Sarney, o ministro Sebastião Reis Júnior foi empossado em junho passado no STJ. Um de seus amigos diletos é o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro. Kakay, como o advogado é conhecido em Brasília, também é amigo de Sarney e defensor do clã maranhense há tempos. (…) “O Sebastião é meu amigo há muito tempo, mas não atuei nesse caso, não conheço os detalhes do processo nem sabia que ele era o relator”, diz Kakay. Em fevereiro, o advogado organizou uma feijoada na mansão em que mora, em Brasília, que reuniu ministros, senadores e advogados famosos. Sebastião Reis era um dos convidados. Na ocasião, apesar de ainda ser aspirante à vaga no STJ, já era paparicado como “ministro” por alguns convivas. O ministro do Supremo Tribunal Federal José Dias Toffoli também participou da feijoada, que varou a madrugada. Ah, as festas e os quartos de hotel em Brasília…
No dia 17 passado, um sábado, Toffoli, Kakay e representantes de famosas bancas de advogados de Brasília voltaram a se encontrar em uma festa, em Araxá, Minas Gerais, no casamento de um dos filhos do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. O aeroporto da cidade não via um movimento assim tão intenso fazia muito tempo. Os convidados mais famosos chegaram a bordo de aviões particulares, inclusive o ministro Dias Toffoli. Em nota, ele explicou que o avião lhe fora cedido pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, onde dá aulas. Naquele dia, por coincidência, o ministro, que estava junto de sua companheira, informou que tinha um compromisso de trabalho no campus que a instituição mantém em Araxá.
Sepúlveda Pertence é o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência - uma espécie de vigilante e fiscal do comportamento das autoridades do Executivo. Além de Kakay e Toffoli, ele recebeu como convidados o ex-senador Luiz Estevão (condenado a 31 anos de prisão e que deposita suas últimas esperanças em se safar da cadeia nos recursos que serão julgados no STJ e no Supremo) e o empresário Mauro Dutra (processado por desvio de dinheiro público) - e advogados que defendem ou já defenderam ambos. Toffoli é relator de um dos processos de Luiz Estevão no Supremo. Os quartos do hotel mais luxuoso da cidade foram ocupados, portanto, por juízes, réus e advogados que atuam em processos comuns. A feijoada de Brasília terminou na madrugada do dia seguinte, com um inofensivo karaokê. A festa de Araxá também avançou a madrugada, embalada por música eletrônica. Havia, porém, uma surpresa guardada para o final.”
Era a farta distribuição de lança-perfume, o que é crime, segundo as leis vigentes no país, pelas quais boa parte daqueles convivas — exceção feita aos criminosos, claro! — deveria zelar. Leia a íntegra da reportagem na revista.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Uma Aula do Rei.... Reinaldo AZEVEDO

Netanyahu faz um grande discurso; em vez de proselitismo, argumentos. Avaliem

Logo depois de Mahmoud Abbas, discursou na Assembléia Geral da ONU o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Seu discurso está sendo escondido pela máquina publicitária pró-palestinos. Fez o que Mahmoud Abbas se negou a fazer: apresentou argumentos. Enquanto o líder palestino se limitou a demonizar Israel e se apresentar como vítima, o primeiro-ministro israelense lembrou as condições para a paz duradoura. “Ah, mas isso e porque você é pró-Israel”. É, sou “pró” a existência de Israel, que essa é a questão de fundo, quase nunca dita. Os que vêem os palestinos apenas como vítimas e acreditam que só os israelenses têm de fazer concessão omitem, por vergonha, uma consideração de fundo:  de fato, acham que Israel não deveria existir. O que disse Netanyahu?
ASSENTAMENTOS
“Abbas disse que a fonte do conflito são os assentamentos. Nosso conflito já dura mais de meio século, antes que houvesse um único colono [na Cisjordânia]. Os assentamentos não são a origem do problema, mas o resultado. Essa é uma questão para ser tratada e resolvida nas negociações. A fonte do conflito é que [os palestinos] não reconhecem um estado judeu, não importas com que fronteira”.
Pois é… Netanyahu tem razão. Os palestinos insistem, por exemplo, na volta do que eles chamam refugiados, o que faria com que Israel deixasse de ser um estado de maioria judaica — e assim ele foi fundado em 1948. Notem que ele não está dizendo que os assentamentos são inegociáveis. Ao contrário: só existem porque outras questões não foram negociadas. “Mas é preciso haver um estado de maioria judaica?” O que vocês acham que aconteceria com os judeus com uma maioria árabe? Perguntem ao estatuto do Hamas.
FALSA QUESTÃO
“Há a teoria de que, se sairmos dos assentamentos, chegará a paz. Saímos do sul do Líbane e de Gaza. E o que aconteceu? Os moderados não venceram os radicais. Foram os radicais que devoraram os moderados.”
Bem, meus caros, tenho escrito isso aqui desde que o blog existe e em outros lugares antes de ele existir. Se os palestinos tivessem uma prova a exibir de que a ausência de Israel traz a paz, seria bom exibi-la… Mas só se tem o contrário, não é? A paz com o Egito foi possível porque aquele governo, de fato, conteve os radicais — ao menos até a queda de Mubarak. Bastaram alguns meses da “Primavera” para que forças egípcias passassem a colaborar com o terror. É fato!
SEGURANÇA
“Israel está preparado para ter um estado palestino na Cisjordânia, mas não para ter outra Faixa de Gaza (…) Vocês permitiriam, por acaso, que perigos como esses [terrorismo] se dessem na fronteira de suas respectivas nações? Deixariam que isso acontecesse com seus familiares? Nós nos lembramos das amargas lições de Gaza. (…) Em Ramallah, há muitos que querem castigar os judeus com a morte. Isso é racismo. (…) Os palestinos devem construir a paz com Israel e, então, conquistar o seu estado. Quando houver paz, seremos o primeiro país a reconhecer aqui a Palestina como estado independente”
Bem, eu concordo com cada palavra. Há uma fórmula que circula por aí assim resumida: “Terra por paz” - Israel daria as terras para conquistar a paz. A minha síntese é outra e coincide com as palavras acima: “Paz por terra”. A paz vem primeiro. Ou não há negociação, mas chantagem.
A PAZ
“Buscamos com os palestinos uma paz longa e duradoura. Sei que essa não é a imagem que se tem habitualmente de Israel (…) Somos a única democracia real do Oriente Médio. Às vezes, na ONU, os vilões têm sido os protagonistas. Israel foi condenado em 21 de 27 resoluções da ONU”.
Nada a acrescentar ou a contestar. Ou alguém tem?
OS FATOS
“Não há paz, há guerra. Temos o Irã, que derrotou a Autoridade Nacional Palestina por intermédio seu satélite, o Hamas. (…). O mundo à volta de Israel está se tornando algo mais perigoso (…). Cuidado! Porque a “primavera árabe” pode se converter no “inverno iraniano”
Pois é… Se o primeiro-ministro israelense lesse português, diria que leu um texto meu do dia 6 de setembro. Escrevi ali: “No fundo, querem que o país [Israel] se desculpe por existir. É a Primavera do Fundamentalismo, o Inverno da Razão.” Netanyahu se refere ao fato óbvio de que as forças que se têm levantado no mundo árabe são todas mais hostis a Israel do que as que foram depostas.
CONCESSÕES
“Em 2000, Israel fez uma grande oferta de paz. Arafat a recusou. E, em 2008, fez uma oferta ainda maior. Abbas nem sequer respondeu. (…) Nossas esperanças de paz nunca terminaram. (…) Israel tem oferecido a paz desde que nasceu, há 63 anos. Seguimos oferecendo-a hoje. Já a conquistamos com o Egito e a Jordânia. (…) Hoje estendemos a mão, de novo, ao Egito e à Turquia. E o faço com respeito e boa-vontade também à Líbia e à Tunísia, com admiração por tentarem construir um futuro democrático.”
NEGOCIAÇÕES
“Sigo com a esperança de que Abbas seja meu parceiro na paz. Antes de vir a esta Assembléia, eu lhe pedi que voltássemos a negociar sem precondições. Ele não me respondeu nada. (…) Temos de deixar de ‘negociar as negociações’ para negociar a paz. Será que esse conflito tem de seguir por gerações? Presidente Abbas, eu lhe ofereço a mão de Israel em sinal de paz. Os dois povos somos filhos de Abraão. Um patriarca e uma terra nos unem. Que brilhe a luz da paz. Estamos a milhares de quilômetros de nossas respectivas casas, estamos em um mesmo edifício. O que impede que nos reunamos hoje e comecemos a negociar?”
Pois é… Odiado — pela imprensa politicamente correta, contaminada pela máquina publicitária palestina — Benjamin Netanyahu fez um grande discurso. O que impede que conversem? Ocorre que Abbas, por enquanto, insiste num estranho método: primeiro Israel faz as concessões, depois eles negociam… Abbas repetindo o padrão das lideranças palestinas nos últimos 20 anos: dizem querer a paz apostando na guerra.
Por Reinaldo Azevedo

 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu acompanho Reinaldo azevedo...sim.

Eu, um homem do povo, digo à presidente de elite: A SENHORA ESTÁ ERRADA! Os pobres não são os culpados pela falta de ética!

Considero este um dos posts mais importantes que terei publicado aqui em cinco anos. Vocês entenderão por quê.
Eu sei o que alguns bobalhões dizem a meu respeito (sim, também há gente inteligente que não gosta de mim; posso suportar; não sou um homem carente): “Esse Reinaldo é muito agressivo”. Não sou, não! Sou um senhor até bastante educado. Eu fico um tantinho irritado porque eu acredito, de verdade!, em alguns valores que “eles” usam apenas como elemento de propaganda. Em parte, isso explica por que fui de esquerda durante um tempo, na adolescência e primeira juventude: dava mais relevo ao discurso generoso do esquerdismo — a igualdade — e entendia que a liberdade era um bem derivado daquele outro, que me parecia essencial. Feitas algumas sinapses, constatei o que hoje me parece óbvio: a liberdade é o nosso mais importante e inegociável bem.
Mas eu continuo, sim, empenhado, a meu modo e dentro dos meus limites, na luta pela igualdade; vale dizer: em ter um país em que todos sejam, na prática, iguais perante a lei. Para que se realize esse propósito, é preciso que o dinheiro do povo seja aplicado com decência. Para que se seja eficiente nessa aplicação, é preciso mudar a forma como se elegem os nossos representantes. As esquerdas são essencialmente mentirosas quando se dizem partidárias do povo ou suas legítimas representantes.
Qualquer leitor que tenha se interessado pela história dessa gente sabe muito bem: os que falaram, ao longo do tempo, como líderes das massas sempre nutriram um profundo desprezo pelos pobres; tomam-nos como um bando de alimárias morais, que precisam ser civilizadas. Não há um só pensador relevante de esquerda — nem para ser a exceção que contraria a regra — que não tenha partido do princípio de que o “povo” é composto de bestas que podem ser conduzidas pra cá ou pra lá.
Entendam: é claro que deixados os homens entregues à sua própria natureza, cada um e todos eles dedicados apenas à defesa dos seus interesses, assistiremos à guerra de todos contra todos, ao caos. Ao longo do tempo, foram se criando instituições para mediar os conflitos. Sem elas, morremos todos no fim da história. É por isso que este “polemista”, como me definiu uma repórter da revista “TPM”, dá tanta importância às leis democraticamente instituídas e mete a botina no traseiro dos que especulam contra elas.
A política é a nossa única chance de civilização. Não há outra. Isso que chamo “civilização” compreende o acesso aos bens da cultura, àquilo que de melhor, humanos, conseguimos produzir. A luta pela democratização dessas conquistas é uma tarefa coletiva, um imperativo moral. A educação é o principal instrumento para compartilhar esse patrimônio. Ponto parágrafo. Leiam agora esta fala da presidente Dilma. Volto em seguida:
“Um país pode ser medido pela capacidade de atender às mães e as crianças. Se tivermos nossas crianças bem-educadas, com apoio, acolhimento e carinho, certamente teremos uma sociedade bem mais virtuosa, tanto do ponto de vista ético como no direito de cada um dos brasileiros a ter as mesmas oportunidades”.
Ela participava de uma solenidade, no Palácio do Planalto, para anunciar investimentos em educação. Está quase tudo errado nessa fala. É claro que as crianças e as mães precisam ser bem-atendidas; é claro que o esforço para eliminar a pobreza deve ser permanente, MAS É PURO PRECONCEITO, DOS MAIS DETESTÁVEIS E DOS MAIS REACIONÁRIOS, a afirmação de que a educação torna as pessoas mais éticas.
Dilma já teve de demitir cinco ministros, quatro por problemas éticos. A nenhum deles faltou educação esmerada; a nenhum deles faltaram as melhores condições para progredir e se desenvolver; a nenhum deles faltou o acesso aos bens universais da cultura; a nenhum deles faltaram as condições objetivas para uma vida digna, reta e feliz.
Corrupção, desmandos, malversação do dinheiro público, relações de compadrio… Nada disso é protagonizado pelo povo ignorante e deseducado. Ao contrário! O povo brasileiro — e, convenham, assim são os povos mundo afora — tem muito mais vergonha na cara do que suas elites. Com mais informação, com mais referências, com mais oportunidades, é bem possível que manejasse melhor o seu padrão ético, não votando em canalhas e vigaristas, por exemplo. Mas seu senso de moral é até mais severo do que o  de boa parte das pessoas com educação formal, tendentes ao relativismo.
Se os pobres brasileiros se comportassem como se comporta a elite política — na qual o PT é hoje força hegemônica —, seria impossível botar o nariz fora da porta. Uma minoria extrema dos pobres escolhe o caminho do crime — e tal escolha nada tem a ver com a pobreza. Não vou aqui abrir espaço para o “coitadismo” tão em voga no Brasil, mas eu conheço “o povo” de perto — Dilma não conhece. Ela vem daquilo que os petistas chamam “elite”. Tanto é assim que tentou instalar no país uma ditadura de esquerda para pôr a população no caminho reto; por isso queria ser a vanguarda das massas, que, naquela concepção, não chegariam sozinhas a lugar nenhum…
Não é a primeira vez que entro em contato com esse pensamento. A maioria dos “amigos do povo” que se distribuem na academia, no jornalismo e no debate público — UMA GENTE MUITO GENEROSA — parte do princípio estúpido, mentiroso, preconceituoso, de que o tal “povo” é constituído de zumbis à espera de uma alma, que lhe será concedida pela educação e pela cultura.
É falso! Falso e cruel! Os pobres também são capazes de fazer escolhas morais e escolhas éticas. Aliás, ao longo do dia, dos dias, da vida, têm muito mais oportunidades de optar entre o certo e o errado do que os que nasceram em famílias abastadas. Estas costumam proteger seus rebentos por um bom tempo das situações-limite.
Essa concepção vocalizada por Dilma Rousseff não é irrelevante e tem conseqüências perversas para os pobres. Ela se revela, por exemplo, no descaso de sucessivos governos com a segurança pública. O país é um dos campeões mundiais em homicídios por 100 mil habitantes. Entende-se que o crime é uma das expressões da falta de escola, da falta de saneamento, da falta de moradia. Não! A esmagadora maioria dos pobres segue as leis. O crime é expressão da falta de uma política decente de segurança pública, que proteja os pobres dos maus pobres e dos maus ricos.  Cadeia não substitui escola, mas escola não substitui cadeia, como quer certo onguismo picareta.
Precisamos de uma escola boa e de educação universalizada para que os brasileiros estudem matemática, ciências, língua portuguesa, história; para que possam desenvolver seu potencial criativo; para que dediquem seus melhores talentos ao pensamento e à investigação científica. O povo tem moral, presidente! O povo tem ética! Ele precisa de escola, sim, mas não para isso. A escola não é a nova VAR-Palmares da moral popular.
Infelizmente, presidente, são os bem-educados da política que atuam hoje como fatores da deseducação do povo.
Por Reinaldo Azevedo

 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

JULIO SEVERO. Simplesmente o Melhor

A Marca da Besta: A Educação do Futuro

Julio Severo
Se perguntassem para nós hoje como será a educação do futuro, talvez diríamos que será uma educação que, finalmente, eliminará completamente o analfabetismo e dará oportunidades de ensino para todos. Pelo menos, nosso desejo simples é o bem-estar das crianças, inclusive na área educacional. Educação é parte importante da vida. Assim, a vasta maioria dos pais espera mandar os filhos para boas escolas.


Contudo, e se perguntassem para Abraão, Isaque e Jacó como seria a educação do futuro? Parece que eles não tinham preocupações com essa questão, pois eles estavam ocupados com a responsabilidade de treinar os filhos para viver para Deus neste mundo. Deus também não estava preocupado, pois ele sabia que Abraão e seus descendentes cumpririam essa responsabilidade. Ele mesmo disse: “Porque o conheço e sei que ele ordenará a seus filhos e sua casa depois dele, e eles guardarão o caminho de Jeová, para praticarem a justiça e o juízo, a fim de que Jeová traga sobre Abraão o que ele falou dele”. (Gênesis 18:19 Darby)


Portanto, Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, revela que Deus estava perfeitamente consciente de que Abraão estava capacitado para dar uma educação alicerçada no lugar certo: nos mandamentos de Deus. Abraão, Isaque e Jacó não se preocupavam com a educação do futuro, pois sua atenção estava voltada para a importante missão de educar os filhos nos caminhos do Senhor. Não existia para eles interesse educacional maior do que formar nos filhos uma mentalidade com um profundo conhecimento e temor de Deus.


E se perguntassem para outros homens e mulheres da Bíblia como seria a educação do futuro? Parece que poucos teriam condições de responder, porém há dois homens que saberiam dar uma resposta relevante: Moisés e João. Tendo estudado nas melhores universidades do Egito, Moisés estava em condições de oferecer uma perspectiva com base em sua experiência no sistema educacional egípcio, que não era muito diferente do que conhecemos hoje. No entanto, parece que em nenhum lugar da Palavra de Deus se vê uma resposta tão clara e direta quanto uma importante revelação que se encontra no último livro da Bíblia. Em Apocalipse, o Apóstolo João pôde ver por revelação especial como seria o sistema educacional de um futuro que, bem provavelmente, também inclui nossa geração.


O QUE APOCALIPSE REVELA SOBRE O FUTURO

Entre as muitas visões que recebeu no livro do Apocalipse, João viu um sistema de governo mundial, sob a liderança da Besta, controlando a vida de todas as pessoas:


“[A Besta] obrigou todas as pessoas, importantes e humildes, ricas e pobres, escravas e livres, a terem um sinal na mão direita ou na testa. Ninguém podia comprar ou vender, a não ser que tivesse esse sinal, isto é, o nome [da Besta] ou o número do nome [dela]”. (Apocalipse 13:16-17 BLH)


Será que é difícil entender essa passagem? Deus ama as pessoas simples que o amam e lhe dão atenção. Ele escreveu sua Palavra de modo que mesmo alguém sem formação educacional do mundo possa compreender. “A explicação da tua palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples”. (Salmos 119:130 BLH) Como podemos então entender o que Deus está querendo nos dizer em determinados textos bíblicos? O que precisamos fazer é comparar uma passagem espiritual com outra passagem espiritual. Aliás, a própria Palavra de Deus nos ensina que podemos aprender a distinguir os pensamentos, intenções e revelações do Espírito Santo em Sua Palavra “comparando as coisas espirituais com as espirituais”. (veja 1 Coríntios 2:13 RC)


Então, comparando o texto de Apocalipse com duas passagens no Antigo Testamento que trazem indicação semelhante de sinal na mão e na testa, é possível entender o que esse simbolismo significa.


“Essa festa será como um sinal para vocês, como se fosse uma coisa amarrada na mão ou na testa, e os ajudará a se lembrarem de recitar e de estudar a lei do Deus Eterno; pois com grande poder ele os tirou do Egito”. (Êxodo 13:9 BLH)


“Isso será como uma lembrança, como alguma coisa amarrada nas mãos ou na testa. E nos fará lembrar que com o seu grande poder o Deus Eterno nos tirou do Egito”. (Êxodo 13:16 BLH)


A repetição da festa, ano após ano, ajudaria a educar o povo de Deus a nunca se esquecer da Palavra de Deus. Em termos bem simples, essa repetição era um método educativo usado para marcar profundamente a mente das pessoas, de modo que sempre se lembrassem de recitar e estudar a Palavra de Deus.


MARCAS PROFUNDAS

“[A Besta] obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)


Comprar e vender faz parte do sistema de vida da sociedade. Para sobreviver nesse sistema, no mínimo o cidadão precisa de um emprego. Principalmente em cidades grandes, praticamente todos os empregos exigem determinado nível de escolaridade. Aliás, uma das primeiras perguntas que um empregador faz a alguém que deseja um emprego é sobre grau de escolaridade. Mais do que nunca, um homem hoje precisa de um diploma escolar para poder ter uma ocupação no mercado de trabalho, e as exigências mínimas de escolaridade estão cada vez mais altas, obrigando assim crianças e adolescentes a passar o máximo de anos nas instituições escolares. Um ser humano hoje só é valorizado de acordo com um diploma oficial que comprova que ele passou anos estudando nas escolas e universidades. Está se tornando quase impossível viver sem um diploma escolar.


Essa tendência indica que logo não será possível conseguir um emprego sem uma escolaridade mínima aprovada pelo governo. Preocupados com os filhos e a fim de ajudá-los a não sofrer desvantagens e portas fechadas no mercado de trabalho, os pais fazem questão de forçá-los a passar o máximo de anos nas instituições de ensino. As pressões sociais, políticas e legais de hoje não permitem que um jovem consiga obter uma ocupação digna de trabalho sem um diploma escolar aprovado pelo governo, anulando assim suas chances de sobrevivência. Sem emprego, como é que alguém conseguirá comprar e vender para viver? É isso o que indica o texto de Apocalipse: os que não tiverem sido marcados na mão ou na testa não poderão fazer nada para sobreviver no mercado de trabalho. Qual então é o significado da mão e testa marcados?


Marca na mão: A mão é a parte do corpo que age, trabalha e realiza tarefas. O sinal na mão é um símbolo de que a pessoa recebeu uma formação educacional tão profunda e intensa que tudo o que ela faz traz a marca do que ela aprendeu. Ela foi ensinada a fazer as coisas de acordo com os ideais do sistema educacional do governo. Ela foi “marcada” para agir e se conduzir conforme a educação que lhe foi implantada.


Marca na testa: A testa é a parte do corpo onde fica a mente. O sinal na testa é um símbolo de que a pessoa recebeu uma formação educacional tão profunda e intensa que tudo o que ela pensa e fala traz a marca do que ela aprendeu. Ela foi ensinada a pensar e se expressar de acordo com os valores do sistema educacional do governo. Ela foi “marcada” para pensar conforme a educação que lhe foi implantada.


Se esse simbolismo realmente representa a influência de um sistema educacional no modo de as pessoas pensarem e agirem, então pode-se considerar essa influência como uma marca bem forte, pois hoje uma criança é obrigada a passar anos na escola institucional sendo marcada por muitos ensinos impostos pela educação do governo.


MISTÉRIO DA BESTA E SEU SIGNIFICADO

Qual é o significado do nome e número da Besta? Há a possibilidade de que nome e número possam ser uma referência bem simples aos conceitos básicos e essenciais de língua e matemática, que são as colunas fundamentais da educação. Assim, no sistema da Besta todos os cidadãos, cristãos ou não, são obrigados por lei a ir para a escola para aprenderem o básico (ler e escrever) e, no processo, absorverem “outros ensinos” que a Besta considerar importantes para a formação das crianças e adolescentes.


Portanto, a Besta mencionada em Apocalipse não é um homem, mas algum tipo de entidade espiritual por trás de um sistema social que controlará e dirigirá o rumo e a vida de todos os cidadãos. Assim, a Besta é um sistema operando aqui na terra sob direção e controle demoníacos. De que maneira exatamente a Besta controlará a vida das pessoas? Quem é a Besta?


O termo Besta significa no original grego animal selvagem ou pessoa má. Seguindo essa definição, é possível entender que todas as pessoas (de qualquer condição social, religião ou etnia) receberão uma formação educacional que as condicionará a pensar e viver sem a ajuda dos valores morais, exatamente como fazem os animais selvagens e as pessoas más. Em que sentido precisamente as instituições humanas de ensino poderiam implantar na mente das crianças abertura para condutas iguais ao comportamento dos animais selvagens ou das pessoas más?


SEXUALIDADE: UMA DAS QUESTÕES MAIS IMPORTANTES

Deus diz sobre a sexualidade humana: “É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”. (Gênesis 2:24 BLH) Aliás, o primeiro e mais importante mandamento positivo de Deus para o primeiro casal humano foi exatamente sobre sexo, casamento e família (veja Gênesis 1:28). Embora o homem tenha chamado especial de Deus para deixar pai e mãe para se unir à sua mulher, serem uma só carne, formarem uma família e dominarem o mundo, o sistema educacional moderno basicamente educa as crianças a pensar e agir sem limites morais, exatamente como se o ser humano fosse um animal selvagem.


Para combater a ameaça das doenças sexualmente transmissíveis, o governo oferece a solução da camisinha. Nas escolas públicas, os programas de prevenção a essas doenças têm “como principal objetivo possibilitar que crianças e adolescentes possam fazer escolhas na área da sexualidade com responsabilidade e sem culpa, sem correr riscos de uma gravidez indesejada e de doenças sexualmente transmissíveis”.[1] Crianças e adolescentes são ensinados a fazer “escolhas” na área sexual [eles podem aprender a decidir o que quiserem: sexo oral, vaginal, anal, etc.] com responsabilidade [sempre usando a camisinha e o controle da natalidade] e sem culpa [sem se sentirem incomodados com o sexo sem compromisso matrimonial]. É desse jeito que o governo quer que as crianças de escolas públicas aprendam a “proteger” seu prazer sexual de possíveis “transtornos”. Entre esses transtornos está a gravidez, que é colocada no mesmo nível das doenças sexuais.


Para o governo, o problema não é o sexo antes do casamento, mas a gravidez e a criança inocente já concebida. O problema é tudo (seja gravidez ou doença) o que atrapalha o adolescente de obter o prazer sexual, com ou sem casamento, com ou sem valores morais. Assim, o alvo do governo é usar as escolas para preparar os jovens para fazer sexo, não para entrar no casamento. Seu objetivo é educar os jovens a evitar a gravidez, não o sexo fora do casamento. Sua meta é ensinar “respeito” e “tolerância” para com a liberdade sexual, não respeito para com todos os compromissos morais envolvidos com o sexo, inclusive casamento, família e criação de filhos.


Ao excluir a importância e o valor do compromisso conjugal entre homem e mulher como única forma saudável e natural de se relacionar sexualmente, a educação das escolas acaba abrindo espaço para escolhas sexuais anormais, inclusive a homossexualidade. O homossexualismo tem sido apresentado e ensinado nas salas de aula não como um comportamento sexual contra a natureza, mas como um estilo de vida diferente, que merece respeito e tolerância. Basicamente, as escolas agora educam a criança para pensar e agir como animal selvagem ou pessoa má na área sexual. O sistema educacional da Besta faria diferente disso?


Os governantes entendem muito bem a importância da educação na formação dos futuros cidadãos. Em seu governo socialista, Lula lançou um programa abrangente inédito chamado Brasil Sem Homofobia, para cultivar nos cidadãos atitudes favoráveis ao homossexualismo e, através de campanhas, implantar na mente deles uma programação ideológica hostil que os faça rejeitar espontaneamente toda opinião contrária às práticas homossexuais. Essa programação os condicionará a ver como preconceito, discriminação e ódio toda posição, inclusive da Bíblia, que considere o homossexualismo como pecado, anormalidade e perversão. De que maneira ocorrerá essa sutil lavagem cerebral? O plano do governo é treinar principalmente os professores de escolas públicas para fazerem apresentações exclusivamente positivas da conduta homossexual para os estudantes. Então, será de estranhar ver e ouvir, daqui a alguns anos, a maioria dos jovens defendendo o homossexualismo com naturalidade? Tal defesa será evidência de que os anos que eles passaram nas escolas produziram os resultados esperados pelas campanhas “educativas”. Assim, o governo vê a escola como elemento chave em seu esforço para formar e mudar a mentalidade das crianças. A Besta verá as escolas de modo diferente?


RISCOS ESPIRITUAIS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Além da sexualidade, é a vontade do governo que a educação pública também inclua, disfarçadamente, elementos religiosos. Embora o Ministério da Educação (MEC) não tenha o mínimo interesse em ensinar as crianças a conhecer, ler e respeitar a Bíblia, tal não é o caso com as práticas de feitiçaria. O MEC acredita que o candomblé e outras religiões ocultistas provindas da África são expressões culturais legitimas dos negros brasileiros e quer doutrinar sistematicamente as crianças de escolas públicas a não desprezar nem rejeitar as práticas dessas religiões. Assim, os alunos são ensinados a respeitar o ocultismo africano como cultura. Qualquer oposição a essa “cultura” é considerada como racismo. O sistema educacional da Besta faria menos que isso?


Uma das preocupações mais fortes de todo pai e mãe que ama é garantir a segurança física, espiritual e moral dos filhos. Até os animais protegem seus filhotes. No entanto, em muitas escolas públicas a criança é exposta a drogas e outras situações que lhe colocam em perigo a saúde moral e espiritual e às vezes a própria vida. Muitos alunos estão também desprotegidos de más influências e de ensinos que desrespeitam os princípios morais e bíblicos aprendidos no lar e na igreja. É na escola que muitas vezes adolescentes e crianças são expostos a modelos e exemplos errados de namoro e conduta sexual. É de admirar então que tantos jovens evangélicos caiam sob as pressões de suas amizades e se desviem do Senhor depois de passar anos sob tal influência e socialização negativa? O sistema educacional da Besta faria diferente disso?


No sistema educacional da Besta, as crianças serão condicionadas, em alguns aspectos, a viver e ver a si mesmas como um animal. Enquanto na Bíblia o ser humano é mostrado como claramente distinto, diferente e mais importante do que os animais, nas escolas do sistema da Besta as crianças aprenderão que o ser humano teve origem não em Deus, mas nos animais. Não é exatamente isso o que está acontecendo em nossa própria época? Nas escolas de hoje, os professores recebem ordem do governo para ensinar que o homem veio do macaco, igualando assim o ser humano aos animais. A mente de crianças inocentes é marcada com uma mentira contra Deus, o Criador. Se o homem é igual aos animais em essência, então por que seu comportamento sexual não pode se igualar ao dos animais também? Assim, se os animais não precisam se casar antes de fazer sexo, por que valorizar o casamento entre os seres humanos? Por que esperar até o casamento para fazer sexo? É de estranhar então que as propagandas contra a AIDS do governo e a educação nas escolas enfatizem só a preparação para o sexo, não para o casamento? Será que o sistema da Besta agiria diferente disso?


A VULNERABILIDADE DO ESTUDANTE NA ESCOLA

A influência que uma criança recebe na escola pode marcá-la para o resto da vida. Um importante exemplo é o que aconteceu com um rapaz na Alemanha. Ele vivia bebendo e gastando o dinheiro do pai, que era um advogado descendente de rabinos. Para a alegria do pai, o rapaz se converteu ao Cristianismo e abandonou os maus hábitos. Ele passou até a escrever poemas sobre suas experiências cristãs. Contudo, quando foi estudar num estabelecimento de ensino ele caiu debaixo da influência de um professor que o introduziu num nível avançado de satanismo e idéias políticas radicais. A partir daí, o rapaz adquiriu uma nova mentalidade e crescente interesse no satanismo. Sua nova inspiração o levou a escrever poemas e livros sobre assuntos bem diferentes dos ensinamentos de Jesus. Em seu poema O Jogador, ele escreveu:


Vapores do inferno se levantam e enchem o cérebro,

Até que eu enlouqueça e meu coração mude completamente.

Vê a espada?

O príncipe das trevas a vendeu a mim.

Para mim ele supera o tempo e dá os sinais.

Danço cada vez mais ousadamente a dança da morte.[2]


Em outro escrito, ele declarou:


Todas as minhas palavras são fogo e ação.[3]


O rapaz foi tão marcado pela influência que recebeu que acabou se tornando autor de obras que até hoje influenciam e inflamam nações e líderes mundiais: O Capital e O Manifesto Comunista. O nome do rapaz? Karl Marx, o fundador do socialismo, um sistema de governo criado para ocupar o lugar de Deus na vida dos cidadãos e controlar e determinar tudo o que fazem, principalmente na área da educação e família. Talvez nenhuma ideologia tenha trazido tanto derramamento de sangue para a humanidade quanto as idéias socialistas. De fato, as palavras de Marx se tornaram fogo e ação, incendiando e matando. Milhões de vidas inocentes foram destruídas na Rússia e na China comunista. Milhões de cristãos ao redor do mundo sofreram e sofrem cruelmente em países controlados por ideologias socialistas radicais, como Cuba, China e Coréia do Norte. Em países onde floresce um socialismo mais “brando” — como Suécia, Holanda, Canadá e Alemanha — as igrejas cristãs estão murchando e os direitos fundamentais dos cristãos estão sendo aos poucos suprimidos em favor de privilégios e direitos especiais para o comportamento homossexual, aborto e outras práticas contrárias aos princípios cristãos e morais mais básicos. Pais evangélicos que obedecem à Palavra de Deus e disciplinam fisicamente os filhos são alvo de discriminação, preconceito e hostilidade das autoridades suecas e canadenses, enquanto militantes homossexuais radicais adotam crianças e recebem espaço e permissão legal para poderem promover o homossexualismo até mesmo para crianças das escolas. O sistema da Besta faria menos que isso?


SOCIALISMO PARA TODOS, ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

Apesar de toda a realidade cruel envolvendo o comunismo, socialismo, esquerdismo e todos os seus parentes ideológicos, em muitas escolas e faculdades do Brasil o socialismo é apresentado da maneira mais benigna e favorável possível. Um jovem evangélico me contou que ao estudar informática numa faculdade de Brasília, a leitura de O Capital, de Karl Marx, e outros livros socialistas era obrigatória, muito embora essas obras ideológicas nada tenham a ver com o assunto de informática. Será que um jovem estudante pode ser contaminado e marcado por idéias e influências erradas numa escola? Karl Marx é um exemplo trágico e real do que pode acontecer com um rapaz num ambiente escolar.


Basicamente, o socialismo — em todas as suas formas — prega a submissão e dependência total de cada cidadão no governo e suas instituições. Na maioria das nações da Europa, a população vem sendo sistematicamente condicionada, por diversas estratégias educativas, a não ser “intolerante”, “discriminadora” e “preconceituosa” contra o aborto, homossexualismo e outras perversões. Eles estão sendo condicionados a ver como natural o governo ocupando na vida deles um controle que só Deus deveria ter. Eles permitem que suas vidas sejam dominadas do nascimento até a morte. No passado, quando havia problemas nacionais e familiares, muitos europeus recorriam a Deus. Hoje, eles apelam para o governo. Se precisavam de emprego, buscavam mais a Deus. Agora, eles foram “ensinados” a pensar que é a responsabilidade do governo dar emprego para todos. O governo educou os cidadãos a vê-lo como o Grande Provedor. É de admirar então que a Europa esteja se esquecendo de Deus e experimentando um esvaziamento das igrejas cristãs?


O condicionamento do socialismo “brando” na Europa, através das escolas e dos meios de comunicação, programa todos para pensar que é o governo que tem o dever de suprir solução para tudo e para todos. Em resumo, os europeus aprenderam a depender mais do governo do que de Deus para suprir suas necessidades mais básicas. Para os pervertidos, o governo dá leis favoráveis ao homossexualismo, em vez de proteger os cidadãos contra condutas prejudiciais à saúde física e moral. Para as feministas, leis a favor do aborto, em vez de tomar uma posição firme contra o assassinato de bebês inocentes e indefesos. Para as esposas, condições para trabalhar fora, em vez de condições para elas não serem obrigadas por pressões econômicas a sair do lar para trabalhar e complementar a renda da família. Para as crianças, creches, em vez de condições para as mães poderem cuidar de seus próprios filhos no lar. Para os idosos, asilos, em vez de trabalhar para promover o bem-estar da família, que é o lugar mais saudável para acolher os seres humanos mais vulneráveis, inclusive idosos. Sem mencionar que as leis de freqüência obrigatória à escola mantêm crianças vulneráveis muitas horas diárias afastadas da família e seus valores e próximas do governo e seus valores. E toda a sociedade vê como normal o papel do governo e suas políticas socialistas que substituem as funções mais essenciais da família. Essas políticas tornam a família até certo ponto irrelevante e descartável. Pense bem: O sistema da Besta faria menos que isso?


As escolas de hoje, por imposição dos conceitos de “tolerância” e “pluralidade cultural” do governo, promovem o socialismo, evolução, homossexualismo e sexo sem necessidade de casamento e responsabilidade moral. Depois de passar dia após dia e ano após ano debaixo dessa influência “educacional”, como as crianças conseguirão deixar de ser marcadas? O sistema educacional da Besta faria diferente disso?


Um pergunta intrigante então é: a educação do futuro já está aqui? A educação revelada em Apocalipse já está acontecendo?


ESCOLA PARA TODOS, POR VONTADE OU POR FORÇA

A questão de hoje não é só que uma pessoa precisa receber uma boa educação, mas onde todos são obrigados a recebê-la. O único tipo de educação aceita para que alguém tenha um bom emprego é a educação das instituições de ensino que seguem as normas do governo. Se uma criança cristã receber uma educação completa, no lar, tudo o que será necessário é um justo reconhecimento. Mas o governo tem seus motivos e interesses para não dar tal reconhecimento. O governo vê uma educação controlada pelos pais como ameaça a seus objetivos ideológicos.


Esse controle sobre as crianças em idade escolar segue o rastro do socialismo e do nazismo. No passado, a educação pública nunca foi alvo de políticas governamentais compulsórias, porém as maiores ditaduras assassinas que o mundo já conheceu tinham interesses especiais. A Rússia socialista e a Alemanha nazista estão entre as primeiras nações modernas a controlar completamente as escolas, a não permitir uma educação exclusivamente cristã, a obrigar os professores a ensinar que o homem veio do macaco e a colocar o ser humano e sua vontade no centro de tudo na educação e na sociedade. Nessa questão, não há diferença ideológica significativa entre nazismo e socialismo. Aliás, a maioria dos membros fundadores do nazismo era formada por ex-militantes comunistas e sabe-se que o Partido Nazista — forma abreviada de Partido dos Trabalhadores Nacional Socialista — foi um movimento político composto, com Hitler e sua elite, por muitos homossexuais ocultos. A maior calamidade humana da história — a Segunda Guerra Mundial — começou quando os socialistas russos e os socialistas nacionais alemães fizeram um acordo para repartir, invadir e saquear a indefesa Polônia. Depois disso, o mundo viu tragédias e destruição em massa. Com esse exemplo cruel, as nações deveriam ter aprendido que um sistema de governo que obriga todas as crianças a freqüentar somente escolas aprovadas pelo governo está, literalmente, no caminho da destruição.


Sem dúvida alguma, as leis de freqüência obrigatória à escola da Alemanha nazista e da Rússia comunista teriam recebido total aprovação da besta. No entanto, será que o desejo governamental de controlar as crianças em idade escolar acabou? Infelizmente, não.


Já há leis compulsórias que forçam no Brasil e em muitos outros países todas as crianças a ir para a escola, e as tendências sociais, legais e políticas indicam que logo nenhuma criança poderá ficar fora das instituições de educação aprovadas pelo governo. Será então que a educação obrigatória revelada em Apocalipse já está começando a se tornar realidade? Hoje, todas as crianças — independente de raça, religião e condição social — são obrigadas a freqüentar a escola e receber uma educação de acordo com as determinações do governo. A criança pode estudar muito bem e até adquirir uma formação educacional excelente, porém se não receber sua educação através de instituições determinadas pelo governo, as autoridades lhe negarão um justo diploma, a fim de que as famílias nunca tenham a coragem de assumir a responsabilidade de controlar a educação dos próprios filhos através do ensino em casa. Essas ações do governo deixam a criança sem oportunidades e chances para entrar no mercado de trabalho mais tarde. A questão não é só que o governo quer que as crianças recebam uma educação, mas também que recebam um diploma que comprova que elas foram sistematicamente doutrinadas de acordo com os princípios aceitos pelo governo.


Um efeito colateral importante provocado pela posição da educação no pedestal social é que os jovens são obrigados a passar o máximo de anos estudando, sem nem mesmo poder pensar em casamento. Nos tempos bíblicos e até recentemente, a grande maioria dos jovens podia se casar logo que sentisse muita necessidade. Hoje, mesmo em grande necessidade, eles são forçados a esperar longos anos para se casar, devido às pressões sociais em suas vidas, pois todos temem que eles não conseguirão sustentar uma família sem um diploma aprovado pelo governo. Sem mencionar que as pressões do ambiente universitário para namorar cedo e para não casar cedo são tão grandes que se pode considerar um grande milagre se um rapaz ou moça conseguir terminar a universidade virgem.


Pesquisas indicam que por causa dos estudos universitários, rapazes e moças agora se casam cada vez mais tarde na vida. No entanto, eles não deixam de sentir desejos sexuais. Enquanto os jovens da Bíblia canalizavam esses desejos para o sexo dentro do casamento, os jovens de hoje também canalizam para o sexo, mas não no casamento, em parte por causa da imposição social que os impede de se casar antes de uma formatura. É um dilema importante, em que muitas vezes um ou outro é sacrificado, embora na grande maioria das vezes o sacrificado seja a família e o casamento. Assim, até mesmo muitos jovens cristãos, ao priorizar a educação na frente do casamento quando sentem necessidade sexual urgente, acabam envolvidos em situações bem parecidas com o que sofrem os jovens descrentes: sexo e gravidez antes do casamento e, tragicamente, até aborto. O governo soluciona esses “problemas” treinando os professores das escolas para falar sobre questões sexuais (inclusive métodos de controle da natalidade, camisinha e homossexualismo) num nível distante dos valores bíblicos e familiares. Tudo o que o governo tem feito, em seus esforços para ajudar a “cuidar” das necessidades sexuais das crianças e adolescentes, é ensinar os estudantes a fazer sexo sem gravidez e casamento.


Não é novidade alguma que o governo tem um interesse obsessivo na educação de todas as crianças. Sua meta, obviamente, é formar a mentalidade dos futuros cidadãos desde cedo.


ALTERNATIVA DIVINA

Contudo, a Palavra de Deus revela que Deus também tem um interesse profundo e especial na questão da educação das crianças de famílias cristãs. A orientação de Deus é que os pais têm a responsabilidade de dar para a criança uma educação completa no lar, onde ela poderá aprender muito mais do que só ler, escrever e fazer contas. Deus diz:


“Portanto, amem o Eterno, o nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para não esquecerem delas; e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões”. (Deuteronômio 6:5-9 BLH)


Em Deuteronômio, amarrar as leis e os ensinos nos braços e na testa é um sinal e símbolo usado para descrever a educação total que as crianças recebem em casa, sob a direção do pai e da mãe. Quem escreveu esse texto foi Moisés e ele sabia muito bem o que era ser marcado pela educação, pois ele mesmo havia recebido tal marca. A questão da educação é tão vitalmente importante que Deus, através de Moisés, repete para as famílias a mesma orientação:


“Lembrem-se desses mandamentos e os guardem no seu coração. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para que não esqueçam delas, e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem, e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões. Assim vocês e os seus descendentes viverão muitos anos na terra que o Deus Eterno jurou dar aos nossos antepassados. Enquanto o mundo existir, vocês viverão naquela terra”. (Deuteronômio 11:18-21 BLH)


Outra versão é ainda mais clara:


“Coloquem essas palavras em seus corações. Implantem-nas profundamente em vocês. Amarrem-nas nas mãos e testa como lembretes. Ensinem essas palavras para seus filhos. Conversem sobre elas onde quer que vocês estejam, sentados me casa ou andando na rua; conversem sobre elas desde o momento em que se levantarem de manhã até o momento em que vocês forem dormir a noite”. (Deuteronômio 11:18-19 MSG)


Essa passagem deixa claro que as crianças e o ambiente do lar em que a família vive devem ser profundamente marcados pela educação. Evidentemente, o centro dessa educação são os mandamentos de Deus. Sem esses mandamentos, toda educação, dentro ou fora do lar, é inútil.


Os pais foram colocados na posição de professores naturais de seus filhos, com a oportunidade e responsabilidade de ensinar espontaneamente do começo ao fim do dia, onde quer que estejam. Assim, enquanto as crianças estão em sua fase vulnerável, sua companhia educacional mais importante e próxima deve ser os próprios pais e seus valores. É desejo de Deus que as crianças fiquem totalmente expostas o dia inteiro, todos os dias e em todos os lugares ao exemplo e influência educacional dos pais, a fim de lhes marcar completamente as atitudes e pensamentos.


EDUCAÇÃO DE DEUS X EDUCAÇÃO DA BESTA

Quando Deus usou Moisés para orientar os pais a educar os filhos no lar, já existia um “excelente” sistema educacional fora do ambiente familiar. Hoje esse sistema ocupa uma posição de controle e respeito social tão grande que ninguém acredita que no lar a criança possa receber um mínimo de educação adequada. A idéia geral é que “ninguém consegue viver decentemente sem passar por uma escola institucional”. Assim, a educação das escolas ocupa um pedestal de divindade social que ninguém ousa questionar.


Embora não freqüentassem escolas públicas, as crianças das famílias de Deus na Bíblia recebiam uma educação excelente, principalmente nos mandamentos de Deus. Os professores não eram pessoas estranhas, mas o pai e a mãe. A escola era o próprio lar.


Naquela época não havia lápis, caneta, borracha, caderno, livros, etc. Hoje, com todos os recursos de que dispomos, os pais acham que, diante dos professores de escolas públicas, são incapacitados e inferiores para educar os filhos. Contudo, possuindo somente a Palavra de Deus e seguindo a orientação de Deuteronômio 11:18-21, os pais e as mães da Bíblia conseguiram educar e treinar filhos para o Senhor. Se era possível dar aulas em casa naquele tempo, por que não agora? Hoje há menos impedimentos para se dar aulas escolares em casa. Há computadores, vídeos e muitos outros meios que facilitam grandemente a instrução da criança. Portanto, do ponto de vista tecnológico, não há barreiras para que a educação da criança seja dada no próprio lar. A única barreira é o governo, que teme perder a oportunidade de marcar a criança com suas ideologias. Do ponto de vista e chamado de Deus, os pais e as mães têm a responsabilidade, com ou sem barreiras, de assumir a educação total de seus filhos.


A educação no lar não é impossível. Jesus mesmo disse: “O que é impossível para os homens é possível para Deus”. (Lucas 18:27 NVI) Eu e minha esposa educamos nossos filhos por esse método, sacrificando tudo para que Deus e seus projetos sejam prioridade absoluta na vida deles. Comprovamos por experiência própria que um menino aprende a escrever e ler melhor e mais rápido sob a instrução direta dos pais. Mas não estamos, de forma alguma, sozinhos. Há muitas famílias evangélicas no Brasil ensinando os filhos em casa, mesmo sem nenhum apoio e aceitação do governo. Nos EUA, o número de crianças evangélicas na educação escolar em casa — movimento conhecido lá como homeschooling — já chega a 2 milhões e não pára de crescer. Contudo, mesmo que estivéssemos sozinhos, não valeria a pena? Afinal, Deus é fiel e ele sempre honra os que o honram acima de tudo.


O alvo da educação pública é formar a mentalidade de um menino e menina de acordo com os valores aprovados pelo governo e transmitir para eles tudo o que esses valores consideram como importante. O alvo de Deus, quando ele orienta os pais a educar em casa, é transmitir para a criança tudo o que a Palavra de Deus vê como importante. Naturalmente, o governo não tem disposição de permitir que Deus e sua Palavra ocupem o centro da educação na vida das crianças. Aliás, o sistema social e político de hoje quer que acreditemos que é possível educar a criança sem misturar “religião”, embora nas escolas públicas haja crescente espaço para a expressão das religiões afro-brasileiras sob a máscara da valorização da cultura negra. A educação completa que o governo exige para as crianças é obrigatória e não inclui a Palavra de Deus no centro de tudo, não muito diferente da educação revelada em Apocalipse:


“[A Besta] obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)


Enquanto em Apocalipse se menciona o “marca na mão direita ou na testa”, Deuteronômio menciona amarrar as leis de Deus “nos braços e na testa”. Esse simbolismo bíblico se refere a uma educação completa e marcante na mente e nas atitudes das crianças, mas com uma diferença: Deuteronômio apresenta o plano de Deus para formar os filhos no lar, porém a futura formação da humanidade que Apocalipse revela ocorrerá fora da influência e controle da família e seus valores. Sua ligação mais importante será os valores da Besta, e a maneira mais eficaz de transmitir esses valores é aproveitando as oportunidades em que as crianças estão longe da supervisão direta dos pais.


Qual é o lugar em que um menino e menina passam mais horas, diariamente, fora dos olhares e proteção moral da família?


Qual é o lugar que eles, em seus anos vulneráveis, passam mais tempo distantes da esfera de influência dos pais?


Qual é o lugar em que eles ficam, durante anos, mais próximos do governo e seus valores?


Resposta: O ambiente da escola institucional. Apocalipse mostra que, através da educação, os valores escolhidos pela Besta serão implantados em todas as crianças e adolescentes: religiosos e ateus, pobres e ricos, pretos e brancos, empregados e patrões, etc. Um desses valores, por exemplo, é a tolerância, respeito e aceitação como normal de comportamentos como o homossexualismo. Essa educação será, na opinião dos maiores educadores futuros, completa porque o ser humano e sua vontade estarão no centro de tudo.


No entanto, de que adiantará para a humanidade alcançar níveis elevados em sua “qualidade” de educação, sem a Palavra de Deus? “Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mateus 16:26 NVI) Noah Webster, autor do famoso Dicionário Webster, declarou: “A educação é inútil sem a Bíblia”.[4] Uma educação sem a Bíblia valeria o sacrifício da alma de nossos filhos? Martinho Lutero declarou: “Temo que as escolas acabem mostrando no final que são as grandes portas do inferno, a não ser que elas se dediquem diligentemente ao trabalho de explicar as Escrituras Sagradas, gravando-as no coração dos jovens. Não aconselho ninguém a colocar seu filho num lugar em que a Bíblia não reine de modo supremo. Toda instituição em que as pessoas não se ocupam mais e mais com a Palavra de Deus está condenada a se corromper”.[5]


Lutero estava errado? Hoje quase todos os exemplos de famílias evangélicas em que há filhos desviados do Senhor, os filhos começam a se distanciar dos pais e seus valores durante o período em que freqüentam uma escola institucional. Eles se desviam por influência dos amigos, principalmente no convívio do ambiente escolar, onde muitas vezes não há respeito pelos valores morais da Palavra de Deus. Além disso, na escola institucional de hoje a criança e o adolescente absorvem novos valores e aprendem basicamente independência da família e seus valores.


MOISÉS E AS MELHORES ESCOLAS, DO PONTO DE VISTA HUMANO


Deus precisa da educação controlada pelo governo para construir e usar um homem ou uma mulher? Talvez ninguém tenha experimentado tanto de uma educação desse tipo quanto Moisés. Como filho adotivo da filha do faraó, o governante do Egito, Moisés passou considerável parte de sua vida recebendo educação nas melhores universidades egípcias, que eram consideradas as mais avançadas da época. Em termos modernos, seria como estudar nas melhores universidades americanas. Livros de história modernos confirmam que a educação no Egito era avançada:


Muitos dos ideais e crenças modernos, assim como grande parte do conhecimento sobre o homem, tiveram sua origem no Egito. Os antigos egípcios desenvolveram o primeiro tipo de governo nacional do mundo. Produziram uma arte e uma literatura expressivas. Introduziram a arquitetura baseada na pedra e fabricaram o primeiro material adequado para a escrita, o papiro. Estabeleceram o ano de 365 dias, e os métodos básicos de geometria e cirurgia.[6]


Moisés passou quase 40 anos de sua vida estudando! Sua formação educacional nas universidades egípcias foi tão abrangente que ele se tornou, com todo o conhecimento e treinamento que ganhou, um homem com a capacidade de falar com eloqüência e realizar grandes obras e empreendimentos na área política, científica, social, filosófica e militar. “Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras”. (Atos 7:22 NVI) Muito antes de ser usado por Deus, ele adquiriu uma fama e influência impressionante como pensador, filósofo, orador e empreendedor. Pelos padrões humanos, que valorizam apenas os diplomas, ele estava destinado ao sucesso das grandes carreiras.


Com toda a educação especial que recebeu, ele estava mais do que preparado para dirigir um povo, na esfera política e militar. Um dos seus primeiros atos, depois de anos de treinamento nas instituições de ensino egípcias, foi matar um egípcio que estava maltratando um hebreu. Embora muitas vezes dirija militarmente seus líderes, Deus não precisava do treinamento educacional e militar egípcio para usar Moisés para liderar o povo hebreu na sua saída do Egito. Por isso, Deus o levou para o deserto para remover dele a educação e preparação do Egito e lhe dar a educação e preparação do Senhor. Ali, depois de anos trabalhando com rebanhos de ovelhas e sem acesso a livros e outros meios para alimentar o vasto conhecimento cultural que ele havia adquirido nas universidades egípcias, ele perdeu sua capacidade para falar com eloqüência e coragem para realizar grandes obras (veja Êxodo 4:10,13). Quarenta anos de “treinamento” no deserto, sem acesso ao elevado conhecimento humano do Egito ao qual ele estava tão acostumado, o deixaram humilde em suas palavras e ações! Os longos anos que Moisés passou nas universidades egípcias foram também, na mesma proporção, os mesmos longos anos que Deus escolheu para moldá-lo e remover dele as marcas que a educação egípcia havia deixado no seu modo de pensar e agir.


Depois de passar 40 anos no deserto e ser “desmarcado” e “descontaminado” da educação egípcia, Moisés pôde ter o que todos os anos de estudo nunca lhe deram: abertura e sensibilidade para ouvir e atender à voz de Deus. Para remover dele toda socialização negativa que ele teve nas instituições de ensino, Deus o colocou numa situação em que não havia quase nenhum contato social, a não ser sua esposa, filhos e… a presença de Deus. Buscando a Deus profundamente na solidão do deserto foi uma experiência importante que o ajudou a se tornar um homem sensível e aberto ao Espírito Santo. Ouvindo a voz do Senhor, ele foi aprendendo sua vontade e foi poderosamente usado pelo Espírito Santo para ensinar o povo de Deus. Aliás, foi através dele que o Senhor deu a orientação de Deuteronômio 6:5-9, onde os pais são instruídos a assumir a educação total dos próprios filhos, marcando suas mentes para pensar e suas vidas para agir conforme o Senhor determina.


Moisés conhecia, de experiência própria, a educação em escolas institucionais. Conforme descreve o escritor Filo, da Antigüidade, ele estudou matemática, geometria, ciência, astronomia, poesia, música, medicina, hieróglifos, etc. Ele estudou tudo o que as universidades egípcias tinham para oferecer. Embora a instrução que ele recebeu no Egito o tenha marcado fortemente para falar e agir de acordo com a educação das melhores instituições de ensino daquele tempo, Apocalipse alerta que o sistema da Besta vai superar a educação egípcia, marcando muito mais profundamente o modo de as pessoas falarem e agirem. Naturalmente, o condicionamento da Besta na mente e vida das pessoas virá sob o disfarce de excelente educação humana.


Em Deuteronômio, Deus usa Moisés, um homem que tinha vasta experiência nas instituições humanas de ensino, para mostrar aos pais que a melhor educação ocorre no lar. Em Apocalipse, a Besta mostrará e obrigará todas as pessoas a aceitar como fato que a melhor educação ocorre nas escolas institucionais, fora da esfera da família e seus valores. O sinal ou marca na mão e na testa que a Bíblia revela indica o poder de uma educação sistemática que marca profundamente os estudantes em seu modo de pensar e agir. A diferença é onde cada sistema opera para marcar a vida das pessoas.


A freqüência obrigatória às escolas institucionais é cada vez mais a escolha do governo para as famílias. No entanto, a escolha de Deus nos dá a opção de escolher um jeito melhor de treinar nossos filhos academicamente, livres de interferência governamental.


A educação aprovada por Deus tem o lar como escola essencial, mas a educação futura ocorrerá longe da família e sua supervisão e acompanhamento moral e espiritual na vida das crianças. Essa educação futura ocorrerá sob a responsabilidade de governos e leis inspirados por uma potestade espiritual que quer condicionar os seres humanos a pensarem e agirem, em alguns aspectos, como animais ou como indivíduos maus, que não seguem nem respeitam os mandamentos de Deus, principalmente nas questões de sexo, família, filhos, aborto, homossexualidade, etc.


JOÃO BATISTA E A MELHOR EDUCAÇÃO, DO PONTO DE VISTA DE DEUS

A atual geração precisa das visitações de Deus. E a verdade é que ele tem prazer em visitar as pessoas para trazer cura, libertação, transformação e salvação. Se queremos criar e educar filhos que terão uma estrutura de vida espiritualmente forte para preparar as visitações que o Senhor deseja realizar neste mundo desesperado e necessitado, precisamos ter a disposição e abertura espiritual que o casal Zacarias e Isabel tinham. Eles estavam dispostos a sacrificar tudo por Deus e seus projetos divinos. Por causa dessa disposição, Deus lhes deu a honra e oportunidade de se tornarem os pais de João Batista, o homem que Deus usou para preparar o coração das pessoas para a vinda de Jesus Cristo.


João foi treinado de modo bem especial, desde o começo de sua vida. Ele nasceu bem na época do próprio nascimento de Jesus, e quase foi morto, pois em sua fúria contra a chegada do menino Jesus ao mundo o rei Herodes lançou uma campanha de perseguição contra as famílias da cidade de Belém, matando todos os bebês, na esperança de acabar com o Messias que havia nascido. Para salvar seu bebê da morte, Zacarias e Isabel pegaram João e fugiram para o deserto, onde passaram a viver escondidos das autoridades. Eles já eram muito idosos e provavelmente passaram seus últimos anos no deserto, protegendo e treinando seu menino especial.


Zacarias e Isabel, que eram pessoas muito dedicadas a Deus e vinham de famílias de sacerdotes, estavam muito bem capacitados para ensinar tudo sobre Deus e sua Palavra poderosa. Eles implantaram fortemente em João as verdades e mandamentos de Deus e lhe deram instruções básicas de como sobreviver no deserto. Pelas atitudes rústicas de João, nota-se que ele cresceu sem um convívio social “normal”. Mas Deus escolheu exatamente essas circunstâncias para treiná-lo para crescer diferente das outras pessoas. Homens e mulheres que têm uma missão especial de Deus em suas vidas são treinados, desde a infância, num modo de vida especial e diferente das pessoas “normais”. O treinamento especial de João mudou sua vida, fortaleceu seu chamado e moveu o Espírito Santo para derramar sobre ele a poderosa unção de Elias, um homem de oração que vivia nos desertos com Deus, um homem que foi profeticamente usado pelo Senhor para tocar uma nação inteira.


Do ponto de vista humano, João pode ter perdido muitas oportunidades de contato social, mas não houve perdas reais, conforme confirma Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma? Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito”. (Mateus 16:24-27 NVI) Sua falta de contato social “normal” foi preenchida por Deus com um treinamento especial que o envolveu em contatos muito especiais: a maioria dos apóstolos de Jesus já seguia João muito antes de conhecerem Jesus. Ele teve o privilégio de dirigir o treinamento espiritual inicial de Pedro e outros discípulos de Jesus! Do ponto de vista espiritual, a educação que João recebeu foi muito útil e lhe deu uma estrutura forte que o capacitou a preparar o coração dos homens que fariam parte importante do ministério de Jesus.


Deus achou que era necessário que João fosse criado no deserto, com muitos sacrifícios para ele e para seus pais, a fim de que ele pudesse ficar distante de todo tipo de socialização e influência negativa que o desviasse do chamado divino para ele. A única educação que João experimentou em seu isolamento no deserto foi a instrução bíblica e pessoal que seus pais lhe passaram. Não havia mais nada para distraí-lo. Não havia nenhum outro tipo de influência educacional. Seu contato mais importante era a presença do Espírito Santo, os próprios pais e seus valores. E ele não foi o único homem de Deus a “perder” em favor de metas mais importantes. O próprio Apóstolo Paulo diz: “E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo”. (Filipenses 3:8 BLH)


Zacarias e Isabel morreram logo, porém seus ensinamentos e valores espirituais jamais morreram. “Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe ensinou. Guarde sempre as suas palavras bem gravadas no coração. Os seus ensinamentos o guiarão quando você viajar, protegerão você de noite e aconselharão de dia. As suas instruções são uma luz brilhante, e a sua correção ensina a viver”. (Provérbios 6:20-23 BLH) Eles mesmos deram aulas escolares para seu filho. Essas aulas foram ministradas juntamente com os ensinos da Palavra de Deus. A educação projetada por Deus tem o lar como escola e a Palavra de Deus como centro da educação, sob a supervisão e acompanhamento direto dos pais. Até mesmo distintos homens reconhecem que a melhor educação vem da Bíblia. Theodore Roosevelt, Presidente dos Estados Unidos, declarou: “Um conhecimento profundo da Bíblia vale mais do que uma educação universitária”.[7] Reconhecer uma verdade é uma coisa; pagar o preço para vivê-la é outra. Os pais de João Batista sacrificaram tudo para priorizar a Palavra de Deus na educação de seu filho.


Tudo o que Zacarias e Isabel ensinaram para João permaneceu vivo na alma dele, guiando-o na sua importante missão de anunciar e preparar a vinda do Messias. Com a educação no lar que recebeu dos pais, João pôde fazer o que, aos olhos de Deus, é o alvo mais importante de todo ser humano: viver a vontade e o chamado de Deus na terra.


A educação moderna e suas instituições formais podem parecer muito mais atraentes, sofisticadas e importantes do que a instrução cristã no lar, mas a educação institucional é um oásis traiçoeiro — cheio de promessas enganosas — cada vez mais controlado por governos para doutrinar sistematicamente as crianças. Esse controle e doutrinação é a principal característica do sistema da besta revelado no livro do Apocalipse. Em contraste, a educação escolar no lar oferece liberdade para as famílias fortalecerem e protegerem seus filhos moral e espiritualmente. Essa educação é realizável? No exemplo de Moisés e João Batista, Deus mostra que até mesmo no deserto, onde há escassez de recursos educativos e onde ninguém vê esperança de sucesso, ele pode educar e levantar grandes homens de caráter, integridade, sabedoria e coragem para liderar uma nação, treinar líderes e, principalmente, honrar o nome de Jesus Cristo. Assim, se Deus pode trabalhar no deserto para educar um homem ou mulher, quanto mais em casa!


Para as famílias cristãs, a educação no lar é essencial porque seu controle não pertence ao governo, mas aos pais. A educação escolar em casa dá aos pais a preciosa liberdade de colocar Deus e sua vontade no centro de tudo e treinar e capacitar a criança para se tornar um adulto equipado para fazer a vontade de Deus, glorificar a Pessoa de Jesus Cristo e ajudar a avançar, na sociedade e na vida das pessoas, um governo mais elevado: o Reino de Deus e seus valores. Assim, as crianças cristãs educadas no lar ganham a oportunidade maravilhosa de conhecer e obedecer a seu Mestre, Professor, Senhor e Rei e são treinadas, como foi João Batista, para ajudar homens e mulheres a se tornarem seguidores apaixonados de Jesus. Tal educação é perfeitamente possível quando se dá espaço livre e plenas oportunidades para Deus ser seu Capacitador.
Versões bíblicas usadas:
BLH: Bíblia na Linguagem de Hoje (CD-Rom Módulo Básico da Sociedade Bíblica do Brasil).
Darby: Tradução literal do Antigo e Novo Testamento feita por John Nelson Darby (1800-82).
MSG: THE MESSAGE, versão em inglês da Bíblia em Linguagem Contemporânea. Copyright 2002 by Eugene Peterson.
NVI: Nova Versão Internacional. Copyright 2000 Sociedade Bíblica Internacional.
Copyright 2004 Julio Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização expressa de seu autor. Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia. Ele escreve principalmente sobre questões de vida e família e seu trabalho tem sido mencionado no Congresso Nacional e em importantes revistas evangélicas, inclusive Revista Show da Fé, Eclesia, Enfoque Gospel, etc. Além disso, seus artigos têm aparecido em muitos sites e publicados (inclusive três matérias de capa) na Defesa da Fé, a principal revista apologética para líderes evangélicos. Ele também é um líder no movimento de educação escolar em casa (veja a seção brasileira do site da Home School Legal Defense Association: www.hslda.org). Se desejar publicar este artigo em seu site ou revista, entre em contato com o autor. Para mais informações: www.juliosevero.com
Notas:
[1] Noticia fornecida pelo gabinete do deputado federal Josué Bengston via email datado de 11 de abril de 2002.
[2] William T. Still, New World Order (Huntington House Publishers: Lafayette, Louisiana, 1990), p. 131.
[3] William T. Still, New World Order (Huntington House Publishers: Lafayette, Louisiana, 1990), p. 131.
[4] William J. Federer, America’s God and Country (Fame Publishing, Inc.: Coppell, Texas, 1994), p. 676.
[5] William J. Federer, America’s God and Country (Fame Publishing, Inc.: Coppell, Texas, 1994), p. 405.
[6] 2002 Enciclopédia Koogan-Houaiss Digital.
[7] CITIZENLINK, 14 de abril de 2004.
Fonte: www.juliosevero.com