quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mentira e Politicagem!


Mentira & politicagem

PUBLICADO NO GLOBO DESTA QUARTA-FEIRA
Roberto DaMatta
Seria mentira uma realidade da política brasileira? Sobretudo neste momento em que o governo de dona Dilma constitui uma Comissão da Verdade, mas um dos seus ministros – justamente o do Trabalho que é o apanágio do seu partido (o dos trabalhadores) – mente de modo claro, aberto, insofismável e – mais que isso – com uma verve e um nervo dignos de um astro de novela das 8?
Fiquei deveras assombrado por sua ousadia e desenvoltura de ator, quando – perante o Congresso – ele diz não conhecer o empresário com quem jantou, andou de avião e contemplou – com um olhar digno de um Anthony Hopkins – um pedaço de papel com o nome da questionada figura, numa simulação dramática que era a maior prova de que mentia descaradamente.
Ou seja, para o governo é mais fácil resgatar o passado fabricado pelo autoritarismo do regime militar – um momento no qual opiniões conflitantes eram proibidas e que engendrou oposições à sua altura e igualmente fechadas; passando por alto pela Lei da Anistia – do que demitir um ministro mentiroso. Continuamos a refazer o que não deveria ter sido feito, e a não fazer o que o bom senso exige que se faça.
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Viver em sociedade demanda mentir. Como exige comer, confiar e beber – mas dentro de certos limites. Os americanos distinguem as “white lies” (mentiras brancas ou brandas) – falsidades sem maiores consequências – das mentiras sujeitas a sanções penais e éticas.
Pois como todo mundo sabe, a América não mente. Ela está convencida – apesar de todas as bolhas e Bushes – de que até hoje segue o exemplo de George Washington, seu primeiro presidente; um menino obviamente neurótico que nunca mentiu. Na América há todo um sistema jurídico que dá prêmios à verdade muito embora, num lugar chamado Estados Unidos, minta-se à americana. Ou seja, com a certeza de que se diz a verdade, somente a verdade, nada mais do que a verdade. E que Deus me ajude! Foi o que fez, entre outros, Bill Clinton, quando negou ter tido sexo com a dragonarde Monica Lewinsky, porque o que eles fizeram no Salão Oval não estava na Bíblia.
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No Brasil não acreditamos ser possível existir sem mentir. Basta pensar no modo como fomos criados para entendermos a mentira como “boa educação” ou gentileza, pois como cumprir a norma de não discutir com os mais velhos sem enganar? Como não mentir quando a mulher amada chega do salão de beleza com o cabelo pintado de burro quando foge e pergunta: querido, o que é que você acha do meu novo penteado? Ou quando você confessa ao padre aquele pecado que você comete diariamente e dele se arrepende também cotidianamente, só para a ele voltar com uma volúpia apenas compreendida pelo velho e bom catolicismo romano? Como não mentir diante do seu professor, um Burro Doutor, que diz que sabe tudo, mas não conhece coisa nenhuma? Ou do amigo que escreve um livro de merda, mas acha que obrou coisa jamais lida? Ou para o netinho que questiona, intuindo Descartes: se existe presente, onde está Papai Noel?
Como não mentir se o governo mente todo o tempo, seja não realizando o que prometeu nas eleições, seja “blindando” os malfeitos inocentes dos seus aliados, seja dizendo que nada sabe ou tem a ver com o que ocorre debaixo dos seu nariz de Pinóquio?
* * * *
Numa sociedade que teve escravos, entende-se a malandragem de um Pedro Malasartes como um modo legítimo de burlar senhores cruéis. Mas não se pode viver democraticamente aceitando, como tem ocorrido no lulo-petismo, pessoas com o direito de mentir e roubar publicamente. Mentir para vender um tolete de merda como um passarinho raro ao coronelão que se pensa dono do mundo é coisa de “vingança social” à Pedro Malasartes.
No velho marxismo no qual eu fui formado, tratava-se de uma forma de “resistência” ao poder. Mas será que podemos chamar de “malfeitos” o terrorismo e o tráfico? Seria razoável aceitar a mentira como rotina da vida política nacional porque, afinal de contas, o “Estado (e a tal governabilidade com suas alianças) tem razões que a sociedade não conhece” ou, pior que isso, que o nosso partido tem planos que tanto o Estado quanto a sociedade podem ser dispensados de conhecer?
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No Brasil das éticas múltiplas (uma mentira e uma verdade para cada pessoa, situação, tempo e lugar), temos a cultura do segredo competindo ferozmente com a das inúmeras versões que, normalmente, só quem sabe a mais “verdadeira” é quem conhece alguém mais próximo do poder. Entre nós, a verdade tem gradações e lembranças. No antigo Brasil do “você sabe com quem está falando?”, dizia-se: aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei! Hoje, nos vem à mente uma velha trova mineira: “Tu fingiste que me enganaste, eu fingi que te acreditei; foste tu que me enganaste ou fui eu quem te enganei?”
Com a palavra, os eleitos e os nomeados.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Meus heróis não morreram de overdose. Alguns dos meus amigos de infância é que morreram no narcotráfico! E foi uma escolha!

Simplesmente irreparável. O melhor que já pude presenciar. Você é o camarada mais sincero que já conheci.



Meus heróis não morreram de overdose. Alguns dos meus amigos de infância é que morreram no narcotráfico! E foi uma escolha!

ferrorama
Este será um texto difícil, leitores! Avançarei por um trilho que sempre evitei porque tenho tal horror à demagogia que o risco remoto de que nela pudesse resvalar sempre me impediu de continuar. Mas chega a hora, como disse o poeta, em que os bares se fecham. E então restamos com nossas verdades. E elas precisam ser não exatamente anunciadas, mas enunciadas. Chegou a hora de vocês saberem um pouco mais deste escriba. Mas vamos devagar nesta longa viagem noite adentro.
Enganam-se aqueles que supõem que tenho debatido, nestes dias, a formação de chapas para disputar o DCE da USP, da Unirio ou da UFPR. A questão, entendo, é bem mais ampla: trato aqui de regras de civilidade, da democracia e do estado de direito. Espanta-me que seja justamente nas universidades — em particular nas públicas — que direitos essenciais garantidos pela Constituição sejam aviltados; direitos que custaram os esforços de gerações de brasileiros. Modestamente, fiz parte dessa trajetória e corri riscos, desde bem menino, por isso. Constato, não surpreso, mas nem por isso menos indignado, que a defesa da lei no Brasil pode ser, sim, uma atitude perigosa, daí que eu tenha sido obrigado a tomar medidas para a minha proteção. Nem por isso vou desistir. Releiam o título deste post. Eu vou chegar lá.
Ontem, enquanto alguns leitores de Vladimir Safatle, o professor pró-invasão, liam a sua corajosa fuga do debate (ver post abaixo), um panfleto era distribuído na USP, com tiragem anunciada de 3 mil exemplares. Ataca-me com impressionante violência. Mais do que isso: incita o ódio, a agressão. Acusa-me, em última instância, de interferir numa questão que seus autores parecem considerar privada. Isto mesmo: eles privatizaram a Universidade de São Paulo e rejeitam por princípio a crítica. O curioso é que, em sua não-resposta, Safatle me acusava — este rapaz precisa tomar cuidado com seu eventual lado mitômano — de promover a violência retórica. Escreveu em sua “não-resposta” que ele pertence àquela categoria de pessoas que “nunca responderão a situações nas quais a palavra escrita resvala para o pugilato, nas quais ela flerta com as cenas da mais tosca briga de rua com seus palavrões e suas acusações ‘ad hominen‘. Seria, simplesmente, ignorar a força seletiva do estilo.” Bem, noto à margem que o latim de Safatle não é melhor do que seu português, sua filosofia, seus argumentos e seu talento de polemista. O certo é “ad hominem”, com “m”. A alternativa é não recorrer ao latim.
Não, eu não desferi um só palavrão contra este rapaz. Em compensação, aqueles aos quais ele dá suporte — costuma ministrar “aulas” em áreas públicas ocupadas, como já fez em Salvador! — percorrem todo o vocabulário da desqualificação para me atacar, com impressionante vulgaridade e boçalidade. Em suma: acusam-me de promover aquilo que eles próprios promovem. Quando um delinqüente intelectual divulga um panfleto asqueroso, que faz a apologia da pancadaria e da tortura, em vez de pedirem cadeia para o autor, preferem jogá-lo nas costas de seus adversários. É uma gente, parece, para a qual o crime sempre é útil, os próprios  ou os alheios.
Ataques e povo consumidor
Nos ataques que prosperam na rede, as Mafaldinhas e os remelentos mimados me acusam, ora vejam!, de ser um representante da “classe dominante” — ou de estar a serviço dela — e fechar os olhos e tapar os ouvidos ao sofrimento do povo, de que eles seriam os procuradores. Se o povo os ignora e, na verdade, repudia a sua pauta, então é porque está ainda esmagado pela opressão do capital e pelas artimanhas da ideologia dominante, que lhe incute uma falsa consciência que o impede de ter clareza de seu papel revolucionário. É aí que entra, então, o partido — o deles — com o seu papel de vanguarda e de organizador da luta. Escrevo isso e dou um meio-suspiro. Imaginem vocês se Marx estabeleceria esse encadeamento se os “revolucionários” em questão fossem estudantes universitários…
O que essa gente sabe “do povo”, Deus Meu? No máximo, tem notícia dele por intermédio de suas respectivas empregadas, certamente mais “reacionárias” do que eles próprios. Esses radicais, que hoje se querem à esquerda do PT — os petistas assistem aos absurdos da USP pensando apenas em como tirar proveito eleitoral do episódio —, explicam por que foi um operário meio ignorantão, Luiz Inácio Lula da Silva, a empurrá-los para a absoluta indigência intelectual e para o flerte com o banditismo.
Se Lula e seu PT têm promovido o que considero um contínuo rebaixamento institucional do Brasil por conta do aparelhamento do estado e de sua vocação para se estabelecer como partido único, o que certa esquerda considera “progressista”, é fato que o sucesso do Apedeuta, desde quando era sindicalista, se deve justamente a aspectos de sua pregação que esses radicalóides consideram “conservadores”, até mesmo reacionários. Desde quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Lula prega a uma platéia de consumidores, não de revolucionários. As três campanhas eleitorais vencidas pelo PT exercitaram, todos sabemos, à farta a lógica do “nós” contra “eles” — aquela bobajada tipicamente esquerdista —, mas sempre ancoradas na democratização das conquistas do capitalismo. Há, sim, uma vasta literatura de esquerda que provaria que Lula é um grande “reacionário”.
O ponto, meus caros, é que o povo vive o, como chamarei?, “malaise” da carência, enquanto esses esquerdistas enfatuados conhecem o “malaise” da abastança. PCO, LER-QI, PSOL e assemelhados oferecem “consciência revolucionária” aos pobres, e estes querem é geladeira nova. Os extremistas do sucrilho e do toddynho lhes propõem utopias, e eles estão de olho no computador. Os delirantes, em suma, lhes acenam com o socialismo, e eles só esperam que o capitalismo também lhes sorria. Foi Lula quem conduziu esses delinqüentes intelectuais para o hospício da política. Em certa medida, ninguém foi, segundo a ótica deles, mais contra-revolucionário do que o ex-presidente — o que não quer dizer que ele seja um democrata convicto. Eu não considero.
Desconhecem o povo
Esses extremistas de terceiro grau, sejam alunos, professores ou funcionários, não sabem o que é o povo, quem é o povo, o que quer o povo — e o resultado que logram nas urnas deixa isso muito claro. E então virá a pergunta fatal: “E você, Reinaldo, conhece?” Pois é, conheço, sim! SEM ME CONSIDERAR SEU REPRESENTANTE PORQUE NÃO FUI ELEITO POR NINGUÉM, DEIXO CLARO! E agora começa o caminho um tanto pedregoso, que sempre evitei, porque tenho verdadeiro asco de certas parvoíces sociologizantes. Mais do que isso: a cada vez que vi Lula tentando justificar algumas de suas escolhas equivocadas por causa de sua infância pobrezinha, meu estômago deu alguns corcovos. O Lula que mobilizou os consumidores, se querem saber, merece o meu respeito. O Lula que tenta fazer da pobreza uma cultura merece o meu solene desprezo.
Vamos lá, Reinaldão, coragem! Sabem os meus familiares, sabem os meus amigos próximos, alguns deles jornalistas (sim, os tenho, e queridos!), que fui muito pobre, muito mesmo! E nunca dei uma de coitadinho porque não pode haver poder mais discricionário e asqueroso do que o das vítimas — de quaisquer vítimas — se transformado em categoria de pensamento. A pobreza não existe nem para culpar nem para enobrecer ninguém. Vamos lá ao título. Não! Os meus heróis não morreram de overdose porque isso é luxo que não se consente a determinadas faixas de renda. Essa “overdose” sempre supõe que o tal “herói” foi uma espécie de paladino da luta contra a opressão. Qual opressão? Qualquer uma que possa servir de pretexto para enfiar o pé na jaca.
Se meus heróis não morreram de overdose, tive, isto sim, amigos de infância e pais de amigos que se meteram com a bandidagem e o narcotráfico e que hoje estão mortos. Morreram de “overbalas”. Meu pai trocava molas de caminhão; minha mãe chegou a trabalhar como doméstica. Não me orgulho da profissão que tiveram. Orgulho-me das pessoas que eram — minha mãe, felizmente, viva, forte e ainda mais cheia de opiniões do que eu, hehe. Orgulho-me de seu caráter. Orgulho-me de seu senso de honra. Morei em dois cômodos de madeira até os 5 anos; depois, em dois cômodos de alvenaria até os 15. No fundo do terreno, corria um rio fétido. Nas chuvas, a água invadia a casa. O que isso me ensinou? Digo daqui a pouco. E talvez surpreenda muita gente!
Eu era livre para escolher
Tive todas as oportunidades de delinqüir, às quais alguns sucumbiram, numa periferia aonde o asfalto chegou tardiamente, para ter um “Kichute” novo (ainda existe?), uma calça “Lee Americana”, como chamávamos à época, uma “vitrola” para os bailinhos — faziam-se “bailinhos” então. E sempre disse “não!” E fiquei sem o Kichute, a Lee Americana e a vitrola. Eu tenho uma novidade para esses delinqüentes encapuzados e seus professores picaretas: OS POBRES TAMBÉM FAZEM ESCOLHAS MORAIS. Não são umas bestas à espera da iluminação que vocês possam proporcionar. Aliás, eles as fazem mais freqüentemente do que os abastados porque, de fato, suas carências são maiores e maiores as chances de tentação de encontrar um caminho mais curto para obter o desejado.
Disse “não” muitas vezes — e não vai nisso heroísmo nenhum! Não fui o único. Sempre que leio textos de supostos especialistas a demonstrar como os pobres da periferia são vítimas passivas das circunstâncias, sou tentado a pegar um chicote. Porque essa gente não sabe O que nem DO que está falando.
Não, eu não acho que essa minha origem me qualifique para isso ou para aquilo. Não me liguei a grupos socialistas porque quisesse subir na vida (claro!) ou porque achasse que o estado tinha a obrigação de me dar moradia ou o que fosse. A minha questão, desde sempre, tinha a ver com a democracia. Achava, e ainda acho, inaceitável que um governo possa decidir o que devemos pensar, o que devemos dizer, o que devemos calar. Nem governos nem milícias comuno-fascistas da USP ou de qualquer outro lugar.
A propósito da ignorância dos extremistas. Lembro-me, eu tinha 15 anos, de uma “aula” com um “intelequitual” da Convergência Socialista (que está na pré-história do PSTU) a esculhambar o então apenas “sindicalista” Lula, em começo de carreira, porque este seria um “reformista”, empenhado “apenas” em conquistar salários melhores, o que, entendi, era ruim para a libertação dos trabalhadores. O que aquela gente sabia do povo, Deus Meu? Nada! O que sabe ainda hoje? Nada!
Todos os dias, recebo centenas de comentários mais ou menos assim: “Você, que nunca andou de ônibus…”; “Você, que nunca andou de trem…”; “Você, que nasceu em berço de ouro…” Costumo ignorar porque tenho outra novidade para os delinqüentes encapuzados: a abastança pode ser tão opressora quanto a carência! Os que não sabem o que fazer dos benefícios que herdaram podem ter um destino tão ou mais duro do que os que não sabem o que fazer das carências que herdaram. O ponto, desde sempre, não é o que fizeram de você, mas o que você vai fazer do que fizeram de você, compreenderam?
Ignorância com efeitos trágicos
Essa ignorância do que são e do que querem os pobres tem efeito terrível na vida dos próprios pobres. A cada vez que vejo ONGs nas favelas do Rio ou na periferia de São Paulo ensinando criança pobre a batucar, a fazer rap, a fazer funk (lá vem chiadeira…), vem-me de novo a vontade de pegar o chicote. Por que pobre tem de batucar? Aos 14 anos, eu já tinha lido toda a poesia de Cecília Meireles e boa parte do que sei de Drummond, por exemplo. Ali, na cozinha de casa. Não porque eu fosse um gênio, o que não sou, mas porque há pobres que se interessam por literatura e não estão dispostos a representar o papel de pobres para satisfazer os anseios dos remelentos e das Mafaldinhas revolucionárias. E não estão dispostos pela simples e óbvia razão de que… JÁ SÃO POBRES. NÃO PRECISAM REPRESENTAR!
Eu conheço o povo, aqueles alunos e professores remelentos não conhecem. Para a chateação e a fúria deles todos, conheço também os textos que lhes servem de referência, com a ligeira diferença de que os li. Safatle, aquele rapaz do cinturão do agronegócio, a esta altura, deve estar radiante: “Eu sabia! Esse Reinaldo é um pobre que se tornou reacionário para subir na vida; um arrivista!” E se sentirá, então, pacificado. Ele, das classes abastadas, se regozijará com a generosidade de sua entrega à causa popular, mesmo vindo das camadas superiores. Já eu, vejam que desastre!, em vez de estar na rua, carregando bandeira; em vez de estar empenhado na libertação da minha classe; em vez de estar exercendo o papel que me foi reservado pelo marxismo sem imaginação dessa canalha, eu, olhem que coisa!, estou aqui a dizer para Safatle que sua citação de um texto de referência é descabida. Corrijo também o seu português. Corrijo, para arremate dos males, o seu latim. Pobre reacionário é mesmo uma merda, né, Safatle? É só ler alguma coisinha, já sai corrigindo os ricos progressistas…
Por que isso tudo?
Por que isso tudo? Para tentar ganhar algumas credenciais junto à escumalha moral que anda me satanizando por aí? Eu quero mais é que essa gente se dane. Mas não venha, como se dizia na minha vila, “botar panca” (sim, o certo é “banca”) pra cima de mim, tentando me dar aula do que é povo, do que é pobreza, do que é carência. Eu lhes ensino, seus delinqüentes, como transformar dois ovos e um tomate numa refeição para quatro pessoas, com o acréscimo de farinha de rosca numa omelete sem queijo e sem presunto. A boa notícia para nós é que era gostoso. Fiz Dona Reinalda preparar o prato dia desses. Ficou bom, mas não era a mesma coisa, porque, para citar um trecho que decorei de “No Caminho de Swann, de Proust (só trechinhos, viu? Não quero passar falsas impressões, hehe), “tentamos achar nas coisas, que, por isso, nos são preciosas, o reflexo que nossa alma projetou sobre elas, e desiludimo-nos ao verificar que as coisas parecem desprovidas, na natureza, do encanto que deviam, em nosso pensamento, à vizinhança de certas idéias”. No caso, a omelete de farinha de rosca estava ali, mas as circunstâncias eram outras, como a água do rio que não passa duas vezes pelo mesmo lugar.
A minha história não me faz nem mais nem menos qualificado para coisa nenhuma! Também a pobreza pregressa não é categoria de pensamento. Eu espero que aqueles vagabundos que ficam demonizando meu nome por aí me desprezem ainda mais por isso. Têm a chance de descobrir que as nossas diferenças não estão apenas nas escolhas, mas também nas origens. A pobreza não me ensinou nada de especial. Cabe a cada um de nós o esforço ao menos de tomar a rédea do nosso destino, feito muito mais de opções do que freqüentemente supomos. Mas isso não é uma particularidade da pobreza. Também os ricos, reitero, podem ser oprimidos pela riqueza. “Mas qual opressão é melhor?”, pode perguntar um cínico.
Olhem aqui, minhas caras, meus caros, é claro que governos e políticas públicas têm de se ocupar da melhoria das condições de vida do povo. Com uma escola melhor, uma saúde melhor, uma segurança melhor, aumentam as chances de felicidade. Negá-lo seria uma estupidez. Chances de felicidade, no entanto, não são felicidade garantida. Na pobreza ou na abastança, o que quer que nos faça infelizes sempre está dentro de nós. E não há revolução que dê jeito.
Ah, sim: algum anseio insatisfeito da pobreza ainda me assalta hoje, já que “o menino é o pai do homem”, como escreveu Wordsworth, frase depois retomada por Machado de Assis em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”?
Um ferrorama lindão, gigantesco, cheio de traquitanas. No mais, nada faltou, nada excedeu. Cada vida existe na sua exata medida.
Beijo do Tio Rei.

REINALDO AZEVEDO NO SEU BLOG: VEJA











quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A verdade: eu menti.

Publicado no midia sem mascara. 
Simplesmente comovente maravilhoso!





Vaidade e mau-caratismo puros, só isto. Nós saímos com a aura de hérois e a ditadura com a marca da violência e arbítrio. Era mentira? Era, mas, para um revolucionário comunista, a verdade é um conceito burguês, Lênin já tinha nos ensinado o que fazer.

Eu, de minha parte, vou dar uma contribuição à Comissão da Verdade. Fui uma subversivazinha medíocre, mal fui aliciada e já caí, com as mãos cheias de material comprometedor. Não tive nem o cuidado de esconder os jornais da organização clandestina a que eu pertencia, eles estavam no meio dos livros de uma estante, daquelas improvisadas, de tijolos e tábuas, que existia em todas as repúblicas de estudantes, em Brasília naquele ano de 1973.

Já contei o que eu fazia (quase nada). A minha verdadeira ação revolucionária foi outra, esta sim, competente, profícua, sistemática: MENTI DESCARADAMENTE DURANTE 30 ANOS!

Repeti e escrevi a mentira de que tinha tomado choques elétricos (poucos, é verdade), que me interrogaram com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu ficavam ouvindo "gritos assombrosos" de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram - achei, depois, que fosse gravação - e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado).

Eu menti dizendo que meus 'algozes' diversas vezes se divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar pelos degraus, alguém me amparava (inventei um 'trauma de escadas", imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no subsolo, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu caísse.

Quanto aos 'empurrões' de que eu fui alvo durante os dias de prisão, não houve violência nem chegaram a machucar; nada mais que um gesto irritado de um dos inquisidores, eu os levava à loucura, com meu 'enrolation'. Sou rápida no raciocínio, sei manipular as palavras, domino a arte de florear o discurso. Um deles repetia sempre: "Você é muito inteligente. Já contou o pré-primário. Agora, senta e escreve o resto".

Quem, durante todos estes anos, tenha me ouvido relatar aqueles dias em que estive presa, tinha o dever de carimbar a minha testa com a marca de "vítima da repressão". A impressão, pelo relato, é de que aquilo deve ter sido um calvário tão doloroso que valeria uma nota preta hoje, os beneficiados com as indenizações da Comissão da Anistia sabem do que eu estou falando.

Ma va! Torturada?! Eu?! As palmadas que dei na bunda de meus filhos podem ser consideradas 'tortura inumana' se comparadas ao que (não) sofri nas mãos dos agentes do DOI-CODI.

Que teve gente que padeceu, é claro que teve. Mas alguém acha que todos nós que saíamos da cadeia contando que tínhamos sido 'barbaramente torturados' falávamos a verdade?

Não, não é verdade. Noventa e nove por cento das 'barbaridades e torturas' eram pura mentira! Por Deus, nós sabemos disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos 'barbaramente torturados' e ninguém tinha uma única mancha roxa para mostrar! Sei, técnica do torturadores. Não, técnica de 'torturado', ou seja, mentira.

Mário Lago, comunista até a morte, ensinava: "quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre." A pior coisa que podia nos acontecer naqueles "anos de chumbo" era não ser preso. Como assim, todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons.

Vaidade e mau-caratismo puros, só isto. Nós saímos com a aura de hérois e a ditadura com a marca da violência e arbítrio. Era mentira? Era, mas, para um revolucionário comunista, a verdade é um conceito burguês, Lênin já tinha nos ensinado o que fazer.

E o que era melhor: dizer que tínhamos sido torturados escondia as patifarias e 'amarelões' que nos acometiam quando ficávamos cara a cara com os "ômi". Com esta raia miúda que nós éramos, não precisava bater. Era só ameaçar, a gente abria o bico rapidinho.

Quando um dia perguntaram-me  se eu queria conhecer a 'marieta', pensei que fosse uma torturadora braba. Mas era choque elétrico (parece que 'marieta' era uma corruptela de 'maritaca' (nome que se dava à maquininha que rodava e dava choque elétrico). Eu não a quis conhecer.

Relembrar estes fatos está sendo frutífero. Criei coragem e comecei a ler um livro que tenho desde 2009 (é mais um que eu ainda não tinha lido): "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça", escrito pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra. Editora Ser, publicado em 2007. Serão quase 600 páginas de 'verdade sufocada"? Vou conferir.





Mirian Macedo é jornalista.


 





terça-feira, 15 de novembro de 2011

Professora pede a aluna de 12 anos que marque encontro com pedófilo; portuguesa!!! Ou: O desastre da educação brasileira


Professora pede a aluna de 12 anos que marque encontro com pedófilo; era parte de um trabalho de… língua portuguesa!!! Ou: O desastre da educação brasileira

bilhete-pedofilia
Ai, ai…
Uma professora de português de uma escola estadual de São Carlos, no interior de São Paulo, pediu que uma aluna de 12 anos entrasse na Internet, mantivesse conversa com um pedófilo e marcasse encontro com ele em frente a uma igreja. A “mestra” filmaria tudo. Mostrando grande “zelo profissional”, a ela deu detalhes do trabalho num bilhete aos pais, pedindo que eles vigiassem a conversa. O objetivo do “trabalho”, disse, era demonstrar o risco que crianças corriam com esse tipo de coisa. Santo Deus! As crianças brasileiras hoje correm riscos mesmo é na… escola! A “pedagogia”, como tem sido entendida no Brasil, consegue ser ainda mais perigosa do que a pedofilia!
A Secretaria de Educação afastou a professora e instaurou procedimento preliminar para averiguar o que aconteceu. Segundo a família, a criança ficou bastante nervosa com o trabalho e chegou a chorar, com receio de ser prejudicada caso não conseguisse cumprir a tarefa. O bilhete, como vocês vêem acima, não deixa a menor dúvida sobre o pedido da docente.
O que dizer, minhas caras e meus caros? Olhem, eu realmente não acho que a tal professora tenha tido qualquer intenção malévola ou que tenha sido tocada pela patologia. Fosse assim, se vocês quiserem saber, o mal seria menor; nessa hipótese, ela já teria sido afastada e pronto! A verdade é que o problema é muito MAIS GRAVE! E não se restringe a essa escola de São Carlos ou ao ensino público.
Se vocês querem saber o que se passa com a escola brasileira, voltem um pouquinho os olhos para alguns professores e alguns mestrandos e doutorandos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, aquela turma que acha que a universidade é um território autônomo e que ela constitui uma casta acima das leis. É claro que há gente séria por lá, e os sérios ficarão gratos com o que vou afirmar porque também não suportam mais o espetáculo continuo de pilantragem e vigarice intelectual. Cito a famosa “Fefeléchi” como exemplo porque está em evidência, mas o mesmo se dá em todo o Brasil: as universidades não formam nem treinam mais seus estudantes para dar aulas das disciplinas que escolheram estudar. Não!
Espalhou-se como praga — uma verdadeira doença moral, ética, espiritual e ideológica — a convicção de que a função de um professor é “libertar os alunos” das peias do conservadorismo ou qualquer bobagem do gênero. Professores se querem “educadores” — até aí, vá lá… — e iluminadores de consciências; sua mais nobre tarefa seria, então, “conscientizar” os alunos. Para tanto, deixam de lado a sua disciplina — e isso é especialmente verdade nas áreas de humanas e de “comunicação” — e se dedicam ao mais rasgado, ignorante e incompetente proselitismo.
Em história e o geografia, o quadro é dramático. A primeira se transformou, não raro, num discurso de permanente revisionismo do que chamam “história oficial” em benefício da “versão dos oprimidos”. A outra virou, sem trocadilho, terra de ninguém. As crianças não sabem ler um atlas, entender um mapa, mas são convidadas a discursar sobre mudanças climáticas, IDH, desigualdades sociais, os males do agronegócio, os terríveis riscos dos transgênicos, os malefícios, enfim, associados — claro!!! — ao capitalismo e ao neoliberalismo. Sabem o que é pior? Tudo isso é tratado de modo ligeiro, ignorante, desinformado porque não passa de discurso militante. Tive de ouvir num desses ambientes, dia desses, que o Brasil “faz hidrelétricas como se fosse pão quente, aos montes…” Tudo porque a dona que discursava acha que o negócio é investir em energia eólica… Evidentemente, a ignorantona nunca se interessou em saber o custo da sua proposta.
Na área de língua portuguesa, caminha-se para a tragédia pura e simplesmente. O tal livro do “nós pega os peixe” é só uma anedota caricata a ilustrar o drama. Ensina-se gramática cada vez menos — afinal, não é isso o que pede o Enem do Fernando Gugu-dadá Haddad — e se perde um tempo enorme com “debates”, “histórias em quadrinhos”, sociologização rombuda, incompetente mesmo!, de textos literários… O currículo é uma verdadeira salada russa.
O fator Enem
A coisa já estava ruça. Piorou muito nos últimos anos, especialmente em razão da feição que assumiu o Enem, sob o comando de Haddad. A herança maldita deste senhor na educação ainda vai se revelar. As provas desse megavestibular federal (que não consegue nem mesmo manter as questões em sigilo) se transformaram em mera sociologice incompetente do conhecimento. O aluno não é convidado a demonstrar que sabe isso ou aquilo, que domina um determinado conceito, que pode aplicá-lo, eventualmente, às situações propostas. Nada disso! No mais das vezes, é instado a ser judicioso, opinativo — devidamente conduzido pelas balizas ideológicas da prova.
Não só isso: há um certo clima de vale-tudo. No mês passado, Jerônimo Teixeira publicou na VEJA um texto sobre uma pesquisa feita por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Leiam um trecho:
“Desde a sua primeira edição, em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prova que avalia a qualidade das escolas secundárias e hoje substitui o vestibular em muitas universidades, reconheceu apenas duas vezes a existência de um romancista brasileiro do século XIX chamado José de Alencar.
Na edição de 2009, o nome do escritor constou em uma das alternativas erradas para uma pergunta sobre regionalismo. Antes disso, em 2004, o autor de O Guarani foi lembrado em uma questão de biologia - sobre tuberculose, doença que causou sua morte, em 1877. O Enem nunca fez uma pergunta específica sobre a vida ou a obra do maior prosador do romantismo brasileiro. Jamais pediu aos alunos que interpretassem um texto seu. Outros nomes de primeira linha das letras em língua portuguesa fazem companhia a José de Alencar no clube dos esquecidos. Para ficar em poucos exemplos, temos o pregador jesuíta Antônio Vieira, o poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga e Euclides da Cunha, autor do monumental Os Sertões. Os avaliados pelo Enem, em compensação, com frequência são chamados a interpretar as histórias em quadrinhos de Jim Davis, criador do gato Garfield, ou de Dik Browne, pai do viking Hagar. Um grupo de pesquisadores do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) fez um levantamento extensivo de todas as provas, desde o primeiro Enem - incluindo a prova que vazou e teve de ser invalidada, em 2009 -, para avaliar o peso que a literatura tem no exame. As conclusões são desalentadoras.
A começar pela valorização desmesurada das histórias em quadrinhos - o segundo gênero mais cobrado na prova, atrás apenas de poesia (veja o quadro abaixo) -, o exame mostra desproporções e equívocos de toda ordem. Os escritores anteriores ao modernismo são negligenciados: apenas cerca de 17% das questões versam sobre a literatura que precede a década de 20. Períodos inteiros foram apagados da história da literatura na versão do Enem: o barroco e o século XVII, por exemplo, não existem. Talvez ainda mais grave, não se exige nenhuma leitura prévia dos alunos, quando no antigo vestibular das melhores universidades havia uma lista de livros obrigatórios. Aparentemente, os iluminados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - órgão do Ministério da Educação responsável pela elaboração da prova - consideram que um estudante pode entrar na universidade sem jamais ter lido Dom Casmurro, de Machado de Assis, ou Vidas Secas, de Graciliano Ramos.”
O que o Enem tem com isso?
“Pô, Reinaldo, você começa a falar da monumental estupidez de uma professora e depois dá pau no Enem!?” Queridos, eu trato é da falta de parâmetros, da perda do eixo, do vale-tudo instalado, que permite aos professores fazer essa, digamos, “abordagem criativa” em sala de aula, já que, afinal de contas, tudo pode, tudo é da lei, tudo é matéria de “debate”. A duras penas e contra alguns gorilas do sindicalismo, São Paulo conseguiu estabelecer um currículo mínimo para as escolas. Mas isso não quer dizer que esteja sendo seguido. A tarefa é árdua! Se existe uma política do governo federal que desorganiza o conhecimento, que privilegia a “opinião progressista” em detrimento do domínio do conteúdo de uma disciplina, então os ditos “criativos” se sentem livres para agir.
Reitero: fosse aquela professora uma pedófila, estaria, a esta altura, fora de circulação. Mas é provável que não seja. A minha hipótese é que ela é só uma agente da “educação moderna”, “transformadora” e “conscientizadora” (se me permitem abusar…) — vale dizer: a não-escola!!! É coisa muito mais difícil de combater.
O problema é de dimensão nacional. A crise é profunda. Coloque o triplo do dinheiro numa escola com esse padrão, e o risco é o problema se agravar. A principal carência não é de dinheiro, não! É a delinqüência intelectual e ética que faz da educação brasileira um vexame. Estamos entregues a uma horda de celerados. E, obviamente, existem os bons. Estes não têm por que se zangar porque sabem que eu estou colaborando com a sua causa, não o contrário.
Por Reinaldo Azevedo

Blog Reinaldo Azevedo Análises políticas em um dos blogs mais aces A petização e a peemedebização da Canção Nova - Presidente do PT-SP ganha programa na TV da comunidade; na estréia, Gilberto Carvalho e Chalita!

A petização e a peemedebização da Canção Nova - Presidente do PT-SP ganha programa na TV da comunidade; na estréia, Gilberto Carvalho e Chalita!

A “Canção Nova”, uma comunidade católica carismática, já chegou a ser confundida com uma corrente conservadora da Igreja Católica — coisa da qual sempre discordei, ou o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), tão “progressista” em muitos aspectos, não seria uma de suas estrelas. Sei que há pessoas lá que conservam a ortodoxia católica, às quais dirijo meus melhores votos. Aliás, já houve padres que foram censurados pela direção por sustentar a palavra de Deus. Falando em tese, o desvirtuamento do comando de um grupo religioso não contamina necessariamente a comunidade. Por que isso?
Sabem quem ganhou há poucos dias um programa na TV Canção Nova? O “sociólogo”, como foi apresentando no site da comunidade, Edinho Silva, que também é deputado estadual e presidente do PT em São Paulo. Fiquei cá com a desconfiança de que Chalita está usando a Canção Nova para fazer política. Ele já transformou uma “irmã” notável dessa corrente em sua assessora: Lurian, a filha de Lula.
O programa se chama “Justiça e Paz”. O próprio Edinho explica o objetivo em SUA PÁGINA DE DEPUTADO: “O Justiça e Paz sempre mostrará que a fé acompanhada de uma ação transformadora é sinônimo de uma sociedade mais justa e igualitária; significa a vivência e a busca dos sonhos do Evangelho de construção da sociedade da fartura, ‘onde corre leite e mel’, da ‘vida plena’ (…). Entendi.
Bem, se o negócio é leite e mel, quem poderia lustrar e ilustrar melhor a estréia? Ora, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, e o próprio Gabriel Chalita. Era o PT e o PMDB celebrando o seu encontro! Aquilo era política, não religião. Ah, sim: Wellington Silva Jardim, conhecido como “Eto”, presidente da Canção Nova, também estava presente.
Edinho, homem de Deus?
Edinho é comprovadamente um homem de Deus, como os demais que estavam ali reunidos. Foi o sujeito que comandou o esforço em São Paulo para recolher os folhetos da Regional Sul 1 da CNBB, em 2010, que faziam, CONSOANTE COM OS PRINCÍPIOS DA IGREJA CATÓLICA, a pregação contra o aborto e convidava os cristãos a não votar em candidatos que defendessem a prática. Amplos setores da imprensa, então, se calaram diante do que era uma óbvia agressão à liberdade de expressão e à liberdade religiosa.
O político que acaba de ganhar um programa na Canção Nova recorreu à Justiça Eleitoral — e conseguiu o seu intento — para tirar de circulação o manifesto que segue abaixo. Reparem que o texto não cita nomes de candidatos nem fala de partidos. Trata-se apenas de uma censura ao aborto. Segue o manifesto para quem não o conhece. Volto depois.
A Presidência e a Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua Reunião ordinária, tendo já dado orientações e critérios claros para “VOTAR BEM”, acolhem e recomendam a ampla difusão do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 que pode ser encontrado no seguinte endereço eletrônico www.cnbbsul1.org.br

São Paulo, 26 de Agosto de 2010.
Dom Nelson Westrupp, scj
Presidente do CONSER-SUL 1
Dom Benedito Beni dos Santos
Vice-presidente do CONSER-SUL 1
Dom Airton José dos Santos
Secretário Geral do CONSER SUL 1
APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS
Nós, participantes do 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida (CDDVs), organizado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB e realizado em S. André no dia 03 de julho de 2010,
- considerando que, em abril de 2005, no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) o atual governo comprometeu-se a legalizar o aborto,
- considerando que, em agosto de 2005, o atual governo entregou ao Comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento no qual reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher,
- considerando que, em setembro de 2005, através da Secretaria Especial de Política das Mulheres, o atual governo apresentou ao Congresso um substitutivo do PL 1135/91, como resultado do trabalho da Comissão Tripartite, no qual é proposta a descriminalização do aborto até o nono mês de gravidez e por qualquer motivo, pois com a eliminação de todos os artigos do Código Penal, que o criminalizam, o aborto, em todos os casos, deixaria de ser crime,
- considerando que, em setembro de 2006, no plano de governo do 2º mandato do atual Presidente, ele reafirma, embora com linguagem velada, o compromisso de legalizar o aborto,
- considerando que, em setembro de 2007, no seu IIIº Congreso, o PT assumiu a descriminalização do aborto e o atendimento de todos os casos no serviço público como programa de partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir este programa,
- considerando que, em setembro de 2009, o PT puniu os dois deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto,
- considerando como, com todas estas decisões a favor do aborto, o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do Imperialismo Demográfico que está sendo imposto em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como moderna estratégia do capitalismo internacional,
- considerando que, em fevereiro de 2010, o IVº Congresso Nacional do PT manifestou apoio incondicional ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), decreto nª 7.037/09 de 21 de dezembro de 2009, assinado pelo atual Presidente e pela ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antisocial e contrária ao verdadeiro progresso do nosso País,
- considerando que este mesmo Congresso aclamou a própria ministra da Casa Civil como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para a Presidência da República,
- considerando enfim que, em junho de 2010, para impedir a investigação das origens do financiamento por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil, o PT e as lideranças partidárias da base aliada boicotaram a criação da CPI do aborto que investigaria o assunto,
RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto.
Convidamos, outrossim, a todos para lerem o documento “Votar Bem” aprovado pela 73ª Assembléia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, reunidos em Aparecida no dia 29 de junho de 2010 e verificarem as provas do que acima foi exposto no texto “A Contextualização da Defesa da Vida no Brasil” (http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf), elaborado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de Guarulhos e Taubaté, ligadas à Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, ambos disponíveis no site desse mesmo Regional.
COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB
Voltando
Eu não tenho medo de correntes na Internet. Assim, os eventuais partidários de Chalita e Edinho — que são, a meu juízo, políticos usando o catolicismo, não católicos recorrendo à política (já explico a diferença) — podem se dispensar de fazer correntes etc. Não dou a mínima. Também os membros da Canção Nova pensem duas vezes antes de expressar o seu protesto. Não estou criticando a obra em si, mas aqueles que dela abusam para conquistar o poder no reino dos homens, em vez de honrar o Reino de Deus. Na verdade, estou é alertando muitos fiéis para a insinuação do mal numa obra do bem.
Quando políticos instrumentalizam a religião, estão apelando às coisas de Deus para conseguir votos. Eu tenho um profundo desprezo por essa prática, sejam evangélicos, católicos, protestantes tradicionais… Quando pessoas com convicções cristãs recorrem à política para tentar espalhar a sua mensagem, aí estamos diante do fortalecimento da democracia. Explico-me. Católicos podem e devem atuar no espaço da política para combater o aborto, por exemplo, um princípio de sua igreja, sempre sabendo que a decisão será tomada pelo Parlamento, que é oficialmente laico.
Mas o que dizer de um católico como Edinho, que apelou à Justiça Eleitoral — infelizmente com sucesso — para censurar um manifesto contra o aborto? O que dizer de Chalita, que, na prática, apoiou essa atitude? De novo: é inútil vir com gritaria e correntes de difamação. Não dou pelota! Até porque este é mesmo um site em que se fazem embates políticos. Se há coisa fora do lugar, é o eixo PT-PMDB na Canção Nova. Já critiquei muito aqui, como sabem, a excessiva politização de igrejas evangélicas. Sou católico. E reconheço quando a distorção atinge também correntes ligadas à minha igreja.
Eu duvido que essa peemedebização e petização da Canção Nova seja do agrado de todos os seus fiéis. Que eles reflitam bastante e se perguntem se o que está em curso é o triunfo da palavra de homens que querem poder ou o triunfo do poder da palavra de Deus.
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Calar por amor ou falar por causa da verdade?

- Norbert Lieth -
Quem se cala diante do pecado, da injustiça e de falsas doutrinas não ama de verdade. A Bíblia diz que o amor "...não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade" (1 Co 13.6). Deveríamos orar muito por sabedoria e, com amor ainda maior, chamar a atenção para a verdade e não tolerar a injustiça.
Ao estar em jogo a verdade, Estevão argumentou, mas sempre em amor a seu povo e com temor diante da verdade em Cristo. O apóstolo Paulo estava disposto a ser considerado maldito por amor ao seu povo, mas não cedia um milímetro quando se tratava da verdade em Cristo. Jesus amou como nenhum outro sobre a terra, mas assim mesmo pronunciou duras palavras de ameaça contra o povo incrédulo, que seguia mais as tradições e as próprias leis do que a Palavra de Deus. O Dr. John Charles Ryle, bispo anglicano de Liverpool que viveu de 1816 a 1900, certa vez disse assim:
Controvérsias religiosas são desagradáveis
Já é extremamente difícil vencer o diabo, o mundo e a carne sem ainda enfrentar conflitos internos no próprio arraial. Mas pior do que discutir é tolerar falsas doutrinas sem protesto e sem contestação. A Reforma Protestante só foi vitoriosa porque houve discussões. Se fosse correta a opinião de certas pessoas que amam a paz acima de tudo, nunca teríamos tido a Reforma. Por amor à paz deveríamos adorar a virgem Maria e nos curvar diante de imagens e relíquias até o dia de hoje. O apóstolo Paulo foi a personalidade mais agitadora em todo o livro de Atos, e por isso foi espancado com varas, apedrejado e deixado como morto, acorrentado e lançado na prisão, arrastado diante das autoridades, e só por pouco escapou de uma tentativa de assassinato. Suas convicções eram tão decididas que os judeus incrédulos de Tessalônica se queixaram: "Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui" (At 17.6). Deus tenha misericórdia dos pastores cujo alvo principal é o crescimento das suas organizações e a manutenção da paz e da harmonia. Eles até poderão fugir das polêmicas, mas não escaparão do tribunal de Cristo. (de: "Alle Wege führen nach Rom")
Norbert Lieth

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, julho de 1998.

Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos mundiais e muito mais. Veja como a Bíblia descreveu no passado o mundo em que vivemos hoje, e o de amanhã também. Assine aqui »
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Norbert Lieth foi um dos preletores do 13º Congresso Internacional Sobre

domingo, 13 de novembro de 2011

Quem é a minoria?

Quando é que as minorias vão deixar finalmente de ser "minorias" e todos vão finalmente poder ser julgados, não pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter?

É curioso que chamem de "minorias" grupos que estão longe de ser minoritários. Talvez por que a moda tenha começado nos EUA onde, décadas atrás, até que era condizente com a realidade. No Brasil, a expressão sequer faz sentido: o país tem mais mulheres que homens, mais negros/mulatos e índios do que brancos e, a julgar pela última parada gay e pelo número de travestis brasileiros na Europa, mais homossexuais que heterossexuais. (Bom, chamar mulheres de "minorias" nunca fez sentido algum em lugar nenhum).

Quem é a "minoria" neste país?

Nos EUA, a nova maioria já são as "minorias", em especial, os latinos. Leio esta curiosa reportagem da BBC na qual se fala sobre o misterioso "gap" (lacuna ou diferença) na educação entre os filhos dos imigrantes latinos (muitos de origem ilegal) e os dos americanos nativos. Por algum motivo, que poderá ser pela cultura, pelo fato de serem pobres, pelo fato de falarem espanhol em casa, pelo fato de preferirem entrar em gangues do que estudar, pelo fato de costumarem engravidar aos 13 e abandonarem a escola, ou simplesmente pelo fato de serem um pouquinho mais burros, eles estão tendo mais dificuldade em aprender do que os americanos. Tudo bem, realmente é mais difícil você chegar num país estranho e tentar se adaptar!

Mas o curioso é o seguinte: a tônica da reportagem é que os EUA deveria se esforçar mais para ajudar os coitados a aprender, afinal, disso depende o futuro dos EUA. Ué. Se esses imigrantes causam tanto problema, não seria mais fácil simplesmente fechar a torneira da imigração? Que obrigação tem os EUA, ou qualquer nação, para com aqueles que nem entraram legalmente no país? Será que o Brasil também vai passar a dar cidadania plena e bolsa-família para os bolivianos? Será que eles vão me dar cidadania também aqui, ou eu primeiro preciso ser ilegal?

(Parêntese: até tenho simpatia pela população latina, afinal, segundo as estatísticas americanas, eu faria parte do mesmo grupo demográfico, embora jamais tenha me considerado "latino" -- eu sou é gaúcho, eh eh. Mas ilegal é ilegal. País nenhum pode aceitar tamanha invasão sem conseqüências. E, do jeito que a coisa vai, faria mais sentido eu ter ido fazer pós-graduação direto no México. É uma transformação sem precedentes, pela qual os EUA se arrependerão profundamente.)

(Novo parêntese: sério, nada contra os mexicanos. Nem contra os negros. A única minoria com que tive problemas aqui em L.A. foi a dos médio-orientais. Árabes, iranianos, armênios, turcos, palestinos: nunca conheci algum que não estivesse querendo te sacanear, te enganar, ou te vender vender gato por lebre. E as ucranianas/russas são todas prostitutas. Pronto! Eu disse!)

Bem, não entendo, mas fico tentando entender. Quando os brancocidentaiscristãos forem literalmente uma minoria nos EUA e na Europa, eles continuarão sendo os culpados por tudo o que acontece de ruim? Se, mesmo com ampla maioria latina, o desnível educacional continuar, o que deverão fazer os brancos e os asiáticos para equiparar o nível? Obrigar suas crianças a estudarem menos?

Aqui nos EUA chamam os Estados com maioria latina de "minority-majority." Ora, se são maioria, não podem ser minoria, certo? Sim, eu sei. O termo "minoria" não tem a ver com números, mas é utilizado por que, historicamente, nas relações de poder em uma conjuntura patriarcal injusta e imperialista, os ocidentais, enquanto coletividade de indivíduos, sempre oprimiram os pobres negros, índios, judeus, muçulmanos, gays, asiáticos... Epa! Mas espera aí. Os ocidentais jogaram até duas bombas atômicas nos asiáticos, fizeram guerra contra eles no Vietnã e na Coréia, mas eles não estão reclamando de opressão nenhuma, e continuam se destacando nas universidades americanas, mais até do que os próprios americanos, que preferem ficar assistindo American Idol. Ué! E agora, José? Como assim, Ching Ling?

Ora, ora! Fica claro que aqueles que inventaram o termo "minoria" querem mesmo é confundir, enganar, propositalmente. É, aliás, uma técnica de guerrilha psicológica conhecida, já mencionada mais de uma vez pelo Olavo de Carvalho. De um lado os progressistas defendem uma coisa; do outro, o seu oposto. Chamam às maiorias de "minorias", ao direito maior de alguns grupos de "igualdade", à ilegalidade de "opressão", ao criminoso de "vítima". Confundido com o bombardeio de tanta idéias contraditórias, a cabeça do sujeito explode!

(Outra palavra que detesto: "despossuídos." Pretende dar a idéia que os pobres antes possuíam algo que foi tirado deles à força. Mas se jamais possuíram nada!)

Minorias! Quando acabará esta história de minorias? Os negros e latinos de sucesso, como Herman Cain, Obama e Jennifer Lopez, são também "minorias"? Quando é que as minorias vão deixar finalmente de ser "minorias" e todos vão finalmente poder ser julgados, não pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter?

Ora, meus caros. Lamentavelmente, a única minoria neste planeta infernal aqui somos nós, que ainda conseguimos discutir sobre temas sérios de forma razoavelmente civilizada...

sábado, 12 de novembro de 2011

O Deus da vida contra os deuses da morte

Por que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó deixou o jovem José ir justamente para o Egito? Por que Jacó e sua família, inicialmente com 70 pessoas, teve de se dirigir para lá (Êx 1.1-5), estabelecendo-se no Egito e tornando-se ali um grande povo (Êx 12.37) antes que o Senhor os conduzisse de volta à Terra Prometida?
Existem diversas razões, e uma delas parece ser que o Deus da vida confrontou os deuses da morte. Um povo que representava o Deus vivo foi enviado a um povo que, naquela época, representava a morte como nenhum outro, que era literalmente dominado pela morte. Nesse encontro e nessa confrontação entre o povo de Israel e os egípcios já encontramos uma indicação antecipada do Evangelho e do envio de Jesus a este mundo de morte.
O Egito era a corporificação do culto à morte. Nesse povo, tudo era voltado para a morte. Ainda hoje, as grandes pirâmides, gigantescas sepulturas, são testemunhos da morte todo-poderosa. O enorme rosto de pedra da Esfinge de Gizé olha há 4.500 anos na direção do sol nascente, expressando o anseio por ressurreição e vida após a morte. Os tesouros dos túmulos, a arte de embalsamar os mortos, os templos e os símbolos consagrados à morte, as inscrições nas paredes dos santuários, os livros dos mortos com histórias acerca da viagem dos falecidos ou os 2.000 deuses egípcios manifestam esse anseio. Um dos deuses principais era Ra, o deus do sol. Todos os dias Ra passava pelo céu em seu barco solar, indo da terra dos vivos no Oriente à terra dos mortos no Ocidente. Por essa razão, a maior parte dos sepulcros se encontram na margem ocidental do Nilo. Osíris era o deus da morte e o senhor do reino da morte. Antes que os mortos entrassem no reino de Osíris, tinham de passar por um teste. Seus corações eram pesados em uma balança, sendo comparados com o peso de uma pena. Se o coração fosse mais pesado que a pena, a alma era tragada. Boas obras e rituais feitos em vida deveriam impedir isso. A caminho do além havia muitos perigos à espreita, por exemplo, monstros ameaçadores. Para chegar em segurança ao reino dos mortos, alguns rituais tinham de ser executados. Se um ritual deixasse de ser feito ou não era executado com perfeição, a alma era condenada às trevas eternas.
Os antigos egípcios acreditavam numa vida após a morte, por isso seus sepulcros eram equipados com camas, jogos, cosméticos e até alimentos. Muitos faraós foram enterrados juntamente com seus barcos, para que pudessem acompanhar Ra em sua viagem diária pelo firmamento. Na preparação dos cadáveres para a conservação, os órgãos eram retirados e depositados em recipientes especiais. Os sacerdotes abriam a boca da múmia para garantir que o morto conseguisse respirar, falar e comer no além. O coração era considerado a sede da alma, por isso era deixado no corpo. Os antigos egípcios penduravam amuletos, muitas vezes dúzias deles, nas múmias. Eram talismãs, por exemplo, o “olho de Horus”, para dar sorte e protegê-los. Pesquisadores encontraram tiras de linho, enroladas em uma múmia, que somavam 4,8 quilômetros de comprimento.
O reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível, incentivando o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade.
O Egito era o potência mundial da sua época e representava toda a situação do mundo de então, um mundo cativado pela morte, que ansiava por vida eterna e fazia infinitas tentativas de driblar a morte e ganhar a vida.
O Deus da vida, que se apresentou a Moisés como o Deus dos vivos (compare Êx 3.6 e Mc 12.26-27), fez ir ao Egito, ao “vale da morte”, o povo que Ele escolhera e chamara, através do qual viria a nascer o Salvador, Jesus Cristo. A vida de José já lança uma luz profética sobre Jesus Cristo. E Moisés, o Libertador, também é uma figura do Messias. As palavras de vida que foram proclamadas lá no Egito, o Cordeiro Pascal que foi imolado pela primeira vez no Egito, a formação de um povo que traria o Messias ao mundo – tudo isso foi uma antecipação do Evangelho, uma indicação evidente das intenções salvadoras de Deus para com o mundo. Mais tarde, quando Jesus nasceu, para cumprir a profecia, Ele teve de ir ao Egito (Mt 2.13-15). Ele, que é o Pão da Vida, que pode dar a vida eterna, chegou a uma terra visivelmente caracterizada pela morte.
Se Jesus, que veio ao mundo como judeu em Israel, ali morreu na cruz do Calvário e ali ressuscitou dentre os mortos, se esse Senhor da vida passou algum tempo no Egito, isso enfatiza qual era a finalidade da existência de Israel, qual era e continua sendo sua vocação e seu destino. Isso também explica a história de amor entre Deus e este mundo. Deus enviou vida a um mundo dominado pela morte e abriu a porta da vida eterna pelo Seu Filho.
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (Jo 5.24-26).
O antigo Egito era dominado por incontáveis rituais ocultistas, por preceitos e obras que precisavam ser cumpridos minuciosamente para alcançar a vida. Mas, mesmo assim, tudo isso era apenas logro e engano. O que restava era só um débil raio de esperança, mas principalmente o medo constante de ter negligenciado algo importante ou de ter deixado de fazer alguma coisa decisiva para entrar na vida eterna após a morte. A esse mundo marcado por tão fortes tentativas de auto-salvação, Deus enviou Seu Filho, que escancarou para nós a porta da vida eterna, e agora é preciso apenas entrar por ela. Jesus, o Salvador, consumou tudo para nós. Nenhum ritual, nenhum costume ou culto, nenhuma regra ou rito podem nos trazer a vida eterna. A porta foi aberta por Jesus. É preciso, apenas, entrar por ela para sair de um mundo dominado pelo pecado e pela morte e para entrar no paraíso do perdão e da certeza da vida eterna. Mas como se sai do “Egito da morte” para entrar na “Terra Prometida”? Somente pela fé!
O antigo Egito era dominado por incontáveis rituais ocultistas, por preceitos e obras que precisavam ser cumpridos minuciosamente para alcançar a vida. Foto: múmia egípcia.
Na Carta aos Hebreus está escrito: “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios, foram tragados de todo” (Hb 11.24-29).
Esse texto bíblico nos explica quatro passos de uma só fé:
1. A decisão, pela fé, de não ser mais filho do mundo – assim como Moisés não queria mais ser filho de Faraó.
2. O passo de fé de largar a velha vida, o que é uma prova de verdadeira mudança (arrependimento) – assim como Moisés literalmente deixou o Egito.
3. Voltar-se pela fé para Jesus Cristo, que é o Cordeiro de Deus, para receber o perdão pelo Seu sangue – assim como Moisés celebrou a Páscoa no Egito.
4. A obediência de seguir adiante com Jesus pela fé – assim como Moisés atravessou o mar Vermelho com o povo seguindo a Deus. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, outubro de 2009.

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Primavera árabe.

Estamos percebendo, um constante mover nos últimos anos, porém poucos tem se percebido como isto tem ocorrido nos nossos dias. A igreja precisa urgentemente ficar atenta aos acontecimentos. A palavra de D´us é profética, o fato do profeta anuciar um acontecimento, não é para ficarmos esperando a profecia acontecer, pelo contrário é para que a humanidade se arrependa dos seus pecados pois está distante de D´us. Como temos vários exemplos na biblía deste tipo de acontecimento. Porém nos atemos a um deles. A profecia de Jonas em nínive. O Povo se arrependeu de seus pecados e a cidade foi perdoada. Nós últimos anos precisamente neste. Estamos vendo uma revolta no oriente médio, alguns mais apressados podem dizer o que isto tem a ver com a igreja, resposta tudo. Digo pois, são profecias, estamos chegando ao final dos tempos. Temos que somente relacionar os fatos, e chegamos a conclusão. Israel novamente se encontra no epicentro do olho do furação, está se tornando um fardo muito pesado para as nações, no caso dos estados unidos. O estado palestino será criado não temos dúvida disto, porém os mulçumanos querem jerusalém em princípio parte, será mesmo? Israel não entregará, as nações marcharam contram Israel, novamente Jerusalém sera destruída, é uma profecia, vejamos o livro de MATEUS. Até quando a igreja vai dormir no ponto, isto não é comigo. E quanto aos irmãos no oriente médio que sofrem perseguições, e não são relatadas. Digo pois a primavera árabe esta prestes a se tornar o inverno IRANIANO.....
LEMBREM SE DISTO!

SHALOM Á TODOS!


O HOMEM QUE É DEUS.

O Homem: No Natal surgiu em meio à história mundial um homem totalmente integrado nela, mas em muito superior a ela: Jesus Cristo. Ele é inteiramente diferente, singular. Movimentou o mundo como ninguém antes ou depois dEle. A Encyclopaedia Britannica utiliza 20.000 palavras para descrever a pessoa de Jesus. Sua descrição ocupa mais espaço que as biografias de Aristóteles, Cícero, Alexandre Magno, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte. O homem Jesus tornou-se o maior tema da história mundial. Sobre nenhum outro se escreveu mais do que sobre Ele. A respeito de ninguém se discutiu tanto quanto sobre Jesus. Ninguém foi mais odiado, mas também mais amado; combatido, mas também mais louvado. Sobre nenhum outro foram feitas tantas obras de arte, hinos, poemas, discursos, e compêndios do que sobre Cristo. Diante dEle dividem-se as opiniões – uns gostariam de amaldiçoá-lO, outros testemunham que sua vida foi radicalmente mudada por Jesus e enchida de esperança. Não é possível imaginar a história humana sem Jesus. Na época do Natal, milhões comemoram Seu nascimento consciente ou inconscientemente. Na Páscoa, lembra-se da Sua morte e ressurreição; na Ascensão, da Sua volta para Deus; e no dia de Pentecostes do nascimento da igreja que leva Seu nome, a igreja cristã. – Será que Ele é mais que um homem?
O Deus-Homem: A Bíblia diz que Cristo é, ao mesmo tempo e literalmente, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Lemos em 1 Timóteo 3.16: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele [Deus] que foi manifestado na carne...” E em 2 Coríntios 5.19 está escrito: “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” A vida terrena de Jesus nos mostra que Ele foi ao mesmo tempo verdadeiro homem, mas continuou também verdadeiro Deus. Percebemos muitos contrastes em Sua vida, tanto provas da Sua inteira humanidade, como da Sua perfeita divindade. Por exemplo, Ele sentia cansaço, mas ao mesmo tempo podia chamar para Si os cansados e dar-lhes a paz (João 4.6; Mateus 11.28). Jesus teve fome, mas era o próprio pão da vida (Mateus 4.2; João 6.35). Cristo teve sede, sendo ao mesmo tempo a água viva (João 19.28; João 7.37). Ele enfrentou a agonia da morte, mas curou todos os tipos de doenças e aliviou qualquer dor. Jesus foi tentado pelo diabo, mas expulsou demônios (Lucas 4.2; Mateus 8.31). Ele vivia no tempo e no espaço, mas era desde a eternidade (João 8.58). Jesus disse: “...o Pai é maior do que eu”, e também: “Eu e o Pai somos um”, ou: “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14.28; João 10.30; João 14.9). Ele mesmo orava, como também respondia às orações (Lucas 6.12; Atos 10.31). Ele derramou lágrimas junto à sepultura de Lázaro, mas tinha o poder para ressuscitá-lo (João 11.35,43). Ele morreu, mas é a vida eterna – Jesus é o homem perfeito de Deus e o Deus perfeito dos homens.
Por que Deus tornou-se Homem? Ele veio para revelar Deus a nós. Em Jesus Cristo, Deus se manifestou da forma mais clara. Ele é a prova de que Deus não se afasta do pecador, mas se volta para ele e ama todos os homens. Jesus veio para convencer este mundo de sua pecaminosidade e necessidade de redenção. Ele veio para morrer, como homem sem pecado, pelo pecado dos homens, para se entregar como sacrifício por eles, por uma humanidade que tinha caído através do primeiro homem, Adão. Agora, os homens podem ser salvos por Ele. Por isso, Jesus é chamado também de “último Adão” (1 Coríntios 15.45). Ele veio para destruir as obras do diabo, para tirar o poder da morte e para vencer o pecado. Tornar-se homem em Jesus foi a única possibilidade de Deus resgatar um mundo perdido: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3.17).
Ele voltará: Jesus voltará como era (Atos 1.11). Do modo como foi e subiu ao céu, no mesmo corpo, mas glorificado, Ele retornará. Jesus, o homem que é Deus, o filho de Maria, a criancinha de Belém, o jovem de Nazaré, o Mestre da Judéia que curava, o homem do Calvário, voltará como Rei da glória e como Senhor dos senhores.
Muitos homens, conquistadores, reis e ditadores, já quiseram ser deuses, mas todos fizeram o sangue de homens ser derramado por eles. O imperador romano Augusto (sublime), que conhecemos da história do Natal, fazia-se chamar de “kyrios” (senhor) e até de “soter” (salvador). Mas o Deus que se tornou homem deu Seu sangue por este mundo. Por isso, somente Ele é o Salvador, que diz também a você: “...quem crê no Filho tem a vida eterna...” (João 3.36). No homem perfeito Jesus, Deus torna perfeito a todo que O aceita em seu coração – você crê nEle.

publicado: chamada.com.br

Boa SEMENTE PARA 2012

O Homem: No Natal surgiu em meio à história mundial um homem totalmente integrado nela, mas em muito superior a ela: Jesus Cristo. Ele é inteiramente diferente, singular. Movimentou o mundo como ninguém antes ou depois dEle. A Encyclopaedia Britannica utiliza 20.000 palavras para descrever a pessoa de Jesus. Sua descrição ocupa mais espaço que as biografias de Aristóteles, Cícero, Alexandre Magno, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte. O homem Jesus tornou-se o maior tema da história mundial. Sobre nenhum outro se escreveu mais do que sobre Ele. A respeito de ninguém se discutiu tanto quanto sobre Jesus. Ninguém foi mais odiado, mas também mais amado; combatido, mas também mais louvado. Sobre nenhum outro foram feitas tantas obras de arte, hinos, poemas, discursos, e compêndios do que sobre Cristo. Diante dEle dividem-se as opiniões – uns gostariam de amaldiçoá-lO, outros testemunham que sua vida foi radicalmente mudada por Jesus e enchida de esperança. Não é possível imaginar a história humana sem Jesus. Na época do Natal, milhões comemoram Seu nascimento consciente ou inconscientemente. Na Páscoa, lembra-se da Sua morte e ressurreição; na Ascensão, da Sua volta para Deus; e no dia de Pentecostes do nascimento da igreja que leva Seu nome, a igreja cristã. – Será que Ele é mais que um homem?
O Deus-Homem: A Bíblia diz que Cristo é, ao mesmo tempo e literalmente, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Lemos em 1 Timóteo 3.16: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele [Deus] que foi manifestado na carne...” E em 2 Coríntios 5.19 está escrito: “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” A vida terrena de Jesus nos mostra que Ele foi ao mesmo tempo verdadeiro homem, mas continuou também verdadeiro Deus. Percebemos muitos contrastes em Sua vida, tanto provas da Sua inteira humanidade, como da Sua perfeita divindade. Por exemplo, Ele sentia cansaço, mas ao mesmo tempo podia chamar para Si os cansados e dar-lhes a paz (João 4.6; Mateus 11.28). Jesus teve fome, mas era o próprio pão da vida (Mateus 4.2; João 6.35). Cristo teve sede, sendo ao mesmo tempo a água viva (João 19.28; João 7.37). Ele enfrentou a agonia da morte, mas curou todos os tipos de doenças e aliviou qualquer dor. Jesus foi tentado pelo diabo, mas expulsou demônios (Lucas 4.2; Mateus 8.31). Ele vivia no tempo e no espaço, mas era desde a eternidade (João 8.58). Jesus disse: “...o Pai é maior do que eu”, e também: “Eu e o Pai somos um”, ou: “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14.28; João 10.30; João 14.9). Ele mesmo orava, como também respondia às orações (Lucas 6.12; Atos 10.31). Ele derramou lágrimas junto à sepultura de Lázaro, mas tinha o poder para ressuscitá-lo (João 11.35,43). Ele morreu, mas é a vida eterna – Jesus é o homem perfeito de Deus e o Deus perfeito dos homens.
Por que Deus tornou-se Homem? Ele veio para revelar Deus a nós. Em Jesus Cristo, Deus se manifestou da forma mais clara. Ele é a prova de que Deus não se afasta do pecador, mas se volta para ele e ama todos os homens. Jesus veio para convencer este mundo de sua pecaminosidade e necessidade de redenção. Ele veio para morrer, como homem sem pecado, pelo pecado dos homens, para se entregar como sacrifício por eles, por uma humanidade que tinha caído através do primeiro homem, Adão. Agora, os homens podem ser salvos por Ele. Por isso, Jesus é chamado também de “último Adão” (1 Coríntios 15.45). Ele veio para destruir as obras do diabo, para tirar o poder da morte e para vencer o pecado. Tornar-se homem em Jesus foi a única possibilidade de Deus resgatar um mundo perdido: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3.17).
Ele voltará: Jesus voltará como era (Atos 1.11). Do modo como foi e subiu ao céu, no mesmo corpo, mas glorificado, Ele retornará. Jesus, o homem que é Deus, o filho de Maria, a criancinha de Belém, o jovem de Nazaré, o Mestre da Judéia que curava, o homem do Calvário, voltará como Rei da glória e como Senhor dos senhores.
Muitos homens, conquistadores, reis e ditadores, já quiseram ser deuses, mas todos fizeram o sangue de homens ser derramado por eles. O imperador romano Augusto (sublime), que conhecemos da história do Natal, fazia-se chamar de “kyrios” (senhor) e até de “soter” (salvador). Mas o Deus que se tornou homem deu Seu sangue por este mundo. Por isso, somente Ele é o Salvador, que diz também a você: “...quem crê no Filho tem a vida eterna...” (João 3.36). No homem perfeito Jesus, Deus torna perfeito a todo que O aceita em seu coração – você crê nEle.

Fonte: chamda.com.br

FILMES INTUITIVOS.

Prezados, todo shabat é maravilhoso, porém este foi especial. Na ministração do rosh matheus, homem de grande unção, preparado pelo espiríto de D´us.  Segue abaixo um pouco texto longo que precisa ser lido por todo aquele, que segue as escrituras sagradas no seu contexto original. Uma boa leitura á todos e D´us os abençõe abundantemete.




Shalom!








                          
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4.23).
Os filmes pós-modernos passam a noção de que, para encontrarmos a verdade, precisamos parar de ser racionais e devemos seguir nossos caprichos interiores, especialmente os do coração. O incentivo à prática da intuição geralmente não é a mensagem principal dos filmes, mas está presente em muitos deles. De fato, essa é a idéia mais disseminada pelas películas pós-modernas.
“Não pense! Apenas sinta e siga seu coração”, diz uma avalanche de filmes hollywoodianos. É uma doutrinação freqüente, impiedosa e sufocante exalada das telas dos cinemas como se fosse um perfume suave, mas que verdadeiramente nos afasta da vontade do Senhor.
Gostaria de analisar apenas dois desses filmes.
Ah! Deliciosos Filmes Intuitivos...
a) TITANIC (EUA, 1997)
Apenas para efeito de pesquisa: todas as cenas do filme Titanic descritas neste artigo estão presentes no original exibido nos cinemas, mas nem todas estão presentes na versão lançada em VHS e em DVD.
Sucesso de bilheteria no mundo inteiro, Titanic chegou a arrebatar 11 estatuetas do Oscar (feito semelhante alcançado somente por Ben-Hur e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei ). O filme transmite uma rejeição gigantesca às normas sociais e à razão, em favor da orientação e intuição pessoais.
Brian Godawa, escritor evangélico e crítico de filmes, comenta sobre Titanic:
Rose sente-se oprimida pelo seu noivo Carl, controlador, estereótipo de uma sociedade patriarcal [...] A redenção de Rose é encontrada na rejeição de suas obrigações para com as normas sociais e em escolher seu próprio futuro seguindo os seus sentimentos. [...]
Sem dúvida, ninguém pode discordar que o violento noivo é um partido indesejável, [não sendo aconselhável] que Rose venha a se casar com ele. Mas, nessa história o amor não é uma escolha racional. [...] Ao contrário, é uma conformidade irracional para com os sentimentos intuitivos que guiam os heróis. Jack posiciona Rose na proa do navio, pede para ela fechar os olhos e a solta para que “sinta” a sensação de liberdade como se estivesse voando. No porão do navio, na classe econômica, quando dançam, Jack diz para Rose: “Siga o ritmo. Não pense”. Siga o seu coração.
Quando Rose discorda de Carl acerca de uma pintura de Picasso, ela diz: “São como sonhos. Têm verdade, mas sem lógica”. Na primeira vez que Rose fala para Jack sobre seus sonhos, ela deseja que pudesse apenas “jogar tudo para o alto e tornar-se uma artista pobre, mas livre”. Ou, talvez, “uma dançarina como Isadora Duncan... um espírito pagão feroz”.
Rose inveja o “errante Jack” porque ele vive uma vida de espírito-livre, pobre, mas divertida, momento a momento [...] Os amigos dele se preocupam com o seu desejo impossível pela aristocrática Rose. “Ele não está sendo lógico”, diz um deles. “Amore não é lógico”, responde o outro. Com certeza não é. Esse “rei do mundo” (apelido dado ao ator Leonardo DiCaprio) é a encarnação do homem existencialista.
Quando Jack está envolvido com o roubo do enorme diamante de Carl, Rose escolhe acreditar em Jack, indo contra todas as evidências. Rose guia-se pelo seu coração. Ao final da história, Rose diz que Jack a salvou de todas as maneiras que uma pessoa pode ser salva. Algo que pensava que Deus era quem deveria fazer.
Não é coincidência que a jóia discutida em grande parte dessa história é chamada “O Coração do Oceano”. Ao término, quando Rose fica em pé no Keldysh, ela diz ao caçador de tesouros: “Você procura tesouros nos locais errados, Senhor Lovett. Só a vida é sem preço e faz cada dia valer a pena”. Isso é bastante verdadeiro. Muito verdadeiro. Porém, aí ela joga o enorme diamante no oceano, como uma expressão do seu maior amor por Jack. Esse diamante poderia alimentar uma nação inteira do Terceiro Mundo e ela o joga fora como demonstração do seu “amor” por apenas um indivíduo. Essa é, precisamente, a conseqüência egoísta de viver sendo guiado pelo seu próprio sentimento em vez das obrigações. A compaixão verdadeira é sacrificada pelo seguir o próprio coração.[1]
Sem dúvida, viver intuitivamente corrompe a razão. Certa ocasião atendi em uma emergência hospitalar a uma jovem de dezenove anos, aos prantos, com uma crise de ansiedade. Após medicá-la de forma convencional, a jovem retornou para mim antes de receber a alta hospitalar. Contou-me que era lésbica e que o motivo de ter se descompensado emocionalmente naquela noite foi a briga que tivera com sua namorada, que resultou em separação. “Não consigo viver sem ela. Eu a amo muito”, dizia com os olhos marejados. Eu disse para ela que tudo iria mudar, à medida que conhecesse o verdadeiro amor que só Jesus Cristo tem para dar. Pasmem! Qual foi a resposta daquela adolescente? “Sou evangélica e sei que é a vontade de Jesus Cristo que continue namorando-a”. Entenderam? Quando a pessoa se guia pelo coração, é capaz de tentar justificar seus próprios pecados usando até o nome de Jesus. A intuição saqueia a mente, tornando-a corrompida e a razão cristã é manipulada ou jogada na lata do lixo.
O engano de se guiar pela intuição é que a pessoa começa a dar muita importância às experiências pessoais, e pouca à Palavra de Deus. Assim, o indivíduo passa a tentar justificar com seus próprios argumentos o ato de jogar no fundo do mar uma jóia valorizadíssima, de praticar a homossexualidade, entre outras atitudes reprováveis do ponto de vista bíblico.
Na aldeia de Katsumoto, quando Algren iniciou seu treinamento de artes marciais, era facilmente derrotado. Então Nabutada, o seu hospedeiro amigo, deu-lhe um conselho: “Você está com muita coisa na mente. Nada na mente!”. Em outras palavras, não raciocine, apenas sinta, guie-se pelos instintos.
b) O ÚLTIMO SAMURAI (EUA, 2003)
O texto na capa do DVD da Warner Brothers resume o filme:
Nathan Algren (Tom Cruise) é um capitão ianque, herói da Guerra Civil, que vai para o Japão, com a missão de treinar as tropas japonesas e combater os samurais que atrapalham os planos de “modernização” do imperador japonês. Katsumoto (Ken Watanabe) é um líder samurai que vive como poucos, seguindo um código de conduta que está desaparecendo. Dois experts na arte do combate, com diferentes visões de mundo e ética, cujos destinos estão entrelaçados de uma forma que ninguém poderia supor.[2]
Nathan Algren é forçado a liderar as tropas do imperador contra os rebeldes samurais, antes delas estarem devidamente treinadas. Resultado: as tropas do imperador são dizimadas e Algren é levado cativo para a aldeia de Katsumoto. Com o objetivo de entender melhor o seu inimigo, o elegante Katsumoto mantém Algren vivo e conversa com ele. Quando Algren se restabelece, gradativamente passa a ser atraído pela vida disciplinada dos seus captores, sendo seduzido por suas condutas e ensinamentos. Então, Algren vira-casaca, inicia seu treinamento para ser um samurai e passa a lutar do lado dos seus ex-inimigos.
Esse é um daqueles filmes [que insinua]: “A visão de mundo ocidental (entenda-se cristã) é nociva e toda errada. Já a visão de mundo oriental (entenda-se budista) é maravilhosa e louvável”. Claro que não é bem assim! Especialmente quando colocamos na balança temas como direitos humanos, principalmente o direito das mulheres, liberdade de expressão, descobertas científicas, curas de enfermidades, entre outros, perceberemos que a balança pesa muito mais a favor do Ocidente. Mas, isso é um outro assunto.
Voltemos ao nosso tema: intuição.
Na aldeia de Katsumoto, quando Algren iniciou seu treinamento de artes marciais, era facilmente derrotado. Então Nabutada, o seu hospedeiro amigo, deu-lhe um conselho: “Você está com muita coisa na mente. Nada na mente!”. Em outras palavras, não raciocine, apenas sinta, guie-se pelos instintos.
Na seqüência, presenciamos Nathan Algren meditando: “O que significa ser um samurai? Buscar a inércia da mente”.
Meses depois, ainda em treinamento, Algren põe em prática o que aprendeu: “Nada na mente!”. Assim, passa a ter um melhor desempenho e consegue vencer lutas.
Ao término do filme, já com o pensamento mais intuitivo do que racional, Nathan Algren prostra-se emocionalmente diante do imperador japonês, entregando espontaneamente toda a sua vida a serviço do seu jovem senhor. É sempre assim, quando a razão torna-se astênica e anêmica, a intuição reina absoluta e distorce o foco da adoração. O censo crítico racional cessa e a intuição se aproveita para levar o fraco a adorar a criação em vez do Criador.
“Salve o culto ao coração! Abaixo a razão!”
Nas últimas décadas, a cosmovisão da “Era de Aquário”, também conhecida como a “Nova Era”, vem substituindo a “Era da Ciência e da Razão”. Isso significa que, supostamente, temos que desistir das nossas razoabilidades e juízos a favor da falta de razão e abraçar nossos sentimentos e emoções de forma acrítica, uma vez que a ferramenta da crítica é a razão e, claro, razão não combina com emoção.
Saiba que essa história não é novidade. Desde que a humanidade passou a registrar seus pensamentos em papiros, os místicos têm gasto muito tempo pensando (diga-se, de forma racional) na produção de textos que são verdadeiros manuais intuitivos e contrários à razão. Paradoxalmente, os escritores esotéricos pensam racionalmente contra a própria razão, na ânsia de instigar seus leitores a não pensarem e a apenas sentirem (dá pra entender?).
Estamos sendo incentivados a embarcar no vôo da razoabilidade para a relatividade, da razão para a intuição, da sensatez para a insensatez, do juízo para a emoção, de uma vida racional para uma vida de impulsos, do cristianismo para as religiões orientais!
O diretor de cinema Woody Allen, que passa as noções niilistas de Friedrich Nietzsche em alguns dos seus filmes, sumarizou bem o que é intuição quando tentou justificar sua relação sexual com sua enteada: “O coração quer o que quer”. Pronto! Não pense nas conseqüências, aja segundo o seu coração e os gurus orientais aplaudirão.
O maior inimigo da meditação esotérica
Dêem à razão o mesmo tratamento que os judeus receberam durante a Segunda Guerra Mundial – a “solução final” – e os gurus orientais sorrirão.
Os esotéricos não pensam nem em tratar a “razão” a pão e água, querem mesmo é matá-la rapidamente de inanição. Se possível fosse, colocariam a razão nas câmaras de gás e nos fornos crematórios de Auschwitz-Birkenau.
Um dos ícones da Nova Era é Neale Donald Walsch, escritor da trilogia Conversando Com Deus, cujo deus não tem nada a ver com o Deus das Escrituras Sagradas. Essa entidade da maldade, que se passa por Deus, incentiva-nos a vivermos guiados pelos nossos sentimentos:
Por isso, em momentos de decisões importantes, saia da sua mente, e faça algumas buscas à alma.
A alma compreende o que a mente não pode conceber. [...]
A alma fala com você através dos sentimentos. Preste atenção aos seus sentimentos. Aja de acordo com eles. Respeite-os. [...]
Eu lhe digo que os seus sentimentos nunca o farão ter “problemas”, porque são a sua verdade.
Lembre-se que a verdadeira celebração é irracional. [3]
Neale Donald Walsch verdadeiramente tem se norteado pelos seus sentimentos, tanto assim que traz no seu currículo pessoal a histórica marca de cinco (!) casamentos fracassados.
O guru sensual Bhagwan Shree Rajneesh (1932-1990), também conhecido como Osho, foi um grande expoente da doutrina do “não-pensar”. Osho chega a inocentar um Buda de qualquer ação errônea, até mesmo de cometer homicídio, quando relata:
O não-pensar é imperativo, se você quiser ficar completamente livre do pecado, livre do crime, livre de tudo o que ocorre à sua volta – e esse é o significado de um Buda.
Um Buda é uma pessoa que vive sem a mente; então ele não é responsável. Por essa razão dizemos no Oriente que ele nunca acumula carma; nunca acumula qualquer complicação para o futuro. [...] no Oriente se diz que mesmo que um Buda mate, ele não acumula carma. Por quê? [...]
É simples, qualquer coisa que um Buda esteja fazendo, ele a está fazendo sem que a mente esteja envolvida. Ele é espontâneo, assim isso não é atividade. Ele não está pensando a respeito, isso acontece. Ele não é o agente. Ele move-se como um vazio. Ele não tem a mente envolvida nisso, ele não estava pensando em fazer isso. Mas se a existência permite que isso aconteça, ele permite que isso aconteça. Ele já não tem o ego para resistir; já não tem o ego para fazer.[4]
O guru sensual Bhagwan Shree Rajneesh (1932-1990), também conhecido como Osho, foi um grande expoente da doutrina do “não-pensar”.
Esse guru indiano instalou sua comunidade espiritual em Antelope, no estado do Oregon (EUA), ensinou aos jovens americanos a não-pensarem através de sua meditação dinâmica (vide o artigo “Seduzidos Pela Meditação”), enquanto os mesmos ofertaram rios de dinheiro para Osho. O guru enriqueceu, tinha hotel, terrenos e noventa carros Rolls Royce, entre outras posses.
Esse guru sabia como cultivar o seu próprio bem-estar. Imagino Osho sentado sozinho no seu quarto pensando sem parar como fazer os jovens americanos não-pensarem. Queimando as pestanas, pensando como fazer os americanos doarem milhões de dólares para ele mesmo, sem precisarem raciocinar sobre suas generosas contribuições.
Esse foi o mesmo Osho que afirmou as seguintes bobagens sobre Jesus:
Para lhes dizer a verdade, Jesus é um caso psíquico. [...] Ele é um fanático. Ele tem o mesmo tipo de mente de Adolf Hitler. Ele é um fascista. Ele acha que somente aqueles que o seguem serão salvos. [...] E os bobos continuam acreditando que serão salvos se seguirem Jesus. Até Jesus não está salvo e ele sabe disto.[5]
Como não poderia deixar de ser, esse guru foi deportado dos EUA de volta para a Índia, onde morreu. As acusações contra o guru foram: perversão sexual, lavagem cerebral e sonegação de impostos.
Irmãos, a razão é o maior inimigo da meditação esotérica. Sem a razão, a ética pode ser relegada, a honestidade proscrita da memória, enquanto o eu- führer perverso senta-se no trono.
Honra ao Desmérito
Se, por um lado, os filmes são pródigos em exibir cenas que nos incentivam a consultarmos o nosso interior (nossa intuição, nosso coração), por outro lado, a Bíblia Sagrada desaconselha qualquer tentativa de valorizarmos o nosso íntimo.
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9). Então, da próxima vez que o leitor ficar emocionalmente envolvido, gostando de uma cena do filme que divulga a intuição, poderá dizer para si mesmo: “Oh! Meu coração traiçoeiro! Me engana que eu gosto”.
E Jesus “dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem” (Marcos 7.20-23). Guiar-se pela intuição é dar impunidade ao corrupto, cair na fossa espiritual, viajar no esgoto da nossa alma, beber água contaminada com coliformes fecais do coração e honrar ao desmérito.
“...o vosso culto [é] racional” (Romanos 12.1). Quando a Bíblia nos ensina que o nosso culto é racional, não é que devemos matar nossas emoções e intuições, mas mantê-las submissas à razão. Assim, conseguiremos vivenciar em toda a sua plenitude o primeiro mandamento: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força” (Marcos 12.30).
Existe, então, uma hierarquia bíblica onde, em primeiro lugar, Cristo é o Senhor e o controlador de todo o nosso ser. Em segundo lugar, a mente (a razão e o raciocínio), submissa a Cristo, controla o coração (a intuição e a emoção). Então o coração é sempre subordinado à razão e ao senhorio de Jesus Cristo. Portanto, tudo está em seu devido lugar e temos uma vida submissa à vontade de Deus.
Sempre que a intuição se rebela e passa a ditar as regras, teremos uma quebra dessa hierarquia e geraremos um híbrido, uma má-formação, uma anomalia espiritual.
Quando a intuição controla a razão, há uma inversão de valores e o terreno fica propício para as paixões infames, adultérios, homicídios, visões espirituais fictícias, egoísmo, vaidade, vanglória, entre outros pecados.
Dar crédito ao mau caráter da nossa intuição é honrar o que é falível e valorizar a nós mesmos.
Honras sejam dadas a Deus e não à nossa inconstante intuição. Somos habitats frágeis (sem credibilidade) do Espírito Santo (2 Coríntios 4.7). Pessoalmente, não temos nada intrinsecamente bom. A excelência em nós é o Espírito Santo que nos transforma. E o Espírito de Deus independe de nossos pensamentos débeis, de nossas medíocres atitudes e de nossos imundos atos de justiça.
Busquemos, pois, em Deus e na Sua Palavra a orientação para nossas decisões pessoais. Somente Deus seja louvado!
Façamos do seguinte cântico espiritual de Michael W. Smith, a nossa oração: “Este é meu desejo, honrar a Ti. Senhor com todo o meu coração louvarei a Ti. Tudo que tenho louvarei a Ti. Toda a minha adoração está em Ti. Senhor, eu te dou meu coração, te dou minha alma, vivo somente por Ti. Cada vez que respiro, quando estou acordado, Senhor faze em mim a Tua vontade”. Amém!
Como um pai zeloso que chama o filho rebelde à razão, Deus nos ensina, para sempre guardarmos dentro dos nossos corações corruptos algo muito precioso, para não cairmos em pecado: “De todo o coração te busquei, não me deixes fugir aos teus mandamentos. Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmo 119.10-11). Que seja assim, amém! (Samuel Costa - http://www.chamada.com.br)
Bibliografia:
  1. Artigo “Postmodern Movies: The good, the bad and the relative – Part II”, por Brian Godawa. SCP Newsletter, Berkeley, Califórnia, verão 1999, volume 23:4.
  2. DVD duplo – O Último Samurai. Warner Brothers Entertainment Inc. 2004. Color/154 min.
  3. Walsch, Neale Donald, Conversando Com Deus – Livro II. Ediouro Publicações S.A. Rio de Janeiro, RJ, 1999, páginas 33-34.
  4. Osho, Além das Fronteiras da Mente. Editora Gente, São Paulo, SP, 1990, 3ª edição, página 33.
  5. Rajneesh, Bhagwan Shree, The Rajneesh Bible. Rajneesh Foundation International – Oregon, USA, volume 1, 1985, páginas 9 e 10.