sábado, 25 de fevereiro de 2012

Máfia infiltrada no poder!

Poder

Autoridades ajudam a abafar episódio da advogada que a máfia infiltrou no governo

Procurador-geral da República e ministro da Justiça não fazem o que se espera deles: investigar por que a história não é devidamente esclarecida

Rodrigo Rangel
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tranquilizou o ministro Dias Toffoli sobre o conteúdo do depoimento O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tranquilizou o ministro Dias Toffoli sobre o conteúdo do depoimento (Sérgio Dutti & Andre Dusek/AE)
Há duas semanas, VEJA revelou que os ministros Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, agiram em sintonia com a máfia que desviou mais de 1 bilhão de reais dos cofres públicos. Em depoimentos prestados ao Ministério Público e à Polícia Federal, a advogada Christiane Araújo de Oliveira contou que, durante anos, manteve relações estreitas com ambos e usou essa intimidade para conseguir levar à frente ações de interesse da quadrilha para a qual trabalhava. Apesar da gravidade das acusações, registradas há mais de um ano em um arquivo de vídeo e outro de áudio, na ocasião nenhum procedimento de investigação formal foi aberto para apurar a denúncia. Pior que isso: uma parte do material -- o áudio original no qual a advogada narra aos policiais os detalhes de seus encontros com as autoridades do governo e as atividades paralelas derivadas desses encontros -- pode ter sido propositalmente escondida para evitar constrangimentos ao governo.
No áudio até agora desaparecido, Christiane conta detalhes, muitos deles sórdidos, a respeito do período em que conseguiu se infiltrar no governo a pedido da máfia. Entre muitas histórias impressionantes, a advogada confirma que, em 2009, entregou ao então advogado-geral da União, Dias Toffoli, material gravado clandestinamente que incriminava opositores do governo -- versão confirmada em depoimento prestado recentemente à Polícia Federal por Durval Barbosa, o chefe da quadrilha, que fez um acordo de delação premiada com a Justiça. Dias Toffoli nega que tenha recebido qualquer documento das mãos da advogada. Em conversas com colegas do STF, o ministro relatou que está sendo vítima de calúnia e que teria recebido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a garantia de que não há nada nos depoimentos que o comprometa. Não é um comportamento apropriado para quem deveria zelar pelo interesse público: melhor seria se o procurador se empenhasse em descobrir por que as revelações da advogada ficaram escondidas por tanto tempo.
Sérgio Lima/Folhapress
José Eduardo Cardozo: "suposta gravação informal"
José Eduardo Cardozo: "suposta gravação informal"
Na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a afirmar que “a suposta gravação informal (áudio) não consta de nenhum procedimento instaurado pela PF”. O ministro não esclarece coisa alguma. O áudio desaparecido tem seis horas de conversa e existem algumas cópias dele guardadas, inclusive com pessoas da própria polícia. O ministério daria uma boa contribuição à Justiça se ajudasse a esclarecer por que o depoimento da advogada foi -- e permanece -- escondido na Diretoria de Inteligência da Polícia Federal. Mas, ao que parece, não é esse o objetivo. Na mesma nota, o ministro negou que tivesse recebido e visto o vídeo no qual a advogada explica suas relações com Gilberto Carvalho. Cardozo, inclusive, chegou a relatar o conteúdo do material a um assessor da presidente Dilma Rousseff, segundo fontes do Palácio do Planalto. Estranho o comportamento do procurador-geral da República. Estranho o comportamento do ministro da Justiça.
 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Uma abortista convicta. Por Reinaldo AZEVEDO


Eis uma notícia que requer as luzes de Eleonora Menicucci, a abortista convicta

Escrevi aqui outro dia um longo artigo sobre o aborto e afirmei que a tese de que ele é expressão da libertação das mulheres é moral e historicamente mentirosa. Está aqui. Demonstrei que a interdição da prática, nos primórdios do cristianismo, protegia as mulheres. Nos dias de hoje, observei que a China usa o aborto legal — somado ao ultrassom — para impedir o nascimento de meninas.
Pois bem. A Folha de ontem traz um texto da Agência EFE que deveria ser lido atentamente pela ministra Eleonora Menicucci, uma abortista fanática — segundo uma entrevista concedida em 2004, ex-aborteira também. Leiam. Volto em seguida.
Clínicas britânicas fazem aborto de grávidas que rejeitam sexo do bebê
Clínicas particulares britânicas estão aceitando interromper a gravidez de mulheres que desistem de ter o bebê quando sabem de qual sexo ele será. O procedimento é realizado principalmente quando o feto é de uma menina, afirma o jornal “The Daily Telegraph” nesta quinta-feira. A reportagem do jornal fez uma reportagem com uma câmera escondida em que mostra como médicos de hospitais particulares consentem fazer abortos motivados unicamente pelo sexo do bebê. A prática é ilegal no Reino Unido. Em declarações ao “Telegraph”, o ministro da Saúde, Andrew Lansley, da linha conservadora, expressou preocupação e disse que dará início a uma investigação urgente sobre o assunto.
Acompanhados de grávidas, os repórteres participaram de consultas ginecológicas em nove centros de saúde particulares do Reino Unidos que permitiam a interrupção da gravidez pelas mães não estarem satisfeitas com o sexo do feto. Em três clínicas, os médicos cobrariam entre 240 a 760 euros por um aborto. Uma delas ofereceu a falsificação dos papéis do procedimento. Em um dos casos, uma grávida de oito semanas explicou à médica de uma clínica de Manchester, no norte da Inglaterra, que queria interromper a gravidez porque teria uma menina. A especialista concordou. Em outro, a grávida de um feto masculino de 18 semanas marcou um aborto em uma clínica londrina sob o pretexto de que queria uma menina pois já tinha um menino.
Uma lei britânica de 1967 estabelece a interrupção de gestações de até 24 semanas se a saúde física ou mental da mãe estiver em risco, mas nunca para escolha do sexo do bebê. Em 2010, Inglaterra e Gales responderam por 189.574 abortos. O número é 8% superior que dez anos atrás. Em 2007, um estudo da Universidade de Oxford indicou que, entre 1969 e 2005, aumentaram os casos de escolha do sexo do bebê por meio de abortos, principalmente nos nascimentos de meninas entre a comunidade hindu que vive no Reino Unido.
Voltei
Pois é, tudo como eu queria demonstrar. O aborto, obviamente, em boa parte do mundo, é só mais uma agressão às mulheres, mais uma forma de discriminação.
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Pasquale Cipro Neto - Carnaval? Tô fora, literalmente

Um texto Lindo. Fonte Arquivo de Artigos!

"LÁ VOU eu, lá vou eu, hoje a festa é na..." Não é. Nada contra quem acha que a festa é na avenida, mas, como diria Zé Simão, "vai indo, que eu não vou". Aliás, vou, mas para outro lugar. Carnaval? Me inclua fora dessa, pelo amor de Deus!

Tenho horror a qualquer tipo de tumulto, multidão, barulho etc.. Tenho pavor de gente enlouquecida e embriagada, que não respeita nada de nada nem ninguém.


Ligar a TV? Impossível! Vinhetas, sambas-enredo iguaizinhos, produzidos em série, propagandas tolas e fúteis de cerveja, difusão da ideia de que a felicidade está aí, chegou a hora, vamos...

Andar pela rua? Arriscado -nem preciso explicar por quê. Ficar em casa, absolutamente recluso? Também arriscado: pode haver um vizinho carnavalento e carnavalente, que se julga no direito de impor o baticum (volume máximo!) a quem quer que seja. Viajar? Ficar 10, 12, 14 horas numa rodovia para fazer menos de 100 km e depois enfrentar preços desonestos, falta d'água etc.? Então tá.


Sabe o que faço no Carnaval desde 1988? Fujo do país. Este é o meu 25º Carnaval consecutivo fora da nação. Fujo antes que a bagunça comece e volto depois das cinzas... Faço questão de não saber de absolutamente nada do que ocorre por aqui durante o "reinado de Momo". Enquanto eu tiver algumas forças e alguns trocados, nem que seja para ir até a ponte da Amizade e atravessar a fronteira a pé, não fico aqui. Não fico, não fico, não fico.


Se você gosta, divirta-se, mas, por favor, respeite o direito da minoria. Carnaval? Tô fora, literalmente. É isso.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mandem a conta para Lula- Carlos Alberto Sardenberg

Há um interessante debate sobre a privatização dos aeroportos feita pelo governo Dilma, mas há também o entendimento de que a mudança é positiva.
E desde já, se a coisa funcionar mais ou menos, fica assim: o governo ganha dinheiro com os aeroportos, ao vender as concessões (R$ 26 bilhões numa tacada inicial!) e receber participação nos lucros e ainda consegue turbinar os investimentos nessa área crucial de infraestrutura.
Ou seja, se tivesse feito isso há mais tempo, o governo poderia ter utilizado em outros setores carentes, saúde, por exemplo, o dinheiro que gastou em aeroportos e o que teria recebido nas privatizações.
E o público estaria mais bem servido.
Por que não se fez antes? Porque o então presidente Lula não deixou.
A conversa sobre privatização dos aeroportos não é nova, sobretudo no mundo privado.
No governo FHC, tratouse disso no segundo mandato, quando o presidente já estava desgastado e privatizar era pior do que qualquer outra coisa.
Em suas duas campanhas vitoriosas, Lula voltou a demonizar a privatização, com tal força que os próprios tucanos fugiram dela como diabo da cruz.
Mas no segundo governo Lula, a partir de 2007, o tema voltou, quando a administração lidava com o caos aéreo que explodira no final de 2006.
Foi quando as autoridades finalmente admitiram que todo o sistema aéreo era, literalmente, uma permanente ameaça de desastre: recursos mal administrados; os aeroportos sem estrutura adequada; falta de pessoal especializado, como os controladores de tráfego aéreo; radares com zonas cegas; falhas nas comunicações via rádio.
Feitas as contas, estava na cara que os recursos necessários para atacar todos esses problemas estavam muito acima da capacidade do governo federal.
Conclusão óbvia: era preciso trazer dinheiro, empresas e gente nova para o setor.
Vender concessões era a óbvia saída.
Pelo menos três ministros do governo Lula disseram a este colunista que a privatização era inevitável.
A necessidade venceria as resistências ideológicas.
Modelos foram analisados pelos técnicos da administração federal, alguns chegaram a ser anunciados.
Por exemplo: em julho de 2007, o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, deu prazo de 90 dias para que a Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, e a Infraero apresentassem o projeto para o terceiro aeroporto de São Paulo.
Ficou pelo caminho.
A coisa simplesmente morreu, não se falou mais nisso.
Já havia então um projeto preparado por um grupo de empresas privadas para a construção desse aeroporto na região de Araucária.
Aliás, o projeto continua de pé, e voltou a ser lembrado agora que o governo fez três concessões privadas de aeroportos já existentes.
Por que não autorizar a construção de um outro, inteiramente e desde o início privado? Resumindo: a presidente Dilma e seu pessoal celebraram os leilões de Guarulhos, Viracopos e Brasília.
Disseram, corretamente, que se inicia uma nova era, com mais investimentos e mais eficiência.
Por que não fizeram antes se todos estavam no governo Lula? Porque Lula disse que tudo se resolveria com o PAC, no qual destinou uns R$ 5 bilhões à Infraero, para os 12 aeroportos da Copa.
Reparem como não fazia sentido além da propaganda.
Só para a privatização de Guarulhos, o governo exigiu da nova concessionária compromisso de investimentos de...
R$ 5 bilhões.
Para Brasília, mais de R$ 8 bilhões.
Resumo da ópera: Lula é responsável por um atraso de cinco anos nessa privatização.
GREVE DE POLICIAIS Tem ainda uma outra conta para o ex-presidente, a falta de legislação regulando greves de funcionários e de policiais, como essa que assombra a Bahia.
Entre o final de 2006 e o início de 2007, houve uma sequência de greves de servidores públicos da educação, previdência, meio ambiente e também da polícia.
O impacto foi tão negativo que até o presidente Lula reclamou.
Lembramse? Disse que funcionário público em greve parecia, na verdade, estar em férias, pois não tinha desconto dos dias parados.
Encarregou o então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de preparar um projeto regulamentando o tema.
O ministro chegou a anunciar os princípios da nova legislação.
Por exemplo: servidor armado não pode fazer greve; greves têm de ser aprovadas em assembleias com pelo menos dois terços da categoria (a greve dos PMs da Bahia seria ilegal nos dois quesitos); e servidor em greve não recebe salário.
Onde está o projeto? Sumiu.
Os sindicatos de funcionários não gostaram, Lula esqueceu.
É sempre difícil saber como as coisas teriam se passado se outras providências tivessem sido tomadas.
Mas o olhar em retrospectiva mostra, sim, o que deixou de ser feito.


Fonte arquivo de artigos!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

COMENTARIOS DO MIDIA SEM MASCARA


Para bom entendendor, uma imagem basta.





Com a demissão de Negromonte, sobe para sete o número de ministros que deixaram o governo sob denúncias. Além do titular das Cidades, Dilma perdeu em apenas 13 meses de governo Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho). Além disso, Nelson Jobim (Defesa) deixou a Esplanada desgastado após uma série de declarações polêmicas sobre o governo e outros ministros. Recentemente, a lista de membros do primeiro escalão que deixaram o governo foi reforçada por Fernando Haddad, da Educação.