tag:blogger.com,1999:blog-70861680511669161732024-03-12T20:02:58.066-07:00Fé Judaíca Cristã e CulturaUm corrente Plantador almejando um dia arrancar o muito que que plantou.
"Salomão"Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.comBlogger266125tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-65580949542354841922012-07-01T19:03:00.000-07:002012-07-01T19:03:12.676-07:00Eike nunca cumpre o que promete, diz ex-sócio<h2 class="subtitle">
Fonte Revista Veja:</h2>
<h2 class="subtitle">
está movendo um processo contra ele e afirma que não se surpreende com o fato de as empresas X não darem resultado</h2>
<div class="signature">
Ana Clara Costa</div>
<div class="img-article">
<img alt="o empresário e geólogo João Carlos Cavalcanti" src="http://veja2.abrilm.com.br/assets/images/2012/6/84328/Joao-Carlos-Cavalcanti-size-598.jpg?1340988636" title="João Carlos Cavalcanti" width="598" />
J.C. Cavalcanti, ex-sócio de Eike Batista: "Não tenho nada contra ele. Só quero que me pague"
<span>(Daniela Toviansky)</span>
<br />
</div>
<span style="font-size: large;">O geólogo baiano João Carlos Cavalcanti foi, por duas vezes, sócio de
Eike Batista. A primeira, no início dos anos 1990, quando tentaram
implantar um projeto de abastecimento de água mineral, que fracassou. A
segunda, e derradeira, ocorreu no início de 2000, quando montaram o
embrião da MMX. Eike prometeu investimentos que, de acordo com
Cavalcanti (mais conhecido por J.C.), não tinha a intenção de cumprir.
Por isso, o homem mais rico do Brasil carrega nas costas um processo de
22 milhões de reais movido pelo ex-sócio. “Não tenho nada contra ele. Só
quero que me pague”, diz o geólogo, cuja fortuna estimada pelo mercado
em mais de 2 bilhões de reais foi conseguida graças a sua habilidade em
encontrar jazidas de minério Brasil afora.</span><br />
<span style="font-size: large;">
Apesar de antagonistas, ambos guardam semelhanças: o misticismo, o
gosto pela aventura, um relacionamento estreito com o PT e o apreço pelo
luxo – tanto Eike quanto J.C. ostentam mansões, jatinhos e Ferraris. “A
diferença é que eu cumpro o que prometo. O Eike não cumpre nada”, diz o
empresário. O faro para os negócios também os une. J.C. criou e vendeu
diversas empresas ligadas à mineração, como a Bahia Mineração, a Sul
Americana de Metais e a GM4. Foi sócio de Daniel Dantas nesta última e o
considera um empresário “que cumpre o que promete”. Além disso, detém
participação no grupo Votorantim – empresa que considera a mais séria do
país. </span><br />
<span style="font-size: large;">
Recentemente, em mais uma de suas mirabolantes descobertas, desvendou
uma jazida de neodímio na Bahia – que é um dos 17 elementos que compõem o
grupo de minerais chamado terras raras, utilizadas na fabricação de
aparelhos de alta tecnologia. A descoberta é a primeira do Brasil e,
segundo J.C., o território guarda a mesma capacidade de exploração que a
região de Batou, na China – atualmente o local onde estão 97% das
terras raras do mundo. A capacidade total da jazida pode chegar a 28
milhões de toneladas, na avaliação do geólogo. Se o potencial se
concretizar, ele calcula que o valor da reserva pode chegar a 8,4
bilhões de dólares – um patrimônio digno de um bilionário da Forbes.
“Mas a Forbes já não me interessa”, diz.</span><br />
<span style="font-size: large;">
Durante a entrevista, concedida na noite desta quinta-feira, Cavalcanti
comparou Eike a "um meninão" que precisa botar a culpa em alguém sempre
que um negócio seu não vai bem. "O Paulo Mendonça será a bola da vez,
sobretudo depois dessa queda nos preços das ações. Aconteceu algo
parecido com o Rodolfo Landim. Ele o contrariou, quis aparecer mais que o
Eike, começou a falar demais e foi detonado. Já o Paulo, até pouco
tempo atrás, era chamado pelo Eike de Mr. Oil. Não creio que continue
assim", disparou. Naquela mesma hora, o conselho de administração da OGX
enviava fato relevante ao mercado para comunicar a derrocada de
Mendonça, que até então presidia a petroleira.</span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>Como o senhor conheceu Eike Batista?<br />
</strong>Conheci o Eike há muito tempo, com ele me dando um cheque
pré-datado. Estava desenvolvendo uma pesquisa na região amazônica para a
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e ele estava
envolvido com a exploração de ouro por lá. Quando ele quebrou, quis
entrar no segmento de abastecimento público de cidades e criou a empresa
Água Certa. A intenção do Eike era criar uma rede de abastecimento de
água mineral. Como eu já tinha trabalhado com isso na Brahma, antes da
compra da Antarctica, ele me convidou para montarmos esse projeto
juntos. A ideia era criar campos de abastecimento de água mineral em
todo o Brasil. E eu descobri para ele onde estavam as jazidas de água.</span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>Por que o projeto não deu certo?</strong><br />
A parte de licitações se mostrou mais complicada do que esperávamos.
Além disso, as estatais de saneamento não queriam abrir espaço para essa
iniciativa e ele acabou se desfazendo do negócio.</span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>Quando vocês se desentenderam?</strong><br />
Em 2002, descobri uma jazida de minério de ferro em Caetité, na Bahia. O
Eike ficou sabendo e me procurou. Para explorar essa área, montamos em
sociedade a IRX, que veio a ser o embrião da MMX. Ele detinha 80% do
negócio e eu, 20%. Nosso plano previa um alto investimento em pesquisa
antes de começar a explorar, mas ele não cumpriu isso. Como era
majoritário, tinha de investir algo em torno de 10 milhões de dólares.
Mas como o Eike não coloca dinheiro próprio em coisa nenhuma, ficou me
enrolando, até que em 2005 o Ministério de Minas e Energia (MME) acabou
retirando a licença de pesquisa das terras. Perdemos a jazida. Se ele
tivesse cumprido o que prometeu, a exploração teria me rendido cerca de
200 milhões de dólares. </span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>Se o objetivo de Eike era ter uma mineradora, por que optou por não explorá-la?</strong><br />
Ele usou argumentos furados, como, por exemplo, de que não havia
infraestrutura para escoar o minério. Ora, quando Carajás foi
descoberta, também não havia uma logística adequada. No entanto, quando
seu potencial foi conhecido, o governo militar construiu a ferrovia
Norte-Sul para viabilizar o projeto. Ninguém investe em infraestrutura
antes de conhecer o potencial do minério. Tanto que, no caso da MMX,
também não havia logística. Eles estão construindo. Mas até agora, não
saiu de lá nem um quilo de minério.</span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>O senhor acompanhou o início da OGX?</strong><br />
Sim. Acompanhei desde o início, pois foi na mesma época em que eu
ficava muito no escritório dele. Ele pegou relatórios do governo
federal, de estatais, como a CPRM, reorganizou-os, mudou a capa,
traduziu e foi para o Canadá apresentá-los a fundos de pensão. Com base
naquilo, conseguiu levantar 500 milhões de dólares e voltou ao Brasil
para participar dos leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Com
esse dinheiro, ele conseguiu arrematar as jazidas marginais da
Petrobras.</span><br />
<span style="font-size: large;">
Aquilo que a ANP colocou em leilão não era bom. Não eram as melhores
jazidas. Mas ele soube valorizar isso. Trouxe os melhores executivos da
Petrobras, a começar pelo Rodolfo Landim, que entendia tudo de
perfuração. Vi muitos grandes nomes passarem por lá. Quando ficava
sabendo que um profissional estava se destacando no mercado, Eike
mandava trazer para a OGX pagando muito bem. Por outro lado, quando o
cara não dava o resultado que ele esperava, ele humilhava, colocava
apelido, e tudo mais. Parece um meninão. </span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>O senhor acredita que seja possível extrair os tais 5 mil barris/dia dos poços da OGX, conforme a última previsão da empresa?<br />
</strong>É possível que sim. Nenhum poço que veio da Petrobras deve
render mais que isso. Se a capacidade fosse de 40 mil barris/dia, como
ele disse no início, por que a Petrobras iria se desfazer? Não faz
sentido. O Eike nunca mexeu com isso antes, não sabe como funciona e
pegou jazida com pouca capacidade. Agora ele solta fato relevante para
informar cada cheiro de gás que ele sente nos poços.</span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>Por que nenhum investidor contestou os dados dos projetos do Eike, como essa capacidade de 40 mil barris/dia, por exemplo?</strong><br />
Isso é porque ele é o queridinho do investidor estrangeiro. Ele tem
cara de alemão, fala cinco línguas e é muito cativante. E tem um paizão,
que é o senhor Eliezer Batista. Esse sim é um grande homem, um
superdotado. Além disso, o Eike é um baita marqueteiro que vendia
enciclopédia na Alemanha. E um cara que consegue vender enciclopédia,
vende qualquer coisa. Não dá para negar que é muito esperto e consegue
conquistar o investidor, o governo, todo mundo. Ele arrematou o terno do
Lula em um leilão em São Paulo e, no dia seguinte, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou 150 milhões de reais
para que reformasse o Hotel Glória. Ele consegue o que quer.</span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>Mas, teoricamente, quem entende do mercado de óleo e gás não
deveria saber dos riscos de uma empreitada como essa? Como ninguém
desconfiou da capacidade de um poço descartado pela Petrobras?</strong><br />
Pois é, deveria. O problema é que os banqueiros e o mercado financeiro
não entendem de petróleo. Não há geólogos trabalhando como analistas,
nem engenheiros de minas. Há economistas que não entendem nada desse
setor e não acertam nada. Eles entendem de números, indicadores, mas não
sabem como as coisas funcionam realmente. </span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>O senhor tem raiva do Eike?</strong><br />
Não, não tenho nada contra ele. Só quero que me pague os 22 milhões de reais que me deve. </span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>Acredita que ele vai recuperar a credibilidade junto ao investidor?</strong><br />
Não sei. Acho difícil. A única coisa que ele produz realmente hoje é um
macarrão muito bom no Mister Lam, um restaurante chinês que ele abriu,
onde também há um camarão maravilhoso. Encontrei-o lá há um ou dois
anos, antes de entrar com a ação na Justiça. Conversamos e ele me disse
que ia ultrapassar o Bill Gates. Mas não vai. Acho que o universo vai
começar a dar o troco nele. Ele precisa ser mais simples, menos
arrogante, prometer menos, ajudar mais. Tanto o Bill Gates quanto o
Carlos Slim, o Lakshmi Mittal e o Warren Buffett são homens simples, que
dedicam um bom tempo e dinheiro à filantropia. O que o Eike faz? Que
hospital ele construiu? O que retribuiu para a sociedade?</span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>O senhor também foi sócio de outro executivo conhecido, Daniel
Dantas, do Banco Opportunity. Ele e Eike Batista possuem traços em
comum? </strong><br />
Não há comparação. O Daniel Dantas cumpre tudo o que promete. Em todos
os negócios que fiz com ele, sempre cumpriu. É um sujeito discreto,
reservado e inteligentíssimo. É um dos maiores criadores de gado do país
e vai começar a produzir minério em 2014, explorando jazidas no Piauí.</span><br />
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</div>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-41445225719927924102012-03-31T15:00:00.001-07:002012-03-31T15:00:25.814-07:00Cachoeira gravado pela PF: “O Policarpo nunca vai ser nosso! Ele é foda!” Na mosca!<br /><h1>
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cachoeira-gravado-pela-pf-%e2%80%9co-policarpo-nunca-vai-ser-nosso-ele-e-foda%e2%80%9d-na-mosca/" rel="bookmark">Cachoeira gravado pela PF: “O Policarpo nunca vai ser nosso! Ele é foda!” Na mosca!</a></h1>
<h1>
</h1>
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<div id="header">
<div class="reinaldo" id="topTitle">
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/" title="Reinaldo Azevedo"><h2>
Reinaldo Azevedo</h2>
</a></div>
</div>
</div>
<br /><h1>
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cachoeira-gravado-pela-pf-%e2%80%9co-policarpo-nunca-vai-ser-nosso-ele-e-foda%e2%80%9d-na-mosca/" rel="bookmark">Cachoeira gravado pela PF: “O Policarpo nunca vai ser nosso! Ele é foda!” Na mosca!</a></h1>
<div class="postConteudo">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">O
maior prazer do pervertido é assistir à queda de um puro. A frase —
talvez literal; não vou parar para consultar agora — está no livro “Se o
Grão Não Morre”, autobiografia do escritor francês André Gide. Naquele
caso, aconteceu. Neste outro, de que trato, os pervertidos estão
tentando se lambuzar na suposta queda alheia. Mas perderam o tempo e a
viagem.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Há alguns
dias, Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da VEJA e comandante da
sucursal da revista em Brasília, vem sendo vítima de uma campanha
asquerosa, movida por bandidos. Seus acusadores são notórios ladrões de
dinheiro público, escroques envolvidos com o submundo da espionagem —
eles, sim, flagrados em investigações da Polícia Federal —, notórios
mamadores das tetas do oficialismo. Não têm biografia, mas folha
corrida. Estão associados ao submundo do crime para tentar melar o
processo do mensalão. Trabalham a serviço de um notório chefe de
quadrilha. Essa escória, no entanto, poderia estar falando a verdade,
claro… Mas não está! E são as próprias gravações feitas pela Polícia
Federal a prová-lo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Há dias a
rede suja da Internet repete a mentira grotesca de que Policarpo teria
sido “pego” pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. O chefe da
Sucursal da VEJA em Brasília falou, sim, com Cachoeira e seus
“auxiliares” muitas vezes. Ele e quase todos os jornalistas
investigativos de Brasília. Em todas elas, estava em busca de
informações que resultaram em reportagens que, de fato, derrubaram muita
gente. Ousaria dizer que muitos milhões, talvez bilhões, de dinheiro
público deixaram de sumir pelo ralo da corrupção em razão do trabalho de
Policarpo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Já escrevi
aqui e repito uma obviedade, que é do conhecimento de todo e qualquer
jornalista investigativo: não é nos conventos e nos mosteiros que se
colhem informações sobe o submundo da capital — e do país. Um jornalista
investigativo é obrigado a transitar em áreas muito pouco salubres. MAS
ATENÇÃO! O HONESTO, A EXEMPLO DE POLICARPO, TRANSITA, COLHE A
INFORMAÇÃO E NÃO SE SUJA. O desonesto se torna funcionário de banqueiro
bandido, do espião, do malfeitor. Nao resiste à tentação.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">É claro que
Policarpo foi fazendo alguns inimigos ao longo dos anos. Todos aqueles
que perderam o emprego em razão de suas reportagens — sempre
irrespondíveis — e todos aqueles que tiveram interesses contrariados
gostariam de lhe arrancar o fígado. Há tempos ele está “jurado” por
tipos que podem ser chamados, sem exagero, de representantes do crime
organizado. A melhor defesa de Policarpo é a qualidade de seu trabalho.
Todos vocês sabem que ele responde por mais da metade do que a imprensa
acabou chamando “faxina de Dilma”. Prestou um serviço ao país e, de
certo modo, até ao governo. Já escrevi aqui que o crescimento da
popularidade da governanta não se deve à qualidade do seu governo, que
considero medíocre, mas à demissão dos que foram pegos com a boca na
botija. Pegos por Policarpo! </span><span style="color: black;">Dilma não demitiu auxiliares, suponho, porque as falcatruas apontadas por VEJA eram falsas, certo?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">A qualidade
do trabalho de Policarpo (des)qualifica seus acusadores. Uma longa
conversa de Cachoeira, no entanto, com um de seus auxiliares — o
ex-agente da Abin Jairo Martins — é, como direi?, de uma eloquência que
deixará os acusadores de Policarpo a roer os cotovelos do ressentimento,
do ódio e da vigarice. Mas continuarão na sua sanha desmoralizada
porque são pagos pra isso. Reproduzo trechos. Volto em seguida:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: red;"><strong>Cachoeira - </strong>O
Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e
muito menos pra você. Não se iluda, não (…) Os grandes furos do
Policarpo fomos nós que demos, rapaz (…) Ele não vai fazer nada procê.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: red;"><strong>Jairo -</strong> É, não, isso é verdade aí.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: red;"><strong>Cachoeira -</strong>
Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho por Brasil, essa
corrupção aí. Quantos já foram, rapaz!? E tudo via Policarpo. Agora,
não é bom você falar isso com o Policarpo, não, sabe? Você tem que
afastar dele e a barriga dele doer, sabe? Tem que ter a troca, ô Jairo.
Nunca cobramos a troca.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: red;"><strong>Jairo -</strong> Isso é verdade.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: red;"><strong>Cachoeira -</strong>
E fala pra ele (…) eu ganho algum centavo seu, Policarpo? Não ganho (…)
Nós temos de ter jornalista na mão, ô Jairo! Nós temos que ter
jornalista. O Policarpo nunca vai ser nosso…</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: red;"><strong>Jairo -</strong> É, não tem não, não tem não. Ele não tem mesmo não. Ele é foda!</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Voltei</strong><br />
Se tiverem paciência, ouçam a conversa inteira na VEJA Online. Cachoeira
e Jairo estão reclamando de Policarpo porque lhe passaram informações
para chegar a alguns ladrões de dinheiro público — alguém aí acha que
foram os santos que derrubaram José Roberto Arruda? —, <strong>mas Policarpo não lhes deu nada em troca. Não os poupou nem mesmo do noticiário.</strong></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">É isso aí!
Policarpo jamais será “deles” ou “um deles”. Foi a sucursal de Brasília
da VEJA que desbaratou o bunker formado em 2010 para produzir mais um
falso dossiê contra José Serra, lembram-se? Era aquele grupo comandado
por Luiz Lanzetta, que estava sob a chefia do agora ministro Fernando
Pimentel (investigado pela Comissão de Ética, diga-se), aquele que fazia
visitinhas a Zé Dirceu em quartos de hotel. Uma das pessoas que estavam
trabalhando para o grupo era justamente Idalberto Matias de Araújo, o
Dadá, que pertence ao esquema de Cachoeira. Policarpo faz jornalismo,
não negócio.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">A Polícia
Federal flagrou Policarpo, sim! Flagrou-o trabalhando honestamente! Os
ladrões e os serviçais dos ladrões não se conformam que VEJA tenha
colaborado de maneira decisiva para limpar uma parte ao menos da sujeira
de Brasília. Falta certamente muita coisa. O país e o jornalismo podem
contar com Policarpo. Continuará a submeter o mundo e o submundo da
capital federal e do país a seu — e ao de sua equipe — severíssimo
escrutínio. Buscará a informação onde ela estiver. E, assim, continuará a
proteger os cofres públicos da ação de larápios.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>E fará isso por uma razão simples: Policarpo nunca vai ser deles! Policarpo é foda!</strong></span></span></div>
</div>
<span style="font-size: large;"><i>Por Reinaldo Azevedo</i></span> <div class="postTags">
<span style="font-size: large;"><b>Tags:</b> <a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/carlinhos-cachoeira/" rel="tag">Carlinhos Cachoeira</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/imprensa/" rel="tag">imprensa</a></span></div>
<h1>
</h1>
<h1>
</h1>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-77180429286198269092012-03-25T14:58:00.001-07:002012-03-25T14:58:17.519-07:00"É possível acreditar em Deus usando a razão", afirma William Lane Craig<h2 class="subtitle">
O
filósofo e teólogo defende o cristianismo, a ressurreição de Jesus e a
veracidade da Bíblia a partir de construção lógica e racional, e se
destaca em debates com pensadores ateus</h2>
<div class="signature">
Marco Túlio Pires, de Águas de Lindóia</div>
<div class="img-article">
<img alt="William Lane Craig: "Sem Deus, não é possível explicar a existência de valores e deveres morais objetivos"" src="http://veja.abril.com.br/assets/images/2012/3/71883/william-lane-craig-620-size-598.jpg?1332435002" title="William Lane Craig: "Sem Deus, não é possível explicar a existência de valores e deveres morais objetivos"" width="598" />
<span style="font-size: large;">William Lane Craig: "Sem Deus, não é possível explicar a existência de valores e deveres morais objetivos"
<span>(Divulgação)</span></span>
<br />
</div>
<div class="destaque_article">
<div class="list_article">
<span style="font-size: large;">
"Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o
cristianismo é a verdade — como penso que é — temos que acreditar nele
independente das consequências. É o que as pessoas racionais fazem, elas
acreditam na verdade. A via contrária é o pragmatismo. 'Isso Funciona?
Não importa se é verdade, quero saber se funciona'"</span><br />
<span style="font-size: large;">
William Lane Craig</span><br />
</div>
</div>
<span style="font-size: large;">
Quando o escritor britânico Christopher Hitchens, um dos maiores
defensores do ateísmo, travou um longo debate nos Estados Unidos, em
abril de 2009, com o filósofo e teólogo William Lane Craig sobre a
existência de Deus, seus colegas ateus ficaram tensos. Momentos antes de
subir ao palco, Hitchens — <a href="http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/christopher-hitchens-o-reinaldo-azevedo-deles"><strong>que morreu em dezembro de 2011. aos 62 anos</strong></a> — falou a jornalistas sobre a expectativa de enfrentar Craig.<br /><br />
"Posso dizer que meus colegas ateus o levam bem a sério", disse. "Ele é
considerado um adversário muito duro, rigoroso, culto e formidável",
continuou. "Normalmente as pessoas não me dizem 'boa sorte' ou 'não nos
decepcione' antes de um debate — mas hoje, é o tipo de coisa que estão
me dizendo". Difícil saber se houve um vencedor do debate. O certo é que
Craig se destaca pela elegância com que apresenta seus argumentos,
mesmo quando submetido ao fogo cerrado.</span>
<br />
<span style="font-size: large;">
O teólogo evangélico é considerado um dos maiores defensores da
doutrina cristã na atualidade. Craig, que vive em Atlanta (EUA) com a
esposa, sustenta que a existência de Deus e a ressurreição de Jesus, por
exemplo, não são apenas questões de fé, mas passíveis de prova lógica e
racional. Em seu currículo de debates estão o famoso químico e autor
britânico Peter Atkins e o <a href="http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nao-acreditar-em-deus-e-um-atalho-para-felicidade-diz-sam-harris"><strong>neurocientista americano Sam Harris</strong></a> (<strong><a href="http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/e-possivel-acreditar-em-deus-usando-a-razao-afirma-william-lane-craig#video">veja lista com vídeos legendados de Craig</a></strong>). Basta uma rápida procura no Youtube para encontrar uma vastidão de debates travados entre Craig e diversos estudiosos. <strong><a href="http://veja.abril.com.br/acervodigital/?edicao=1551&pg=148">Richard Dawkins</a></strong>, um dos maiores críticos do teísmo, ainda se recusa a discutir com Craig sobre a existência de Deus. <br /><br />
Em </span>
<span style="font-size: large;"><a href="http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2011/oct/20/richard-dawkins-william-lane-craig"><strong>artigo publicado no jornal inglês <em>The Guardian</em></strong></a>,
Dawkins afirma que Craig faz apologia ao genocídio, por defender
passagens da Bíblia que justificam a morte de homens, mulheres e
crianças por meio de ordens divinas. "Vocês apertariam a mão de um homem
que escreve esse tipo de coisa? Vocês compartilhariam o mesmo palco que
ele? Eu não, eu me recuso", escreveu. Na entrevista abaixo, Craig fala
sobre o assunto.<br /><br />
Autor de diversos livros — entre eles </span>
<span style="font-size: large;"><em>Em Guarda – Defenda a fé cristã com razão e precisão</em>
(Ed. Vida Nova), lançado no fim de 2011 no Brasil, — Craig é doutor em
filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em teologia
pela Universidade de Munique, Alemanha. O filósofo esteve no Brasil para
o 8º Congresso de Teologia da Editora Vida Nova, em Águas de Lindóia,
entre 13 e 16 de março. Durante o simpósio, Craig deu palestras e
dedicou a última apresentação a atacar, ponto a ponto, os argumentos de
Richard Dawkins sobre a inexistência de Deus.</span>
<br />
<div class="glossario">
<h2>
<span style="font-size: large;">
Perfil</span></h2>
<span style="font-size: large;"><strong>Nome:</strong> William Lane Craig<br /><strong>Profissão:</strong></span>
<span style="font-size: large;"> Filósofo, teólogo e professor universitário na Universidade de Biola, Califórnia<br /><strong>Nascimento:</strong></span>
<span style="font-size: large;"> 23 de agosto de 1949<br /><strong>Livros destacados:</strong></span>
<span style="font-size: large;"> <em>Apologética Contemporânea – A veracidade da Fé Cristã</em>; <em>Em Guarda, Defenda a fé cristã com razão e precisão</em>; ambos publicados no Brasil pela editora Vida Nova<br /><strong>Principal contribuição para a filosofia:</strong></span>
<span style="font-size: large;"> Craig foi
responsável por reformular o Argumento Cosmológico Kalam (variação do
argumento cosmológico que defende a existência de uma primeira causa
para o universo) nos seguintes termos: <em>1) Tudo que começa a existir
tem uma causa de existência. 2) O universo começou a existir. 3)
Portanto, o universo tem uma causa para sua existência</em>.<br /><strong>Informações pessoais:</strong></span>
<span style="font-size: large;"> William Lane Craig é conhecido
pelo trabalho na filosofia do tempo e na filosofia da religião,
especificamente sobre a existência de Deus e na defesa do teísmo
cristão. Escreveu e editou mais de 30 livros, é doutor em filosofia e
teologia em universidades inglesa e alemã e desde 1996 é pesquisador e
professor de filosofia na Universidade de Biola, na Califórnia.
Atualmente vive em Atlanta, nos EUA, com a esposa. Craig pratica
exercícios regularmente como forma de combater a APM (Atrofia Peronial
Muscular) uma doença degenerativa do sistema nervoso que lhe causou
atrofiamento dos nervos das mãos e pernas. Especialista em debates desde
o ensino médio, o filósofo passa a maior parte do tempo estudando.</span><br />
</div>
<span style="font-size: large;"><strong>Por que deveríamos acreditar em Deus?</strong> Porque os
argumentos e evidências que apontam para a Sua existência são mais
plausíveis do que aqueles que apontam para a negação. Vários argumentos
dão força à ideia de que Deus existe. Ele é a melhor explicação para a
existência de tudo a partir de um momento no passado finito, e também a
para o ajuste preciso do universo, levando ao surgimento de vida
inteligente. Deus também é a melhor explicação para a existência de
deveres e valores morais objetivos no mundo. Com isso, quero dizer
valores e deveres que existem independentemente da opinião humana. <br /><br /><strong>Se Deus é bondade e justiça, por que ele não criou um universo perfeito onde todas as pessoas vivem felizes? </strong></span>
<span style="font-size: large;">Acho
que esse é o desejo de Deus. É o que a Bíblia ensina. O fato de que o
desejo de Deus não é realizado implica que os seres humanos possuem
livre-arbítrio. Não concordo com os teólogos que dizem que Deus
determina quem é salvo ou não. Parece-me que os próprios humanos
determinam isso. A única razão pela qual algumas pessoas não são salvas é
porque elas próprias rejeitam livremente a vontade de Deus de
salvá-las.<br /><br /><strong><a href="http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/o-livre-arbitrio-nao-existe-dizem-neurocientistas">Alguns cientistas argumentam que o livre-arbítrio não existe</a>. Se esse for o caso, as pessoas poderiam ser julgadas por Deus?</strong></span>
<span style="font-size: large;">
Não, elas não poderiam. Acredito que esses autores estão errados. É
difícil entender como a concepção do determinismo pode ser racional. Se
acreditarmos que tudo é determinado, então até a crença no determinismo
foi determinada. Nesse contexto, não se chega a essa conclusão por
reflexão racional. Ela seria tão natural e inevitável como um dente que
nasce ou uma árvore que dá galhos. Penso que o determinismo,
racionalmente, não passa de absurdo. Não é possível acreditar
racionalmente nele. Portanto, a atitude racional é negá-lo e acreditar
que existe o livre-arbítrio.<br /><br /><strong>O senhor defende em seu site uma passagem do Velho Testamento
em que Deus ordena a destruição da cidade de Canaã, inclusive
autorizando o genocídio, argumentando que os inocentes mortos nesse
massacre seriam salvos pela graça divina. Esse não é um argumento
perigosamente próximo daqueles usados por terroristas motivados pela
religião?</strong></span>
<span style="font-size: large;"> A teoria ética desses terroristas não está errada.
Isso, contudo, não quer dizer que eles estão certos. O problema é a
crença deles no deus errado. O verdadeiro Deus não ordena atos
terroristas e, portanto, eles estariam cometendo uma atrocidade moral.
Quero dizer que se Deus decide tirar a vida de uma pessoa inocente,
especialmente uma criança, a Sua graça se estende a ela. <br /><br /><strong>Se o terrorista é cristão o ato terrorista motivado pela religião é justificável, por ele acreditar no Deus ‘certo’? </strong></span>
<span style="font-size: large;">Não
é suficiente acreditar no deus certo. É preciso garantir que os
comandos divinos estão sendo corretamente interpretados. Não acho que
Deus dê esse tipo de comando hoje em dia. Os casos do Velho Testamento,
como a conquista de Canaã, não representam a vontade normal de Deus.<br /><br /><strong>O sr. está querendo dizer que Deus também está sujeito a
variações de humor? Não é plausível esperar que pelo menos Ele seja
consistente?</strong></span>
<span style="font-size: large;"> Penso que Deus pode fazer exceções aos comandos
morais que dá. O principal exemplo no Velho Testamento é a ordem que ele
dá a Abraão para sacrificar seu filho Isaque. Se Abraão tivesse feito
isso por iniciativa própria, isso seria uma abominação. O deus do Velho
Testamento condena o sacrifício infantil. Essa foi uma das razões que o
levou a ordenar a destruição das nações pagãs ao redor de Israel. Elas
estavam sacrificando crianças aos seus deuses. E, no entanto, Deus dá
essa ordem extraordinária a Abraão: sacrificar o próprio filho Isaque.
Isso serviu para verificar a obediência e fé dele. Mas isso é a exceção
que prova a regra. Não é a forma normal com que Deus conduz os assuntos
humanos. Mas porque Deus é Deus, Ele tem a possibilidade de abrir
exceções em alguns casos extremos, como esse. <br /><br /><strong>O sr. disse que não é suficiente ter o deus certo, é preciso
fazer a interpretação correta dos comandos divinos. Como garantir que a
sua interpretação é objetivamente correta?</strong></span>
<span style="font-size: large;"> As coisas que digo
são baseadas no que Deus nos deu a conhecer sobre si mesmo e em
preceitos registrados na Bíblia, que é a palavra d’Ele. Refiro-me a
determinações sobre a vida humana, como “não matarás”. Deus condena o
sacrifício de crianças, Seu desejo é que amemos uns ao outros. Essa é a
Sua moral geral. Seria apenas em casos excepcionalmente extremos, como o
de Abraão e Isaque, que Deus mudaria isso. Se eu achar que Deus me
comandou a fazer algo que é contra o Seu desejo moral geral, revelado na
escritura, o mais provável é que eu tenha entendido errado. Temos a
revelação do desejo moral de Deus e é assim que devemos nos comportar.<br /><br /><strong>O sr. deposita grande parte da sua argumentação no conteúdo da
Bíblia. Contudo, ela foi escrita por homens em um período restrito, em
uma área restrita do mundo, em uma língua restrita, para um grupo
específico de pessoas. Que evidência se tem de que a Bíblia é a palavra
de um ser sobrenatural?</strong></span>
<span style="font-size: large;"> A razão pela qual acreditamos na Bíblia
e sua validade é porque acreditamos em Cristo. Ele considerava as
escrituras hebraicas como a palavra de Deus. Seus ensinamentos são
extensões do que é ensinado no Velho Testamento. Os ensinamentos de
Jesus são direcionados à era da Igreja, que o sucederia. A questão,
então, se torna a seguinte: temos boas razões para acreditar em Jesus?
Ele é quem ele diz ser, a revelação de Deus? Acredito que sim. A
ressurreição dos mortos, por exemplo, mostra que ele era quem afirmava.<br /><br /><strong>Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus? </strong></span>
<span style="font-size: large;">Temos
boas bases históricas. A palavra ‘prova’ pode ser enganosa porque
muitos a associam com matemática. Certamente, não temos prova matemática
de qualquer coisa que tenha acontecido na história do homem. Não temos
provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no senado
romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu
argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como
fontes da história antiga, — como os historiadores gregos Tácito,
Heródoto ou Tucídides — o evangelho aparece como uma fonte histórica
muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré. A maioria dos
historiadores do Novo Testamento concorda com os fatos fundamentais que
balizam a inferência sobre a ressurreição de Cristo. Coisas como a sua
execução sob autoridade romana, a descoberta das tumbas vazias por um
grupo de mulheres no domingo depois da crucificação e o relato de vários
indivíduos e grupos sobre os aparecimentos de Jesus vivo após sua
execução. Com isso, nos resta a seguinte pergunta: qual é a melhor
explicação para essa sequência de acontecimentos? Penso que a melhor
explicação é aquela que os discípulos originais deram — Deus fez Jesus
renascer dos mortos. Não podemos falar de uma prova, mas podemos
levantar boas bases históricas para dizer que a ressurreição é a melhor
explicação para os fatos. E como temos boas razões para acreditar que
Cristo era quem dizia ser, portanto temos boas razões para acreditar que
seus ensinamentos eram verdade. Sendo assim, podemos ver que a Bíblia
não foi criação contingente de um tempo, de um lugar e de certas
pessoas, mas é a palavra de Deus para a humanidade.<br /><br /><strong>O textos da Bíblia passaram por diversas revisões ao longo do
tempo. Como podemos ter certeza de que as informações às quais temos
acesso hoje são as mesmas escritas há 2.000 anos? Além disso, como lidar
com o fato de que informações podem ser perdidas durante a tradução?</strong></span>
<span style="font-size: large;">
Você tem razão quanto a variedade de revisões e traduções. Por isso, é
imperativo voltar às línguas originais nas quais esses textos foram
escritos. Hoje, os críticos textuais comparam diferentes manuscritos
antigos de modo a reconstruir o que os originais diziam. O Novo
Testamento é o livro mais atestado da história antiga, seja em termos de
manuscritos encontrados ou em termos de quão próximos eles estão da
data original de escrita. Os textos já foram reconstruídos com 99% de
precisão em relação aos originais. As incertezas que restam são
trivialidades. Por exemplo, na Primeira Epístola de João, ele diz:
“Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra”. Mas
alguns manuscritos dizem: “Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso
gozo se cumpra”. Não temos certeza se o texto original diz ‘vosso’ ou
‘nosso’. Isso ilustra como esse 1% de incerteza é trivial. Alguém que
realmente queira entender os textos deverá aprender grego, a língua
original em que o Novo Testamento foi escrito. Contudo, as pessoas
também podem comprar diferentes traduções e compará-las para perceber
como o texto se comporta em diferentes versões.<br /><br /><strong>É possível explicar a existência de Deus apenas com a razão? Qual o papel da ciência na explicação das causas do universo?</strong></span>
<span style="font-size: large;">
A razão é muito mais ampla do que a ciência. A ciência é uma exploração
do mundo físico e natural. A razão, por outro lado, inclui elementos
como a lógica, a matemática, a metafísica, a ética, a psicologia e assim
por diante. Parte da cegueira de cientistas naturalistas, como Richard
Dawkins, é que eles são culpados de algo chamado ‘cientismo’. Como se a
ciência fosse a única fonte da verdade. Não acho que podemos explicar
Deus em sua plenitude, mas a razão é suficiente para justificar a
conclusão de que um criador transcendente do universo existe e é a fonte
absoluta de bondade moral. <br /><br /><strong>Por que o cristianismo deveria ser mais importante do que
outras religiões que ensinam as mesmas questões fundamentais, como o
amor e a caridade?</strong></span>
<span style="font-size: large;"> As pessoas não entendem o que é o
cristianismo. É por isso que alguns ficam tão ofendidos quando se prega
que Jesus é a única forma de salvação. Elas pensam que ser cristão é
seguir os ensinamentos éticos de Jesus, como amar ao próximo como a si
mesmo. É claro que não é preciso acreditar em Jesus para se fazer isso.
Isso não é o cristianismo. O evangelho diz que somos moralmente culpados
perante Deus. Espiritualmente, somos separados d’Ele. É por isso que
precisamos experimentar Seu perdão e graça. Para isso, é preciso ter um
substituto que pague a pena dos nossos pecados. Jesus ofereceu a própria
vida como sacrifício por nós. Ao aceitar o que ele fez em nosso nome,
podemos ter o perdão de Deus e a limpeza moral. A partir disso, nossa
relação com Deus pode ser restaurada. Isso evidencia por que acreditar
em Cristo é tão importante. Repudiá-lo é rejeitar a graça de Deus e
permanecer espiritualmente separado d’Ele. Se você morre nessa condição
você ficará eternamente separado de Deus. Outras religiões não ensinam a
mesma coisa. <br /><br /><strong>A crença em Deus é necessária para trazer qualidade de vida e felicidade?</strong></span>
<span style="font-size: large;">
Penso que a crença em Deus ajuda, mas não é necessária. Ela pode lhe
dar uma fundação para valores morais, propósito de vida e esperança para
o futuro. Contudo, se você quiser viver inconsistentemente, é possível
ser um ateu feliz, contanto que não se pense nas implicações do ateísmo.
Em última análise, o ateísmo prega que não existem valores morais
objetivos, que tudo é uma ilusão, que não há propósito e significado
para a vida e que somos um subproduto do acaso. <br /><br /><strong>Por que importa se acreditamos no deus do cristianismo ou na
‘mãe natureza’ se na prática as pessoas podem seguir, fundamentalmente,
os mesmos ensinamentos?</strong></span>
<span style="font-size: large;"> Deveríamos acreditar em uma mentira se
isso for bom para a sociedade? As pessoas devem acreditar em uma falsa
teoria, só por causa dos benefícios sociais? Eu acho que não. Isso seria
uma alucinação. Algumas pessoas passam a acreditar na religião por esse
motivo. Já que a religião traz benefícios para a sociedade, mesmo que o
indivíduo pense que ela não passa de um ‘conto de fadas’, ele passa a
acreditar. Digo que não. Se você acha que a religião é um conto de
fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade — como penso que é
— temos que acreditar nele independente das consequências. É o que as
pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade. A via contrária é o
pragmatismo. “Isso Funciona?", perguntam elas. "Não importa se é
verdade, quero saber se funciona”. Não estou preocupado se na Suécia
alguns são felizes sem acreditar em Deus ou se há alguma vantagem em
acreditar n’Ele. Como filósofo, estou interessado no que é verdade e me
parece que a existência desse ser transcendente que criou e projetou o
universo, fonte dos valores morais, é a verdade.</span><a href="" name="video"></a><br />
<div style="width: 620px;">
<div class="textarea-comment">
<h2>
William Lane Craig em ação<br />
</h2>
<div class="btVolta btAtivo">
«</div>
</div>
</div>
fonte REVISTA VEJA SITEIvair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-25046047765138056802012-03-22T18:43:00.000-07:002012-03-22T18:43:08.163-07:00Definindo o PT<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri; font-size: x-large;">MELHOR DEFINIÇÃO DO
PT .</span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: large;">"<span style="font-size: x-large;">O PT é um partido
orientado por intelectuais que<span> </span>estudam e não trabalham,
formado por militantes que trabalham e não estudam, comandado por sindicalistas
que não estudam nem trabalham, que estão muito ricos com o apoio de eleitores
idiotas que trabalham pra burro e não têm dinheiro nem pra comer nem pra
estudar."</span></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">
<span style="font-size: x-large;">Ivo
Salvany</span></div>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-58786072689296157292012-03-09T19:39:00.000-08:002012-03-09T19:39:49.658-08:00<h1>
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/uma-aula-de-civilizacao-e-tolerancia-com-o-judeu-ortodoxo-que-defendeu-a-presenca-de-crucifixos-nas-escolas-italianas-a-causa-perdia-por-17-a-zero-ele-virou-o-tribunal-para-15-a-2-vejam-por-que/" rel="bookmark">Uma
aula de civilização e tolerância com o judeu ortodoxo que defendeu a
presença de crucifixos nas escolas Italianas; a causa perdia por 17 a
zero; ele virou o tribunal para 15 a 2. Vejam por quê</a></h1>
<h1>
</h1>
<br /><div class="postConteudo">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Querem
uma aula de tolerância e civilidade? Então leiam a entrevista que o
advogado Josph Weiler, que defendeu o direito das escolas italianas de
exibir o crucifixo, concedeu em setembro do ano passado ao jornal
português “Público”. Ele é judeu ortodoxo. A entrevista é longa, mas se
trata de um dos mais brilhantes exercícios de tolerância que já li. Uma
pena o doutor Wadih Damous, presidente da OAB-RJ, não ter sido
contratado para o outro lado. Imaginem alguém que defendesse que até o
patrimônio cultural fosse “limpado” da herança cristã. Antes da íntegra
da entrevista, destaco alguns trechos em azul para despertar a
curiosidade.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: blue;"><strong>Sobre as leis francesas, que proíbem a exposição de qualquer símbolo religiosa:<br />
</strong>“Sim… As crianças podem ir para a escola e usar uma <em>t-shirt</em> com uma fotografia de Che Guevara, podem ter escrito <em>Love and Peace</em>,
podem ter um insulto a George Bush, qualquer posição política ou
ecológica, podem levar o triângulo cor-de-rosa pelos direitos dos <em>gays</em>. A única coisa que não podem levar é a cruz, a estrela de David e o crescente.”</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: blue;"><strong>Sobre liberdade religiosa<br />
</strong>“Não podemos permitir que a liberdade de [ter ou não] religião
ponha em causa a liberdade religiosa. Temos que descobrir a via média. E
essa é dizer não, se alguém quiser forçar outro a beijar ou a
genuflectir perante a cruz. Mas, se houver uma cruz na parede, direi aos
meus filhos que vivemos num país cristão. Somos acolhidos, não somos
discriminados. A Dinamarca tem uma cruz na bandeira, a Inglaterra e a
Grécia igual. Vamos pedir que, por causa da liberdade religiosa, tirem a
cruz das bandeiras? Absurdo!…”</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: blue;"><strong>Sobre a crisfofobia<br />
“</strong>As pessoas falam de liberdade religiosa, mas, de facto, muitas
vezes é cristofobia. Não é neutralidade, é antes porque não gostam do
cristianismo e da Igreja. Sei por quê: a Igreja tem uma história
complicada…”</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="color: blue;"><span style="color: blue;"><strong>A cruz e a tolerância<br />
</strong>Na Grã-Bretanha, o chefe de Estado é o chefe da Igreja, há uma
Igreja de Estado, o hino nacional é uma oração. Quem diria que o país
não é tolerante? É o país de eleição para muitos muçulmanos emigrantes. O
facto de haver uma identidade religiosa e uma prática de
não-discriminação é um sinal de uma sociedade pluralista e tolerante.<br />
De certa maneira, a Grã-Bretanha com a cruz é mais pluralista e
tolerante do que a França, sem a cruz. Porque na Grã-Bretanha, apesar de
afirmar a identidade religiosa do Estado, é não discriminatória em
todos os aspectos da vida. Financia escolas anglicanas, mas também
católicas, judias, muçulmanas e seculares. Os países laicos financiam
escolas seculares, mas não escolas religiosas. Quem é mais tolerante e
pluralista?</span><br />
*</span><br />
<span style="color: black;">Leiam a íntegra da entrevista.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Judeu
convicto, especialista em Direito Constitucional, Joseph Weiler defendeu
perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos o direito de a Itália
ter crucifixos nas paredes das escolas e o direito da França de não os
ter. E diz que esse pluralismo europeu é que é bom. Ganhou por 15-2.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Tinha
acabado cinco horas de aulas, pediu apenas um prato de batatas fritas,
que foi petiscando enquanto conversava. Joseph Weiler, nascido em 1951, é
um judeu convicto. O que não o impediu de defender a possibilidade de
haver (ou não) crucifixos nas paredes das escolas. Virou a opinião do
tribunal, dos anteriores 17 a favor de retirar os símbolos religiosos da
parede, para uns claríssimos 15 contra. Apenas dois juízes mantiveram a
decisão anterior. E adverte: nem a Itália nem a França são neutros em
matéria religiosa. Mas ambos devem educar para o pluralismo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Especialista
em Direito Constitucional europeu, Weiler é professor da Católica
Global School of Law, da Universidade Católica Portuguesa, e, por isso,
vem a Portugal várias vezes por ano.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Tem publicado <em>Uma Europa Cristã</em>
(ed. Princípia). E publicará, até final do ano, um livro sobre o
processo que condenou Jesus à morte. Nele defende que “o sentido de
justiça, na civilização ocidental, provém do julgamento de Jesus”,
explica ao Segundo Caderno de Público. O Papa disse, no seu último
livro, que os judeus não foram responsáveis pela morte de Jesus. Weiler,
judeu, irá dizer o contrário. E explicar por quê.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Público - [<em>O sr.</em>]Defendeu o crucifixo nas salas de aula italianas…</strong><br />
<strong>Jospeh Weiler -</strong></span> <span style="color: black;">Tive uma vitória famosa, 15-2…</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Defendeu essa posição como jurista ou como judeu e crente, em solidariedade com outra fé?<br />
</strong>Depois da decisão, recebi centenas de <em>e-mails</em>. Muitos
diziam “obrigado por defender o crucifixo”. Muitos outros, vindos da
comunidade judaica, perguntavam: “Como pode o filho de um rabi defender o
crucifixo?” A todos, aos que me felicitavam ou que me condenavam,
respondi o mesmo: “Não defendi o crucifixo. Defendi o direito da Itália a
ser Itália e o direito de França, onde a cruz é proibida, a ser a
França.”</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Ou seja, a possibilidade de leis diferentes…<br />
</strong>Acredito no valor do pluralismo nas relações entre a Igreja e o
Estado, que existe na Europa, onde temos vários modelos: o modelo
francês, o britânico, o alemão, etc. Isso é parte da força da
civilização europeia. A decisão da câmara, por 17 contra zero, dizendo
que a Itália estava a violar a Convenção Europeia por ter uma cruz nas
salas de aula, parecia-me tão drástica que forçaria todos a ser como
França. Isso parecia-me completamente contra o pluralismo e tolerância
que existe na Europa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>E escreveu o editorial no</strong> <strong><em>European Journal of International Law</em></strong>…<br />
Sim. Dizendo que era uma decisão terrível. Como podia o tribunal decidir
que a tradição na Grã-Bretanha, na Alemanha, em Malta, na Grécia ou na
Dinamarca era contra os direitos humanos e a Convenção Europeia de
Direitos Humanos? Perguntaram-me se queria ir ao tribunal. Concordei,
com uma condição: seria <em>pro bono</em>, não queria que dissessem:
“Olha o judeu, por dinheiro até é capaz de defender a cruz”. [ri] Decidi
fazê-lo, porque acreditava que era a atitude certa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Não foi só a Itália a defender essa posição. </strong><br />
Oito estados intervieram, convidando-me. A Itália defendeu a própria
posição. O facto de ser judeu é irrelevante. Sou constitucionalista
praticante e tal parecia-me errado, no âmbito da Convenção Europeia de
Direitos Humanos. Há duas coisas mais importantes, que me parecem
erradas, no âmbito da Convenção e que me ajudaram a reagir: estou
verdadeiramente cansado do argumento, repetido à exaustão, de que o
Estado é neutro, em matéria religiosa, quando não permite o crucifixo na
parede.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>E não é assim?</strong><br />
Tentei convencer a câmara de que esse é um argumento errado. Se o Estado
quer que a cruz esteja na parede, não é neutro. De certa maneira, é
tomar uma posição sobre a importância do cristianismo na identidade do
país. Ou seja, há algo na identidade do país que se quer valorizar com a
cruz na parede e essa não é uma posição neutral.<br />
Mas quando o Estado, como em França, proíbe a cruz, não está a ser
neutro. Porque não há uma parede nua, vazia. Qualquer coisa pode ser
colocada na parede: se amanhã houver uma maioria comunista, podem dizer
que em todas as escolas tem que haver uma foice e um martelo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Podem?</strong><br />
Sim, e não há nada na Constituição que o impeça: pode ter uma fotografia
de Karl Marx na parede, pode ter um sinal de paz, uma posição
ecológica… De facto, em todas as escolas primárias de França, está
escrito: <em>Liberté, egalité, fraternité</em> - o <em>slogan</em> mobilizador da Revolução Francesa.<br />
Eu gosto disso, mas não é neutral. Se for monárquico, não é neutro,
seguramente. Qualquer símbolo é permitido nas paredes: Karl Marx e
Groucho Marx; o sinal de paz, a foice e o martelo, o símbolo “nuclear
não”. Há apenas um que não é permitido: a cruz, um símbolo religioso.
Como é que isso é neutro?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Nem a estrela de David nem o crescente islâmico…</strong><br />
Sim… As crianças podem ir para a escola e usar uma <em>t-shirt</em> com uma fotografia de Che Guevara, podem ter escrito <em>Love and Peace</em>,
podem ter um insulto a George Bush, qualquer posição política ou
ecológica, podem levar o triângulo cor-de-rosa pelos direitos dos <em>gays</em>. A única coisa que não podem levar é a cruz, a estrela de David e o crescente.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Nem podem vestir o <em>chador</em>…<br />
</strong>Não… Isso não é ser neutro, é dar uma mensagem clara às crianças: tudo é permitido, excepto um símbolo religioso.<br />
Na minha arguição, não disse que a França viola a Convenção Europeia por
ter essa regra. Na tradição europeia, o Estado laico é uma opção
respeitável. Mas não pretendam que seja neutro. Ele diz que tudo é
permitido, excepto a cruz ou a estrela de David, e está a dar uma
mensagem sobre religião.<br />
No sistema italiano, apesar da cruz, há um dever educacional de
respeitar os ateus e outras religiões. No sistema francês, onde se
proíbe a cruz nas paredes mas se permite tudo o resto, há o dever de
explicar aos estudantes que, apesar de se permitirem todos os símbolos
excepto os religiosos, se deve ensinar o respeito pelos crentes. Nenhum
dos sistemas é neutro. Em ambos está implícita uma espécie de
preconceito. E em ambos é tarefa do sistema educativo contrabalançar as
coisas para que a escola não ensine o preconceito mas a tolerância.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Esse era o seu primeiro argumento…</strong><br />
O segundo era: acreditamos na autodeterminação como direito fundamental.
Acreditamos no direito de os britânicos serem britânicos e de os
irlandeses serem irlandeses. A razão por que temos a Irlanda
independente da Grã-Bretanha, em 1921, é porque os irlandeses são
diferentes dos ingleses.<br />
Como podemos imaginar a identidade irlandesa sem o catolicismo? No
preâmbulo da Constituição irlandesa, diz: “Acreditamos que o Divino
Senhor Jesus Cristo é a fonte de todo o dever, justiça e verdade.” Isto é
o que são os irlandeses. O que vamos dizer-lhes? Não permitimos um
sentido de nacionalidade que tem um tal conteúdo religioso?<br />
O que é bonito na Europa, mesmo apesar da Constituição irlandesa, é que
não há discriminação por causa da religião. Um judeu pode ser
primeiro-ministro. Como um muçulmano ou um ateu. E aceitará que é
impossível falar da identidade irlandesa sem o catolicismo e a cruz.
Para o bem e o mal.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Mas é possível também que as sociedades mudem?<br />
</strong>Mas compete às sociedades mudar. Na minha arguição - que é
curta, eu só tinha 20 minutos -, dizia que, se um dia os ingleses
decidirem deixar de ter o Anglicanismo como religião oficial, podem
fazê-lo. Não é um país religioso, a maior parte dos britânicos não é
religiosa. Mas faz parte da sua identidade.<br />
Os suecos mudaram a Constituição e decidiram que a Igreja Luterana
deixaria de ser a religião estabelecida no país. Mas foram eles que
definiram a sua identidade sueca, não foi Estrasburgo. Não compete a
Estrasburgo dizer que eles não podem ter uma cruz na bandeira. Eles
deixaram de ter a Igreja oficial mas mantiveram a obrigação de o rei ser
um luterano. O símbolo do Estado tem que ser um luterano.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Na
sua arguição, afirmou também que este é um conflito entre o direito
individual e o Estado. No caso italiano, tratou-se precisamente de uma
mãe ofendida pela presença da cruz…<br />
</strong>Em muitos casos, temos um conflito entre diferentes direitos
fundamentais. O hino nacional inglês é uma oração: “God Save the Queen”,
dá-lhe vitórias e glórias. Na escola, canta-se o hino nacional. E se
houver um estudante que diz “sou ateu, não creio em Deus e não quero
cantar uma oração”? O direito individual estará comprometido se a escola
forçar esse estudante a cantar o hino nacional e se o ameaçar de
expulsão. Ninguém pode ser forçado a fazer um acto religioso, uma
oração, mesmo quando não acredita…</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Pode ser um republicano…<br />
</strong>Claro, não tem que dizer “Deus salve a rainha”. Isso eu aceito.
Mas não aceito que esse estudante ou a sua mãe digam que mais ninguém
deve cantar o hino. É um compromisso simpático: ele tem o direito de
ficar em silêncio, os outros o direito de cantar. E todos têm direito à
liberdade religiosa.<br />
A minha mãe cresceu no Congo Belga. A única escola para brancos era um
convento católico. Os pais dela fizeram um acordo com as freiras: cada
vez que elas dissessem Jesus, a minha mãe diria Moisés. É um bom
compromisso.<br />
Não podemos permitir que a liberdade de [ter ou não] religião ponha em
causa a liberdade religiosa. Temos que descobrir a via média. E essa é
dizer não, se alguém quiser forçar outro a beijar ou a genuflectir
perante a cruz. Mas, se houver uma cruz na parede, direi aos meus filhos
que vivemos num país cristão. Somos acolhidos, não somos discriminados.
A Dinamarca tem uma cruz na bandeira, a Inglaterra e a Grécia igual.
Vamos pedir que, por causa da liberdade religiosa, tirem a cruz das
bandeiras? Absurdo!…</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>É por causa disso que fala de argumentos iliberais?</strong><br />
Sim, porque o ponto de vista liberal é, muitas vezes, iliberal. As
pessoas falam de liberdade religiosa, mas, de facto, muitas vezes é
cristofobia. Não é neutralidade, é antes porque não gostam do
cristianismo e da Igreja. Sei por quê: a Igreja tem uma história
complicada…</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>É também por causa disso?</strong><br />
Claro. Compreendo, mas não devemos mascarar os factos. Vivemos numa
sociedade em que algumas pessoas são religiosas, outras não. A questão é
como vivemos juntos. Não podemos pretender que, se negarmos todas as
religiões no espaço público, isso é neutro. É o que faz a França, mas
não é o único modo de o fazer.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Então deveria ser possível ter uma cruz na sala de aula e educar os estudantes para o pluralismo?</strong><br />
Absolutamente. Seria uma lição de pluralismo. Porque diríamos: apesar de
ter uma cruz na sala de aula ou uma cruz nas bandeiras, permitimos que
um primeiro-ministro seja muçulmano ou judeu. A Itália teve
primeiros-ministros, generais e ministros judeus.<br />
Na Grã-Bretanha, o chefe de Estado é o chefe da Igreja, há uma Igreja de
Estado, o hino nacional é uma oração. Quem diria que o país não é
tolerante? É o país de eleição para muitos muçulmanos emigrantes. O
facto de haver uma identidade religiosa e uma prática de
não-discriminação é um sinal de uma sociedade pluralista e tolerante.<br />
De certa maneira, a Grã-Bretanha com a cruz é mais pluralista e
tolerante do que a França, sem a cruz. Porque na Grã-Bretanha, apesar de
afirmar a identidade religiosa do Estado, é não discriminatória em
todos os aspectos da vida. Financia escolas anglicanas, mas também
católicas, judias, muçulmanas e seculares. Os países laicos financiam
escolas seculares, mas não escolas religiosas. Quem é mais tolerante e
pluralista?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Evocou
a herança cristã da Europa, debatida a propósito da Constituição
Europeia. Se ela tivesse avançado, também devia referir a herança
judaica e muçulmana e a Revolução Francesa?<br />
</strong>Deveria ter uma referência às raízes cristãs.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>E judaicas e muçulmanas. Na Península Ibérica, por exemplo…<br />
</strong>Na Europa, também há vegetarianos. É uma questão de grau. Temos que mencionar judeus, muçulmanos, <em>baha”ís</em>?
Eu também falaria de raízes judaicas e muçulmanas na cultura hispânica.
Mas, na Europa, a maior parte é cristã. Não falaria de raízes cristãs
no Egipto, mesmo havendo uma minoria cristã no país.<br />
De um ponto de vista cultural, o cristianismo jogou um papel decisivo na
definição da civilização europeia. Para o bem e para o mal. As raízes
cristãs são também a Inquisição, judeus queimados. Quando eliminamos as
raízes cristãs, obliteramos também a memória das coisas más que a
cristandade fez.<br />
Não há uma cidade na Europa sem uma catedral, onde o museu não esteja
cheio de pintura sacra. E os direitos humanos não derivam apenas da
Revolução Francesa, derivam da tradição judaico-cristã. Porque queremos
negar isso? O que se vê no Prado, no Museu Gulbenkian?<em> Madonna con bambino</em>… Isso não é a Europa? É um absurdo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>É possível coexistir a laicidade francesa e outros modelos?<br />
</strong>Claro, essa é a riqueza da Europa. A Europa lidera pelo
exemplo, não pela força. Gostaríamos que por todo o mundo houvesse
democracias pluralistas e tolerantes. Que possibilidades há de persuadir
alguns países muçulmanos a abraçar o pluralismo se dissermos que a
religião deve ficar na esfera privada?<br />
Podemos dizer à Arábia Saudita: podem tornar-se uma democracia,
reconhecer os direitos humanos e manter a vossa identidade muçulmana.
Reparem no que se passa na Grã-Bretanha, reparem no pluralismo europeu:
há um modelo francês, um britânico, um grego. Não somos apenas como os
franceses.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Tem
amigos entre os católicos conservadores, mas também defende os direitos
dos homossexuais, o que não é simpático para esses católicos…<br />
</strong>Que posso eu fazer? Vieram ter comigo, quando começaram a falar
dos direitos dos homossexuais. A questão não era o casamento
homossexual, mas porque têm os homossexuais de ser discriminados? Não há
razão para isso.<br />
Mesmo hoje, ensino os meus alunos como crente, mas digo-lhes: ninguém
deve perder o emprego por ser homossexual, a ninguém deve ser negado
alojamento por ser homossexual. Nos campos nazis, exterminaram os judeus
e os homossexuais. Não posso esquecer isso.</span></span></div>
</div>
<i>Por Reinaldo Azevedo</i><h1>
</h1>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-41330980282128332392012-02-25T16:53:00.002-08:002012-02-25T16:53:46.400-08:00Máfia infiltrada no poder!<div class="all-article">
<h4 class="hat">
Poder</h4>
<h1>
Autoridades ajudam a abafar episódio da advogada que a máfia infiltrou no governo</h1>
<h2 class="subtitle">
Procurador-geral da República e ministro da
Justiça não fazem o que se espera deles: investigar por que a história
não é devidamente esclarecida</h2>
<div class="signature">
Rodrigo Rangel</div>
<div class="img-article">
<img alt="O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tranquilizou o ministro Dias Toffoli sobre o conteúdo do depoimento" src="http://veja.abril.com.br/assets/pictures/68409/roberto-gurgel-christiane-araujo-size-598.jpg?1330127219" title="O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tranquilizou o ministro Dias Toffoli sobre o conteúdo do depoimento" width="598" />
<span style="font-size: large;">O procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
tranquilizou o ministro Dias Toffoli sobre o conteúdo do depoimento
<span>(Sérgio Dutti & Andre Dusek/AE)</span></span>
<br />
</div>
<span style="font-size: large;">
Há duas semanas, VEJA revelou que os ministros Gilberto Carvalho,
secretário-geral da Presidência da República, e Dias Toffoli, do Supremo
Tribunal Federal, agiram em sintonia com a máfia que desviou mais de 1
bilhão de reais dos cofres públicos. Em depoimentos prestados ao
Ministério Público e à Polícia Federal, a advogada Christiane Araújo de
Oliveira contou que, durante anos, manteve relações estreitas com ambos e
usou essa intimidade para conseguir levar à frente ações de interesse
da quadrilha para a qual trabalhava. Apesar da gravidade das acusações,
registradas há mais de um ano em um arquivo de vídeo e outro de áudio,
na ocasião nenhum procedimento de investigação formal foi aberto para
apurar a denúncia. Pior que isso: uma parte do material -- o áudio
original no qual a advogada narra aos policiais os detalhes de seus
encontros com as autoridades do governo e as atividades paralelas
derivadas desses encontros -- pode ter sido propositalmente escondida
para evitar constrangimentos ao governo.</span><br />
<span style="font-size: large;">
No áudio até agora desaparecido, Christiane conta detalhes, muitos
deles sórdidos, a respeito do período em que conseguiu se infiltrar no
governo a pedido da máfia. Entre muitas histórias impressionantes, a
advogada confirma que, em 2009, entregou ao então advogado-geral da
União, Dias Toffoli, material gravado clandestinamente que incriminava
opositores do governo -- versão confirmada em depoimento prestado
recentemente à Polícia Federal por Durval Barbosa, o chefe da quadrilha,
que fez um acordo de delação premiada com a Justiça. Dias Toffoli nega
que tenha recebido qualquer documento das mãos da advogada. Em conversas
com colegas do STF, o ministro relatou que está sendo vítima de calúnia
e que teria recebido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a
garantia de que não há nada nos depoimentos que o comprometa. Não é um
comportamento apropriado para quem deveria zelar pelo interesse público:
melhor seria se o procurador se empenhasse em descobrir por que as
revelações da advogada ficaram escondidas por tanto tempo.</span><br />
<div class="info-img-articles">
<div class="author" style="width: 290px;">
<span style="font-size: large;">
Sérgio Lima/Folhapress</span></div>
<span style="font-size: large;"><img alt="José Eduardo Cardozo: "suposta gravação informal"" height="308" src="http://veja.abril.com.br/assets/pictures/68410/jose-eduardo-cardozo-original.jpg" title="José Eduardo Cardozo: "suposta gravação informal"" width="300" /></span>
<div class="gray" style="width: 290px;">
José Eduardo Cardozo: <em>"suposta gravação informal"</em></div>
</div>
Na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a afirmar que “a suposta gravação informal <em>(áudio)</em>
não consta de nenhum procedimento instaurado pela PF”. O ministro não
esclarece coisa alguma. O áudio desaparecido tem seis horas de conversa e
existem algumas cópias dele guardadas, inclusive com pessoas da própria
polícia. O ministério daria uma boa contribuição à Justiça se ajudasse a
esclarecer por que o depoimento da advogada foi -- e permanece --
escondido na Diretoria de Inteligência da Polícia Federal. Mas, ao que
parece, não é esse o objetivo. Na mesma nota, o ministro negou que
tivesse recebido e visto o vídeo no qual a advogada explica suas
relações com Gilberto Carvalho. Cardozo, inclusive, chegou a relatar o
conteúdo do material a um assessor da presidente Dilma Rousseff, segundo
fontes do Palácio do Planalto. Estranho o comportamento do
procurador-geral da República. Estranho o comportamento do ministro da
Justiça.<br />
<div class="fb-like fb_edge_widget_with_comment fb_iframe_widget" data-action="recommend" data-colorscheme="" data-href="veja.abril.com.br/noticia/brasil/autoridades-ajudam-a-abafar-episodio-da-advogada-que-a-mafia-infiltrou-no-governo" data-send="false" data-show-faces="true" data-width="650">
<span></span></div>
<div id="links_google" style="display: block; margin-top: 10px;">
<div style="background-color: white; border: 1px solid rgb(178, 178, 178); font-family: arial; font-size: 11px; margin-top: 10px; padding-left: 10px; padding-right: 5px; width: 603px;">
</div>
</div>
</div>
<div class="noindex">
<div id="suggested-reading">
<span class="border-gray"></span></div>
</div>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-17625322044185524342012-02-24T17:28:00.000-08:002012-02-24T17:28:23.055-08:00Uma abortista convicta. Por Reinaldo AZEVEDO<br /><h1>
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/eis-uma-noticia-que-requer-as-luzes-de-eleonora-menicucci-a-abortista-convicta/" rel="bookmark">Eis uma notícia que requer as luzes de Eleonora Menicucci, a abortista convicta</a></h1>
<div class="postConteudo">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Escrevi
aqui outro dia um longo artigo sobre o aborto e afirmei que a tese de
que ele é expressão da libertação das mulheres é moral e historicamente
mentirosa. Está </span><a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-aborto-como-expressao-da-libertacao-da-mulher-nao-e-apenas-uma-fraude-moral-e-tambem-uma-mentira-historica-o-aborto-sempre-foi-e-e-contra-as-mulheres/" target="_blank"><span style="color: black;"><strong><span style="color: blue;">aqui</span></strong></span></a><span style="color: black;">.
Demonstrei que a interdição da prática, nos primórdios do cristianismo,
protegia as mulheres. Nos dias de hoje, observei que a China usa o
aborto legal — somado ao ultrassom — para impedir o nascimento de
meninas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Pois bem. A
Folha de ontem traz um texto da Agência EFE que deveria ser lido
atentamente pela ministra Eleonora Menicucci, uma abortista fanática —
segundo uma entrevista concedida em 2004, ex-aborteira também. Leiam.
Volto em seguida.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><strong><span style="color: black;">Clínicas britânicas fazem aborto de grávidas que rejeitam sexo do bebê</span></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Clínicas
particulares britânicas estão aceitando interromper a gravidez de
mulheres que desistem de ter o bebê quando sabem de qual sexo ele será. O
procedimento é realizado principalmente quando o feto é de uma menina,
afirma o jornal “The Daily Telegraph” nesta quinta-feira. A reportagem
do jornal fez uma reportagem com uma câmera escondida em que mostra como
médicos de hospitais particulares consentem fazer abortos motivados
unicamente pelo sexo do bebê. A prática é ilegal no Reino Unido. Em
declarações ao “Telegraph”, o ministro da Saúde, Andrew Lansley, da
linha conservadora, expressou preocupação e disse que dará início a uma
investigação urgente sobre o assunto.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Acompanhados
de grávidas, os repórteres participaram de consultas ginecológicas em
nove centros de saúde particulares do Reino Unidos que permitiam a
interrupção da gravidez pelas mães não estarem satisfeitas com o sexo do
feto. Em três clínicas, os médicos cobrariam entre 240 a 760 euros por
um aborto. Uma delas ofereceu a falsificação dos papéis do procedimento.
Em um dos casos, uma grávida de oito semanas explicou à médica de uma
clínica de Manchester, no norte da Inglaterra, que queria interromper a
gravidez porque teria uma menina. A especialista concordou. Em outro, a
grávida de um feto masculino de 18 semanas marcou um aborto em uma
clínica londrina sob o pretexto de que queria uma menina pois já tinha
um menino.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Uma lei
britânica de 1967 estabelece a interrupção de gestações de até 24
semanas se a saúde física ou mental da mãe estiver em risco, mas nunca
para escolha do sexo do bebê. Em 2010, Inglaterra e Gales responderam
por 189.574 abortos. O número é 8% superior que dez anos atrás. Em 2007,
um estudo da Universidade de Oxford indicou que, entre 1969 e 2005,
aumentaram os casos de escolha do sexo do bebê por meio de abortos,
principalmente nos nascimentos de meninas entre a comunidade hindu que
vive no Reino Unido.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Voltei<br />
</strong>Pois é, tudo como eu queria demonstrar. O aborto, obviamente,
em boa parte do mundo, é só mais uma agressão às mulheres, mais uma
forma de discriminação.</span></span></div>
</div>
<span style="font-size: large;"><i>Por Reinaldo Azevedo</i></span>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-4673521329151188802012-02-20T15:39:00.001-08:002012-02-20T15:39:24.254-08:00Pasquale Cipro Neto - Carnaval? Tô fora, literalmenteUm texto Lindo. Fonte Arquivo de Artigos!<br />
<br />
<span style="font-size: large;">"LÁ VOU eu, lá vou eu, hoje a festa é na..." Não é. Nada contra quem
acha que a festa é na avenida, mas, como diria Zé Simão, "vai indo, que
eu não vou". Aliás, vou, mas para outro lugar. Carnaval? Me inclua fora
dessa, pelo amor de Deus!<br /><br />Tenho horror a qualquer tipo de
tumulto, multidão, barulho etc.. Tenho pavor de gente enlouquecida e
embriagada, que não respeita nada de nada nem ninguém.</span> <span style="font-size: large;"><br /><br />Ligar a
TV? Impossível! Vinhetas, sambas-enredo iguaizinhos, produzidos em
série, propagandas tolas e fúteis de cerveja, difusão da ideia de que a
felicidade está aí, chegou a hora, vamos...<br /><br />Andar pela rua?
Arriscado -nem preciso explicar por quê. Ficar em casa, absolutamente
recluso? Também arriscado: pode haver um vizinho carnavalento e
carnavalente, que se julga no direito de impor o baticum (volume
máximo!) a quem quer que seja. Viajar? Ficar 10, 12, 14 horas numa
rodovia para fazer menos de 100 km e depois enfrentar preços desonestos,
falta d'água etc.? Então tá.</span> <span style="font-size: large;"><br /><br />Sabe o que faço no Carnaval desde
1988? Fujo do país. Este é o meu 25º Carnaval consecutivo fora da
nação. Fujo antes que a bagunça comece e volto depois das cinzas... Faço
questão de não saber de absolutamente nada do que ocorre por aqui
durante o "reinado de Momo". Enquanto eu tiver algumas forças e alguns
trocados, nem que seja para ir até a ponte da Amizade e atravessar a
fronteira a pé, não fico aqui. Não fico, não fico, não fico.</span> <span style="font-size: large;"><br /><br />Se você gosta, divirta-se, mas, por favor, respeite o direito da minoria. Carnaval? Tô fora, literalmente. É isso.</span>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-48933589412372239262012-02-11T11:42:00.000-08:002012-02-11T11:42:05.486-08:00Mandem a conta para Lula- Carlos Alberto Sardenberg<span style="font-size: large;">Há um interessante debate sobre a privatização dos aeroportos feita pelo
governo Dilma, mas há também o entendimento de que a mudança é
positiva.<br />E desde já, se a coisa funcionar mais ou menos, fica assim:
o governo ganha dinheiro com os aeroportos, ao vender as concessões (R$
26 bilhões numa tacada inicial!) e receber participação nos lucros e
ainda consegue turbinar os investimentos nessa área crucial de
infraestrutura.<br /> Ou seja, se tivesse feito isso há mais tempo, o
governo poderia ter utilizado em outros setores carentes, saúde, por
exemplo, o dinheiro que gastou em aeroportos e o que teria recebido nas
privatizações.<br />E o público estaria mais bem servido.<br /> Por que não se fez antes? Porque o então presidente Lula não deixou.<br />A conversa sobre privatização dos aeroportos não é nova, sobretudo no mundo privado.<br />No
governo FHC, tratouse disso no segundo mandato, quando o presidente já
estava desgastado e privatizar era pior do que qualquer outra coisa.<br />
Em suas duas campanhas vitoriosas, Lula voltou a demonizar a
privatização, com tal força que os próprios tucanos fugiram dela como
diabo da cruz.<br />Mas no segundo governo Lula, a partir de 2007, o tema
voltou, quando a administração lidava com o caos aéreo que explodira no
final de 2006.<br /> Foi quando as autoridades finalmente admitiram que
todo o sistema aéreo era, literalmente, uma permanente ameaça de
desastre: recursos mal administrados; os aeroportos sem estrutura
adequada; falta de pessoal especializado, como os controladores de
tráfego aéreo; radares com zonas cegas; falhas nas comunicações via
rádio.<br /> Feitas as contas, estava na cara que os recursos necessários
para atacar todos esses problemas estavam muito acima da capacidade do
governo federal.<br />Conclusão óbvia: era preciso trazer dinheiro, empresas e gente nova para o setor.<br /> Vender concessões era a óbvia saída.<br />Pelo menos três ministros do governo Lula disseram a este colunista que a privatização era inevitável.<br />A necessidade venceria as resistências ideológicas.<br />Modelos foram analisados pelos técnicos da administração federal, alguns chegaram a ser anunciados.<br />
Por exemplo: em julho de 2007, o então ministro da Defesa, Nelson
Jobim, deu prazo de 90 dias para que a Agência Nacional de Aviação
Civil, Anac, e a Infraero apresentassem o projeto para o terceiro
aeroporto de São Paulo.<br /> Ficou pelo caminho.<br />A coisa simplesmente morreu, não se falou mais nisso.<br />Já havia então um projeto preparado por um grupo de empresas privadas para a construção desse aeroporto na região de Araucária.<br />Aliás,
o projeto continua de pé, e voltou a ser lembrado agora que o governo
fez três concessões privadas de aeroportos já existentes.<br /> Por que
não autorizar a construção de um outro, inteiramente e desde o início
privado? Resumindo: a presidente Dilma e seu pessoal celebraram os
leilões de Guarulhos, Viracopos e Brasília.<br />Disseram, corretamente, que se inicia uma nova era, com mais investimentos e mais eficiência.<br />
Por que não fizeram antes se todos estavam no governo Lula? Porque
Lula disse que tudo se resolveria com o PAC, no qual destinou uns R$ 5
bilhões à Infraero, para os 12 aeroportos da Copa.<br />Reparem como não fazia sentido além da propaganda.<br /> Só para a privatização de Guarulhos, o governo exigiu da nova concessionária compromisso de investimentos de...<br />R$ 5 bilhões.<br />Para Brasília, mais de R$ 8 bilhões.<br />Resumo da ópera: Lula é responsável por um atraso de cinco anos nessa privatização.<br />
GREVE DE POLICIAIS Tem ainda uma outra conta para o ex-presidente, a
falta de legislação regulando greves de funcionários e de policiais,
como essa que assombra a Bahia.<br />Entre o final de 2006 e o início de
2007, houve uma sequência de greves de servidores públicos da educação,
previdência, meio ambiente e também da polícia.<br /> O impacto foi tão negativo que até o presidente Lula reclamou.<br />Lembramse?
Disse que funcionário público em greve parecia, na verdade, estar em
férias, pois não tinha desconto dos dias parados.<br />Encarregou o então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de preparar um projeto regulamentando o tema.<br /> O ministro chegou a anunciar os princípios da nova legislação.<br />Por
exemplo: servidor armado não pode fazer greve; greves têm de ser
aprovadas em assembleias com pelo menos dois terços da categoria (a
greve dos PMs da Bahia seria ilegal nos dois quesitos); e servidor em
greve não recebe salário.<br /> Onde está o projeto? Sumiu.<br />Os sindicatos de funcionários não gostaram, Lula esqueceu.<br />É sempre difícil saber como as coisas teriam se passado se outras providências tivessem sido tomadas.<br />Mas o olhar em retrospectiva mostra, sim, o que deixou de ser feito.</span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Fonte arquivo de artigos! </span>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-2723086703192472862012-02-04T18:55:00.000-08:002012-02-04T18:55:12.907-08:00COMENTARIOS DO MIDIA SEM MASCARA<br />
Para bom entendendor, uma imagem basta.<br /><br /><br /><img alt="" border="0" class="img" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/11/Dilma_Rousseff_Carnaval_Recife.jpg" /> <br /><br /><br />Com a demissão de Negromonte,<b> sobe para sete o número de ministros que deixaram o governo sob denúncias. </b>
Além do titular das Cidades, Dilma perdeu em apenas 13 meses de governo
Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner
Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte) e
Carlos Lupi (Trabalho). Além disso, Nelson Jobim (Defesa) <b>deixou a Esplanada desgastado após uma série de declarações polêmicas sobre o governo e outros ministros.</b> Recentemente, a lista de membros do primeiro escalão que deixaram o governo foi reforçada por Fernando Haddad, da Educação.<br /><br /><br /><img alt="" border="0" class="img" src="http://1.bp.blogspot.com/-cRvk1Sqe2mQ/Tt0VOXmUOeI/AAAAAAAAELM/ySwy9K1tT_s/s1600/Dilma%252C%2BVeja_-.PNG" />
<br />
<div class="rbox_br">
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</div>
</div>
</div>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-66099314483727914282012-01-26T18:20:00.000-08:002012-01-26T18:20:25.103-08:00obozo obamaihhh;;;<br />
<br />
Fonte Midía sem mascara. <br />
<br />
<br />
<div class="rbox_tr">
<div class="rbox_tl">
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</div>
</div>
</div>
<span class="comment-date">1</span>
<img alt="" border="0" class="img" src="http://vivapop.com.br/wp-content/uploads/2011/03/2008-08-01-cover.jpg" /><br />
<br />Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-55200498734581401802012-01-24T17:41:00.000-08:002012-01-24T17:41:29.838-08:00AS ONGS, GOVERNISTAS NÃO VÃO DIZER NADA?Alo dirigismo petralha, !! ehhh.<br />
<br />
Por tio REI.... <br />
<br />
<h1>
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/aula-pratica-de-mau-e-de-bom-jornalismos-%e2%80%9cpm-do-psb-e-do-pt-deixa-estudante-negro-do-piaui-cego-de-um-olho-gilberto-carvalho-e-maria-do-rosario-fingem-que-nada-aconteceu%e2%80%9d/" rel="bookmark">Aula
prática de mau e de bom jornalismos - “PM do PSB e do PT deixa
estudante negro do Piauí cego de um olho; Gilberto Carvalho e Maria do
Rosário fingem que nada aconteceu”</a></h1>
<div class="postConteudo">
<br /><div style="text-align: center;">
<span style="color: black;"><a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2012/01/estudante-cego.jpg"><img alt="estudante-cego" class="size-full wp-image-72190 aligncenter" height="200" src="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2012/01/estudante-cego.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">É Hudson
Silva. Ele estuda filosofia na Faculdade Federal do Piauí e participava
de uma das manifestações organizadas em Teresina contra a elevação da
tarifa de ônibus. Fragmento de uma bomba de efeito moral usada pela PM
para reprimir o protesto — violento, é bom que fique claro — o deixou
cego do olho direito.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Agora vamos
ao título lá do alto. O que lhes parece? Imito o procedimento das
milícias esquerdopatas que atuam nas redes sociais e nos sites e portais
da grande imprensa (aliás, nas redações também!). É claro que se trata
de uma partidarização detestável do fato. O grave, meus caros, é que a
imprensa por enquanto séria está se deixando contaminar por essa prática
— desde, é claro, que o partido atacado não seja, como é o caso, de
esquerda.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Acompanhem.
Foi parar no Jornal Nacional o conflito entre um PM e um estudante
invasor da USP — que lhe disse algo inaudível no vídeo, que o deixou
furioso. Já escrevi mais de uma vez que o comportamento do policial foi
inaceitável. O estudante em questão é um notório militante pró-invasão.
Tocava, junto com outro invasor, um bar — isto mesmo!!! — na área
pública invadida. Não saíram uma palavra e uma linha na chamada grande
imprensa sobre a privatização do espaço público. Mais: foi parar em rede
nacional a acusação de racismo. Afinal, o estudante é mestiço — nota:
ele não era o único do grupo, como acusou um certo frei. Voltemos agora
ao Piauí.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">A manchete lá do alto, obviamente distorcida, é construída a partir de fatos, a saber:<br />
1) O Piauí é governado por PSB e PT;<br />
2) a PM do Piauí está, pois, sob o controle desses dois partidos;<br />
3) houve um choque entre estudantes e PM;<br />
4) fragmento de uma bomba de efeito moral deixou cego de um olho o estudante Hudson Silva;<br />
5) Hudson Silva é, segundo os critérios adotados pelos militantes, negro — tão negro como o tal estudante da USP;<br />
6) os dois ministros petistas não disseram mesmo nada a respeito.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Tudo isso é
verdade. Mas é evidente que o título lá do alto força a barra, não é? É
evidente que ele não é exemplo de bom jornalismo. Afinal:<br />
1 - A PM está sob a gestão de um governo do PSB-PT, mas não é uma “polícia do PSB-PT”, e sim do estado do Piauí;<br />
2 - o estudante que ficou cego de um olho é mestiço (os racialistas o
chamam “negro”), mas não há a menor evidência de que jogaram uma bomba
perto dele por isso — como não há a mais remota evidência de que o
policial da USP se indispôs com aquele invasor por causa da cor de sua
pele;<br />
3 - ministros não têm a obrigação de ficar se pronunciando sobre confrontos que ocorrem nos estados;<br />
4 - a formulação faz crer que a PM tem a intenção deliberada de ferir manifestantes;<br />
5 - não fica claro, em nenhum momento, que a PM reagia a um protesto violento.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Este jornalista tem lado, sim!<br />
</strong>Sim, eu tenho lado! O jornalismo “nem-nem” sempre me causou
repulsa. Hoje, nem mais isso ele é. E qual é o meu lado? É o de algum
partido? Uma ova! Sou aborrecidamente defensor da legalidade
democrática. E parto do princípio de que a imprensa séria também. Ou
não? Há casos que requerem conversa, e há casos que requerem polícia.
Não se deve usar polícia quando é para conversar e conversa quando é
para usar a polícia. “Ah, em conflitos sociais, sempre se deve bate
papo”… Desde que os manifestantes não decidam que incendiar ônibus é
uma forma de diálogo. Desde que os manifestantes não formem uma tropa de
choque particular para enfrentar a ordem.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Alguns
idiotas lotados mesmo na grande imprensa pretendem, para me
desqualificar, que eu seja uma espécie de “outro lado” (sempre essa
perspectiva) dos blogueiros a soldo do oficialismo, alimentados por
estatais. Podem me detestar à vontade (aliás, quanto mais batem, mais
cresço), mas saibam ao menos odiar. Errado! Eu não recebo dinheiro
público, da administração direta ou de estatais. Mais ainda: também não
lido, como Nelson Breve, com a grana que pertence a todos os
brasileiros. Ainda que eu fizesse o trabalho sujo que fez a EBC, mas do
“outro lado”, seria um caso diferente. Só que eu não faço.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Quando os
subordinados de Breve puseram no ar aquela mentira sobre mortos no
Pinheirinho, estavam fazendo um trabalho partidário. Ocorre, e eis a
sem-vergonhice essencial do procedimento, que nem todos os brasileiros
são petistas ou de esquerda. Usar o recurso que é de todo mundo para
veicular um ponto de vista que é de um grupo, e ainda ancorado numa
mentira, é prática de tiranos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Um peso, duas medidas<br />
</strong>NÃO, EU NÃO COBRO QUE A CHAMADA GRANDE IMPRENSA FAÇA COM OS
PARTIDOS DE ESQUERDA O QUE AS ESQUERDAS FAZEM COM OS PARTIDOS QUE DIZEM
SER DE DIREITA (JÁ QUE NÃO SÃO…). Cobro, isto sim, é que não se usem
para uns e outros um peso e duas medidas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Alguma
emissora de televisão se interessou em conversar com o estudante do
Piauí, que ficou cego de um olho? Alguma entidade de defesa dos negros
acusou a prática de racismo? Alguém se lembrou de perguntar se houve ou
não exageros da PM (o mesmo se diga de Pernambuco e Espírito Santo,
também governados pela dupla PSB-PT)? Por que um “negro da USP” é uma
causa — adotada até pela grande imprensa —, mas um “negro do Piauí” não
interessa a ninguém? Será que as forças ainda dispostas a enfrentar o
petismo terão, também elas, de criar uma máquina de mentiras e
distorções para enfrentar a outra máquina de mentiras e distorções?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Acho este
post muito importante porque ele destrincha os passos da manipulação da
notícia. A grande imprensa, com raras exceções, está se tornando refém
das ONGs e dos grupos organizados de pressão. Como eles correram para
condenar a ação do PM na USP, acusando até racismo, o jornalismo foi
atrás. Como eles ignoraram os eventos do Piauí, de Pernambuco e do
Espírito Santo (afinal, os petistas financiam boa parte das entidades e
as dirigem), então a grande imprensa faz o mesmo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Tenho a
impressão, às vezes, de que a chefia de reportagem de jornais, sites e
portais desapareceu e é exercida hoje por alguns coronéis das redes
sociais.</span></span></div>
</div>
<span style="font-size: large;">
<i>Por Reinaldo Azevedo</i></span><h1>
</h1>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-14760716179575060112012-01-18T17:31:00.000-08:002012-01-18T17:31:40.904-08:00Celso Daniel: dez anos e oito cadáveres depois. Ou: Bruno Daniel, Gilberto Carvalho e José Dirceu<br />
Para ler e entender, e não ser mantido em esquecimento!<br />
<h1>
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/celso-daniel-dez-anos-e-oito-cadaveres-depois-ou-bruno-daniel-gilberto-carvalho-e-jose-dirceu/" rel="bookmark">Celso Daniel: dez anos e oito cadáveres depois. Ou: Bruno Daniel, Gilberto Carvalho e José Dirceu</a></h1>
<h1>
</h1>
<div class="postConteudo">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Nesta
quarta, o seqüestro do então prefeito de Santo André, Celso Daniel,
completa dez anos. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado numa
estrada de terra em Juquitiba. Desde aquele dia, tem-se uma fila imensa
de cadáveres e poucas respostas. A tese do Ministério Público é a de que
Celso foi vítima de um crime de encomenda, desdobramento de um esquema
instalado na própria Prefeitura, coordenado por ele, destinado a desviar
recursos para o PT. Membro do grupo, Sérgio Sombra, amigo pessoal do
prefeito, é acusado de ser o mandante.</span></span></div>
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"> </span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Até agora, o
único condenado é Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos. O
julgamento aconteceu no Fórum de Itapecerica da Serra. Adriano Marreiro
dos Santos, seu advogado, diz que seu cliente confessou sob tortura. O
Ministério Público reuniu evidências de que ele dirigiu um dos carros
que abalroou a picape em que Celso estava, encomendou o roubo de outro
veículo que participou da operação e conduziu a vitima da favela
Pantanal, em Diadema, para Juquitiba, onde foi assassinada.</span></span></div>
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"> </span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Bruno
Daniel, um dos irmãos de Celso, afirma que, no dia da Missa de Sétimo
Dia, Gilberto Carvalho, hoje secretário-geral da Presidência do governo
Dilma, confessou que levava dinheiro do esquema montado na Prefeitura
para a direção do PT. Carvalho lhe teria dito que chegou a entregar R$
1,2 milhão ao então presidente do partido, José Dirceu. Carvalho e
Dirceu negam. Bruno e sua família são os únicos brasileiros na França
que gozam do estatuto oficial de “exilados”. Tiveram de deixar o país,
ameaçados de morte. Francisco, o outro irmão, também teve de se mandar.
Eles não aceitam a tese de que o irmão foi vítima de crime comum.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">O
ressentimento de Bruno - ele e a mulher eram militantes do PT - com o
partido é grande. Ele acusa os petistas de terem feito pressão para que a
morte fosse considerada crime comum. Outro alvo seu é o advogado Luiz
Eduardo Greenhalgh, então deputado federal pelo partido. Greenhalgh
acompanhou a necropsia do corpo e assegurou à família que Celso não
tinha sido torturado, o que foi desmentido pelo legista Carlos Delmonte
Printes em relato feito à família. A tortura é um indício de que os
algozes do prefeito queriam algo mais do que seqüestrá-lo para obter um
resgate, o que nunca foi pedido. Por que Greenhalgh afirmou uma coisa, e
o legista, outra? Difícil saber: no dia 12 de outubro de 2005, Printes
foi encontrado morto em seu escritório. A perícia descartou morte
natural e não encontrou sinais de violência. A hipótese de envenenamento
não se confirmou. Não se sabe até agora o motivo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Todos os mortos</strong><strong><br />
</strong>A lista de mortos ligados ao caso impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete. Um é o garçom <strong>Antônio Palácio de Oliveira</strong>,
que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de
janeiro de 2002, noite do seqüestro. Foi assassinado em fevereiro de
2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da
família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte
desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De
acordo com seus colegas de trabalho, na noite do seqüestro do prefeito,
ele teria ouvido uma conversa sobre qual teria sido orientado a
silenciar.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Quando foi
convocado a depor, disse à Polícia que tanto Celso quanto Sombra
pareciam tranqüilos e que não tinha ouvido nada de estranho. O garçom
chegou a ser assunto de um telefonema gravado pela Polícia Federal entre
Sombra e o então vereador de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza
(PT), oito dias depois de o corpo de Celso ter sido encontrado. “Você
se lembra se o garçom que te serviu lá no dia do jantar é o que sempre
te servia ou era um cara diferente?”, indagou Klinger. “Era o cara de
costume”, respondeu Sombra.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Vinte dias depois da morte de Oliveira, <strong>Paulo Henrique Brito</strong>,
a única testemunha desse assassinato, foi morto no mesmo lugar com um
tiro nas costas. Em dezembro de 2003, o agente funerário <strong>Iran Moraes Rédua</strong>
foi assassinado com dois tiros quando estava trabalhando. Rédua foi a
primeira pessoa que reconheceu o corpo de Daniel na estrada e chamou a
polícia.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>Dionízio Severo</strong>,
detento apontado pelo Ministério Público como o elo entre Sérgio
Sombra, acusado de ser o mandante do crime, e a quadrilha que matou o
prefeito, foi assassinado na cadeia, na frente de seu advogado. Abriu a
fila. Sua morte se deu três meses depois da de Celso e dois dias depois
de ter dito que teria informações sobre o episódio. Ele havia sido
resgatado do presídio dois dias antes do seqüestro. Foi recapturado. O
homem que o abrigou no período em que a operação teria sido organizada, <strong>Sérgio Orelha,</strong>
também foi assassinado. Outro preso, Airton Feitosa, disse que Severo
lhe relatou ter conhecimento do esquema para matar Celso e que um
“amigo” (de Celso) seria o responsável por atrair o prefeito para uma
armadilha.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">O investigador do Denarc<strong> Otávio Mercier</strong>,
que ligou para Severo na véspera do seqüestro, morreu em troca de tiros
com homens que tinham invadido seu apartamento. O último cadáver foi o
do legista <strong>Carlos Delmonte Printes</strong>. Perderam a conta? Então anote aí:<br />
<strong>1) Celso Daniel</strong></span> <span style="color: black;"> : prefeito. Assassinado em janeiro de 2002.<br />
<strong>2) Antonio Palacio de Oliveira</strong></span> <span style="color: black;"> : garçom. Assassinado em fevereiro de 2003<br />
<strong>3) Paulo Henrique Brito</strong></span> <span style="color: black;">: testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003<br />
<strong>4) Iran Moraes Rédua:</strong></span> <span style="color: black;"> reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado - dezembro de 2003<br />
<strong>5) Dionizio Severo:</strong></span> <span style="color: black;"> suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado - abril de 2002<br />
<strong>6) Sérgio Orelha:</strong></span> <span style="color: black;"> Amigo de Severo. Assassinado em 2002<br />
<strong>7) Otávio Mercier:</strong></span> <span style="color: black;"> investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.<br />
<strong>8 ) Carlos Delmonte Printes:</strong></span> <span style="color: black;"> legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">PS : Evitem acusações nos comentários, ainda que a vontade seja grande, ok?</span></span></div>
</div>
<span style="font-size: large;">
<i>Por Reinaldo Azevedo</i></span><h1>
<span style="font-size: large;"> </span></h1>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-87768150938006616702012-01-08T09:42:00.000-08:002012-01-08T09:42:08.399-08:00Tchutchucas e tigrõesQuando o Sr: Percival puggina, escreve por ler, pois é leitura da melhor qualidade! Parabéns mestre, com carinho, neste humilde cantinho para sempre ser lido.<br />
<br />
<span class="author">Escrito por Percival Puggina </span>
|
<span class="created">
08 Janeiro 2012 </span><br />
Original se encontra no Midia sem mascara <br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><em><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">O que havia de melhor na nossa cultura e no nosso ensino foi morrendo de velhice e de tristeza.</span></em></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="ecxmsonormal">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"></span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="ecxmsonormal">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><br />Alguém
teve a feliz ideia de me mandar uma seleção de músicas populares
brasileiras que, através dos tempos, exaltam a mulher. Nos anos 40,
cantava-se que "a deusa da minha rua tem olhos onde a lua costuma se
embriagar". Nos anos 50, "o teu balançado é mais que um poema; é a coisa
mais linda que já vi passar". Nos anos 60, "nem mesmo o céu nem as
estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que meu amor, nem
mais bonito". Hoje, a coisa está assim: "Tchutchuca vem aqui com teu
tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão". Ou, então:
"Pocotó, pocotó, pocotó, minha eguinha pocotó". Ou ainda: "Hoje é festa
lá no meu apê. Pode aparecer, vai rolar bunda lelê". E, para arrematar:
"Eu sou o lobo mau, au au". "E o que você vai fazer? Vou te comer, vou
te comer, vou te comer".</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="ecxmsonormal">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Sei
que tem gente adorando. Sei que existem pedagogos deslumbrados com
esses exercícios poéticos e libertários através dos quais se está
realizando, com prodigalidade, o sonho de uma sociedade de cabeça fraca,
destituída de juízo moral, bom gosto e senso crítico, pronta para ser
levada pelo nariz para onde bem entenderem seus condutores. Não me
perguntem como foi que nos tornamos assim. Minha resposta vai magoar
muita gente porque isso não se instalou por geração espontânea. Isso foi
espargido estrategicamente, por gente adulta, dedicada a destruir os
valores de uma civilização, contando com a colaboração de pais omissos,
professores instrumentalizados e religiosos mais interessados em
ideologias do que na salvação das almas. O agente laranja que jogaram em
cima da sociedade reduziu-a a galhos secos onde não se reconhecem os
frutos da boa semente nem a existência de vida inteligente.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="ecxmsonormal">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Que
queiram fazer isso conosco é fácil entender. Os agentes do mal são
astutos e insidiosos. Mas que nos deixemos levar para as profundezas da
baixaria e do mau gosto, é incompreensível. Que os rapazes das
danceterias se deliciem com as sugestões lascivas das letras e com a
coisificação da mulher, reduzida à condição de instrumento de prazer,
até se pode explicar, num contexto de libertinagem. Mas que as mulheres
não se sintam ultrajadas e entrem na pista com prontidão e requebros de
vaca para touro, isso fica alguns anos à frente da minha capacidade de
compreensão.</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="ecxmsonormal">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">"E
daí?", talvez esteja se perguntando o leitor. Daí, meu caro, que o mau
gosto e o deboche arruínam a dignidade da pessoa humana, afetam seu
juízo moral, reduzem o discernimento e a capacidade de compreender a
realidade. A superficialidade passa a presidir as ações e as relações
sociais e a mente torna-se um disco rígido que vai reduzindo sua
capacidade à proporção da minguada utilização que lhe é dada. Eis por
que todos correm atrás de um diploma, mas poucos se preocupam em fazer
jus a ele através do estudo. Queiramos ou não, a cultura tem um papel
determinante nos padrões da vida social e a dedicação ao estudo cumpre
função importante no progresso individual e social. O que havia de
melhor na nossa cultura e no nosso ensino foi morrendo de velhice e de
tristeza. Ou não?</span></span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="ecxmsonormal">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">As
Tchutchucas e as eguinhas pocotós agasalharão entre seus quadris as
futuras gerações de brasileiros. E não é difícil prever o que vem por
aí, não é mesmo, Tigrão?</span></span></div>
<br />Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-11244609296405029882012-01-02T17:29:00.000-08:002012-01-02T17:29:32.893-08:00Um slogam no site do Midia a mais ehhh<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.midiaamais.com.br/brasil/6306-dizendo-o-que-e-preciso"><img alt="" src="https://www.midiaamais.com.br/images/banners/logoprotegendo.jpg" style="border: 1px solid rgb(100, 100, 100);" /></a></div>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-49913877666611914582012-01-02T14:36:00.000-08:002012-01-02T14:36:01.990-08:00Carniceiros? Deviam comer alface...Um excelente artigo, para ser lido e repassado, imediatamente. NÃO ELES NÃO PODEM!<br />
<br />
<div class="articleinfo">
<span class="author">
Escrito por Mirian Macedo </span>
<span class="created">
| 02 Janeiro 2012 </span>
<br />
<span style="color: #be4238;">
Artigos - </span>
<span style="color: #be4238;">
Governo do PT </span>
</div>
<div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Começou.
Na capa, o Velho comunista descansando ao sol; dentro, a lista de 233
'torturadores', coronel Brilhante Ustra encabeçando. É o Especial
Prestes, publicado na <a href="http://www.revistadehistoria.com.br/secao/na-rhbn/especial-prestes">primeira edição de 2012 da Revista de História da Biblioteca Nacional</a>, financiada inteiramente com dinheiro público.<a href="http://www.revistadehistoria.com.br/secao/na-rhbn/especial-prestes"><span style="color: blue;"></span></a> <br /><br />Vamos
ver se eu entendi. Os revolucionários de esquerda acusam a ditadura de,
deliberada e sistematicamente, torturar e violar os direitos humanos.
Não são abusos, dizem. É método, garantem.</span></span></b></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Os
ditadores também reprimem e cerceam a liberdade de expressão, é outra
acusação. Engraçado é que os revolucionários alardeiam os desmandos no
momento mesmo em que, usando de liberdade de expressão, listam como
torturadores 233 militares e civis, com nome, sobrenome, patente e
função, sem que, depois, nada lhes aconteça. Ninguém é torturado, nem
por fazer a lista nem por divulgá-la na imprensa. Não é interessante
esta ditadura?</span></span></b></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">A
lista dos 233 'torturadores' foi redigida em 1975, por um grupo de 35
presos políticos, que estavam cumprindo pena nas cadeias. José Genoino
era um deles. </span></span></b></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Alguns
jornais na época fizeram um registro do assunto, e a lista foi
publicada na íntegra, em 1978, no Em Tempo (jornal alternativo infestado
de revolucionários de todo tipo e peça fundamental na criação do PT). <br /> <br />
Agora, me diz: como é que, no auge do poder, uma ditadura que matava e
esfolava, torturava e trucidava, deixa que se publique uma lista desta
natureza? Como um regime sangrento, opressivo e assassino permite a
circulação de um jornal de comunistas notórios e conhecidos, que
publicam uma lista com nome, sobrenome e função de torturadores que
servem nos organismo da repressão e nenhum dos responsáveis pela
publicação é preso, torturado, trucidado e esfolado? Mas a lista não
quer provar precisamente que a repressão é um bando de carniceiros
monstruosos que torturavam ouvindo música clássica?! </span></span></b></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm; page-break-after: avoid;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">E
mais: a lista tinha sido elaborada por presos políticos que estavam
cumprindo pena dentro das cadeias, nas mãos dos 'carniceiros'. Ora, era
só ir lá, pegar um por um e dar um 'corretivo'. A mera circulação e
existência de um jornal como Em Tempo é prova de .... liberdade de
expressão! Este deve ser um <i>exemplum in contrarium</i> de que fala o professor Olavo de Carvalho.<br /> <br /> Especial Prestes na Revista de História da Biblioteca Nacional:</span></span></b></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin: 5pt 0cm; page-break-after: avoid;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">O
acervo pessoal de Luiz Carlos Prestes, que será doado por sua viúva,
Maria Prestes, ao Arquivo Nacional, traz entre cartas trocadas com os
filhos e a esposa, fotografias e documentos que mostram diferentes
momentos da história política do Brasil.<br /> <br /> * - <a href="http://www.revistadehistoria.com.br/secao/na-rhbn/a-lista-de-prestes"><span style="color: blue;">Os donos do chumbo</span></a>:
veja a lista de 1975 com os nomes de 233 torturadores, conforme consta
no relatório da IV Reunião Anual do Comitê de Solidariedade aos
Revolucionários do Brasil encontrado no acervo pessoal de Luiz Carlos
Prestes;<br /> <br /> * - <a href="http://www.revistadehistoria.com.br/secao/entrevista/relatos-de-um-torturado"><span style="color: blue;">Entrevista com Hamilton Pereira, um dos autores da lista de 1975</span></a>;<br /> <br /> * - <a href="http://www.revistadehistoria.com.br/secao/entrevista/guerreira-prestes"><span style="color: blue;">A viúva Maria Prestes conta</span></a> as histórias de uma vida digna de roteiro de cinema, que inclui prisão, fuga, clandestinidade e, claro, amor. </span></span></b></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<b><span style="font-size: large;">
</span></b><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><a href="http://blogdemirianmacedo.blogspot.com/"><br />Mirian Macedo</a> é jornalista.</span></span></b></div>
<br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b><br />
<br />Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-89355886583610150922011-12-26T09:35:00.001-08:002011-12-26T09:35:54.577-08:00Pensamentosite YESHUA CHAI<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Existem coisas na vida que podem ser simples, mesmo que não sejam
fáceis. Ser verdadeiro é uma dessas coisas. Contar uma mentira (mesmo
uma mentira branda) pode ser fácil, mas não é simples. Você precisa ter
certeza de que tudo o que disser no futuro não irá "expô-lo"; você terá
que inventar histórias para encobrir. Então, pense sobre isso: não ser
verdadeiro pode parecer mais fácil no momento, mas não será tão simples
no futuro. Por outro lado, ser verdadeiro pode ser difícil, mas é um
bocado mais simples.
</span>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-33158462415790198962011-12-23T17:54:00.000-08:002011-12-23T17:54:07.750-08:00O sentido da vida se arranca das pedras e não dos céus<span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Título original: <b>A vida light</b></span><br />
por <b>Luiz Felipe Pondé</b> para a Folha<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><b> </b></span><br />
<span style="font-size: large;">Seria a vida frágil? Uma aluna me respondeu esta pergunta assim: "A vida
burguesa é frágil". Esse é um erro de quem pensa que a miséria humana
foi inventada pelo capitalismo. Culpa de professores, sociólogos e
filósofos. O capitalismo é apenas uma face da fragilidade. Mas pensar
que a vida seja frágil apenas quando é burguesa é também uma forma,
ainda que chique, de se enganar.<br />
<br />
Pensar que a vida melhorou na modernidade me parece também um engano.
Como me lembrou um aluno recentemente: "As soluções modernas para a vida
são como remendos em feridas incuráveis" (mais ou menos isso), diria o
filósofo romeno radicado na França Émil Cioran (século 20).<br />
<br />
Mas como é boa a vida das pessoas simples! Não me refiro necessariamente
aos pobres, para quem café da manhã, almoço e janta resumem a esperança
e o ideal do dia a dia (e nem é apenas assim, porque figuras como Jesus
e espíritos afins os ajudam no dia a dia). A vida deles não me parece
fácil nem um pouco.<br />
<br />
Refiro-me a quem lança mão de artifícios (valores da moda, teorias
políticas, marketing de comportamento, concepções prontas de mundo e
similares) para enfrentar a falta de sentido das coisas. O sentido da
vida se arranca das pedras e não dos céus ou das teorias. Os lábios dos
que buscam sentido estão secos como os de quem vaga por um deserto. Quer
um exemplo de pessoa simples? Qualquer um que se defina diante da vida
como "conservador" ou "progressista" (estereótipos).<br />
<br />
Aliás, quem se define assim, me parece, o faz por marketing pessoal, ignorância ou simples má fé.<br />
<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IiqtR-OghpI/TSppku4gXnI/AAAAAAAAQ2Q/WHD1uY0iGc8/s1600/George+Clooney.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/_IiqtR-OghpI/TSppku4gXnI/AAAAAAAAQ2Q/WHD1uY0iGc8/s1600/George+Clooney.jpg" /></a><br />
Normalmente o "progressista" se vende melhor entre pessoas
"chiquinhas-cultas" e solitárias, mas o "conservador" se vende bem em
igrejas, associações de raivosos e afins. O filme "Amor sem Escalas",
com <b>George Clooney</b>, é um bom teste para ver se somos simples. Seria um filme "conservador" ou "progressista"?<br />
</span><br />
<div>
<span style="font-size: large;"><br />
Condenaria ele a vida pós-moderna e seu hino ao individualismo "hard"
(porque, ao final, defenderia a vida familiar e o casamento) ou, ao
contrário, defenderia ele mulheres que só pensam na carreira e que fazem
de seus maridos que ganham menos do que elas coitados traídos (porque
elas estariam colhendo os merecidos frutos "benignos" da emancipação
feminina contra séculos de opressão)?<br /><br />
O roteiro é quase didático (digo como qualidade positiva) ao expor a
insignificância desta oposição "conservador x progressista" quando se
trata de narrar o estrago moderno sem qualquer possibilidade de cura ou
retorno.</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />
Há um desfile de temas típicos do debate contemporâneo: família, amor,
valores morais, falta de vínculos, conflito de gerações, seres humanos
como mercadoria no capitalismo selvagem e impacto das mídias high-tech.
Clooney é um típico pós-moderno feliz: "I like to travel light" ("gosto
de viajar leve", credo pós-moderno, "viajar" aqui significa "viver").
Isto é: sem vínculos.</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />
Seu personagem, além de viajar pelo país demitindo gente (o que, no
filme, marca a condição miserável da vida sob o regime capitalista), faz
conferências motivacionais para ajudar as pessoas a viverem com poucos
vínculos e descobrirem que essa vida "light" é a melhor.</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />
Uma mulher (como sempre, quando se trata de homens que gostam de
mulheres) será o principal agente de sua queda. Ela porá o modo de vida
de nosso pós-moderno bem-sucedido sob xeque-mate, juntamente com
pequenos dramas familiares e mudanças no seu cotidiano de trabalho que
lembram a ele sua própria efemeridade. Ela o derrotará quando ele se
apaixonar e buscar vínculos. O filme destrói sua tese do pós-moderno
"light" e feliz.</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />
Mas calma aí! Tampouco o filme narra a redenção do pós-moderno egoísta
pelas mãos de suas irmãs ou pela "bela" vivência do amor. Ao contrário, o
papel do amor aqui é de destruir a bela vida pós-moderna, sem deixar
nada no lugar.</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />
Antes do amor, ele se deliciava em ser livre e sem vínculos, depois, ele
vagará pelos aeroportos e hotéis como alguém que sabe que o amor faz
mal: os casais podem sim ser infiéis e as famílias neuróticas, ridículas
e solúveis em água. Ele já sabia disso, apenas teve a prova na carne.
Mas não terá sido em vão: pequenos gestos de generosidade marcarão seu
amadurecimento.</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />
Enfim, a consciência tirou de nosso herói a leveza que toda forma de
ignorância carrega, mas não trouxe felicidade, como sempre. É um filme
de gente grande.</span>
</div>
<span style="font-size: large;"><br />Leia mais em <a href="http://www.paulopes.com.br/2010/02/o-sentido-da-vida-se-arranca-das-pedras.html#ixzz1hPfMrJzN" style="color: #003399;">http://www.paulopes.com.br/2010/02/o-sentido-da-vida-se-arranca-das-pedras.html#ixzz1hPfMrJzN</a>
<br />Paulopes só permite a cópia deste texto para uso não comercial e com a atribuição do crédito e link. </span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><b> </b></span>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-89530179570970642572011-12-21T12:13:00.000-08:002011-12-21T12:13:56.840-08:00SÉRIE DESVIOS NA IGREJA: Quem são os Ungidos do Senhor?<span style="font-size: large;"><span style="font-weight: bold;">Os “Ungidos” do Senhor ou; Onde estão os Verdadeiros Profetas?</span></span>
<span style="font-size: large;"><br /><br /><span style="font-style: italic;">Por Giuliano F. Miotto</span></span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />Um texto bíblico chama muito a atenção pelo seu caráter exortativo
e, ao mesmo tempo, confortante aos que o seguem: “Pois a nossa exortação
não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência; mas, como
fomos aprovados de D’us para que o evangelho nos fosse confiado, assim
falamos, não como para agradar a homens, mas a D’us, que prova o nosso
coração. Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisongeiras,
nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha.” (I Ts 2: 3-5).
</span>
<span style="font-size: large;"><br />Vamos agora fazer uma viagem aos tempos de Davi, antes ainda de o
mesmo ser aclamado rei de Israel, mais precisamente quando fugia de
Saul: “E disse Davi a Abisai: Nenhum dano lhe faças; porque quem
estendeu a mão contra o ungido do Senhor e ficou inocente?”
<br />Mas o que tem a ver o primeiro texto com o segundo? Tudo!
Principalmente quando damos uma boa olhada ao nosso redor e vemos a
miríade de Igrejas e denominações que têm se erguido a cada dia, cada
qual com suas doutrinas, sistemas de evangelismo e abordagens teológicas
da Palavra de D’us. Vivemos em momentos derradeiros no relógio do
Senhor e a cada dia que passa, chegamos mais perto da volta de Cristo,
para julgamento dos vivos e dos mortos.
<br />Ao estudar os métodos utilizados pelas principais seitas cristãs
conhecidas no mundo, vemos que todas elas surgem, ou a partir de
interpretações errôneas das Sagradas Escrituras, ou de supostas
revelações especiais de D’us aos seus fundadores, ou da palavra de
espíritos enganadores. Tanto faz como surgem, o importante é obedecermos
as palavras do Senhor e, munidos da verdadeira sã doutrina, julgarmos
os que estão dentro do Corpo de Cristo (I Co 5:12), pois o julgamento de
D’us é para o mundo e para os pecadores (que me desculpem esta
redundância gritante).
<br />Só que quando tentamos julgar os que estão dentro, com a Espada da
Palavra, esbarramos num sofisticado sofisma introduzido em nossas
Igrejas pelo grande e sagaz, pai da mentira, ou o Inimigo, como preferem
os mais esclarecidos. É o tal do: “Não diga isto irmão, não podemos
tocar no ‘ungido’ do Senhor”.
<br />Agora eu pergunto, quem é o verdadeiro ungido do Senhor? Alguém
poderia contra-argumentar que todo poder e autoridade são constituídos
por D’us ou, ainda, desfilar um monte versos bíblicos acerca de
autoridade e submissão. Seja lá qual for seu argumento, eu novamente
afirmo: Esta estória de “ungido” do Senhor já passou de todos os limites
do razoável. Virou uma espécie de imunidade parlamentar dos falsos
profetas, que é invocada com toda cerimônia quando alguém se propõe a
ser a voz de D’us, em outra palavra profetizar no sentido bíblico desta.
<br />Voltemos à Palavra do Senhor, em Atos 5: 29, e encontraremos Pedro e
os apóstolos respondendo em alto e bom som ao conselho de Gamaliel:
“Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” Ficou claro para você?
A Palavra do Senhor tem que ser entendida em sua totalidade e não em
partes, ou com seus versículos totalmente retirados de seu contexto. Não
podemos pegar esta mesma Palavra e moldá-la segundo os interesses da
platéia e esquecer que precisamos antes obedecer a Deus e a seus
princípios do que aos homens, que são maus, egoístas e cheios de
lascívia.
<br />Assim, podemos voltar a Davi em sua contenda com Saul e,
fortalecidos com todo o entendimento que vem do Espírito Santo,
trazermos à existência seu verdadeiro significado. Mesmo que isto possa
assustar alguns “ungidos” do Senhor de plantão.
<br />Toda a Palavra de D’us é repleta de exortações à obediência aos
homens constituídos pelo Pai como autoridades sobre o povo. E este
princípio é sagrado e muito importante para toda a Igreja. A rebelião
constitui-se em grande pecado e o objetivo deste pequeno artigo, não é
incitar os irmãos a rebelar-se contra seus líderes ou de outras igrejas,
mas sim tentar desmistificar a questão proposta. Entendo que foi pela
rebelião que houve a queda do Homem no Jardim do Éden e que, por ela, o
mundo inteiro tem voltado suas costas para o Único, Soberano, Eterno e
Rei dos Reis, Elohim (D’us todo poderoso). De forma que, não nos é
lícito levantarmos a mão contra a vida daqueles a quem D’us colocou em
uma posição de autoridade dentro ou fora da Igreja. Por certo que Davi,
embora não tenha se levantado contra a vida de Saul, o que fez com bom
entendimento da vontade Soberana do Senhor, por outro lado, não cruzou
os braços em face do sistema contrário ao seu D’us. E é neste ponto que
reside a maior sutileza do sofisma do “ungido” do Senhor. Entenda, nossa
luta não é contra a carne e o sangue (pessoas), mas contra principados e
potestades (sistemas).
<br />Mas o que fazer quando vemos tantas heresias inseridas dentro da
Casa de D’us e a grande quantidade de pessoas que não têm o devido
caráter de Cristo, dirigindo até mesmo grandes congregações? Devemos nos
calar e fingir que tudo vai bem? Sermos hipócritas a ponto de agirmos
como se isto não nos dissesse respeito?
<br />Vou esclarecer melhor este ponto: Nós não podemos nos levantar
contra a vida de um Pastor ou Líder que esteja pregando o evangelho com
engano, imundícia ou fraudulência, mas sim contra todo o sistema de
engano que é formado através desta pregação. Devemos orar e jejuar pela
salvação deste líder mas, como obreiros aprovados e que não temos de que
nos envergonhar, cumpre-nos fazer o mesmo que Jesus fez com relação ao
sistema dos fariseus, que Davi fez com o de Saul, Paulo com os maus
obreiros das Igrejas que fundou etc.
<br />Ora, Paulo em sua segunda epístola a Timóteo conjura ao seu
discípulo para que pregue a palavra, redargua, repreenda e exorte,
sempre com toda longanimidade e doutrina (Capítulo 4, vs. 1 e 2). Diante
disso, não é lícito nos acovardar ante um sofisma bem elaborado pelo
insidioso Ba´alzebu. É inadmissível ficarmos escondidos atrás de um
versículo tirado de seu contexto e levantado como estandarte por todos
aqueles que não querem que as coisas mudem.
<br />Por fim, gostaria de retomar um pedaço do primeiro texto citado
acima: “como fomos aprovados de D’us para que o evangelho nos fosse
confiado, assim falamos, não como para agradar a homens, mas a D’us, que
prova o nosso coração.” Não é dever da Igreja propagar um evangelho
superficial e sem substância. Sei que somos “mais do que vencedores”
entretanto um versículo acima temos, “Por amor de ti somos entregues á
morte todo o dia” (Romanos 8: 36 e 37). Diante de todas estas
colocações, mais uma dúvida surge em meu coração: Onde estarão os
verdadeiros Profetas do Senhor? Por onde andará o lamentoso Jeremias, ou
os realistas Isaías e Ezequiel? Graças te dou meu Senhor, por que suas
Palavras geram vida eterna e porque seus profetas já estão a caminho do
teu Templo e ainda, quando o Senhor adentrá-lo, teu fogo refinador
consumirá tudo o que é palha, madeira e feno.
</span><br />
<br />
<br />
Retirado do site: do YESHUA CHAI<br />Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-52287366006328346572011-12-21T12:06:00.000-08:002011-12-21T12:06:06.432-08:00Um texto maravilhoso! Escrito anteriormente revelador e que nos encoraja na perserverança da palavra de D-us.<br />
Eu, extraí o texto do site do yeshua chai.<br />
<span class="corners-top"><span></span></span>
<br />
<div class="author">
<br /><strong></strong> </div>
<div class="content">
<span style="font-size: large;">Esse texto é bem legal, veremos as invenções de alguns ungidos de Deus.
<br /><br />Artigo retirado do jornal voz do deserto:
</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />Tema do Mês:
</span>
<span style="font-size: large;"><br />Devemos seguir a doutrina bíblica ou os "costumes" do homem?
<br /><br />"Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as
sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, é soberbo, en nada sabe". (1
Tim 6:3,4a)
</span>
<span style="font-size: large;"><br /><br />Embora se veja muitas especulações sobre o significado deste
versículo, na realidade o que o apóstolo Paulo quer dizer é que
simplesmente todo tipo de ensinamento deve estar de acordo com a Bíblia,
e o que não tiver base bíblica, não pode ser considerado jamais como
doutrina. Infelizmente podemos ver muitas pessoas que confundem
tremendamente o que venha a ser Doutrina e costumes, e isso tem trazido
problemas gravíssimos dentro da igreja do Senhor Jesus Cristo. Ora,
Paulo diz que ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro
evangelho além do que já vos pregamos seja anátema. Portanto o que está
na Bíblia deve ser seguido, respeitado, ensinado, mas o ensino não
bíblico deve ser rejeitado e expulso do nosso meio. É verdade que a
prática evangélica principalmente entre os pentecostais, já tem
demonstrado que essa questão não é matéria pacífica, mas o que nós
evangélicos não podemos esquecer em nenhum momento é que a Doutrina é de
caráter permanente, ou seja, verdades de Deus reveladas aos homens,
imutáveis no tempo; já os costumes são transitórios, originados do homem
e passíveis de mudanças, variando conforme o tempo, os lugares, etc.
</span>
<span style="font-size: large;"><br />Há anos atrás muitos crentes pentecostais foram punidos por
possuírem rádio, por beberem coca-cola, por saírem de casa sem o paletó,
sem chapéu, ou mesmo usar calça jeans, etc; pergunto: aonde foram parar
essas doutrinas? Onde estão se provinham de Deus? E se eram de Deus,
porque acabaram? E bem pior, se não eram de Deus porque passaram tantos
anos excluindo nossos irmãos dos cultos, do convívio com os irmãos, da
ceia do Senhor, e muitas vezes lançando-os de volta para o lamaçal de
onde tinham saído? Creio que isso não passará em branco no julgamento
divino, e certamente alguém irá responder por essas ações terríveis
contra o povo que forma o corpo de Cristo aqui na Terra, tudo em nome de
dogmas e tradições puramente humanas.
<br />Paulo escrevendo aos Colossenses diz: se, pois estais mortos com
Cristo quanto aos rudimentos do mundo, porque vos carregam ainda de
ordenanças como vivêsseis ainda no mundo, tais como: não toquem, não
provem, não manuseiem? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo
os preceitos e doutrinas de homens; as quais têm, na verdade, alguma
aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humilde, e em disciplina
do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.
Portanto, os líderes evangélicos portadores desses preceitos humanos, e
que forçosamente procuram transmitir à igreja de Cristo, agem para
satisfação do próprio "eu" são levados a julgar as pessoas segundo a
aparência, e segundo o que acham que é certo ou errado, colocando sobre
seus liderados fardos pesadíssimos levando muitos à queda e ao abandono
da fé. Esquecem que o próprio Jesus disse que seu fardo é manso e suave,
e deixando de lado esse ensino bíblico, podemos ver líderes arrogantes e
orgulhosos de si mesmos usarem o púlpito da igreja em um domingo, em
pleno culto evangelístico e insistentemente falarem sobre vestimentas,
adereços, corte de cabelos, e até pedirem a confirmação dos presentes
para seus atos legalistas. Se colocam como exemplo de fé, de pureza e
santidade, de um passado exemplar, esquecendo que ali poderá haver
dezenas de vidas ansiosas por palavras de salvação, por conhecerem a
Jesus, mas insistem na pregação do "eu", sendo bem enquadrados nas
palávras do apóstolo Paulo que diz que os que assim agem são presunçosos
e nada sabem.
<br />Amados, fiquemos atentos a essas pessoas que tem sede pelo poder,
pessoas que claramente demonstram que sua motivação básica dentro do
cristianismo é a exaltação própria; pessoas que forçam situações para
aparecer em público, que exaltam a si mesmo a todo momento; pessoas que
talvez pela falta de conhecimento bíblico só usam os púpitos para
falarem sobre roupa, brinco, praia, cinema, bracelete, batom, perna ou
axila de mulher, colar, etc, ou seja preocupação só com coisas externas;
pessoas que ao invés de encorajar aos que sestão engajados dentro da
liturgia do culto, enche-os de apreensões, temor, através de proibições,
tais como: não bater palmas, não ficar em pé, não cumprimentar o irmão,
e isso prova que o legalista agarra-se tanto a suas convicções que não
chega a perceber o desagrado que causa aos presentes; pessoas que se
oferecem como exemplo e referêncial a todo instante, como tendo um
passado de pureza, baús de alta sabedoria, demonstração de alto grau de
superioridade em relação aos outros, mais uma vez não percebem que o mal
do legalismo os leva muito fácil ao campo da hipocrisia. Poderíamos
citar tantas outras situações tão comuns a todos nós e que nos choca
tanto, mas ficamos estáticos, pois muitas vezes partem de pessoas que
exercem liderança, e diante da possibilidade de sermos mal entendidos
nos calamos.
<br />Povo santo, a preocupação de Jesus em seu ministério foi de fazer
conhecida a vontade de Deus, realizando o plano da salvação. Jesus
Cristo não estava preocupado em criar obstáculos ao crescimento do reino
de Deus estabelecendo normas e costumes a serem seguidos pelos seus
discípulos, pelo contrário, em MT 15:1-20, ele censura os fariseus que
queriam com suas tradições invalidar a Palavra de Deus, através de seus
legalismos. E a nós, cabe procurar entendermos que dando ouvidos a essas
pessoas que trazem em suas mentes toneladas de dogmas e tradições,
estamos fugindo da motivação e do padrão correto para vivermos o
verdadeiro cristianismo. Que possamos fugir do ensino desses santarrões
que não tendo uma palavra doutrinária para a igreja, vivem estabelecendo
regras e padrões para a vida dos outros, enquanto eles mesmos não dão o
exemplo em termos práticos de crentes sinceros. Que não sejamos
coniventes com esses pseudo-líderes em esvaziar o cristianismo do seu
valor espiritual, mas que possamos entender que andar com Cristo é andar
em santidade, conformando nosso comportamento ao seu caráter pelo poder
do seu Espírito para que ele e somente Ele seja glorificado. Que cada
um de nós possa agir como os crentes de Beréia, que analisavam a
mensagem que ouviam, que não sigamos a qualquer ensinamento simplesmente
porque partiu de uma pessoa que se diz evangélica há 40 ou 50 anos, ou
de alguém que exerça liderança, mas analisemos com muito cuidado a
motivação desse ensino. E que sejamos vigias de nossas vidas para não
cairmos no extremo do legalismo, vindo com isso a perdermos a beleza da
simplicidade da fé, e a alegria de servirmos ao Senhor em Espírito e em
verdade. Fujamos dessa carga miserável de costumes e dogmas, e dos
transmissores dessa doença que pode invadir nossas vidas, e arruinar
nossas igrejas, fujamos, com a serena convicção de que tudo isso só
parte de pessoas orgulhosas e que nada sabem.
<br />Que o Deus todo poderoso possa ter misericórdia do seu povo.
<br />Pr. Ismael Félix Pereira.
<br />Assembléia de Deus-Fortaleza/CE</span></div>
<br />
<br />Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-68156237167438197892011-12-20T18:53:00.000-08:002011-12-20T18:53:42.489-08:00Muito interessante!<span class="corners-top"><span></span></span>
<br />
<div class="author">
<a href="http://yeshuachai.org/oldforum/viewtopic.php?p=16979#p16979"><img alt="Mensagem" height="9" src="http://yeshuachai.org/oldforum/styles/prosilver/imageset/icon_post_target.gif" title="Mensagem" width="11" /></a>por <strong>Speed Robert</strong> » No site do Yeshua CHAI </div>
<div class="content">
Shalom!!!
<br />
<br /><span style="font-size: large;">Se quiserem me chamar de <span style="font-weight: bold;">Evangélico</span>...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de <span style="font-weight: bold;">Cristão</span>...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de <span style="font-weight: bold;">"Crente"...</span>Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de<span style="font-weight: bold;"> Judeu</span>...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de <span style="font-weight: bold;">Judeu Messiânico</span>...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de <span style="font-weight: bold;">Fanático</span>...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de <span style="font-weight: bold;">Herege</span>...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de "<span style="font-weight: bold;">Maluco</span>"...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar de <span style="font-weight: bold;">Karaíta</span>...Que me chamem!!!
<br />Se quiserem me chamar <span style="font-weight: bold;">do que quiserem</span>...Que me chamem!!!
<br /><br />Meu compromisso não é com títulos supérfluos é com YAH no Seu Filho Y'shua HaMashyach!!!</span>
</div>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-88011062212620352662011-12-19T16:36:00.000-08:002011-12-19T16:36:24.968-08:00Matéria especial. Revista VEJA. COMUNISMO<h1>
O país mais fechado (e estranho) do mundo</h1>
<h1>
</h1>
<br /><h5>
Especial</h5>
<h1>
O país mais fechado (e estranho) do mundo</h1>
<h2>
A reportagem
de VEJA entrou na Coreia do Norte, onde não há celular nem internet,
crianças de 5 anos recitam juras de vingança contra os Estados Unidos
e é proibido dobrar jornais que trazem a foto do líder Kim Jong-Il</h2>
<div class="assinatura">
<img height="7" src="http://veja.abril.com.br/_estrutura/img/fio-assinatura.gif" width="300" /><br />
Thaís
Oyama, de Pyongyang</div>
<div class="assinatura">
<br /></div>
<table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 600px;"><tbody>
<tr><td><img border="0" height="400" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial1.jpg" vspace="3" width="600" /></td>
</tr>
<tr>
<td><span class="legendaCor">"O PRESIDENTE ETERNO"</span><br />
<span class="legenda"> Em Pyongyang, norte-coreanos
reverenciam a estátua de Kim Il-sung, pai do ditador Kim Jong-Il e o único
morto a presidir um país</span></td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
</div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="vejaTambem" style="width: 300px;">
<tbody>
<tr>
<td><div class="vtTopo">
<span style="font-size: large;">VEJA TAMBÉM</span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td class="vtLink"><span style="font-size: large;">• <a href="">Quadro: <b class="vtTitulo">Universos paralelos</b></a></span></td>
</tr>
<tr>
<td class="vtLink"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="vtLink">
<tbody>
<tr>
<td width="80"><span style="font-size: large;"><a href="http://veja.abril.com.br/galeria-de-imagens/leticia-sabatella-491783.shtml"><img border="0" height="70" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/galeria.jpg" vspace="3" width="70" /></a></span></td>
<td><span style="font-size: large;">• <a href="http://veja.abril.com.br/galeria-de-imagens/coreia-norte-493432.shtml" target="_blank">Galeria
de fotos: <b class="vtTitulo"> o cotidiano da Coreia do Norte</b></a></span></td>
</tr>
</tbody></table>
</td>
</tr>
<tr>
<td class="vtLink"><span style="font-size: large;">• <a href="http://veja.abril.com.br/quem/coreia-norte-coreia-sul.shtml" target="_blank">Quem
é quem: <b class="vtTitulo"> As diferenças entre as Coreias</b></a></span></td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;">O presidente da Coreia do Norte não
aparece em público há mais de quinze anos. Mesmo assim, os 23 milhões
de habitantes do país enxergam seu rosto da hora em que acordam até
a hora em que vão dormir. A imagem de Kim Il-sung, o "eterno presidente",
pai do atual ditador Kim Jong-Il, está nos prédios, nos vagões
de trem, nas estações de metrô e no broche que 100% da população
de Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, carrega "voluntariamente"
no peito. "Embora tenha falecido em 1994, o nosso presidente continua vivo
em nosso coração", diz a guia que recebe a reportagem de VEJA
no aeroporto de Pyongyang. Ter um presidente morto é só uma das
extravagâncias que fazem da Coreia do Norte uma aberração
planetária. O regime mais isolado do mundo sobreviveu à morte de
seu fundador, à derrocada do comunismo e a uma gestão catastrófica
que matou de fome quase 3 milhões de pessoas no fim dos anos 90. Hoje,
seria apenas um fóssil grotesco não fosse o fato de seu líder
estar sentado sobre a bomba atômica. Esta repórter visitou o país
de Kim Jong-Il na condição de turista (a entrada de jornalistas
só é permitida mediante autorização do governo, que
nunca a concede), levada por uma agência de viagens chinesa juntamente com
um grupo de dezenove estrangeiros. Os seis dias passados lá mostraram que,
mais do que um picadeiro para as bizarrices de Kim Jong-Il, a Coreia do Norte
é uma sociedade oprimida pela fome e controlada pelo medo – e isso
nem mesmo a onipresente propaganda do regime consegue esconder.</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;">A viagem
aérea de Pequim a Pyong-yang leva uma hora e meia e é feita num
Tupolev russo. A parte mais desconfortável é ter de equilibrar sobre
as pernas uma edição do <i>Pyongyang Times,</i> distribuída
aos passageiros, sem amassá-la nem deixá-la cair no chão.
Não se trata de mania. Ainda na China e, novamente, antes do embarque,
os organizadores da excursão alertaram os turistas para que não
dobrassem jornais que estampassem a foto de Kim Jong-Il (caso da edição
lida no avião e, pelo que se viu mais tarde, de todas as outras já
rodadas no país), sob pena de "ofender gravemente" os norte-coreanos.
A lista de atitudes proibidas incluía ainda falar com a população
nas ruas, tirar fotografias sem permissão e perguntar aos guias nativos
sobre questões como a saúde de Kim Jong-Il ou a existência
de campos de concentração no país. Na chegada ao aeroporto
de Pyongyang, o grupo foi obrigado a entregar os celulares e a submeter toda a
bagagem a uma revista cuidadosa, destinada a evitar o ingresso de material ideologicamente
suspeito. O que seria ideologicamente suspeito? Basicamente tudo. Os norte-coreanos
não podem ler livros, jornais e revistas estrangeiros e, à exceção
de uma reduzidíssima elite, não têm acesso à internet,
celular nem a rádio ou canais de TV que não sejam os oficiais. </span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 610px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="204" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial2.jpg" vspace="3" width="610" /></span></td>
</tr>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="legendaCor">O QUE SE MOSTRA E O QUE SE ESCONDE</span><br /><span class="legenda"> No
espetáculo exibido aos turistas, meninos e meninas de menos de 6 anos de
idade cantam músicas de louvor ao regime e juram vingança contra
o "imperialismo americano". À direita, criança pede esmola em parque
de diversões: essa a propaganda não mostra</span></span>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
Da janela do ônibus que leva o grupo ao hotel, a paisagem que se avista
é de romance do inglês George Orwell, autor da distopia <i>1984:</i> imensos pôsteres de propaganda comunista decoram as avenidas, hordas de
soldados marcham nas ruas – parte das tropas entoa uma música que
será ouvida à exaustão nos próximos dias, a <i>Canção
do General Kim Il-sung </i>– e carros equipados com alto-falantes
conclamam a população para o trabalho. A guia explica que o país
está no penúltimo mês da "Campanha dos 150 Dias":
a primeira etapa do esforço nacional destinado a fazer a Coreia do Norte
crescer 20% até 2012, data em que o país celebrará os 100
anos do nascimento de Kim Il-sung. As outras atrações do percurso
são a Universidade Kim Il-sung, o Estádio Kim Il-sung e a Praça
Kim Il-sung, de onde é possível avistar, ao longe, a próxima
parada: uma imensa estátua de bronze de Kim Il-sung, em cujos pés
os recém-chegados são convidados a depositar flores. Onde quer que
se olhe, lá está a imagem do presidente eterno em várias
versões: sentado, com o olhar voltado para o futuro; caminhando, de mãos
dadas com criancinhas; de peito empinado, entre um soldado, um camponês
e alguém que carrega um livro (bingo, é o intelectual). </span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;">E
onde está Kim Jong-Il, o filho? </span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;">Não demora para o visitante
entender que o tirano norte-coreano, de cabelos espetados como os do cantor Chico
César, é, entre os Kims, o menor. O "Querido Líder",
como é chamado no país, é pouco mais do que o representante
de seu pai na terra. O culto a Kim Il-sung – cujo nome não é
jamais pronunciado sem um dos epítetos costumeiros: "Grande Líder",
"Sol da Humanidade" ou "Inigualável Patriota" –
deve-se principalmente ao fato de que, sob o seu reinado, a Coreia do Norte viveu
os seus melhores dias, graças à mesada da então União
Soviética. Até 1965, o PIB do país era três vezes o
da Coreia do Sul e cada grão que brotava do solo era apresentado como um
presente ofertado ao povo por Kim Il-sung. Quando cessou a ajuda dos camaradas
russos e a grande fome do fim dos anos 90 devastou a Coreia do Norte, obrigando
as embaixadas da vizinha China a instalar cercas de arame farpado para impedir
que multidões de refugiados famintos pulassem os muros em busca de comida
e asilo, o Grande Líder já desfrutava a paz dos mortos. Sobrou para
o filho a ruína em que se transformou o país depois de décadas
de isolamento e gestão calamitosa. O Chico César coreano não
é exatamente um gênio da política e administração
– sua opção preferencial é pelo investimento em armas
nucleares. Resultado: hoje, o PIB da Coreia do Norte equivale a 3,1% do da Coreia
do Sul <i>(<a href="">veja o quadro</a></i>). </span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 610px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="218" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial3.jpg" vspace="3" width="610" /></span></td>
</tr>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="legendaCor">FANTASIA
E REALIDADE</span><br /><span class="legenda"> O outdoor com a maquete de um edifício inexistente
ilustra a Pyongyang que a Coreia do Norte gostaria de ter; o bonde decrépito
dos anos 70 revela a falta de infraestrutura da
capital do país</span></span>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
A foto de Kim Jong-Il,
ao lado da do pai, aparece pela primeira vez no hotel em que a reportagem se hospedou.
O Yanggakdo, no centro de Pyongyang, tem 1 000 quartos e 47 andares. No
fim da década de 80, quando a sua construção teve início,
a inimiga Coreia do Sul havia começado a erguer em Cingapura o que seria
um dos hotéis mais altos da Ásia. O Yanggakdo e o Ryugyong, esse
último jamais terminado, vieram para mostrar que os norte-coreanos também
eram capazes de fazer edifícios altos. Ainda que vazios. Na última
semana do mês passado, dos 1.000 quartos, apenas quarenta estavam ocupados.
No Yanggakdo, os telefonemas são monitorados, os fax recebidos são
lidos antes de ser entregues ao hóspede e os cartões-postais enviados
de lá podem ou não chegar ao destino, dependendo do seu conteúdo,
conforme aviso dado pela agência de turismo chinesa. Antes de irem para
os quartos, os turistas têm de entregar seu passaporte à guia norte-coreana,
que ficará com ele até o fim da viagem.</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"> Do alto do 38<sup>o</sup> andar, a visão que se tem de Pyongyang é a de uma bela cidade cercada
de colinas. O Rio Taedong, margeado por árvores e parques, corre ao longo
de boa parte da região central, o que faz com que, além de imaculadamente
limpa, a cidade pareça fresca e verde. Pyongyang foi inteiramente reconstruída
depois da Guerra da Coreia (1950-1953). Tem avenidas largas, monumentos grandiosos
e nenhuma casa térrea, só prédios – monótonos,
compactos, soviéticos. Nas avenidas centrais, as mulheres se vestem basicamente
do mesmo jeito: saia azul e blusa branca, sempre com salto alto. Olhá-las
caminhando nas calçadas provoca uma imediata sensação de
estranhamento no recém-chegado – parece que falta alguma coisa na
paisagem. E falta mesmo: além da ausência de lojas, os carros em
circulação em Pyongyang são tão poucos que, entre
a passagem de um e outro, seria possível comer um prato inteiro de kimchi
– a apimentada conserva de acelga que é a base das refeições
na Coreia do Norte. Mas nada supera o espanto causado pela visão das guardas
de trânsito da capital. Postadas em pedestais instalados nos cruzamentos,
elas mantêm uma frenética atividade de sinalização
com a cabeça e os braços mesmo quando as ruas estão desertas
– e elas sempre estão desertas. A explicação da guia
para o comportamento é a seguinte: como, por muito tempo, os Estados Unidos
impediram a Coreia do Norte de desenvolver seu programa de energia nuclear, o
país passou a sofrer de um déficit crônico de eletricidade.
Assim, as controladoras de tráfego atuam como semáforos humanos,
já que o uso de similares eletrônicos seria um desperdício.
E por que elas têm de gesticular sem parar mesmo quando não há
um único carro na rua? A guia não sabe responder. Diz-se na Coreia
do Norte que o Querido Líder em pessoa (também conhecido como "Inteligente
Líder" ou "Respeitado Líder") é quem escolhe
as belas guardas – dissimulados símbolos sexuais e heroínas
de muitos dos filmes produzidos lá (<i>Sentinela do Cruzamento,</i> por
exemplo, fala sobre "a dedicação ao trabalho e o terno amor
das guardas pelo povo e também sobre a verdadeira supremacia do socialismo
do nosso país", diz o texto que resume o enredo).</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 450px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="300" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial4.jpg" vspace="3" width="450" /></span></td>
</tr>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="legendaCor">ELES
ESTÃO DE OLHO EM VOCÊ</span><br /><span class="legenda"> Passageiros norte-coreanos em vagão
de trem com retratos de Kim Il-sung e Kim Jong-Il: pai e filho estão também
nas estações de metrô, prédios e avenidas de Pyongyang</span></span>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
Já
se disse que a Coreia do Norte é um lugar em que ninguém sorri.
Um país cuja economia se encontra há quase quinze anos em estado
de flagelo de fato não oferece motivos para riso. A cambaleante produção
agrícola – que, mês sim, mês não, leva à
interrupção do fornecimento das cotas de comida à população
– e a fome crônica que já dura doze anos deixaram marcas visíveis
nos norte-coreanos. Não nas moças que desfilam de salto alto pelas
avenidas, mas nos passageiros que é possível espreitar no interior
dos bondes decrépitos, fabricados na Checoslováquia dos anos 70,
e nos camponeses, magros e encovados, que se veem na beira das estradas. Por causa
da subnutrição, 64 anos depois da separação das Coreias,
os comunistas do norte são, em média, 7 centímetros mais
baixos do que os capitalistas do sul. A diferença fica clara na visita
que o grupo faz à Zona Desmilitarizada, na cidade de Kaedong. A área
é guardada por soldados norte e sul-coreanos, que chegam a ficar separados
por apenas 50 centímetros de distância, a largura da faixa de concreto
que delimita aquela fronteira entre as duas Coreias. Diante dos bem nutridos militares
do sul – de ombros largos, capacetes, botas reluzentes e óculos escuros
– é que se percebe quão esquálidos e pequenos são
os famélicos soldados do norte, com seus uniformes rotos que dão
a impressão de pertencer a seus irmãos mais velhos. Mas a aparente
melancolia dos norte-coreanos não vem apenas do seu estômago vazio
ou do justificado medo que eles têm de pisar fora da linha – e ir parar
num dos seis campos de concentração do país, que abrigam
estimados 150.000 prisioneiros políticos <i>(veja ao lado o depoimento
de uma ex-prisioneira de um campo de concentração norte-coreano)</i>.
Há outro detalhe que ajuda a entender a aparente morbidez da população.
A Coreia do Norte vive na escuridão – e não somente no sentido
metafórico. Embora a cidade de Pyongyang, cartão de visita do país,
seja poupada dos cortes diários de luz que atingem o resto do território,
também lá o fornecimento de energia é precário. Pouco
iluminados, museus, estações de metrô e vagões de trem
ganham uma atmosfera lúgubre. Some-se a isso o hábito de as pessoas
baixarem os olhos quando veem turistas (a curiosidade em relação
ao mundo exterior é malvista pelo regime) e entende-se o motivo pelo qual
todo norte-coreano parece profundamente infeliz aos olhos de um estrangeiro.</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;">Na
distopia totalitária de Kim Jong-Il, a população é
dividida em três castas: a dos "leais", que compreende de 20%
a 30% da população; a dos "neutros", em que se encaixam
em torno de 60% dos norte-coreanos; e a dos "reacionários", ou
"hostis" – que totaliza 10% ou 20% da população.
É com base nessa classificação, com 56 subdivisões,
que o governo define se uma pessoa pode ou não cursar a universidade, a
quantidade de ração que vai receber e a ocupação que
terá ao longo da vida. A família da guia da excursão, como
a maioria das famílias autorizadas a morar na capital, pertence à
casta privilegiada. A jovem estudou inglês e russo numa das melhores universidades
de Pyongyang e já viajou para a China – prerrogativa rara, já
que mesmo os moradores da capital têm de ter autorização para
se deslocar de uma cidade para outra. Aos 29 anos de idade, bonita e inteligente,
ela é uma autêntica representante da elite norte-coreana. Indagada
se o fato de dois homens cami-nharem de mãos dadas nas ruas (como se vê
vez ou outra em Pyongyang) significa que são homossexuais, ela, demonstrando
genuíno espanto, negou. Depois, achando graça no desconhecimento
da visitante, explicou: "No nosso país não há gays nem
lésbicas".</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 450px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="300" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial5.jpg" vspace="3" width="450" /></span></td>
</tr>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="legendaCor">FRONTEIRA</span><br /><span class="legenda"> Os galpões azuis delimitam as duas Coreias. Postados entre eles, os magros
soldados do norte</span></span>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
No penúltimo dia da excursão, a guia
perguntou à repórter, que ela supunha ser uma turista, o que se
falava no Brasil sobre a Coreia do Norte. Ouviu em resposta que as últimas
notícias giravam em torno da realização de nova bateria de
testes nucleares com mísseis de longo alcance e da suposta doença
de Kim Jong-Il. Diante disso, a guia balançou tristemente a cabeça:
"Não são mísseis, são satélites. E o nosso
líder não está doente: goza de perfeita saúde. Vocês
não deveriam acreditar em tudo o que dizem os Estados Unidos". Como
reza a cartilha dos regimes totalitários, a Coreia do Norte elegeu seu
Inimigo Número Um e faz dele uma presença tão constante no
imaginário popular quanto o rosto do Inigualável Patriota nas ruas.
O ódio ao inimigo não aparece apenas no Museu da Vitoriosa Guerra
da Liberação da Pátria, onde uma soldada-guia exibe com orgulho
pilhas de botas de combatentes americanos mortos na Guerra da Coreia. No parque
de diversões que o grupo visitou, a versão norte-coreana do tiro
ao alvo era um painel com a pintura de três soldados americanos em chamas.
A brincadeira, da qual participavam adultos e crianças, consistia em acertar
pedras nos buracos cavados na altura do peito de cada um. Em outro programa da
excursão, os turistas foram convidados a assistir a um show em que crianças
de 5 a 6 anos de idade cantavam, dançavam e tocavam instrumentos com perfeição.
Os números incluíam um minicantor que, maquiado, levantava o punho
enquanto jurava vingança contra "os imperialistas americanos"
e uma minicantora e dançarina que descrevia entre bailados a felicidade
que sentia pelo fato de os pais terem cumprido sua cota na Campanha dos 150 Dias
e contribuído, assim, para o engrandecimento da pátria socialista.
Para se apresentarem aos turistas, as crianças treinaram três horas
diárias durante um ano e meio, informaram as professoras.</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;">Segundo
o hiperativo serviço de inteligência da Coreia do Sul, Kim Jong-Il
está gravemente doente. Sua pouco revolucionária pança –
abastecida por sushis e sopa de barbatana de tubarão, suas iguarias preferidas,
conforme entregou ao mundo um de seus ex-chefs – hoje parece tão murcha
quanto seu outrora eriçado topete. Se a informação for verdadeira,
a Coreia do Norte terá em breve uma chance de sair da escuridão.
A morte de Kim Jong-Il pode começar a pôr fim ao totalitarismo mais
eficiente do mundo. O desconhecido Kim Jong-un, filho caçula de Kim Jong-Il,
não seria capaz de manter, acreditam especialistas, o regime e seus dois
principais pilares: o culto à personalidade dos Kims e o isolamento do
país. </span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 450px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="300" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial8.jpg" vspace="3" width="450" /></span></td>
</tr>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="legendaCor">BELAS E INÚTEIS</span><br /><span class="legenda">Escolhidas pessoalmente por Kim
Jong-Il, segundo se diz, as controladoras de trânsito mantêm sua coreografia
mesmo quando as ruas estão vazias, o que é frequente em Pyongyang</span></span>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
Esse isolamento já começa a apresentar fendas.
Indício disso seriam recentes movimentos de Kim Jong-Il – como a libertação
das jornalistas americanas capturadas em março, com a intercessão
do ex-presidente Bill Clinton, e a autorização para a entrada de
turistas sul-coreanos em território nacional, dada na semana passada. Outro
sinal seria o surgimento de uma classe de comerciantes no país. Estima-se
que já existam na Coreia do Norte mais de 300 pequenos e grandes mercados
de produtos contrabandeados – roupas, alimentos e mercadorias provenientes
da China. O governo faz vista grossa para o negócio, já que parte
do lucro acaba revertendo para ele em forma de suborno. "Assim como aconteceu
na antiga União Soviética, o aparecimento de uma elite econômica,
paralela à elite política, sinaliza o enfraquecimento do regime",
acredita o professor sul-coreano Ji-sue Lee, da Universidade Myongji, em Seul.</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;">Ao
fim da excursão, a volta do grupo para a China é feita de trem.
Na fronteira, soldados do Exército do Povo Coreano entram nos vagões
para uma revista que dura quase quatro horas. Todos os passageiros têm suas
malas e câmeras fotográficas vasculhadas. Soldados olham foto por
foto e, sem cerimônia, apagam as imagens que não lhes agradam –
em geral, cenas de pobreza em Pyongyang. Uma das soldadas para, maravilhada, diante
de uma turista obesa, sentada em uma das cabines. Gesticula e chama um colega,
que fita a mulher com igual admiração. Os dois sorriem para ela
e balançam afirmativamente a cabeça, como que a cumprimentando pela
boa fortuna – no país em que tantos perecem de fome, ser gordo é
ser feliz.</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 450px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="credito">AFP</span><br /><img border="0" height="345" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial11.jpg" vspace="3" width="450" /></span>
</td>
</tr>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="legendaCor">BILL
E KIM</span><br /><span class="legenda"> Bill Clinton posa ao lado de Kim Jong-Il pouco antes da libertação
das jornalistas americanas. O líder norte-coreano estaria gravemente doente</span></span>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
Pouco antes de embarcar no trem, esta repórter havia procurado
a guia para relatar-lhe um "problema". Contou-lhe que, cumprindo a determinação
recebida, havia levado com cuidado para o hotel a edição do <i>Pyongyang
Times</i> com a foto de Kim Jong-Il. Que, durante os seis dias da excursão,
manteve o jornal perfeitamente esticado sobre a penteadeira. Que, no momento de
fazer as malas, achou por bem não levar o jornal e, assim... A guia acompanhou
o relato arregalando progressivamente os olhos amendoados, a ponto de virarem
uma perfeita circunferência. Ao final, quando soube que o jornal havia sido
deixado intacto sobre a penteadeira do quarto, suspirou aliviada: "Pensei
que você o tivesse jogado no lixo". Esta repórter achou graça
na reação da jovem, mas o que havia visto nos seus olhos segundos
antes era algo próximo do terror. A Coreia do Norte pode ser um circo,
mas, para os participantes compulsórios desse espetáculo, ele está
longe de ser divertido. </span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 450px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="300" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial13.jpg" vspace="3" width="450" /></span></td>
</tr>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><span class="legendaCor">UM
DESERTO DE CONCRETO</span><br /><span class="legenda"> Com o traje que é quase um uniforme das norte-coreanas,
blusa branca e saia azul, mulher conversa com amiga em meio a uma avenida vazia
em Pyongyang</span></span>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
<br />
</span><table bgcolor="#EEEEEE" border="0" cellpadding="0" cellspacing="15" style="width: 620px;">
<tbody>
<tr>
<td><h3>
<span style="font-size: large;">"Fiquei dois meses num campo de concentração"</span></h3>
<table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 350px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="233" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial7.jpg" vspace="3" width="350" /></span></td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
"Resolvi fugir da Coreia do Norte depois de ver minha neta de 6 anos
morrer de fome, em 1998. Fui presa nas duas primeiras tentativas. Da segunda vez,
fui mandada para Chongjin (campo de concentração no norte do país),
onde fiquei por dois meses. Tive sorte de sobreviver. A comida que eles dão
aos prisioneiros não serve nem para os porcos: é uma mistura de
água com cascas de grãos mofadas ou podres. Os guardas são
treinados para nos tratar como insetos. Vi-os chutar com suas botinas a barriga
de uma jovem grávida capturada na China. Gritavam que ela carregava o filho
de um chinês no ventre. O bebê nasceu e eles o deixaram chorando num
canto até que morresse. Escapei porque adoeci gravemente e meu irmão
subornou guardas para que dissessem que eu havia morrido. Moro em Seul há
oito anos. Na Coreia do Norte, eles dizem que a sociedade daqui é doente
e decadente e que lá é o paraíso dos trabalhadores. Como
eles podem enganar as pessoas assim?"</span></div>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><b>Jong Bok Soon,</b> de 63 anos </span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><table bgcolor="#EEEEEE" border="0" cellpadding="0" cellspacing="15" style="width: 620px;">
<tbody>
<tr>
<td><h3>
<span style="font-size: large;">"Há
os que fogem e depois voltam. <br />
Acho que essas pessoas são loucas"</span></h3>
<table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 350px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="233" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial9.jpg" vspace="3" width="350" /></span></td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
"Eu
era criança e estava visitando a fábrica em que meu pai trabalhava.
Peguei um graveto e escrevi no chão de areia: ‘Kim Il-sung’.
O chefe do meu pai viu e ficou furioso: ‘Como você escreve o nome do
Grande Líder no chão?’. Tive medo e comecei a esfregar os pés
na areia para desmanchar o que havia escrito. Isso o deixou ainda mais furioso:
eu não devia estar usando os meus pés para apagar aquele nome. Lembro
do meu pai se ajoelhando diante do chefe e implorando para que não me denunciasse.
Consegui fugir de lá há sete anos. Sei de pessoas que escapam da
Coreia do Norte e voltam, dizendo-se decepcionadas. Isso acontece porque a imagem
que elas têm da Coreia do Sul é aquela que veem nas novelas contrabandeadas,
em que todos são ricos. Quando chegam, percebem que é preciso encontrar
emprego, um lugar para morar e, aí, resolvem voltar. Eu acho que essas
pessoas são loucas."</span></div>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><b>Oh Sun Hwan</b> (nome fictício), de 32
anos </span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><table bgcolor="#EEEEEE" border="0" cellpadding="0" cellspacing="15" style="width: 620px;">
<tbody>
<tr>
<td><h3>
<span style="font-size: large;">"Não
tinha nenhum sonho, não vim <br />
atrás de liberdade. Fugi para sobreviver"</span></h3>
<table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 350px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="233" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial10.jpg" vspace="3" width="350" /></span></td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
"Em 1999, eu, minha mãe e meu irmão fugimos para a China.
Minha mãe se casou com um chinês e nós moramos com ele por
três anos, até que vizinhos nos denunciaram, a polícia apareceu
no meio da noite e fomos mandados de volta para a Coreia do Norte. Pouco depois,
conseguimos fugir novamente e chegar a Seul. Não tinha nenhum sonho, não
vim em busca de liberdade – só queria sobreviver. Entre 1997 e 1998,
minha avó, meu avô e meu pai morreram de fome. Atualmente, estudo
psicologia na Universidade Sogang. No começo, eu me sentia incomodada ao
ouvir colegas se referirem de maneira desrespeitosa a Kim Il-sung e a Kim Jong-Il.
Também ficava confusa quando diziam que muita coisa do que eu havia aprendido
lá não era verdade. Hoje, não tenho mais tanto respeito por
Kim Jong-Il. Mas continuo admirando Kim Il-sung. Ele é como se fosse o
nosso pai."</span></div>
<div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><b>Keum Ju</b> (nome fictício), de 24 anos </span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span>
<h3>
<span style="font-size: large;">"Passei
trinta anos sequestrado na Coreia do Norte</span></h3>
<span style="font-size: large;">
</span><table align="center" border="0" cellpadding="2" cellspacing="2" style="width: 350px;">
<tbody>
<tr>
<td><span style="font-size: large;"><img border="0" height="233" src="http://veja.abril.com.br/260809/imagens/especial12.jpg" vspace="3" width="350" /></span></td>
</tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><br />
"Eu cresci na Coreia
do Sul e sobrevivi a duas guerras: lutei na da Coreia e na do Vietnã, ao
lado dos americanos. Quando voltei do Vietnã, em 1975, no meu primeiro
dia de trabalho num barco pesqueiro, fui sequestrado por norte-coreanos com outros
32 homens. Fiquei trinta anos naquele país. Eles usam os sequestrados para
fazer propaganda do regime: somos apresentados como se tivéssemos deixado
a Coreia do Sul voluntariamente. Em 2005, meus irmãos conseguiram subornar
um traficante para me trazer de volta. O traficante disse que traria também
minha família – eu constituí uma na Coreia do Norte –,
mas nunca cumpriu a promessa. Soube depois que, por causa de minha fuga, minha
mulher e meus filhos foram mandados para um campo de concentração.
Nunca mais tive notícias deles."</span></div>
<span style="font-size: large;">
</span><div class="corpo">
<span style="font-size: large;"><b>Goh Myong Seop</b>, de 65 anos </span></div>
<div class="assinatura">
<br /></div>
<h1>
<span style="font-size: large;"> </span></h1>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-60345605011759144472011-12-18T17:26:00.000-08:002011-12-18T17:26:50.608-08:00Entre a fé e a ciência<span style="color: #666666; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: xx-small;">Dr.
Yitschak Block</span><br />
<br />
<span style="font-family: Helvetica; font-size: large;">
</span><br />
<span style="font-family: Helvetica; font-size: large;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Alguns rabinos acham
que, se pudessem provar a existência de D'us, o trabalho deles seria
muito mais simples. Na verdade, deveriam agradecer, pois se pudessem provar
Sua existência, teriam provado que o judaísmo é falso,
o que comprometeria seriamente sua carreira.</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica; font-size: large;">
</span>
<br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">O que é prova?
Há dois tipos de prova que são reconhecidos na ciência
e na filosofia. Uma é chamada "dedutiva" e a outra, "indutiva."
A prova dedutiva é usada na matemática e lógica formal,
ao passo que a prova indutiva é utilizada para influenciar nosso
conhecimento sobre o mundo.</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">Prova dedutiva é
uma conclusão que segue duas premissas que são dadas como
verdadeiras. Nada tem a ver se as premissas em si são verdadeiras.
O que é importante é que as premissas são aceitas
como verdadeiras. Segue-se então uma conclusão lógica.
A prova dedutiva não requer nenhum sofisticado equipamento de laboratório
ou observações do mundo. Tudo que se precisa fazer é
pensar. Por exemplo, se é verdadeiro que toda vez que há
nuvens sempre choverá, e se hoje é um dia nublado, então
necessariamente choverá hoje.</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">A prova indutiva exige
observações para provar a verdade de certas crenças
sobre o mundo. Por exemplo, se você achar que vai chover amanhã,
a prova indutiva desta previsão do tempo é a chuva que cai
amanhã, e que você pode ver com seus próprios olhos.
Similarmente, a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, que foi proposta
em 1916, não se provou verdadeira até 1919, quando uma das
previsões de sua teoria foi observada pela primeira vez.</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">À luz desses
princípios, para provar cientificamente qualquer coisa, esta deve
ser uma proposição ou fórmula que use a lógica
dedutiva, ou uma declaração sobre o mundo que possa ser
provada por algo que se possa ver, ouvir ou tocar, usando a lógica
indutiva.</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">No judaísmo,
D'us não é nem uma proposição de matemática
ou lógica, ou um fato que você possa ver com seus olhos ou
sentir com as mãos. D'us não é um fato sobre o mundo;
Ele está além do mundo. Portanto, se você pudesse
provar D'us, teria provado que o judaísmo é falso. Se você
adora algo que pode ver ou tocar, não está rezando para
D'us, mas para um ídolo.</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">Como não há
forma científica de provar a existência de D'us, poder-se-ia
concluir que a crença em D'us é irracional. Na verdade,
a maioria de nossas crenças fundamentais sobre o mundo não
são passíveis de provar, dedutivamente ou indutivamente,
mas são consideradas racionais. Por exemplo, o "princípio
de indução," que o futuro seguirá ao longo das mesmas
linhas que o passado, e o "princípio da razão suficiente,"
de que toda cadeia de eventos tem uma causa, não são passíveis
de prova pela lógica ou pela evidência empírica. Apesar
disso, se eu negasse qualquer um destes princípios, todos que lêem
isto considerar-me-iam irracional.</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">Aqueles que insistem
em provar D'us estão insistindo em algo que ninguém pode
fazer. Portanto, nossos rabinos podem manter seus empregos, porque segundo
o judaísmo, D'us infinito não pode ser encerrado em uma
fórmula matemática ou detectado por nossos sentidos físicos.</span><br />
<span style="font-size: large;">
</span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: large;">Houve certa vez uma
menina prodígio que dominava a matemática desde tenra idade.
Os pais viam nela um grande potencial, e contrataram um tutor. Ela aprendeu
matemática avançada, mas ainda desejava mais. Disse ao tutor:
"Gostaria de aprender geometria. Ouvi dizer que se pode provar coisas."
O tutor começou a ensinar-lhe os rudimentos. "Espere," disse a
menina, "não quero apenas aprender como três linhas formam
um triângulo, desejo provar isso." O tutor replicou: "Posso somente
ensinar a você os princípios. Baseada neles, você pode
provar algo. Mas não pode provar os princípios básicos;
eles são porque são."</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: x-small;">Extraído do chabad.org </span><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 586px;"><tbody>
<tr><td colspan="4" valign="top"><span style="color: #666666; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: xx-small;">Dr.
Block recebeu seu PH.D. em filosofia na Universidade de Harvard. É
uma das mais destacadas autoridades em Filosofia Aristoteliana, e é
professor emérito na Universidade de Western Ontario, onde ensinou
por 36 anos.</span><br />
</td>
</tr>
<tr>
<td height="5" width="41"> </td>
<td colspan="4" height="5">
</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: x-small;"></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: xx-small;"> </span><span style="color: #666666; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: xx-small;">
</span>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-69235816601119955322011-12-16T10:41:00.000-08:002011-12-16T10:41:05.359-08:00governo ainda dá uma medalha a Pimentel! É verdade, não metáfora!<div class="postConteudo">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Na<a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/15141-governo-da-medalha-a-ministro-sob-suspeita.shtml" target="_blank"> Folha:</a><br />
O governo federal ofereceu ontem a Medalha Ordem do Mérito da Defesa a
270 personalidades e oito instituições que tenham desempenhado com
distinção suas atividades e contribuíram com a defesa do país. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Entre os
agraciados está o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior), alvo de suspeitas de tráfico de
influência por conta da atividade de sua consultoria.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">Também
recebeu a comenda o presidente da CNI (Confederação Nacional da
Indústria), Robson Andrade, que contratou a consultoria de Pimentel
quando estava à frente da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas
Gerais).</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">O ministro está em viagem ao exterior e o presidente da confederação não compareceu ao evento.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><strong>CRITÉRIOS</strong><br />
Segundo a divulgação do Ministério da Defesa, os agraciados são
personalidades que tenham se “distinguido no exercício da profissão,
além de organizações militares e instituições civis que também tenham
prestado relevantes serviços ao Ministério da Defesa e às Forças Armadas
no desempenho de suas missões constitucionais”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;">A presidente
Dilma esteve presente no evento, mas não discursou. Apenas uma
mensagem sua foi lida parabenizando os agraciados por suas atividades
“meritórias em defesa da pátria”.</span></span></div>
</div>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7086168051166916173.post-53664994606397398522011-12-04T09:38:00.001-08:002011-12-04T09:39:22.130-08:00Pior a emenda que o soneto - EDITORIAL O ESTADÃO<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>O Estado de S.Paulo - 04/12/11</b><br /><br /><br /><span style="font-size: large;">Num
desses casos típicos em que a emenda sai pior do que o soneto, o
deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo, meteu os pés pelas mãos
ao tentar minimizar a importância da revelação feita pela Folha de
S.Paulo, de que o ministro Carlos Lupi, de 2000 a 2006, na condição de
assessor técnico do gabinete da liderança do PDT na Câmara dos
Deputados, não dava expediente regular em Brasília, dedicando-se apenas
ao trabalho partidário, principalmente no Rio de Janeiro, onde morava.
Ou seja: Lupi passou seis anos recebendo dos cofres públicos para cuidar
exclusivamente dos interesses do partido de que hoje é presidente
licenciado. Para Vaccarezza, isso é perfeitamente normal, porque a maior
parte dos funcionários dos gabinetes dos deputados jamais aparece em
Brasília, já que trabalham nos escritórios políticos nos Estados.<br /><br />"A
maioria (dos funcionários dos gabinetes) jamais pisou na Câmara. Porque
a maioria dos funcionários dos deputados fica nos Estados", explicou
candidamente o deputado Vaccarezza. E emendou: "Quem prova que Lupi
nunca apareceu para trabalhar? Por que o Lupi é fantasma? Porque existe
uma campanha contra ele". Certamente se referia ao "denuncismo"
orquestrado pelos inimigos do povo, que já obrigou Dilma Rousseff a
demitir cinco ministros envolvidos em negócios mal explicados.<br /><br />O
homem que lidera a bancada governista na Câmara dos deputados devia
saber que existe uma enorme diferença entre funcionário público, que
trabalha para o governo e por ele é pago, e funcionário de partido
político, entidade privada que, por isso mesmo, precisa assumir, ela
própria, os salários de seus colaboradores. E para sua subsistência
contam as agremiações com os recursos do Fundo Partidário, que pode ser
usado nos casos claramente definidos pela lei. O que não pode é
funcionário de legenda partidária receber diretamente dos cofres
públicos, como era o caso de Carlos Lupi quando exercia cargo de
natureza especial (CNE) no Parlamento.<br /><br />Atualmente, o Regimento
Interno da Câmara estabelece expressamente que assessores CNE são
obrigados a dar expediente na Casa. Foi uma medida moralizadora adotada
durante a gestão de Aldo Rebelo na presidência, entre 2005 e 2007. "No
caso do Lupi", afirmou Vaccarezza, "temos que ver se a lei lhe dava
permissão para trabalhar no Rio de Janeiro". Ou seja, o próprio líder do
governo não tem certeza sobre a situação do ministro quando era
funcionário CNE, mas não teve o menor constrangimento em garantir que o
ocorrido "é correto e legal, não tem nenhum absurdo nisso". Já o
presidente da Casa foi mais cauteloso, explicando que será aberta
sindicância para apurar os fatos: "Se for constatada irregularidade, a
Câmara pode pedir ressarcimento dos pagamentos feitos". Ver para crer.<br /><br />O
mais extraordinário, no caso de um parlamentar, com a responsabilidade
de ser líder do governo, convalidar irregularidades no trato da coisa
pública, é que ele está falando a mais absoluta verdade. De fato, boa
parte, talvez a maioria, dos funcionários alocados nos gabinetes
parlamentares - isso vale também para o Senado Federal - "jamais pisou"
no Distrito Federal. Seus chefes garantirão, se questionados, que esses
servidores permanecem nos Estados cuidando de questões relacionadas com
as atividades legislativas; lá estão para dar atenção aos cidadãos e
encaminhar seus pleitos a seu representante no Parlamento; que cumprem a
generosa e patriótica missão de multiplicar a capacidade de atendimento
do deputado que, por ser um só, não consegue estar em todos os lugares
ao mesmo tempo. Mas a descrição acima corresponde às típicas tarefas de
um cabo eleitoral.<br /><br />Embora não se possa descartar a possibilidade
de que um ou outro abnegado funcionário dos gabinetes parlamentares de
Brasília esteja em seu próprio Estado fazendo apenas o que é certo de
acordo com a lei e os bons costumes, seria ingênuo supor que a maioria
não é constituída de cabos eleitorais, pelos quais pagamos todos nós. E
há ainda outra explicação para a existência de funcionários fantasmas da
Câmara dos Deputados espalhados por todo o País: nepotismo ou
compadrio. Mas, justiça seja feita, de nepotismo, até o momento, o
ministro Lupi ainda não foi acusado.</span></span>Ivair Duartehttp://www.blogger.com/profile/09683174809385685623noreply@blogger.com0