Um texto Lindo. Fonte Arquivo de Artigos!
"LÁ VOU eu, lá vou eu, hoje a festa é na..." Não é. Nada contra quem
acha que a festa é na avenida, mas, como diria Zé Simão, "vai indo, que
eu não vou". Aliás, vou, mas para outro lugar. Carnaval? Me inclua fora
dessa, pelo amor de Deus!
Tenho horror a qualquer tipo de
tumulto, multidão, barulho etc.. Tenho pavor de gente enlouquecida e
embriagada, que não respeita nada de nada nem ninguém.
Ligar a
TV? Impossível! Vinhetas, sambas-enredo iguaizinhos, produzidos em
série, propagandas tolas e fúteis de cerveja, difusão da ideia de que a
felicidade está aí, chegou a hora, vamos...
Andar pela rua?
Arriscado -nem preciso explicar por quê. Ficar em casa, absolutamente
recluso? Também arriscado: pode haver um vizinho carnavalento e
carnavalente, que se julga no direito de impor o baticum (volume
máximo!) a quem quer que seja. Viajar? Ficar 10, 12, 14 horas numa
rodovia para fazer menos de 100 km e depois enfrentar preços desonestos,
falta d'água etc.? Então tá.
Sabe o que faço no Carnaval desde
1988? Fujo do país. Este é o meu 25º Carnaval consecutivo fora da
nação. Fujo antes que a bagunça comece e volto depois das cinzas... Faço
questão de não saber de absolutamente nada do que ocorre por aqui
durante o "reinado de Momo". Enquanto eu tiver algumas forças e alguns
trocados, nem que seja para ir até a ponte da Amizade e atravessar a
fronteira a pé, não fico aqui. Não fico, não fico, não fico.
Se você gosta, divirta-se, mas, por favor, respeite o direito da minoria. Carnaval? Tô fora, literalmente. É isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário