Cachoeira gravado pela PF: “O Policarpo nunca vai ser nosso! Ele é foda!” Na mosca!
Cachoeira gravado pela PF: “O Policarpo nunca vai ser nosso! Ele é foda!” Na mosca!
O
maior prazer do pervertido é assistir à queda de um puro. A frase —
talvez literal; não vou parar para consultar agora — está no livro “Se o
Grão Não Morre”, autobiografia do escritor francês André Gide. Naquele
caso, aconteceu. Neste outro, de que trato, os pervertidos estão
tentando se lambuzar na suposta queda alheia. Mas perderam o tempo e a
viagem.
Há alguns
dias, Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da VEJA e comandante da
sucursal da revista em Brasília, vem sendo vítima de uma campanha
asquerosa, movida por bandidos. Seus acusadores são notórios ladrões de
dinheiro público, escroques envolvidos com o submundo da espionagem —
eles, sim, flagrados em investigações da Polícia Federal —, notórios
mamadores das tetas do oficialismo. Não têm biografia, mas folha
corrida. Estão associados ao submundo do crime para tentar melar o
processo do mensalão. Trabalham a serviço de um notório chefe de
quadrilha. Essa escória, no entanto, poderia estar falando a verdade,
claro… Mas não está! E são as próprias gravações feitas pela Polícia
Federal a prová-lo.
Há dias a
rede suja da Internet repete a mentira grotesca de que Policarpo teria
sido “pego” pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. O chefe da
Sucursal da VEJA em Brasília falou, sim, com Cachoeira e seus
“auxiliares” muitas vezes. Ele e quase todos os jornalistas
investigativos de Brasília. Em todas elas, estava em busca de
informações que resultaram em reportagens que, de fato, derrubaram muita
gente. Ousaria dizer que muitos milhões, talvez bilhões, de dinheiro
público deixaram de sumir pelo ralo da corrupção em razão do trabalho de
Policarpo.
Já escrevi
aqui e repito uma obviedade, que é do conhecimento de todo e qualquer
jornalista investigativo: não é nos conventos e nos mosteiros que se
colhem informações sobe o submundo da capital — e do país. Um jornalista
investigativo é obrigado a transitar em áreas muito pouco salubres. MAS
ATENÇÃO! O HONESTO, A EXEMPLO DE POLICARPO, TRANSITA, COLHE A
INFORMAÇÃO E NÃO SE SUJA. O desonesto se torna funcionário de banqueiro
bandido, do espião, do malfeitor. Nao resiste à tentação.
É claro que
Policarpo foi fazendo alguns inimigos ao longo dos anos. Todos aqueles
que perderam o emprego em razão de suas reportagens — sempre
irrespondíveis — e todos aqueles que tiveram interesses contrariados
gostariam de lhe arrancar o fígado. Há tempos ele está “jurado” por
tipos que podem ser chamados, sem exagero, de representantes do crime
organizado. A melhor defesa de Policarpo é a qualidade de seu trabalho.
Todos vocês sabem que ele responde por mais da metade do que a imprensa
acabou chamando “faxina de Dilma”. Prestou um serviço ao país e, de
certo modo, até ao governo. Já escrevi aqui que o crescimento da
popularidade da governanta não se deve à qualidade do seu governo, que
considero medíocre, mas à demissão dos que foram pegos com a boca na
botija. Pegos por Policarpo! Dilma não demitiu auxiliares, suponho, porque as falcatruas apontadas por VEJA eram falsas, certo?
A qualidade
do trabalho de Policarpo (des)qualifica seus acusadores. Uma longa
conversa de Cachoeira, no entanto, com um de seus auxiliares — o
ex-agente da Abin Jairo Martins — é, como direi?, de uma eloquência que
deixará os acusadores de Policarpo a roer os cotovelos do ressentimento,
do ódio e da vigarice. Mas continuarão na sua sanha desmoralizada
porque são pagos pra isso. Reproduzo trechos. Volto em seguida:
Cachoeira - O
Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e
muito menos pra você. Não se iluda, não (…) Os grandes furos do
Policarpo fomos nós que demos, rapaz (…) Ele não vai fazer nada procê.
Jairo - É, não, isso é verdade aí.
Cachoeira -
Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho por Brasil, essa
corrupção aí. Quantos já foram, rapaz!? E tudo via Policarpo. Agora,
não é bom você falar isso com o Policarpo, não, sabe? Você tem que
afastar dele e a barriga dele doer, sabe? Tem que ter a troca, ô Jairo.
Nunca cobramos a troca.
Jairo - Isso é verdade.
Cachoeira -
E fala pra ele (…) eu ganho algum centavo seu, Policarpo? Não ganho (…)
Nós temos de ter jornalista na mão, ô Jairo! Nós temos que ter
jornalista. O Policarpo nunca vai ser nosso…
Jairo - É, não tem não, não tem não. Ele não tem mesmo não. Ele é foda!
Voltei
Se tiverem paciência, ouçam a conversa inteira na VEJA Online. Cachoeira e Jairo estão reclamando de Policarpo porque lhe passaram informações para chegar a alguns ladrões de dinheiro público — alguém aí acha que foram os santos que derrubaram José Roberto Arruda? —, mas Policarpo não lhes deu nada em troca. Não os poupou nem mesmo do noticiário.
Se tiverem paciência, ouçam a conversa inteira na VEJA Online. Cachoeira e Jairo estão reclamando de Policarpo porque lhe passaram informações para chegar a alguns ladrões de dinheiro público — alguém aí acha que foram os santos que derrubaram José Roberto Arruda? —, mas Policarpo não lhes deu nada em troca. Não os poupou nem mesmo do noticiário.
É isso aí!
Policarpo jamais será “deles” ou “um deles”. Foi a sucursal de Brasília
da VEJA que desbaratou o bunker formado em 2010 para produzir mais um
falso dossiê contra José Serra, lembram-se? Era aquele grupo comandado
por Luiz Lanzetta, que estava sob a chefia do agora ministro Fernando
Pimentel (investigado pela Comissão de Ética, diga-se), aquele que fazia
visitinhas a Zé Dirceu em quartos de hotel. Uma das pessoas que estavam
trabalhando para o grupo era justamente Idalberto Matias de Araújo, o
Dadá, que pertence ao esquema de Cachoeira. Policarpo faz jornalismo,
não negócio.
A Polícia
Federal flagrou Policarpo, sim! Flagrou-o trabalhando honestamente! Os
ladrões e os serviçais dos ladrões não se conformam que VEJA tenha
colaborado de maneira decisiva para limpar uma parte ao menos da sujeira
de Brasília. Falta certamente muita coisa. O país e o jornalismo podem
contar com Policarpo. Continuará a submeter o mundo e o submundo da
capital federal e do país a seu — e ao de sua equipe — severíssimo
escrutínio. Buscará a informação onde ela estiver. E, assim, continuará a
proteger os cofres públicos da ação de larápios.
E fará isso por uma razão simples: Policarpo nunca vai ser deles! Policarpo é foda!
Tags: Carlinhos Cachoeira, imprensa
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