sábado, 2 de abril de 2011

A Sabedoria Judaica

Queridos filhos, ainda que a sabedoria seja um bem que não tem custo, é, no entanto, o mais caro de todos, já que costumamos adquiri-la através  de um fracasso, um desapontamento ou sofrimento. Por isso, devemos tentar compartilhar nossa sabedoria com os demais, para que estes não tenham que pagar o preço que pagamos para conquistá-la.
Estas são algumas das lições  que o judaísmo me ensinou sobre a vida e que desejo compartilhar com vocês:
Nunca tentem ser espertos. Tentem, sempre, ser sábios. Respeitem os outros ainda que estes os desrespeitem.
Nunca busquem publicidade pelo que fizerem. Se merecerem, a receberão. Se não a merecerem, serão atacados. De qualquer modo, a bondade não carece de chamar atenção sobre si.
Quando se pratica o bem a outrem, os beneficiários serão sua própria pessoa, sua consciência e seu auto-respeito. A maior dádiva da doação é a oportunidade de poder doar.
Na vida, nunca peguem os atalhos. Não há sucesso sem esforço, nem conquista sem empenho.
Afastem-se dos que procuram honrarias. Sejam respeitosos, mas lembrem que ninguém tem a obrigação de servir de espelho para os que estão apaixonados por si próprios.
Em tudo o que fizerem, não se esqueçam de que D’us tudo vê. Não há como enganá-Lo. Quando tentamos ludibriar os outros, geralmente a única pessoa que conseguimos enganar é a nós mesmos.

Sejam muito, mas muito cautelosos em julgar os outros. Se eles estiverem errados, D’us os julgará. Se formos nós os errados, seremos nós os julgados. Muito maior do que o amor que recebemos é o amor que damos.
Dizia-se de um grande líder religioso que ele era um homem que levava D’us tão a sério que nunca sentiu a necessidade dele próprio se levar a sério. Isso é algo a que vale a pena aspirar.
Usem bem o seu tempo. Nossa vida é curta, muito curta para ser desperdiçada diante da televisão, nos jogos de computador e nos e-mails desnecessários; muito curta para ser desperdiçada com fofocas ou invejando o que é dos outros; muito fugaz para sentimentos como raiva ou indignação; muito curta para perder tempo criticando nosso próximo. “Ensina-nos a contar os nossos dias”, diz o Salmista, “para que tenhamos um coração de sabedoria”. Mas um dia em que fazemos algo de bom a outrem não é um dia desperdiçado.
A vida lhes oferecerá muitos motivos de aborrecimento. As pessoas podem ser negligentes, cruéis, desatenciosas, ofensivas, arrogantes, duras, destrutivas, insensíveis e rudes. O problema é delas, não seu. Seu problema é como reagir a elas. Uma senhora sábia disse, certa vez, que “ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem que você o permita”. O mesmo se aplica a outras emoções negativas.
Não reajam. Não respondam. Não se enraiveçam. Mas, se o fizerem, dêem um tempo até que a raiva se dissipe – e só então sigam em frente com a sua vida. Não dêem aos outros a vitória sobre o seu próprio estado emocional. Perdoem – ou, se não conseguirem, ignorem. 

Rabi Sir Jonathan Sacks, escreveu suas reflexões como se fossem 10 cartas

Nenhum comentário:

Postar um comentário