segunda-feira, 18 de abril de 2011

TESHUVAH – “A difícil volta ao Lar”

Um texto, para ser lido com freqüencia e bastante concentração!

“Teshuvah” é um termo hebraico que significa retorno, embora seja constantemente traduzido como arrependimento. Trata-se de um processo vital, profundamente arraigado no interior do ser humano. A teshuvá é inerente a todos e não está restrita apenas ao aspecto religioso da vida, mas transcende todos os outros aspectos da existência.
Retornar para onde?
Muitos dirão:- “Teshuvah é o Retorno para Elohim, para a Torah, para as Veredas Antigas”. Mas, pensando bem, teshuvah, primeiramente, deve ser um retorno para nós mesmos.
Certo dia li um “post” intitulado “minha vida sem mim” e pensei como esse sentimento é comum a tantas pessoas … aquela sensação de vazio que faz com que nada pareça ter sentido!
Seguindo os caminhos dos homens, iludidos pela ignorância e apegados a dogmas absorvidos da cultura ocidentalizada, trilhamos os mesmos passos que nossos antepassados, nos distanciando do Caminho da Torah.
O que fazer para voltar?
Quantas vezes me perguntei isso?! Quantas vezes me perdi nessa busca! Porque se perder é mais fácil … há tantos atalhos que encontrar O Caminho de volta se torna uma verdadeira odisséia; uma batalha que se trava dia a dia com nosso pior inimigo – o inimigo interior – que nos aliena e nos cega.
Quando nossos olhos são desvendados enxergamos o que nos fez agir dessa maneira e conseguimos reunir o que nos pertence de fato, deixando de lado a bagagem que carregávamos sem ao menos saber porquê. Talvez, por isso, esse retorno tenha de ser primeiramente um adentramento.
Não se volta porque se quer! Volta-se porque ouve-se o chamado; um clamor interior; a voz do Pai esperançoso que anseia pelo pródigo.
Qual o objetivo em se “voltar para casa”?
Inicialmente, poder-se-ia dizer que o objetivo em se “voltar para casa” seria retornar às origens; retomar o lugar que nos pertence; restaurar uma aliança mas, para mim, essa volta tem um peso muito maior; significa o resgate da nossa verdadeira identidade; a consciência de que se faz parte de um povo – Am’Yisrael.
Teshuvah é isso! Retorno à verdadeira essência; regresso aos braços do “Abba” e nisso não há mágica – há persistência – pacientemente, corajosamente – um passo de cada vez, porque o caminho é estreito e a subida é íngreme; permanecer, portanto, é o desafio!
“Chazak chazak venit chazek”
(força, força, sejamos fortalecidos)




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