domingo, 8 de maio de 2011

A VOLTA DO MENSALEIRO

      De volta ao PT, Delúbio Soares é recebido com festa no interior de Goiás

Ex-tesoureiro do PT participou neste sábado, 7, de seu primeiro compromisso político após ter sido anistiado pelo Diretório Nacional do partido

Vannildo Mendes / enviado especial a BURITI ALEGRE, GO - O Estado de S.Paulo 07/5/2011

Mais de 200 pessoas compareceram à homenagem no Centro de Catequese da Paróquia Nossa Senhora Abadia, em Buriti Alegre

 Saudado em pé por companheiros petistas como líder popular, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares participou ontem de seu primeiro compromisso político, uma semana após ter sido anistiado pelo Diretório Nacional do partido.
Mais de 200 pessoas compareceram à homenagem a Delúbio – um dos pivôs do escândalo do mensalão, deflagrado em 2005 –, no Centro de Catequese da Paróquia Nossa Senhora Abadia, em Buriti Alegre, a 150 quilômetros de Goiânia.
Ao chegar para o churrasco, pouco antes do meio-dia, Delúbio foi tratado como celebridade.
Usando expressões de estadista, fez discurso de candidato. Emocionado, ele agradeceu à homenagem e pediu apoio à presidente Dilma Rousseff para erradicar a miséria no Brasil.
"A política é construir uma sociedade nova, passo a passo, para alcançar dias melhores para todos. É um processo que cria oportunidade para o País superar a miséria, como fez o presidente Lula", afirmou Delúbio.
Sob longos aplausos, o ex-tesoureiro fez uma referência à ideia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de auxiliar os países pobres da África.
"Combatemos a miséria no Brasil e vamos ajudar outros a fazer o mesmo no mundo. Fizemos a nossa parte e agora vamos ajudar os que não conseguiram", insistiu.
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Essa história de "miséria" rende bons frutos, mesmo quando é só papo, só lorota, só palancagem, só lulismo.
Mas diante do sucesso do mestre, os discípulos parece que aprenderam a lição. Não apenas uma, a demagógica, a grandiloqüência palanqueira, mas a de como surrupiar grana, comprar "políticos", pagar campanhas, e sobretudo, que ninguém é de ferro, guardar o seu, seguindo o velho dito com pequena, mas significativa alteração: farinha muita, um tanto pro meu saco". Só para repetir o que já se diz amiúde, a falta de consciência política, a falta de memória, ou até mesmo a ignorância, poderia promover platéia para o palanque dessa "celebridade". Jogo de cena daqui, jogo de cena dali, e aconteceu o que já se sabia.
Claro está, que no clima em que vivemos, o retorno dos bandoleiros chega a passar despercebido pela grande maioria das pessoas, tão alheias estão a essas "questiúnculas políticas" que apenas atrapalham a novela das 4, das 6, das 8, das 10... E outras tantas mais se para tanto houvesse tempo...
Estarão certas? Ou estarão erradas?! Essa platéia de mais de 200 pessoas, segundo a notícia nos informa, estarão conscientes dos seus aplausos, ou apenas querem comer o churrasquinho? Não sei, mas não me arrisco a palpiteiro em questões de bruxaria...
Diante do espetáculo circense, não seria talvez melhor viver nesse mundinho de "faz-de-conta", em que o "amor" vence qualquer barreira? A borralheira casando com príncipe milionário (imagino que haja príncipes pobres...), que deixa de ser sapo, e vivendo feliz para sempre?
Francamente... Recebido como "celebridade", com discurso de candidato a Prefeito, com todas as honras dos "cumpanhero"... Acredito que essa seja a grande ficção, a grande fantasia capaz de hipnotizar milhões de brasileiros, vítimas do maior estelionato eleitoreiro que já se praticou nesse país. 
Diz o Eclesiastes: "quem acresce em conhecimento, acresce em dor". O alemão Schopenhauer pegou a palavra do Pregador e dela teceu seus Aforismos para a Sabedoria na Vida.
Pois é, fico por aqui, com o meu espanto, anotando que do Livro do Eclesiastes, prefiro os versículos 4, 8, 9 e 10. Eles dizem:
4. Uma geração vai, e outra geração vem, mas a terra para sempre permanece.
8. Todas estas coisas se cansam tanto, que ninguém o pode declarar; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir.
9. O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que não há nada de novo debaixo do sol.
10. Há alguma coisa que se possa dizer: vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.

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