quarta-feira, 2 de março de 2011

Amor e ódio: As relações judaico-cristãs nos primórdios do cristianismo

Para que possamos tratar das relações judaico-cristãs até o século IV devemos, primeiramente, fazer uma análise da religião judaica e de seu contexto dentro do mundo antigo. O judaísmo do período da ocupação romana não era como o conhecemos hoje. Os dogmas fundamentais são os mesmos: a unidade de D-us e a eleição de Israel, resumidas na declaração do Deuteronômio (o quinto livro do Pentateuco ou, em hebraico, Torá) “Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso D-us, o Senhor é único”. Ele assim proclamado é “o criador do Universo, que se revela através de suas obras e cuja glória os céus anunciam” 1 .
O amor a Deus e o amor ao próximo são fundamentais. O próximo significando toda a humanidade, mas especialmente com outro judeu. Este pertence a Israel, eleito entre todas as nações como seu povo. O privilégio foi dado através da aliança concluída no Sinai por Moisés, que recebeu A Lei diretamente de Deus para entregá-la a seus eleitos. Ser judeu não é somente crer Nele, mas também cumprir suas leis 2.
No aspecto ritual, a culminância dos serviços divinos era realizada no Grande Templo de Jerusalém. Os sacerdotes tinham um grande prestígio sendo que o maior dentre eles, conhecido como o Sumo Sacerdote, desempenhava o papel de líder dos judeus perante os ocupantes romanos. Ao mesmo tempo havia as sinagogas, espalhadas não só por toda a Palestina como também no “Exílio”. Suas origens estão profundamente ligadas com a Diáspora judaica. Nesses locais não existe o sacerdócio e seu lugar é ocupado pelos sábios (rabinos), que tem por objetivo estudar os livros sagrados e interpretá-los conforme os preceitos divinos. A princípio as duas instituições eram vistas como complementares, porém a tensão foi se acentuando entre os sacerdotes e os doutores da Lei. Essa rivalidade correspondeu à que existia entre as duas tendências principais do judaísmo: os saduceus e os fariseus.
Outras tendências também existiam que eram a dos zelotes e a dos essênios. Os primeiros faziam parte da corrente do nacionalismo judaico que pretendia expulsar todas as forças estrangeiras da Palestina e que contribuíram grandemente para levar à revolta judaica de 66. Os segundos viviam em comunidades reclusas, fora da influência de Jerusalém. Na realidade não formavam algo único, mas constituíam uma profusão de grupos, cada qual pregando um forte sentimento apocalíptico. Desse modo “o caráter esotérico de sua doutrina e a vida reclusa que levavam não os impediram de imprimir a sua marca no cristianismo nascente” 3.
Um novo grupo surge nesse cenário a partir da figura, do ministério e da pregação de Jesus, chamado pelos discípulos de Cristo ou Messias (as duas significando “O Ungido”, a primeira em grego e a segunda em hebraico). O que conhecemos de sua vida e sua pregação nos chega através dos quatro evangelhos canônicos e a outros evangelhos apócrifos. Eles são primordialmente escritos religiosos e, portanto, envoltos em mitos e tendências apologéticas 4. Não irei me alongar muito na história deste homem, que já é muito conhecida e principalmente porque “a tradição transmitida por Paulo e pelos evangelhos atribui importância decisiva ao túmulo vazio e às numerosas aparições de Cristo ressuscitado. Quaisquer que sejam a natureza dessas experiências, constituem a fonte e o fundamento do cristianismo” 5. Foi o ato simbólico da ressurreição de Jesus que ajudou a manter firme um grupo de seguidores que provavelmente desapareceria sem a fé num retorno próximo de Cristo (a escatologia).
O livro dos Atos dos Apóstolos mostra a Igreja nascendo com a explosão do Espírito Santo na festa judaica de Pentecostes. Eles se uniram numa íntima irmandade centralizada na eucaristia, de acordo com as palavras de Cristo na Última Ceia para repetir suas palavras e ações 6. É importante observar que os doze apóstolos e seus primeiros conversos eram todos judeus e não se separaram das tradições da observância ritual da Lei e do Templo. Portanto “sob a perspectiva da história das religiões, o judaísmo e o cristianismo apresentam-se como duas religiões emanadas da mesma religião bíblica, mas com divergentes linhas de desenvolvimento, por causa das diferentes interpretações da literatura e da religião bíblicas” 7.
Em princípio os cristãos de Jerusalém não eram hostis à evangelização dos pagãos, visto que o próprio judaísmo convertia pagãos 8. A expansão do cristianismo se iniciou principalmente a partir das comunidades judaicas instaladas fora da Judéia. Mas ao converterem os pagãos, os cristãos da época ainda acreditavam que estes deveriam se circuncidar e seguir a Lei judaica. Foi uma conquista de Paulo (que se converteu em cristão após ter uma visão de Jesus durante sua perseguição aos mesmos) “conseguir a liberdade e status igual aos cristãos gentios e receber dos líderes de Jerusalém o reconhecimento de seus conversos como membros totais da Igreja” 9. Isso só se concretizou após uma conferência em Jerusalém, que se tornou a primeira grande controvérsia dentro da Igreja nascente. Nela se chegou a um compromisso entre as duas alas, mas que em seus pontos decisivos (conforme opinião de Chadwick 10 e Mark Cohen 11) favoreceu os preceitos universalistas de Paulo. Essa não é a opinião expressa por Simon e Benoit, que identificaram esse decreto como “uma condenação expressa das concepções de Paulo, pois afirmava a perenidade e o alcance universal de uma parte, por mais modesta que fosse, da observância judaica” 12. Essa parte de observância estava relacionada às obrigações rituais de abster-se de carnes imoladas aos ídolos, do consumo de sangue, de carnes sufocadas e da fornicação(referindo-se aos casamentos nos graus de parentesco proibidos pela Lei judaica, e não ao desregramento sexual).
A chamada época apostólica acaba com o desaparecimento da primeira geração cristã. O evento considerado fundamental para delimitar o período é o da destruição do Segundo Templo e o fim do culto sacrificial, após a revolta judaica contra o domínio romano iniciada em 66 d.C. Em 135 d.C., depois da segunda revolta judaica liderada pelo rabino Bar-Kochba, um édito do imperador Adriano excluiu todos os judeus da Palestina e renomeou Jerusalém para Aelia Capitolina 13. Isso significou a emancipação do cristianismo gentio de suas raízes judaicas. A geração de judeus e cristãos que se seguiu à destruição de Jerusalém, e não a geração que primeiro ouviu a pregação do cristianismo, que foi a responsável por completar a separação 14. Esse fato crucial também levou ao triunfo definitivo da forma sinagogal de vida religiosa, bem como do farisaísmo, dentro do judaísmo remanescente 15.
Apesar dos debates sobre o caráter das inovações de Paulo continuarem na historiografia contemporânea, o que importa indicar é que os pensadores cristãos subseqüentes entenderam que Paulo havia pregado que a chegada de Cristo havia eliminado a necessidade da lei judaica, e isto se tornou uma marca essencial do confronto judaico-cristão posterior. Importa salientar que essa postura de abandono da lei não é mencionada nos alegados discursos de Jesus encontrados nos evangelhos 16. Ao invés disso podemos dar um exemplo do próprio evangelho contrariando isso: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado. Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus” 17.
A elaboração da dicotomia entre a Lei, que estaria ligada ao pecado, e o espírito, ligado a Cristo e à redenção do pecado, levou à doutrina da inutilidade da normatização judaica para a vida cristã. Neste esquema, a lei mosaica apareceu como um mero passo no caminho para a perfeição messiânica. Isso levou também à contestação por parte dos cristãos da alegada eleição divina dos judeus. O cristianismo antigo falhou em atrair as massas judaicas, que em sua maioria tinham dúvidas em relação à inovação cristã. Roma, por seu lado, via o cristianismo como uma associação ilegal, enquanto continuava a manter a crença na legalidade do judaísmo. Para contra-atacar os argumentos romanos e judaicos do aspecto novo e revolucionário do cristianismo e também para provar a realidade das aclamações messiânicas de Jesus, os apologistas do século II tentavam demonstrar que não havia nada de novo no cristianismo. Este seria apenas a realização profética de tudo aquilo que já estaria prefigurado no Velho Testamento. O texto deste período que demonstra esta visão perfeitamente é o "Diálogo com Trifão, um judeu" de Justino Mártir, considerado posteriormente um dos pais da Igreja. Após determinar a messianidade de Jesus, os apologistas ilustravam através de inúmeras passagens dos profetas que a Igreja e seus discípulos tinham se tornado o “verdadeiro Israel”, e que ela tomou o lugar destinado aos judeus por Deus no Velho Testamento através do Novo Testamento e da nova aliança através do sangue de Cristo. Esta alegação introduziu um modo de pensar dentro da Igreja nascente que eventualmente foi retirando o papel e lugar do judaísmo na História 18.
Além dos conflitos teológicos havia a perseguição física dos judeus contra os cristãos, como descrito na primeira epístola aos Tessalonicences e na Vida de Cláudio de Suetônio, onde ele diz que já nos anos 50 confrontos de rua entre judeus e cristãos ocorriam em Roma 19. Em 85 já havia sido incorporado na liturgia sinagogal um anátema formal aos cristãos, conhecidos pelos judeus como nazarenos. Além disso, é provável que as autoridades judaicas forneciam informações a respeito do paradeiro de líderes cristãos aos romanos, ajudando-os em sua perseguição 20. A veracidade das perseguições dos judeus contra grupos cristãos foi posta à prova por James Parkes, mas ainda assim podemos notar que ela aconteceu, mas com uma força bem menor do que aquela alegada pelos pais da Igreja em seus relatos e nas hagiografias e biografias de mártires dos séculos II e III 21.
A rápida expansão cristã, também para Ocidente, acabou levando o império a uma consciência de ameaça representada pela nova religião. Era “um corpo estranho suscetível de abalar, em longo prazo, sua coesão interna” 22. Essa situação e, também, um certo repúdio da nova religião pelo povo pagão levou a diversas perseguições da fé nascente. Elas podem ser divididas em três fases, devido ao seu caráter distinto em cada uma delas: a primeira vai até o grande incêndio de Roma em 64, a segunda começa com a perseguição que sucedeu ao fogo e vai até 250, e a terceira abre com a perseguição sob o reinado de Décio em 250-1 e vai até 313 23.
Seguindo a análise de Croix, a principal causa da hostilidade das massa pagãs não era tanto sua fé positiva, mas o elemento negativo de total hostilidade a outros deuses que não o seu. Esse exclusivismo religioso aparecia aos pagãos, adoradores de diversos deuses, como ateísmo. A diferença para com a tolerância para o judaísmo era de que este tinha ritos ancestrais muito antigos e se esperava que todos os homens conservassem piedosamente os costumes religiosos de seus antepassados. Eles não eram obrigados a sacrificar para outros deuses, mas diversas vezes faziam sacrifícios em seu templo de Jerusalém pedindo a seu D-us que protegesse o imperador e seu poder 24.
Havia a idéia muito difundida no mundo greco-romano de que a religião era um assunto da comunidade como um todo. Os pagãos, assim, temiam que os deuses lançariam desgraças sobre todos e não apenas contra os cristãos, que zombavam das práticas religiosas pagãs. Aliás, esse tipo de visão comunitária também pertencia a judeus e cristãos. É só notarmos os conflitos entre “ortodoxos” e “heréticos” durante o cristianismo antigo. Já para o governo a questão era principalmente a recusa por parte dos cristãos de sacrificar aos deuses e ao imperador, um símbolo não apenas religioso, mas também de fidelidade política às instituições romanas. Além disso, se nota a força do martírio voluntário, isto é, cristãos que se oferecem às autoridades e atuando de forma provocativa. Deve-se notar “a importância do martírio voluntário como um fator que por razões óbvias contribuiu para o estopim das perseguições e tendeu a intensificá-la quando já estava em marcha” 25.
Outros poderosos adversários do cristianismo eram as religiões de mistérios, assim chamadas porque seus ritos centrais eram mantidos em segredo dos não iniciados. Elas eram fés sincréticas que fundiram o pensamento oriental e helênico. Os mais importantes foram: os mistérios de Dionísio e Orfeu na Trácia; a de Eleusis em Atenas; Cibele, a Grande Mãe, na Anatólia e na Ásia Menor; a religião persa de Mitra e o culto egípcio de Ísis e Osíris 26. A religião que se tornou a mais séria rival do cristianismo foi o mitraísmo, uma religião restrita aos homens e muito popular entre os soldados romanos. Mitra era um deus persa solar que, segundo sua mitologia, matou o touro cósmico do qual o sangue deu origem a todas as formas de vida 27.
Apesar do combate ao paganismo a Igreja, notando a demora do regresso de Cristo, precisou definir sua posição perante a cultura clássica. Essa definição ia se tornando cada vez mais necessária no momento em que o número de conversos tendia a provir, cada vez mais exclusivamente, do paganismo. Desse modo a Igreja notou a necessidade de incorporar à fé cristã alguns elementos do patrimônio clássico. Apesar da idolatria, a filosofia clássica já apontaria a existência de uma revelação não escrita, natural e cósmica 28.
O contato com o mundo e as idéias exteriores à tradição judaica, a própria extensão do cristianismo para territórios de diferentes culturas e a ausência de um dogma preciso nos primeiros tempos do cristianismo levou a um momento de crise no século II. Diferentes interpretações da mensagem cristã vieram a existir e, até mesmo, formavam ampla maioria em certas regiões do Império 29. Assim a Igreja teve que se defrontar com o problema de como se manter ligada às suas origens apostólicas, preservando sua unidade. Ao mesmo tempo combatiam numa outra frente, tentando frear a influência judaica sobre os pagãos, quando o judaísmo ainda mantinha uma política de proselitismo religioso, que parece ter durado até o século IV 30.
Perseguidos e desprezados pelos judeus e não aceitos pelos seus irmãos cristãos gentios, a primeira corrente do pensamento cristão, os judeu-cristãos ficaram sozinhos e sem suporte. Eles continuaram sobrevivendo por muito tempo e ainda eram aceitos na teologia de Justino Mártir, como visto em seu Diálogo com Trifão, um judeu. Já Irineu e a corrente posterior do cristianismo os tratam como uma seita desviacionista e herética, tratando-os por ebionitas(palavra hebraica que significa os pobres) 31. Esse rompimento deve ser visto como uma série de transformações do cristianismo a partir de situações concretas dentro do contexto histórico do mundo judaico e romano.
O que não podemos esquecer é que essa tradição de transformar o judeu-cristianismo em uma heresia tem início a partir do final do século II, pois o cristianismo em seu nascedouro foi, essencialmente, composto por judeus que acreditavam em Jesus como o Messias enviado por Deus. A definição do que é heresia e ortodoxia só foi colocada a posteriori, a partir do momento que uma das correntes do cristianismo venceu e se considerou a ortodoxa 32. A prática que, posteriormente ficou conhecida como judaização, pode ter sido mais importante que o conflito teológico para o crescimento do anti-judaísmo 33.
Nos anos 386 e 387 podemos notar no discurso de João Crisóstomo, presbítero de Antioquia, a violência verbal dirigida aos judeus relacionada com a postura judaizante tomada por inúmeros conversos cristãos e o desdém eclesiástico pelos próprios judeus. Segundo Simon, Crisóstomo “transformou os judeus em uma figura eterna, um tipo; e era uma figura monstruosa e vil, calculada para inspirar em todos que a olhassem um grande horror” 34. O anti-judaísmo de João Crisóstomo, tão influente para o pensamento cristão posterior, poderia ter levado à eliminação do judaísmo se não fosse a influência contrária de Santo Agostinho, bispo de Hipona no norte da África(354-430). Em seus escritos ele elaborou a doutrina do “testemunho”, que, através dos séculos, serviu para justificar a preservação dos judeus dentro dos limites da Cristandade. Para ele a continuidade da tradição judaica da leitura da Torá e sua observância da Lei forneceriam testemunho da vitória da cristandade após a destruição do Templo. É feita a comparação até mesmo com Caim, que foi marcado com um sinal por Deus para que ninguém pudesse matá-lo 35.
Podemos notar, portanto, que o desenvolvimento histórico do cristianismo e do judaísmo levou a uma separação cada vez maior entre judeus e cristãos. Apesar da ambigüidade dos pais da Igreja em relação ao judaísmo, notamos que suas visões literárias acerca dos judeus influenciaram toda a história posterior do cristianismo, tanto no Ocidente quanto no Oriente. O anti-judaísmo perpassou toda a Idade Média e influenciou todas as vertentes do anti-semitismo contemporâneo, que se utilizaram desse imaginário medieval para a definição de suas doutrinas.


Notas de Rodapé
1 Simon p. 55.
2 Para uma análise das crenças religiosas judaicas ver Simon pp. 55-57, e para a fase do judaísmo nos tempos romanos ver Eliade, tomo 2 vol 2 pp.
3 Simon, p. 65.
4 Bokenkotter, Thomas - pp. 7-9.
5 Eliade, Mircea - p. 104. (Itálico meu)
6 Ver Atos dos Apóstolos, Capítulo 2. (Bíblia de Jerusalém, pp. 2048-2051).
7 Barrera, Julio Trebolle - A Bíblia Judaica e a Bíblia Cristã, pp. 24-25.
8 Simon, p. 104.
9 Chadwick, Henry - The Early Church - pp. 19-20.
10 Idem - p. 19.
11 Cohen, Mark – Under Crescent and Cross, p. 18.
12 Simon - p. 105-106.
13 Simon – p. 109.
14 Parkes, James – The Conflict of the Church and the Synagogue, p. 70.
15 Simon - p.109.
16 Cohen, Mark – op. Cit., nota 3 do cap. 2 p. 211.
17 Ver Mateus 5:17-19. (Bíblia de Jerusalém, pp. 1846).
18 Este parágrafo resume de maneira muito simples uma vasta bibliografia sobre as questões tratadas referentes aos apologistas. As controvérsias do século II, analisadas principalmente através da literatura cristã apologética são de fundamental importância para entender o contexto histórico da separação entre judeus e cristãos neste período. Para uma demonstração mais aprofundada e fundamental para a compreensão do período vide: Parkes James – op. Cit., p. 71-120(cap. 3); Simon, Marcel – Verus Israel, pp. 71-77; Williams, A. Lukyns – Adversus Judaeos, pp. 43-52.
19 Referência à epístola e a Vida de Cláudio em Chadwick, Henry - p. 21.
20 Simon, Verus Israel, pp. 115-125.
21 Vide Parkes, James – op. Cit., pp. 121-150(cap. 4) e Cohen, Mark – op. Cit. pp. 19-20.
22 Simon, pp. 129-130.
23 Para a divisão das perseguições nessas três fases distintas vide Croix, G. E. M. - “Por que fueron perseguidos los primeros cristianos?” IN Estudios sobre Historia Antigua.
24 Idem pp. 263-265.
25 Ibid. pp. 258-262.
26 Bokenkotter, Thomas, pp. 24-25.
27 Cumont, Franz - The Mysteries of Mithra, pp. 20-24.
28 Simon, pp. 119-120.
29 Idem pp. 147-149.
30 Sobre a questão do proselitismo judaico como mais um fator do conflito entre judeus e cristãos vide Parkes, James – op. Cit., pp. 118-120. Uma das provas a que faz referência Parkes para demonstrar o vigor do proselitismo judaico chegando até o século IV é a de que “a primeira lei imposta pelo novo Império Cristão foi a proibição aos judeus de fazerem conversões, e deste momento em diante o judaísmo se tornou cada vez mais uma fé fechada até que novos prosélitos fossem considerados mais um perigo que uma benção”. Idem, p. 120.
31 Chadwick, pp. 22-23.
32 Para essa discussão vide Strecker, George - “On the Problem of Jewish Christianity” IN Apêndice 1 da 2a. edição alemã da obra de Bauer, Walter - Orthodoxy and Heresy in Earliest Christianity(tradução inglesa de Robert A. Kraft). Neste livro ele também demonstra como nas regiões orientais do Império Romano no século II, principalmente na Ásia Menor e na região de Edessa a corrente majoritária do cristianismo era a dos gnósticos.
33 Cohen, Mark – op. Cit, p. 19.
34 Simon, op. Cit, p. 220.
35 Vide Cohen, Mark- op. Cit., pp. 20-21 e nota 17 do cap. 2 na pág. 212 para uma relação das obras de Santo Agostinho que tratam dos judeus.


BIBLIOGRAFIA

Chadwick, Henry - The Early Church, New York, Penguin Books, 1988.

Bokenkotter, Thomas - A concise history of the catholic church, New York, Image books, 1990.

Simon, Marcel - Verus Israel: A study of the relationship between Christians and jews in the Roman Empire(135-425), Oxford, Oxford University Press, 1986.

Simon, Marcel & Benoit, P. - Judaísmo e Cristianismo antigo. De Antíoco Epifânio a Constantino, São Paulo, Edusp e Pioneira, 1987.

Cumont, Franz - The Mysteries of Mithra, New York, Dover publications, 1956.

Barrera, Julio Trebole - A Bíblia judaica e a bíblia cristã. Introducão à história da Bíblia, Petrópolis, Editora Vozes, 1996.

Eliade, Mircea - História das Crenças e das idéias religiosas Tomo II Vol. 2, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1979.

Bauer, Walter - Orthodoxy and Heresy in the earliest Christianity (traduzido por Robert Kraft e encontrado em versão integral na Internet em: http://ccat.sas.upenn.edu/~humm/Resources/Bauer/ ).

Cohen, Mark – Under Crescent & Cross. The Jews in the Middle Ages, Princeton, Princeton University Press, 1994.

Parkes, James – The Conflict of the Church and the Synagogue. A study in the origins of Antisemitism, New York, Meridian Books, 1961.

Williams, A. Lukyns – Adversus Judaeos, Cambridge, Cambridge University Press, 1935.

Justino Mártir - Diálogo com Trifão, um Judeu ( encontrado em versão integral na tradução para o inglês na Internet em: http://www.ccel.org/fathers2/ANF-01/anf01-48.htm )

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