terça-feira, 8 de março de 2011

O PODER DE AJUDAR - RABINO KALMAN PACKOUZ, AISH HÁ TORÁ




O PODER DE AJUDAR - RABINO KALMAN PACKOUZ, AISH HÁ TORÁ

Diariamente tomamos decisões, reagimos, interagimos, praticamos atos de bondade. Freqüentemente nem lembramos das bondades que fizemos ou percebemos o impacto na vida de outros ou em nossas próprias vidas. Esta semana gostaria de compartilhar com vocês, queridos leitores e leitoras, uma história que ouvi do Rabino Shmuel Dishon, um dos grandes palestrantes americanos da atualidade. É uma história verídica que nos deixa `vibrando` e energizados para ajudar os demais.
No ano de 1917, os comunistas tomaram o poder na União Soviética e começaram suas tirânicas campanhas para erradicar o Judaísmo e as demais religiões.Em Minsk (atual Bielorússia) morava um rabino chamado Shiah, que jurou que, custasse o que custasse, iria continuar cumprindo aTorá e ajudando outras pessoas a também manterem a sua prática do Judaísmo. Após tranqüilos quatro anos,o rabino foi `convidado` a comparecer àCheka, a polícia secreta. Colocou seus negócios em ordem,despediu-se da família e preparou-se para o pior.
Ao chegar ao quartel-general da polícia secreta,foi introduzido numa sala.O interrogador o cumprimentou cordialmente em Ydish: "Rabino Shiah, gostaria de sentar-se?"Não era assim que estas sessões eram descritas pelas pessoas que tinham conseguido sobreviver a elas! Vendo que o rabino estava paralisado pela indecisão, o interrogador lhe disse:"Por favor, sente-se". Perguntou, então: "Rabino Shiah, talvez o senhor e sua família gostariam de emigrar para Israel?" O rabino não sabia o que responder. Se dissesse"sim" poderia ser considerado um cidadão desleal. Não respondeu.
O interrogador, percebendo que assim não chegaria a lugar algum, foi até um armário, puxou uma pasta com quase 20 cm de espessura e a colocou em frente ao rabino."Rabino Shiah, este é o seu prontuário. Nele tudo está detalhado:cada mitsvá, cada criança que o senhor ensinou, cada brit milá que realizou". O rabino olhou para o arquivo e tremeu.
"Rabino Shiah", falou o interrogador, "durante os últimos 4 anos eu estive designado para cuidar do seu caso.Fui eu quem o protegeu e cuidou do senhor.Agora estou sendo promovido e não há a menor chance de que as coisas continuem boas para o seu lado com uma ficha como esta. O melhor que posso fazer pelo senhor é ajudá-lo e à sua família a irem para Israel". Percebendo o olhar de espanto do rabino, o interrogador falou: "Vejo que não está me reconhecendo". Disse então o seu nome e o rabino ficou chocado: o interrogador era, nada mais, nada menos, que o filho de um grande rabino que havia morrido muito jovem.
O interrogador continuou:"Quero que saiba porque vim lhe protegendo todo este tempo. Depois que meu pai morreu, tudo ficou muito difícil para aminha família. Certa sexta-feira, antes do Shabat, minha mãe foi correndo para a sua casa comigo no colo. Ela lhe implorou: 'Rabino Shiah, o que faremos? Não temos nada em nossa casa para comer!' O senhor estava vestido com seu longo casaco preto de Shabat, usava um belo relógio de ouro e uma corrente, também de ouro. Sem um momento de hesitação, esticou o braço, pegou o relógio, deu-o à minha mãe e disse:"Pegue isto!"Por muitos meses vivemos com o dinheiro que conseguimos com a venda daquele relógio e nunca me esqueci disto!"
Concluiu assim o Rabino Dishon, o narrador desta história:"Não pense que quando você auxilia alguém, está apenas ajudando a tal pessoa. Na realidade, está ajudando a si mesmo!!"

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